Cadaval > Vilar > Vila Nova > Serra de Montejunto > 20 de agosto de 2015 > O nosso camarada e amigo Joaquim Pinto Carvalho levou-me, a mim, à Alice e mais uns amigos do norte, o Gusto, a Nita e a Laura, até ao moínho do Miguel, no alto da serra... Dizem que é o mais alto da península ibérica, dos moinhos ainda a funcionar.
Daqui tem-se uma vista fantástica sobre o mundo, ou pelo menos sobre o meu/nosso oeste estremenho, do rio Tejo à serra de Sintra... Mas o mais fascinante é o moinho, o mominho de Aviz, e o seu dono, sem esquecer naturalmente a serra de Montejunto e os seus miradouros, a par da aldeia de Pragança que eu, inacreditavelmente (!), ainda não conhecia... O moinho, o moinho de Aviz, que estava em ruínas há uns anos atrás floi reconstruído e uma beleza de se ver... Tudo somado, ficou-lhe em cerca de 200 mil euros, o preço de um bom apartamento em Lisboa...
Obrigado, Joaquim e Miguel, por esta magnífica tarde, que começou pela tua Artvilla, em Vila Nova, freguesia do Vilar, concelho de Cadaval, no sopé da serra que é familiar a alguns de nós, da FAP, que por aqui passaram no tempo de tropa (Estação de Radar, nº 3, Lamas, Cadaval).
Texto e fotos: © Luís Graça (2015). Todos os direitos reservados
1. Confesso que tenho uma velha paixão pelos moinhos de vento, paixão essa que me vem da infância: nasci e cresci ao som do vento a bater nas velas e a redemoinhar nas cabaças dos moinhos de vento da Lourinhã... a escassos dois quilómetros do mar... Há sons que nunca mais se esquecem.
O vento e o mar, o som e a fúria do vento e do mar, as velas, os mastros, os moinhos, os barcos à vela... A estética solitária e quixotesca do moinho de vento no cimo dos cabeços da minha região natal... E a sua barra azul. E os seus portentosos mastros, a alvura e fortaleza do seu velame... "Redes e moínhos" era o título do jornal da minha terra, quando eu era puto, tendo antecedido o quinzenário "Alvorada" onde trabalhei, como redator-.chefe, antes de ir para a tropa...
Havia alguns milhares de moínhos de vento no oeste, meia dúzia em cada aldeia, no meu tempo de menino e moço... Hoje há uma ciência que se dedica ao seu estudo, a molinologia. E há homens que ainda dominam a "arte ao vento", como o Miguel Luís Evaristo Nobre.
Preciso de mais tempo e vagar para escrever sobre este homem e a sua obra, e em especial sobre este moinho, conhecido como o moinho de Aviz, que visitei e fotografei ontem. Prometo apresentar-vos, na II parte, fotos do interior do moinho... Para já há um sítio na Net, "Arte ao Vento", que merece uma visita... É o sítio da empresa do Miguel (que vive no Vilar, Cadaval), "dedicada ao Restauro e Manutenção de Moinhos de Vento",
(Continua)
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Nota do editor:
Último poste da série > 14 de agosto de 2015 > Guiné 63/74 - P15001: Memória dos lugares (313): Ferrel, agora também nome de tabanca de que é régulo o nosso novo grã-tabanqueiro Joaquim Jorge... A freguesia teve centena e meia de combatentes durante a guerra colonial...
Último poste da série > 14 de agosto de 2015 > Guiné 63/74 - P15001: Memória dos lugares (313): Ferrel, agora também nome de tabanca de que é régulo o nosso novo grã-tabanqueiro Joaquim Jorge... A freguesia teve centena e meia de combatentes durante a guerra colonial...
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