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Estação final…
Na infância, começou a marcha,
Tudo era longe, muito distante,
Tudo era leve e brilhante.
Era a alegria da novidade.
Só crescer para se ser grande,
Só brincar.
Era o que se queria,
No comboio em marcha
Nem se dava fé…
Tanto apeadeiro bom,
Tanta estação de paz,
Pela encosta acima.
Em deslumbramento,
Perene,
Se iluminava o céu,
Se aprendia doutrina,
Se sucedia a escola.
Era tanto o recreio,
Se alargava a mente.
Veio a disciplina,
O ter de obedecer.
Tanta regra à volta,
Ser independente,
Era a sedução constante,
Venha a liberdade.
Só faltavam as asas
Para se poder voar.
Um lugar ao sol,
Erguer um castelo
E o seu próprio reino.
Veio o sofrimento,
De batalha em batalha,
Se esqueceu a vida,
Mais uma vitória,
Mais uma derrota,
Em constante marcha.
Quando se deu por ela,
Tudo era passado.
Tanto sofrimento!
Já se vê o fim…
É madrugada deste derradeiro dia
Berlim, 31 de Dezembro de 2015
6h40m
Jlmg
Joaquim Luís Mendes Gomes
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Nota do editor
Último poste da série de 27 de dezembro de 2015 Guiné 63/74 - P15546: Blogpoesia (428): "Era Dezembro, Mãe" (Felismina Costa)
2 comentários:
Assim, tal qual! O tempo não parou, amigo! Deixou marcas. Muitas marcas...
Gostei muito deste recordar preciso!
Desejo para si e para os seus, um Feliz 2016
Felismina mealha
Vou repartir com todos...eses seus votos...
um abraço
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