por J.L. Mendes Gomes
Quero lavar minha alma
Das manchas da minha vida,
Num rio de águas puras,
E, depois, secá-la ao sol.
Tantas foram que lhe caíram,
Umas minhas, outras de fora,
Que me desfiguraram,
Quase me desconheço.
Como eu era e o que sou.
Um caule tenro e puro,
Que prometia crescer tanto
E bem…
Tantas foram as tempestades,
Com granizo e trovoada,
Tantas foram as enxurradas,
Se esgaçaram as minhas vestes
E, remendadas, o meu corpo se desfigurou.
Banharei também este meu corpo,
Vou escanhoar a minha barba
E acertar estes cabelos.
Vou vestir uma camisa nova.
Com um terno e uma gravata.
Porei chapéu,
Tomarei esta bengala,
Em madeira fina,
Envernizada.
Me lançarei por outro caminho,
Serei o senhor que,
Nesta hora da vida,
Me cumpria ser…
Um amante apaixonado
Pelo sol e pela vida,
Irradiar sorrisos
Um caule tenro e puro,
Que prometia crescer tanto
E bem…
Tantas foram as tempestades,
Com granizo e trovoada,
Tantas foram as enxurradas,
Se esgaçaram as minhas vestes
E, remendadas, o meu corpo se desfigurou.
Banharei também este meu corpo,
Vou escanhoar a minha barba
E acertar estes cabelos.
Vou vestir uma camisa nova.
Com um terno e uma gravata.
Porei chapéu,
Tomarei esta bengala,
Em madeira fina,
Envernizada.
Me lançarei por outro caminho,
Serei o senhor que,
Nesta hora da vida,
Me cumpria ser…
Um amante apaixonado
Pelo sol e pela vida,
Irradiar sorrisos
E espalhar a alegria de viver
Em meu redor.
Vou-me converter ao bem,
Ser alguém por quem o mundo inteiro irá chorar,
Quando chegar a minha hora…
Em meu redor.
Vou-me converter ao bem,
Ser alguém por quem o mundo inteiro irá chorar,
Quando chegar a minha hora…
Ouvindo Chopin,
Manhã cinzenta e de chuva gelada.
Berlim, 17 de Outubro de 2015 | 9h30m
Jlmg
Joaquim Luís Mendes Gomes
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Nota do editor
Último poste da série > 10 de outubro de 2015 > Guiné 63/74 - P15231: Blogpoesia (420): Farol das Rosas (J. L. Mendes Gomes)
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