Magistra, passe a publicidade, é uma aguardente doc Lourinhã, de 15 anos... A foto é do Hélder Sousa.
"Uma das marcas mais emblemáticas da região ], Região Demarcada da Aguardente Vínica de Qualidade com Denominação de Origem Controlada “Lourinhã”] é a Magistra, uma aguardente produzida pelo Esporão em parceria com a Quinta do Rol. Esta aguardente é o resultado da junção das melhores aguardentes vínicas velhas de 1989, 90, 95 e 96, que foram seleccionadas em conjunto pelo enólogo [australiano] David Baverstock [, do Esporã0] e a equipa da Quinta do Rol. Este lote único permaneceu, posteriormente, em balseiro de madeira até 2008 e não sofreu qualquer alteração, nem através de tratamentos ou filtrações, nem por meio de adição de produtos. Para produzir a Magistra foram seleccionadas uvas de vinhas velhas da Quinta do Rol em que estão presentes as castas Tális (Uniblanc), Malvasia, Boal e Alicante Branco." (Fonte: Shopping Spirit)
"Durante mais de duzentos anos, as casas produtoras dos melhores Vinhos do Porto beneficiaram da Aguardente da Lourinhã para produzir os seus afamados vinhos licorosos. Nos últimos trinta anos com o apoio científico da Estação Vitivinícola Nacional, sediada em Dois Portos [, Torres Vedras,] foi testada e confirmada a sua superior qualidade, a qual apenas encontra paralelo, a nível europeu nas aguardentes francesas das regiões do Cognac e do Armagnac." (Fonte: Adega Cooperativa da Lourinhã)....
"Os mais velhos da terra lembram-se dos tempos em que havia 0uma destilaria em cada esquina' - eram 32 quando se constituiu a Adega Cooperativa, em 1957." (Fonte; Público, 7/3/2010)
1. Mensagem de Hélder Sousa, nosso colaborador permanente, régulo da Tabanca de Setúbal, ex-fur mil trms TSF (Piche e Bissau, 1970/72):
Data: 30 de julho de 2015 às 23:55
Assunto: Postalinho de férias..... Aguardente da Lourinhã.
Caros camaradas
2. Comentário de LG:
Obrigado, Hélder, por puxares por um dos "pergaminhos" da minha terra... A aguardente doc Lourinhã é um deles, os dinossauros são outro... Os lourinhanenses aindam não sabem muito bem o que fazer com estes dois produtos de excelência... Falta-lhes o rasgo de génio dos grandes estrategas, com visão global e de futuro...
Em tempos tenho ideia do Luís ter referido que a "sua Lourinhã" era detentora não só de uma aguardente 'de estalo' como também se orgulhava de possuir estatuto de 'região demarcada'.
Como que a comprovar isso, envio esta foto que consegui num supermercado no Algarve onde, pela módica quantia de 150 Euros, se pode adquirir esta garrafa.
Se conseguirem ler o rótulo lá se diz que "a Lourinhã é uma das três regiões exclusivas e demarcadas de aguardente do mundo, embora menos conhecida que Cognac e Armagnac".
Esta "Magistra" será realmente boa, mas cá para mim, terá o seu preço empolado por ser comercializada pelo "Esporão", do conhecido José Roquete....
Espero que tenham possibilidade de usufruir de dias de descanso que os meus "dias de licença" estão no fim.
Abraços, Hélder Sousa
2. Comentário de LG:
Obrigado, Hélder, por puxares por um dos "pergaminhos" da minha terra... A aguardente doc Lourinhã é um deles, os dinossauros são outro... Os lourinhanenses aindam não sabem muito bem o que fazer com estes dois produtos de excelência... Falta-lhes o rasgo de génio dos grandes estrategas, com visão global e de futuro...
Essa tal "Magistra" é luxo demais para um pobre tuga como eu... Nunca me passou pelo estreito... Conheço a XO da Adega Cooperativa de Lourinhã, que é um dos dois produtores de "Lourinhac"... O outro produtor, imagina, é o Carlos Melo Ribeiro, o "patrão" da Siemens em Portugal, que tem aqui uma quinta, a quinta do Rol, em Ribeira de Palheiros, Miragaia, Lourinhã... A "Magistra" é dele, uma aguardente de 15 anos, feita em parceria com a Quinta do Esporão, do Roquete... As garrafas da Adega Cooperativa da Lourinhã, essas, andam entre os 35 e os 50 euros... Um dia hei de levar uma para a Tabanca de Setúbal... Ab. Luis
Fonte: Adega Cooperativa da Lourinhã (Com a devida vénia...)
A criação da Região Demarcada da Aguardente Vínica de Qualidade com Denominação de Origem Controlada “Lourinhã” remonta a 1992, ano em que viu o seu mérito reconhecido com a publicação do Decreto-Lei nº34/92 de 7 de Março. É a primeira e única região demarcada do país somente para produção de aguardentes, e uma das três regiões no espaço europeu, em posição de igualdade com as célebres aguardentes francesas, Cognac e Armagnac. Em provas cegas, o "Lourinhac" (designação popular, mas não consensual) não fica atrás dos seus concorrentes, franceses, mais antigos e afamados... Viver aqui artigo do Público.
