CHUVA NEGRA E CIRCUNDANTE
É negra e circundante
esta chuva que não dorme.
Noite e dia insistente.
Teimosa e melancólica.
Insolente.
Tudo inunda. Um rio agitado e fluente.
Não se cala e não olha.
Não é filha.
Não é mãe.
Sem dó nem piedade
dos cavalos mansos
que ali dormem.
Irreverente.
Faz de bruma ao sol nascente,
na sua hora de raiar.
É bem feita!
A terra a bebe e a devora.
A sepulta morta no seu ventre...
Bar "caracol" arredores de Mafra
27 de Fevereiro de 2016
Jlmg
Joaquim Luís Mendes Gomes
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NEGAÇAS DO SOL
Fez negaças o sol.
Abandonou a manhã às garras desesperadas da chuva.
De teimosa, não quer dar lugar
à Primavera anunciada.
Quem paga estas birras somos nós.
Nunca mais assentamos com a peça certa de vestuário.
Ontem era de festa o céu azul.
Havia sol.
O mar bailava ao pé,
convidando-nos a molhar os pés.
O meu vizinho lá ia na caminhada,
de chapéu de chuva,
- um bom exemplo -
indiferente ao capricho da Natureza.
Mafra, sete momentos, 24 de Fevereiro de 2016
10h12m
Jlmg
Joaquim Luís Mendes Gomes
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Nota do editor
Último poste da série de 24 de fevereiro de 2016 Guiné 63/74 - P15788: Blogpoesia (439): "Universo", por José Teixeira, ex-1.º Cabo Aux Enf da CCAÇ 2381
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