Contracapa
Disponível em pdf, em 4 versões (em português, inglês, francês e espanhola). Descarregar aqui a versão portuguesa:
Versão portuguesa - Guia Turístico: À Descoberta da Guiné-Bissau
A 2ª edição, revista e aumentada, deste belo livro, escrito a quatro mãos, foi lançada em março de 2018, e apresentada em Bissau em 10/5/2018. É um edição da ONGD Afectos com Letras ( que tem sede em Pombal), com apoio da União Europeia. Esta ONGD tem já mais de dez referências no nosso blogue.
Sobre o "making of" do livro, vale a a pena reler ou reler uma crónica da sua primeira autora, Joana Benzinho, publicada na "Bird Magazine", na devida altura. É também um convite para os nossos leitores descarregarem o livro, em formato digital, lerem-no, divulgarem-no e fazerem chegar, ao nosso blogue, algumas notas de leitura ou simples comentários. (**)
Para alguns dos nossos leitores vai permitir o regresso a lugares (vd. índice alfabético do livro) que ficaram, com marcas indeléveis, na sua memória da guerra, desde Bambadinca a Buba, passando pelo Boé, ou desde Mansoa a Gabu, passando pelo Saltinho e Guileje ... Para outros, pode ser um sugestão para uma viagem... "on line" à Guiné-Bissau, que tem hoje o triplo da população do nosso tempo, mais de 1,5 milhões de habitantes, metade dos quais têm menos de 18 anos, Existem entre 27 e 40 grupos étnicos.
(,..) "Nas imediações de Gabú, é possível visitar as Grutas de Nhampassaré, onde se encontra reunido um património de valor arqueológico e natural notável. Aqui, podemos ver as referidas grutas ocupadas pelo homem pré-histórico com alguns vestígios de gravuras e formações em quartzito com várias formas de erosão produzidas pela natureza, nomeadamente com formas colunares. A gruta e as pedras gigantescas de Nhampassaré são, de facto, uma fascinante obra natural e terão sido habitadas pela primeira vez na época do neolítico. Neste local, também existe um santuário muçulmano, onde é comum as pessoas fazerem pedidos." (...)
Ficamos a saber também que, de acordo com o censo de 2009, os grupos étnicos com maior expressão na Guiné-Bissau, são os Fulas (28,5%) que vivem essencialment no leste do país (Bafaté e Gabu), seguidos dos Balantas (22,5%)) que se encontram principalmente na região Sul (Catió) e Norte (Oio), e dos Mandingas (14,7%), que vivem no Norte do país. Em 4º e 5º lugares, vêm os os Papéis (9,1%) e os Manjacos (8,3%). Balantas, Papéis e Manjacos são essemcialmente povos ribeirinhos.
Os indicadores de desenvolvimento mostram que praticamente metade da população (48,9%) da população vive em condições de extrema pobreza, com menos de $1,25 dólares por dia. Só 13% falam português, a língua oficial, a par do crioulo (que só 60% entende)...Há cerca de 20 línguas locais, fazendo a Guiné-Bissau uma autêntica Babel... Além da sua diversidade cultural, é um país, com uma espantosa biodiversidade, tendo em conta o seu diminuto tamanho (o equivalente ao nosso Alentejo). Basta referir, por exemplo, que estão identificadas mais de 370 espécies de aves, Tem 5 (cino!) parques nacionais... Infelizmente, na agricultura, continua a predominar a monocultura do caju (, que sucedeu à mancarra colonial), e de cuja exportação a Guiné Bissau está dependente: representa mais de 90% das exportações, mais de 60% do PIB e cerca de 17% das receitas fiscais...
Em suma, um país que nso diz muito e que vale a pena conhecer, visitar ou revisitar... E o turismo, se sustentável, pode ser uma alavanca para o tão necessário e desejável desenvolvimento integrado, que continua a ser uma miragem desde a independência, em 1974.
No entanto, com os problemas de saúde que já têm ou começam a ter os antigos combatentes portugueses que lá estiveram entre 1961 e 1974, torna-se cada vez menos exequível (e recomendável) um regresso (feliz e seguro) à terra onde passaram dois anos das suas jovens vidas, agora em "turismo de saudade".
