sábado, 11 de julho de 2020

Guiné 61/74 - P21159: Os nossos seres, saberes e lazeres (401): Tapada da Ajuda: Obrigatório visitar e fruir (1) (Mário Beja Santos)

1. Mensagem do nosso camarada Mário Beja Santos (ex-Alf Mil Inf, CMDT do Pel Caç Nat 52, Missirá e Bambadinca, 1968/70), com data de 31 de Dezembro de 2019:

Queridos amigos,
A Tapada da Ajuda é uma das espetacularidades que a cidade de Lisboa oferece, situa-se num ponto cimeiro, são cerca de cem hectares com hortas, cultivo de cereais, minas de água, uma portentosa alameda de oliveiras, uma pequena aldeia, há cavalos garranos, uma pateira, pomares, um parque botânico, isto para não falar já no belíssimo edifício principal da conceção do arquiteto Adães Bermudes, o pavilhão de exposições, que data de 1884, o Observatório Astronómico de Lisboa, os jardins, e muito mais. Até temos o banco do Junot, o representante de Napoleão, ao que consta, sentava-se num determinado banco, os franceses portaram-se como aves rapinas, até levaram material que hoje se encontra no Jardim Botânico de Paris. Um jardim cheio de história, não é por acaso que ele está entalado entre o Palácio Nacional da Ajuda e Alcântara.
O conjunto intramuros da Tapada está classificado como imóvel de interesse público.

Um abraço do
Mário


Tapada da Ajuda: Obrigatório visitar e fruir (1)

Beja Santos

Entalada entre o Palácio da Ajuda e Alcântara, ocupando cerca de cem hectares, com soberbos edifícios, áreas florestais, hortícolas e agrícolas, uma flora de espécies domésticas e silvestres e com uma fauna diversificada, temos a Tapada da Ajuda onde funciona o Instituto Superior de Agronomia e onde qualquer cidadão pode percorrer um espaço admirável e respirar o ar do campo no meio da cidade de Lisboa. Era este o apelo ou convite proveniente de um artigo publicado na Revista da Universidade de Lisboa, ULisboa, número de outubro de 2019. É um espaço cheio de história e memórias. Em 1645, o rei D. João IV decretou a criação da Tapada Real de Alcântara, usada como parque de caça e de criação de gado da família real. Quando esta mudou de residência para o Alto da Ajuda, a Tapada Real de Alcântara passou a denominar-se Tapada Real da Ajuda. O ensino agrícola em Portugal foi criado em 1852, no reinado de D. Maria II. O Instituto Superior de Agronomia foi fundado em 1910 e está, desde 1917, sediado na Tapada da Ajuda. O seu edifício principal foi projetado pelo arquiteto Adães Bermudes.

Uma das escadarias do belo edifício.

Um pátio interior devidamente arborizado.

Um corredor de ligação de edifícios.

Fachada principal.

Quem por aqui passeia desfruta de plantações de citrinos, de hortas onde se inserem vários projetos de interesse para estes estudos universitários, há uma impressionante avenida das oliveiras, e muito mais. Mas além deste património natural, a Tapada possui um património edificado muito rico: o Chalé da Rainha D.ª Amélia, o Pavilhão de Exposições, o Jardim da Parada e o Jardim da Rainha.

Chalé da Rainha D.ª Amélia.



Azulejaria do Jardim da Parada, de autoria de Jorge Colaço.

Pormenor da vegetação do jardim

Busto do professor Motta Prego

Estes belíssimos dragoeiros estão implantados nas proximidades do Observatório Astronómico de Lisboa, mandado criar por D. Pedro V, meteu arquiteto francês e está hoje incorporado no Museu Nacional de História Natural e da Ciência


Duas imagens do Observatório Astronómico de Lisboa

(Continua)
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Nota do editor

Último poste da série de 4 de julho de 2020 > Guiné 61/74 - P21139: Os nossos seres, saberes e lazeres (400): Em frente ao Vesúvio, passeando por Herculano e Ravello (11) (Mário Beja Santos)

1 comentário:

Anónimo disse...

Muito mais "arranjado" do que nos anos 50 do século passado, quando o frequentei. Aquele jardim interior, então, nem existia.
Quanto às diferentes espécies arbóreas, arbustívas, etc, eram uma dor de cabeça destinguí-las e denominá-las pelo seu nome latíno. E subir aquela rampa, quando se entrava pelo portão de baixo? Enfim, belos tempos...frequentei o ISA e a Tapada desde outubro de 1954 até me reformar
dos Serviços Agrícolas.

Abraços e obrigado ao camarada Beja Santos por estas recoradações.

JPicado