segunda-feira, 25 de abril de 2016

Guiné 63/74 - P16011: Álbum fotográfico do Fernando Andrade Sousa, ex-1º cabo aux enf, CCAÇ 12 (Contuboel e Bambadinca, 1969/71) - Parte I: Uma ida ao Mato Cão


Guiné > Zona leste > Setor L1 > CCAÇ 12 (Bambadinca, 1969/71) > Finete > "Eu à esquerda, na primeira fila, com a mala de primeiros socorros, e a minha G-3 (nunca usei pistola), com malta de da 1ª secção do 2º Gr Comb, da CCAÇ 12. Além do Arménio Monteiro da Fonseca [, que vive no Porto, em Campanhã], a secção era composta por:  (i) soldado arvorado  Alfa Baldé (Ap LGFog 3,7); e ainda os sold Samba Camará, Iéro Jaló,  Cheval Baldé (Ap LGFog 8,9) [, à direita do Arménio), Aruna Baldé (Mun LGFog 8,9) [, à minha esquerda], Mamadú Bari, Sidi Jaló (Ap Dilagrama) (FF) [, dado como tendo sido fuzilado depois da independência], Mussa Seide,  e Amadú Camará, todos fulas ou futa-fulas. Desta vez, também, a secção, o fur mil arm pesa inf Henriques [, o  nosso editor, Luís Graça], de óculos escuros, ao lado do Arménio".


Guiné > Zona leste > Setor L1 > CCAÇ 12 (Bambadinca, 1969/71) > "Travessia do rio Geba, ao fundo Finete, no regresso de uma patrulhamento ao Mato Cão. Da popa para a proa da piroga, o alf mil at inf Carlão,  o 1º cabo Branco, o 1º cabo aux enf Sousa e, se não me engano, o soldado de transmissões Santos, [António Dias Santos, de alcunha,   'O Bacalhau', que já terá falecido, segundo informação do Humberto Reis]."

Fotos (e legendas): © Fernando Andrade Sousa  (2016). Todos os direitos reservados.


1. Algumas fotos que nos mostrou, em Monte Real, no passado dia 16, o Fernando Andrade Sousa, o último camarada a integrar a Tabanca Grande, com o nº 714.  Foi 1º cabo aux enf, CCAÇ 12 (Contuboel e Bambadiinca, entre maio de 1969 e março de 1971).  

Sobre o famigerado Mato Cão recorde-se o seguinte. "O Geba Estreito (a partir do Xime) era traiçoeiro, sujeito às marés, e ao  fenómeno do macaréu (até para lá do Mato Cão)... Metia respeito... A segurança entre o Xime e Bambadinca era um  problema sério. Montávamos segurança às embarcações (, nomeadamente civis), no sítio do  Mato Cão, na margem direita do rio, frente a Nhabijões. No mínimo, era destacado um grupo de combate para fazer segurança próxima, no Mato Cão, sempre que havia embarcações a navegar no Geba Estreito. Para passar para a outra margem, a tropa de Bambadinca tinha que atravessar o rio,  de piroga, seguindo depois para o Mato Cão, atravessando o destacamento e tabanca em autodefesa de Finete". Entre o rio e Finete, havia uma bolanha... E o nosso destacamento mais avançado, no
regulado do Cuor, depois de Finete, era Missirá, guarnecido no nosso tempo pelo Pel Caç Nat 52, do Beja Santos, e depois pelo Pel Caç Nat 63, do Jorge Cabral" (LG) .
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Nota do editor:

1 comentário:

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Fernando, que emoção ao rever estas velhas fotos!.. Não sei quem foi o autor. Talvez o furriel Tony Levezinho. Tenho pelo menos uma foto deste lote tirada nessa altura, em Finete, antes de partimos para o Mato Cão... Eu, com uma criança de tenra idade que andava por ali a brincar. Prometo repescar essa foto. Isto ainda é em 1969, no 2º semestre, ainda éramos "piras", mas já com batismo de fogo, 1 morto e vários feridos graves. O Carlão ainda não tenha ido para a equipa do reordenamento de Nhabijões. A 1ª secção do 2º Gr Comb não tinha furriel e eu na altura andei uns tempos neste Grupo de Combate. Aliás, passei por todos, a "tapar buracos" (feridos, desenfiados, em férias...), o que me deu uma boa experiência (vivida) da intensiva atividade operacional da companhia... Não tínhamos sossego, idas ao Mato Cão eram frequentes, já que era intensa a navegação no Rio Geba Estreito, nessa altura... Só muito mais tarde, dois anos e tal depois, é que se construiu um destacamento (permanente) no Mato Cão. Seria interessante recolhermos mais testemunhos desse tempo (1972). O Joaquim Mexia Alves esteve lá, com o Pel Caç Nat 52.

Um abraço fraterno, Fernando, neste dia 25 de abril de 2016