Há regiões da Guiné, como por exemplo, o Boé ou quase todas as ilhas do arquipélago dos Bijagós onde é extremamente difícil (e caro) chegar. E os preços que as agências de turismo praticam ainda são incomportáveis para as nossas bolsas. Vamos ver, daqui a uns meses, as ofertas turísticas pós-pandemia Covid-19.
Mas àparte as acessibilidades, o país não pode oferece ainda, ao turista estrangeiro, grandes garantias de apoio sanitário, em caso de acidente ou doença súbita... O hospital mais próximo é... Dacar, no Senegal. E as infraestruturas hoteleiras são extremamente rudimentares...
A primeira edição deste guia é de 2016. Alguns reparos nossos foram corrigidos (*). E esta 2ª edição é altamente meritória e profissional, com excelente ilustração e boa execução gráfica. Merece seguramente uma leitura, mais crítica e atenta, da nossa parte, numa próxima oportunidade. Joana Benzinha, uma "mulher de armas", mas também dotada de uma grande sensibilidade sociocultural e ecológica, explica aqui o impacto que teve, na sua vida, a primeira descoberta da Guiné-Bissau em 2008. (LG)
E foi nessa condição inicial de turista que conheci a enorme dificuldade em encontrar informação sobre as características económicas, sociais, culturais ou geográficas do país.
Os indicadores de desenvolvimento mostram que praticamente metade da população (48,9%) da população vive em condições de extrema pobreza, com menos de $1,25 dólares por dia. Só 13% falam português, a língua oficial, a par do crioulo (que só 60% entende)...Há cerca de 20 línguas locais, fazendo a Guiné-Bissau uma autêntica Babel... Além da sua diversidade cultural, é um país, com uma espantosa biodiversidade, tendo em conta o seu diminuto tamanho (o equivalente ao nosso Alentejo). Basta referir, por exemplo, que estão identificadas mais de 370 espécies de aves, Tem 5 (cino!) parques nacionais... Infelizmente, na agricultura, continua a predominar a monocultura do caju (, que sucedeu à mancarra colonial), e de cuja exportação a Guiné Bissau está dependente: representa mais de 90% das exportações, mais de 60% do PIB e cerca de 17% das receitas fiscais...
Em suma, um país que nso diz muito e que vale a pena conhecer, visitar ou revisitar... E o turismo, se sustentável, pode ser uma alavanca para o tão necessário e desejável desenvolvimento integrado, que continua a ser uma miragem desde a independência, em 1974.
No entanto, com os problemas de saúde que já têm ou começam a ter os antigos combatentes portugueses que lá estiveram entre 1961 e 1974, torna-se cada vez menos exequível (e recomendável) um regresso (feliz e seguro) à terra onde passaram dois anos das suas jovens vidas, agora em "turismo de saudade".
Há regiões da Guiné, como por exemplo, o Boé ou quase todas as ilhas do arquipélago dos Bijagós onde é extremamente difícil (e caro) chegar. E os preços que as agências de turismo praticam ainda são incomportáveis para as nossas bolsas. Vamos ver, daqui a uns meses, as ofertas turísticas pós-pandemia Covid-19.
Mas àparte as acessibilidades, o país não pode oferece ainda, ao turista estrangeiro, grandes garantias de apoio sanitário, em caso de acidente ou doença súbita... O hospital mais próximo é... Dacar, no Senegal. E as infraestruturas hoteleiras são extremamente rudimentares...
A primeira edição deste guia é de 2016. Alguns reparos nossos foram corrigidos (*). E esta 2ª edição é altamente meritória e profissional, com excelente ilustração e boa execução gráfica. Merece seguramente uma leitura, mais crítica e atenta, da nossa parte, numa próxima oportunidade. Joana Benzinha, uma "mulher de armas", mas também dotada de uma grande sensibilidade sociocultural e ecológica, explica aqui o impacto que teve, na sua vida, a primeira descoberta da Guiné-Bissau em 2008. (LG)
GUINÉ-BISSAU: A VIAGEM DA MINHA VIDA
por Joana Benzinho
[Com a devida vénia à autora e ao editor...)
