Capa da brochura Caderno de Poesias "Poilão", edição limitada a cerca de 700 exemplares, policopiados, distribuídos em fevereiro de 1974, em Bissau. A obra é editada em dezembro de 1973, por iniciativa do Grupo Desportivo e Cultural (GDC) dos Empregados do Banco Nacional Ultramarino (A história do GDC dos Empregados do BNU remonta à I República: foi carido em 1924).
1. Considerada a primeira antologia da poesia guineense, esta edição (hoje rara) deve muito à carolice, ao entusiasmo, à dedicação e à sensibilidade sococultural de dois homens:(i) o Aguinaldo de Almeida, caboverdiano, funcionário do BNU, infelizmente já falecido; era o coordenador da secção cultural do Grupo Desportivo e Cultural dos Empregados do BNU - Banco Nacional Ultramarino, Bissau; e (ii) o nosso camarada Albano Mendes de Matos (hoje ten cor art ref; tenente art, GA 7 e QG/CTIG, Bissau, 1972/74; "último soldado do império", é natural de Castelo Branco, e vive no Fundão; é poeta, romancista e antropólogo) [, foto a seguir, em Bissau, em 1972/73].
Albano Mendes de Matos (hoje ten cor art ref; tenente art, GA 7 e QG/CTIG, Bissau, 1972/74)
2. Hoje publicamos três poemas de Valdemar Rocha (*), dois deles premiados nos Jogos Florais da UDIB - 1972.
Não temos mais referências sobre Valdemar Rocha, a não ser que :
(i) era natural de Rebordosa, Douro, concelho de Paredes;
(ii) na vida civil, era empregado de escritório;
(iii) na época estava em Bissau na unidade de transmissões (Santa Luzia);
(iv) ajudou o Albano Mendes de Matos e o Aguinaldo Almeida a organizar esta antologia;
e ainda (v) foi ele que trouxe dois poemas do Luís Jales de Oliveira ["Ginho", que esteve em Gadamael Porto, Região de Tombali, 1973; tem página no Facebook e é natural de Mondim de Basto]
Guiné > Bissau > Sede da UDIB - União Desportiva Internacional de Bissau > c. 1962/64. Foto do nosso camarada açoriano Durval Faria (ex-fur mil da CCAÇ 274, Fulacunda, jan 1962/ jan 64)
Foto: © Durval Faria / Blogue Luís Graça > Camaradas da Guiné (2011). Todos os direitos reservados.
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Notaa do editor:
(*) Últimos postes da série:
(**) Sobre a históris deste caderno de poesias "Poilão", vd..
24 de outubro de DE 2014 > Guiné 63/74 - P13796: Caderno de Poesias "Poilão" (Grupo Desportivo e Cultural dos Empregados do Banco Nacional Ultramarino, Bissau, Dezembro de 1973) (Albano de Matos) (8): Respondo a algumas perguntas: (i) o poeta Pascoal D' Artagnan, que era filho de mãe balanta e pai italiano; e (ii) o 'making of' do livrinho (Parte I)
25 de outubro de 2014 > Guiné 63/74 - P13798: Caderno de Poesias "Poilão" (Grupo Desportivo e Cultural dos Empregados do Banco Nacional Ultramarino, Bissau, Dezembro de 1973) (Albano de Matos) (9): o 'making of' do livrinho (Parte II)
1 comentário:
Ó Valdemar, "dilúculos de madrugada" parece ser um pleonasmo, mas o poeta tem liberdade(s) que o prosador não tem (ou não pode ter)... Só grandes poetas podem arrogar-se o privilégio de usar (e abusar de) o pleonasmo (emprego de palavras redundantes com o objetivo de enfatizar o que está sendo dito):
"Ó mar salgado, quanto do teu sal / São lágrimas de Portugal." (Fernando Pessoa)
“Vi, claramente visto, o lume vivo.” (Luís de Camões)
Por ondes agora, Valdemar, a quem já ouvi chamar "poeta-soldado" ? Talvez o nosso camarada Albano de Matos saiba do camarada Valdemar Rocha...
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di·lú·cu·lo
(latim diluculum,i, o amanhecer)
substantivo masculino
[Linguagem poética] Crepúsculo matutino. = ALVA, ALVORADA, AMANHECER, ARREBOL, LUSCO-FUSCO, MADRUGADA
"dilúculo", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, https://www.priberam.pt/DLPO/dil%C3%BAculo [consultado em 15-05-2016].
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