Para saber mais:
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Nota do editor:
3 comentários:
Camarada Sousa,
Acabadinho de chegar a um computador emprestado, abri o Blogue e constato admirativamente a bela divulgação de um cognac da Lourinhã. Confesso que há alguns tempos atrás dediquei especiais atenções às maravilhas vínicas e aos seus derivados, sempre em busca dos prazeres da qualidade, muito mais do que da quantidade.
Comecei a beber vinho a acompanhar o meu pai durante as refeições. Com as irreverências da juventude, em breve arrisquei excessos experimentais de que resultaram algumas situações embriegantes, e por duas vezes os meus amigos levaram-me à cama com especiais cuidados, não fosse o progenitor dar-se conta das desgraças.
Depois passei por um período de estágio em Piche, uma progressiva localidade onde exerci o meu múnus durante 6 meses. Comia-s mal naquela terra, e nem as sandes do Tufico compensavam a ausência de falta de apetite. Havia sopa leofilizada, e preparados de bianda que faziam inveja aos produtos da Secil, produtos que nos deixavam atarantados sobre a utilização dos produtos alimentares. Por vezes, quando chegava do mato a desoras, com uma galga enorme e grande dificuldade de a satisfazer, cheguei a adoptar um truque: dirigia-me ao bar e pedia uma lata de leite condensado holandês. Fazia os dois buracos da ordem, e chupava o líquido viscoso, que fazia pof altamente açucarado no estômago. Para aliviar, afinfava um scotihs duplo, que os havia de bons matizes.
A compensação era de derivados vínicos, apesar da escassez de vinho propriamete dito, de que se destacavam aguas-ardentes, brandies e cognacs. Estes produtos eram ainda acolitados por gins, e outros similares.
Mais tarde, mais refinado, passei a apreciar bons vinhos durante as refeições, e por vezes debicava os bons cognacs como digestivos de bom paláto. Recentemente, pela valorização individual que resulta dos contactos experimentais com um grupo de primos, tive a experiência das virtudes de acompanhar o jantar com champagne, ou o melhor espumante bruto. De facto, a digestão torna-se leve e resolve os eventuais problemas de quem se empanturra. Estou a aderir, e aconselho a experiência.
Assim, agradeço que me mandes notícia sobre a próxima promoção desse destilado que nos revelaste, a ver se melhoro o meu nível de experiência e conhecimento.
Comum abraço muito agradecido
JD
Caros amigos
Na verdade, quando vi o 'produto' não deixei de relembrar tudo aquilo que tinha sido escrito a propósito deste tipo de aguardente se excelência.
Achei o valor 'carote', provavelmente 'para turista', já que o 'descobri' num supermercado algarvio na Galé, mas não conheço o suficiente para dar o devido valor, apenas registei.
Quanto ao meu particular amigo Zé Dinis (que, pela assinatura "JD" presumo seja o surpreendente "Jazzebel") pois saúdo a sua evolução pela degustação vinícola, o que mostra que nunca é tarde para se aprender...
Surpreende-me a sua (dele) situação vivida em Piche mas, ao mesmo tempo, confirma que, para um mesmo local, as coisas evoluíram (ou involuíram, conforme os gostos...) ao longo do tempo. É que também estive por Piche e relativamente às bebidas não me posso queixar.
Vinho do bom. Maduros. Verdes, também. Até fiz uma estreia no "alvarinho", Palácio da Breijoeira.
Não sei se o acaso de ter sido colega de pelotão em Santarém do Fur. Vaguemestre teve alguma coisa a ver com isso, mas a verdade é que 'correu bem'. Também beneficiei da 'recuperação' de várias garrafas que se tinham 'perdido', das tais do "Palácio"... enfim, desenrasquei-me, como manda a tropa!
Quanto à comida.... não beneficiaste das 'almôndegas de mancarra' que o cozinheiro fazia de forma magistral! Parece que o 'ingrediente secreto', que consistia em fazer rolar as almôndegas recheadas de mancarra na gordura do seu próprio corpo antes de as colocar na fritura, é que lhe dava aquele 'toque' de suavidade e sabor inigualável que satisfaziam o pessoal. Mais perdeste!
Quanto ao Tufico, para além daqueles 'frangos de perna alta' (havia quem jurasse que, pelo sabor, era jagudi) o que mais me lembro era a pergunta que fazia quando ia lá à noite beber café:"com 'bolinha' ou sem 'bolinha'?
Claro que era "com 'bolinha'"!
Ia lá deixar escapar uma oportunidade daquelas de saborear coisas novas, exóticas?
Uma última coisa, Zé, como não tens tido computador, presumo que não leste o que comentei sobre o almoço da "Magnífica"....
Abraço
Hélder S.
Viva Helder!
Não li, mas vou já procurar saber.
Com um abraço
JD
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