Aterrei pela primeira vez na Guiné-Bissau em Agosto de 2008, com muita chuva , para duas semanas de férias que iriam moldar o meu futuro e levar à criação da ONG Afectos com Letras que tem levado a cabo um trabalho intensivo na área da educação, no apoio às mulheres e na criação de bibliotecas por todo o país.
E foi nessa condição inicial de turista que conheci a enorme dificuldade em encontrar informação sobre as características económicas, sociais, culturais ou geográficas do país.
Depois de uma busca demorada por livrarias em Portugal e na Bélgica acabei por encontrar no Amazon um guia dos anos 90, completamente desfasado da realidade do país que passou por momentos difíceis com uma guerra em 1998 que o desvirtuaram de algumas das suas características arquitectónicas mas não ao abalaram a sua fabulosa biodiversidade.
Surgiu assim em 2015 a possibilidade de passar para o papel o muito que palmilhei e conheci na Guiné-Bissau, numa parceria com a União Europeia e em co-autoria com a Marta Rosa em nome da Afectos com Letras. Este Guia Turístico, a quem demos o nome “À descoberta da Guiné-Bissau” veio colmatar uma falha sentida por quem queria visitar a Guiné e permitiu também aos próprios guineenses conhecerem o seu país de uma forma mais aprofundada.
A procura da primeira edição, de Fevereiro de 2016, superou todas as nossas expectativas e cruzou fronteiras e oceanos. Fomos contactadas desde o Brasil, a Cuba, Alemanha ou Suécia por pessoas interessadas no guia. Chegou a vários países como presente oficial em visitas de Estado, o que muito nos honrou. E isso é sintomático da falta que fazia e do interesse que suscitou.
Surgiu assim em 2015 a possibilidade de passar para o papel o muito que palmilhei e conheci na Guiné-Bissau, numa parceria com a União Europeia e em co-autoria com a Marta Rosa em nome da Afectos com Letras. Este Guia Turístico, a quem demos o nome “À descoberta da Guiné-Bissau” veio colmatar uma falha sentida por quem queria visitar a Guiné e permitiu também aos próprios guineenses conhecerem o seu país de uma forma mais aprofundada.
A procura da primeira edição, de Fevereiro de 2016, superou todas as nossas expectativas e cruzou fronteiras e oceanos. Fomos contactadas desde o Brasil, a Cuba, Alemanha ou Suécia por pessoas interessadas no guia. Chegou a vários países como presente oficial em visitas de Estado, o que muito nos honrou. E isso é sintomático da falta que fazia e do interesse que suscitou.
É um trabalho que nos fez correr centenas de quilómetros e outras tantas milhas em busca do mais interessante para dar a conhecer deste maravilhoso país que é a Guiné-Bissau. Posso dizer que foi esta “A Viagem” da minha vida.
Agora, dois anos passados, o guia caba de regressar numa segunda edição revista e atualizada, apresentada esta semana em Bissau.
A Guiné-Bissau tem variados recursos que podem ditar uma mudança positiva no seu futuro e um turismo sustentável é claramente um deles. Foi precisamente isso que tentámos trazer até ao leitor, o melhor deste país berço de uma biodiversidade fabulosa e detentor de um arquipélago de quase 100 ilhas onde a palavra paraíso encontra a sua definição e o seu conteúdo.
Este Guia serve vários propósitos e públicos que vão desde o turista clássico, ao investidor que procura informação sobre o país, passando pela simples curiosidade de quem quer aumentar a cultura geral sobre as suas características ou para dar a conhecer aos guineenses, residentes no país ou na diaspora, as belezas que a Guiné abriga.
O Guia Turístico “À descoberta da Guiné-Bissau”, está disponível em papel nas versões portuguesa, inglesa e francesa e pode também ser descarregado gratuitamente nestas três versões e ainda na versão espanhola.
A quem não conhece este paraíso, fica a sugestão de um passeio pelas páginas do livro. Quem sabe se uma viagem até Bissau não mudará a vossa vida, como mudou um dia a minha, já lá vão nove anos.
Agora, dois anos passados, o guia caba de regressar numa segunda edição revista e atualizada, apresentada esta semana em Bissau.
