domingo, 12 de maio de 2019

Guiné 61/74 - P19779: Agenda cultural (682): Grande Prémio de Longa Metragem Cidade de Lisboa, IndieLisboa 2019: "De los nombres de las cabras", de Silvia Navarro e Miguel H. Morales, Espanha, 2019, 62': um documentário sobre a extinção dos Gaunches, o povo nativo das Canárias... Pode ser visto no cinema Ideal, Lisboa, quarta-feira, dia 15, às 22h00


Fotograma do filme de "De los nombres de las cabras". Cortesia de IndieLisboa - 16º Festival Internacional de Cinema, Lisboa,2-12 de maio de 2019



JÚRI DA COMPETIÇÃO INTERNACIONAL DE LONGAS METRAGENS
FEATURE FILM INTERNATIONAL COMPETITION JURY

Grande Prémio de Longa Metragem Cidade de Lisboa / Feature Film Grand Prize City of Lisbon
(15.000 Euros)

DE LOS NOMBRES DE LAS CABRAS / ON THE NAMES OF THE GOATS
Silvia Navarro, Miguel G. Morales, Espanha, doc., 2019, 62′

“Pela sua rica e intrincada investigaçao do recente passado colonial pela interaçao com tempos antigos e tradiçoes das Ilhas das Canárias, através de imagens de arquivo escolhidas e montadas com perícia, do som de entrevistas e de uma paisagem sonora imersiva, o júri dá unamimamente o Grande Prémio Longa metragem Cidade de Lisboa ao documentário espanhol De los Nombres de Las Cabras de Miguel G. Morales e Silvia Navarro.”

Sinopse

Guanches é o nome dado ao povo nativo das ilhas Canárias, que vivia ainda na Idade da Pedra quando as ilhas foram ocupadas pelos castelhanos, acabando erradicados em menos de um século. Este hipnótico ensaio, integralmente composto por imagens de arquivo, parte dos registos sonoros de um arqueólogo que, nos anos 1980, recolheu testemunhos junto dos pastores locais com o desejo de conhecer melhor esse povo. Só que a dupla de realizadores desmonta os mitos coloniais do investigador e apresenta o complexo mapa de poderes com o qual se escreve o discurso histórico. Em estreia mundial no IndieLisboa.

Fonte: Indie Lisboa 2019

Este filme pode ser (re)visto quarta-feira, dia 15 de maio, às 22h00, no Cinema Ideal,  rua do Loreto, junto ao Largo Camões, Lisboa, metro Baixa-Chiado.

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Nota do editor:

6 comentários:

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Os Guanches, ao que parece, eram os únicos nativos que viviam na região da Macaronésia: nos Açores, Cabo Verde, Madeira e as Ilhas Selvagens, não foram encontrados, até hoje, vestígios arqueológicos em quaisquer culturas nativas, anteriores à chegada dos europeus a estes arquipélagos... Ou será falta de invedstigação ?

Sobre os guanches, vd. aqui:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Guanches

Valdemar Silva disse...

Sobre os Guanches, povo primitivo das Canárias, sabe-se que eles comunicavam entre si através do silbo gomero (assobio gomero) numa linguagem assobiada falada pelos habitantes de La Gomera.
Pouco se sabe da linguagem Guanche e outras linguagens originais das Canárias, mas deveriam ser muito simples ao ponte de se expressarem por assobios com diferentes tonalidades, talvez por habitarem locais montanhosos ou por imitação das aves.
Não tenho a certeza se foi nalgum evento/concurso do silbo gomero ou uma reportagem na TV em que os empregados de um Restaurante comunicavam, como se fossem palavras, através de assobios com várias tonalidades.

Valdemar Queiroz

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Obrigado, Valdemar, nunca tinha ouvido falar dessa linguagem corporal, o silvo da ilha de La Gomera.


https://pt.wikipedia.org/wiki/La_Gomera

Gostava ainda de lá ir por causa do parque nacional.. Há muitos anos, eram os miúdos pequenos, fiz férias em Tenerife, suboi ao Teide... Aquelas férias estúpidas de turista estúpido, não dei para saber grande da história e da cultura das ilhas... Tenho ainda de ir a La Gomera. A indústria turística nas Canárias é uma coisa horrível... Nunca mais lá voltei... LG

Fernando Ribeiro disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Valdemar Silva disse...

Parece que comunicação através do assobio não foi/é utilizada, por vários povos, apenas e principalmente, em locais montanhosos de difícil e rápido acesso, ou em densas florestas, para avisos ou informações de circunstância.
Se escutarmos uma 'conversa assobiada' entre várias pessoas de La Gomera, o silbo gomero é muito mais que uns simples avisos ou pequenas informações. Parecem aves numa prolongada e variada 'conversa', como se pode testemunhar em vídeos existentes na net. Agora apenas existe para turista ver e ouvir, embora esteja a ser ensinado às crianças para efeitos culturais.

Valdemar Queiroz

Valdemar Silva disse...

Ah!
A propósito, esqueci-me de questionar qual será a origem do fiu!fiu! que é dirigido e utilizado pelos homens, quando passa uma mulher jeitosa.
Não sei, verdadeiramente, se é com a mesma intensão que o canário o faz às belas canarinhas.

Valdemar Queiroz