Fotos: © Jorge Narciso (2017). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné].
1. Eis aqui as fotos que o Jorge Narciso nos prometeu há dias a propósito do poste P17474 (*):
"Luís, estamos a falar da minha terra adoptiva, Murteira, onde tenho casa. Vou fazer a foto do monumento aos combatentes da guerra do Ultramar, naturasi da Murteria, e envio-te. Esse padeiro que, como mais de 50% dos naturais da Murteira, terá mesmo o apelido Geada, não conheço, mas familiares dele seguramente. Abraço e até um dia destes, quem sabe... na Murteira".
O Jorge Narciso [ex-1.º Cabo Especialista MMA, Bissalanca, BA 12, 1968/69] é membro da nossa Tabanca Grande desde 20 de novembro de 2009 (**)
O nosso camarada tem razão: dos 61 ex-combatentes da guerra do ultramar/guerra colonial, nados e criados em Murteira, há pelo menos uns 9 com o apelido "Geada". O Alfredo R. C. Ferreira, 1º cabo, padeiro da CCAÇ 2382 (Buba, Aldeia Formosa, Mampatá, 1968/70), também era conhecido por "Geada"... Aliás, ninguém o conhecia pelo apelido "Ferreira". (*)
Murteira, uma terra hoje progressiva, com cerca de 800 habitantes, era a maior da antiga freguesia de Lamas (, hoje união das freguesias de Lamas e Cercal). Quantos habitantes teria nos anos 60/70, na altura da guerra colonial ? De qualquer modo, 61 dos seus jovens passaram por terras de África (Cabo Verde, Guiné, Angola e Moçambique) e Ásia (Índia e Timor). E regressaram todos!... É um grande feito!
Obrigado, Jorge, e até um dia destes na Murteira. Afinal estamos a menos de 20 km de distância um do outro, quando eu estou na Lourinhã (ao fim de semana) e tu na Murteira (quase sempre ?).
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Notas do editor:
(*) Vd. poste de 15 de junho de 2017 > Guiné 61/74 - P17474: O Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca ... é Grande (108): Na Lourinhã, fui encontrar o ex-1º cabo at inf Alfredo Ferreira, natural da Murteira, Cadaval, que foi o padeiro da CCAÇ 2382 (Buba, Aldeia Formosa, Mampatá, 1968/70)... e que depois da peluda se tornou um industrial de panificação de sucesso, com a sua empresa na Vermelha (Luís Graça)
Murteira, uma terra hoje progressiva, com cerca de 800 habitantes, era a maior da antiga freguesia de Lamas (, hoje união das freguesias de Lamas e Cercal). Quantos habitantes teria nos anos 60/70, na altura da guerra colonial ? De qualquer modo, 61 dos seus jovens passaram por terras de África (Cabo Verde, Guiné, Angola e Moçambique) e Ásia (Índia e Timor). E regressaram todos!... É um grande feito!
Obrigado, Jorge, e até um dia destes na Murteira. Afinal estamos a menos de 20 km de distância um do outro, quando eu estou na Lourinhã (ao fim de semana) e tu na Murteira (quase sempre ?).
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Notas do editor:
(**) Vd. poste de 20 de novembro de 2009 > Guiné 63/74 - P5305: Tabanca Grande (188): Jorge Narciso, ex-1º Cabo Esp MMA, BA 12, Bissalanca, 1969/70
Fora de brincadeiras, cada um de nós terá o seu bocado de Guiné, que é como quem diz, do inferno, da terra e do céu... Jorge, estás apresentado à Tabanca Grande, onde há de tudo um pouco: casernas, hangares, aeródromos, heliportos, bases navais, quartéis, destacamentos, bolanhas, lalas, pontes, palmeiras, poilões, irãs, tempestades tropicais e sei lá o que mais... Isso terás que ser tu a descobrir... Acomoda-te a um canto e saca lá das tuas memórias...
Um dia destes dou-te um abraço, ao vivo, no Cadaval ou na Lourinhã... Até lá, felicitemo-nos por este mundo ser pequeno e o nosso blogue... ser ou parecer grande (*). Um Alfa Bravo. Luís (...)
(***) Último poste da série > 2 de abril 2017 > Guiné 61/74 - P17198: Memória dos lugares (359): Cachil, ano de 1965, fotos de João Sacôto, ex-Alf Mil da CCAÇ 617/BCAÇ 619
1 comentário:
A malta de Murteira é que sabe!... A guerra do ultramar não começou em 1961, mas antes, em 1964, no "Estado Português da Índia"...
Recorde-se a História:
(i) em 1783, Nagar-Aveli é cedida aos portugueses, a título de compensação pelo afundamento de um navio português pela marinha marata;
(ii) dois anos depois, en 1785, a Coroa Portuguesa compra Dadrá, integrando-a no Estado Português da Índia;
(iii) com a ocupação, em 1954, pela União Indiana (que ganha a independência em 1947), destas duas parcelas, fecha-se um ciclo e abre-se a "caixinha de Pandora" que há-de levar ao fim do último império colonial europeu...
Em tinha 7 anos, e nem sequer sabia onde ficava Dradá e Nagar-Aveli, mas vi partir soldados para a Índia, meus vizinhos da Rua dos Valados, Lourinhã... E os gritos das mães nunca mais os esqueci... Quinze depois lá estou eu a defender a bandeira verde e rubra nos regulados de Badora, Xime, Corubal, Cossé, Padada, Enxalé, Cuor, Joladu, e sei lá que mais...numa terra chamada Guiné... LG
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