A Guiné-Bissau tem variados recursos que podem ditar uma mudança positiva no seu futuro e um turismo sustentável é claramente um deles. Foi precisamente isso que tentámos trazer até ao leitor, o melhor deste país berço de uma biodiversidade fabulosa e detentor de um arquipélago de quase 100 ilhas onde a palavra paraíso encontra a sua definição e o seu conteúdo.
Este Guia serve vários propósitos e públicos que vão desde o turista clássico, ao investidor que procura informação sobre o país, passando pela simples curiosidade de quem quer aumentar a cultura geral sobre as suas características ou para dar a conhecer aos guineenses, residentes no país ou na diaspora, as belezas que a Guiné abriga.
O Guia Turístico “À descoberta da Guiné-Bissau”, está disponível em papel nas versões portuguesa, inglesa e francesa e pode também ser descarregado gratuitamente nestas três versões e ainda na versão espanhola.
A quem não conhece este paraíso, fica a sugestão de um passeio pelas páginas do livro. Quem sabe se uma viagem até Bissau não mudará a vossa vida, como mudou um dia a minha, já lá vão nove anos.
Joana Benzinho
[ Licenciada em Direito pela Universidade de Coimbra, Diplomada em Direito Europeu pelo Institut d'Études Européens - Université Libre de Bruxelles e Diploma da Academia Diplomática Europa e pelo Institut Européen des Relations Internationales. Assessora Parlamentar no Parlamento Europeu desde 1999. Fundadora da Associação Afectos com Letras, criada em 2009 e professora de informática de emigrantes portugueses na Bélgica em regime de voluntariado desde 2004. "A minha casa é a minha de viagem", vd. a sua página no Facebook ]
[ Licenciada em Direito pela Universidade de Coimbra, Diplomada em Direito Europeu pelo Institut d'Études Européens - Université Libre de Bruxelles e Diploma da Academia Diplomática Europa e pelo Institut Européen des Relations Internationales. Assessora Parlamentar no Parlamento Europeu desde 1999. Fundadora da Associação Afectos com Letras, criada em 2009 e professora de informática de emigrantes portugueses na Bélgica em regime de voluntariado desde 2004. "A minha casa é a minha de viagem", vd. a sua página no Facebook ]
2. Amostra (por ordem alfabética) de projetos financiados pela União Europeia (entre 201o e 2020), e citados no "guia turístico":
O guia turístico não podia deixar de referir, com algum detalhe, os diversos projetos de desenvolvimento apoiados com o dinheiro dos contribuintes europeus, entre 2010 e 2020. É uma amostra:
Áreas Protegidas e Resiliência às Mudanças Climáticas, regiões de Quinara, Tombali,Gabú, Bafatá, Cacheu, Bolama-Bijagós: c. 3,9 milhões de euros (p. 27);
Bafatá Misti Igua, Bafatá, c. 880 mil euros (p. 89);
Bambadinca Sta Claro – Programa Comunitário para Acesso a Energias Renováveis, Bambadinca: c. 1,6 milhões de euros (p. 93)
Bubaque Cidade Aberta, ilha de Bubaque, arquipélago dos Bijagós; c. 480 mil euros (p. 131);
Conservação pelas Comunidades dos Valores Culturais e Naturais do Setor de Boé: c. 500 mil euros (p. 100)
Conservação e Desenvolvimento das Ihas Urok – projetos “Urok Osheni! “, “Bemba di Vida!” e “ Etikapun N'ha - Urok”, ilhas Urok: c. 1,8 milhões de euros;
Cultura i Nô Balur – Uma estratégia de Educação para a Cultura na Guiné-Bissau. c. 700 mil euros (p. 44);
EcoCantanhez – Ecoturismo no Parque Nacional de Cantanhez, região de Tombali; c. 490 mil euros (p. 117)
Festivais de Cultura – Sustentar o Homem e a Biosfera. Bubaque: c. 330 mil euros (p. 132)
Gestão Sustentável dos Recursos Floresais no ParqueNatural dos Tarrafes de Cacheu, região de Cacheu, c. 2 milhões de euros (p. 68):
Gestão Transparente – Recursos Sustentáveis: Projeto de Reforço de Capacidades da Sociedade Civil para a monitorização da gestão dos Recursos Naturais na Guiné-Bissau, c. 200 mil euros (p. 27);
Memorial da Escravatura e do Tráfico Negreiro de Cacheu – projetos “Cacheu, Caminho de Escravos” e “Cacheu di si Cultura i istoria “, região de Cacheu, c. 1,05 milhões de euros (p. 65);
No Cultura i No Riqueza – Promoção da Economia Criativa, c. 690 mil euros, região de Bissau (p. 43);
Observatório dos Direitos - Casa dos Direitos, c. 300 mil euros (p. 37);
Parque Europa – Lagoa N’Batonha – projeto “Kau di catchu ku kau di pecadur”, c. 390 mil (p.
Projeto de Apoio Integrado ao Desenvolvimento Rural nas regiões de Bafatá, Quinara e Tombali (PAIDR), regiões de Baftá, Quinara e Tombali, c. 3,5 milhõs de euros (p.108):
Reforço do Turismo Natural, Histórico e Cultural como Crescente Atividade Económica para o Desenvolvimento da Guiné-Bissau, ilha de Orango, arquipélagos dos Bijagós: c. 500 mil euros (p. 138)
Tchossan Soninké – Panos de Ponte Nova, Bafatá: c. 1,150 milhões de euros (p. 91)
___________
Notas do editor:
(*) Vd. poste de 29 de fevereiro de 2016 > Guiné 63/74 - P15811: Ser solidário (195): A ONGD portuguesa "Afectos com Letras" acaba de lançar o guia turístico "À descoberta da Guiné-Bissau", em português, espanhol, francês e inglês
(*) Vd. poste de 29 de fevereiro de 2016 > Guiné 63/74 - P15811: Ser solidário (195): A ONGD portuguesa "Afectos com Letras" acaba de lançar o guia turístico "À descoberta da Guiné-Bissau", em português, espanhol, francês e inglês
(**) Último poste da série > 20 de outubro de 2020 > Guiné 61/74 - P21469: Notas de leitura (1316): "O Cântico das Costureiras", de Gonçalo Inocentes (Matheos) - V (e última) parte (Luís Graça): Em Brá, no final da comissão, tem como companheiro de quarto o furriel mil 'comando' Vassalo Miranda, uma 'figura ímpar', grande autor de banda desenhada da nossa guerra
9 comentários:
Pedi ao Cherno Baldé, para nos dar a sua opinião sobre esta brochura.
Seria bom que ele nos mandasse, para publicação, uma pequena "nota de leitura"...
Afinal, a nossa visão é sempre "eurocêntrica"... Mas nestas coisas das "nossas maravilhas" (e cada país tem as suas), o olhar do estrangeiro é sempre uma boa ajuda... Em Portugal, os primeiros "guias turísticos" foram feitos por estrangeiros...
By the way, Portugal recebeu, em 2019, quase 25 milhões de turistas!.. A pandemia de Covid-19 está a ter um impacto negativo brutal neste setor de atividade económica...O turismo é muito sensível às questões de saúde e segurança...Veja-se o desastre que foi para os países do Norte de África e do Próximo Oriente a(s) guerra(s) e os ataques terroristas...
Joana Benzinho (por email
30 out 2020 10:47
Olá bom dia
Agradeço a simpatia do email e da publicação que fez. É sempre bom receber reações ao trabalho publicado e que tentei que fosse o mais imparcial e completo possível. Estamos sempre a tempo de o melhorar, numa eventual nova edição:)
Votos de um excelente fim de semana.
Joana
Enviado do meu iPhone
Há uns tempos atrás estava na "moda" deitar abaixo a nossa querida Guiné-Bissau, que era um "estado falhado", um "narco-Estado", um país "sem rei nem roque"... A descrição da Guiné-Bissau, por alguns viajantes e alguns ex-patriados, era "miserabilista": nepotismo, corrupção, violação dos direitos humanos, "jagudis" por todo o lado, das forças armadas às outras "instâncias do poder", prontos a limpar o resto do esqueleto da pobre Pátria de Amílcar Cabral...
A "narrativa" deste livro, e desta 2ª edição, é muito mais assertiva e até otimista: a Guiné-Bissau tem condições para ser um país feliz, amigo dos seus filhos e dos amigos dos seus filhos, a começar por nós, portugueses.
Oxalá / enxalé / insh' Allah, povo e elites se reconciliem. Confesso que ainda gostava de lá voltar, agora conhecer os "Bijagós" que não conheço de todo, a não pelas fotos e histórias dos meus amigos que lá têm ido...
Oxalá / enxalé / insh' Allah, as minhas "canetas" me ajudem!.. LG
Sobre as grutas de Nhampassará, não muito longe da cidade de Gabu, tomei conhecimento da existência destas grutas e do extenso conjunto de grandes pedras nesse local, através de um dos episódios "No Bai, Guine-Bissau", 14 Jan,2018, transmitido na RTP e que, ainda, pode ser visto na rtp play.
Eu que estive em Nova Lamego, actual Gabu, e andei por todo o lado na região, não me lembro de passar por aquele local, nem tão pouco ouvir falar.
Nesse episódio do "No Bai, Guiné-Bissau", que se trata de uma série de propaganda turística, é muito interessante a conversa, entre o apresentador e o régulo de Gabu (.... Enbaló), em crioulo, em que o régulo responde por vezes em português e inclusive faz referência a 'Nova Lamego'. Também foram visitar um imponente poilão com uma grande caverna na base do tronco, que eu também nunca conheci, e como era época do jejum acabaram, à noite, a comer dentro da morança do régulo, com luz eléctrica, duas refrescantes ventoinhas e o régulo com um discurso final em português.
Muito interessante a conversa do régulo com a intenção de abrangência a todas as outras etnias locais, assim como o pormenor do comércio de rua ser exclusivo das mulheres.
Valdemar Queiroz
É verdade Queiroz,
Apesar de termos estado tanto tempo, pelo lados de Gabu, nunca nos chegou ao conhecimento, tal património.
Por estes relatos, chego á conclusão, de que nem os próprios habitantes de Nova Lamego, tais como os portugueses ou libaneses e os fulas, tinham conhecimento do assunto.
Pois nós , com as nossas armas fotográficas, lá teríamos ido fazer as ditas cujas, nas horas de descanso, no Quartel de Baixo...o nosso resort de Nova Lamego.
As tuas melhoras, e abraço.
Abílio Duarte
Pois Duarte.
Não sei se algumas vez te aconteceu, quando montava-mos as emboscados noturnas em redor de Nova Lamego, bem internados para os lados direito da ponte no sentido de Piche, ser-mos surpreendidos pela passagem duns "lobos" que vinham ao lixo pró lado da central eléctrica. Evidentemente que eram hienas e provavelmente viveriam prós lados dessas grutas.
Mas, ainda o mais interessante desta extensão de grandes pedras e grutas não serem referenciadas pelos nossos soldados fulas.
Eu cá vou aguentando, obrigado.
Abraço e cuidado com o bicho
Valdemar Queiroz
Cliquei num dos links para os PDF do livro e fui parar ao... Blogger. Todos os quatro links nos encaminham para este endereço: https://www.blogger.com/#, o que é manifestamente errado.
Fiz uma pesquisa e rapidamente encontrei o endereço certo para o PDF em português. É este:
https://eeas.europa.eu/sites/eeas/files/guia_turistico_guine-bissau_ue_acl2018_pt_web.pdf
O meu browser garante-me que esta ligação é segura, pois a página tem um certificado válido em nome da European External Action Service.
Fernando de Sousa Ribeiro
eduardo estrela
30 out 2020 19:51
Boa noite Luís!!
Magnifico trabalho da ONGD Afectos com Letras. É um retrato fabuloso da nossa querida Guiné e que duma forma eficaz traça eventuais roteiros de viagem, a todos os que pretendam visitar aquela terra. Bem hajas por teres partilhado este guia ( da memória ) conosco. Abraço fraterno.
Eduardo Estrela
Fernando, tens razão, já corrigi...Isto de trabalhar com os dez dedos das mãos é o que dá...Muita "freima", como se diz no Norte...
https://eeas.europa.eu/sites/eeas/files/guia_turistico_guine-bissau_ue_acl2018_pt_web.pdf
Enviar um comentário