Diário de Lisboa, 18 de março de 1961 (*)
[Fundação Mário Soares > Portal Casa Comum > Pasta: 06541.079.17211 > Título: Diário de Lisboa > Número: 13743 > Ano: 40 > Data: Sábado, 18 de Março de 1961 > Directores: Director: Norberto Lopes; Director Adjunto: Mário Neves > Edição: 2ª edição > Observações: Inclui supl. "Diário de Lisboa Magazine", "Diário de Lisboa Juvenil" > .Fundo: DRR - Documentos Ruella Ramos. (Com a devida vénia...)
Citação:
(1961), "Diário de Lisboa", nº 13743, Ano 40, Sábado, 18 de Março de 1961, CasaComum.org, Disponível HTTP: http://hdl.handle.net/11002/fms_dc_16336 (2019-1-9)
1. Do jornalista Tiago Carrasco recebemos o seguinte pedido
Date: terça, 12/01/2021 à(s) 17:37
Subject: Pedido de colaboração reportagem Revista Sábado
Boa tarde,
No entanto, escasseia o material sobre as OPVDCA [Organização Provincial de Voluntários e Defesa Civi de Angolal].
Como estão? Chamo-me Tiago Carrasco, sou jornalista da revista Sábado e estou a preparar uma reportagem sobre as milícias que ajudaram os militares a ripostar o ataque da UPA no norte de Angola, a 15 de Março de 1961.
A reportagem vai sair em Março, exatamente para assinalar o 60º aniversário desses acontecimentos.
No entanto, escasseia o material sobre as OPVDCA [Organização Provincial de Voluntários e Defesa Civi de Angolal].
Contacto-vos para vos pedir a vossa preciosa ajuda - que muito útil me foi noutras ocasiões - na identificação de pessoas que testemunharam estes acontecimentos e que fizeram parte (ou viveram perto) destas milícias em Angola e até mesmo em Moçambique.
Conseguem me ajudar?
Gostava de saber quem fazia parte destas milícias, como se organizavam, como atacavam, como se armavam e como evoluíram depois para uma organização muito ligada aos salvamentos, combates a incêndios e desenvolvimento rural.
Muito obrigado.
Eu vivo em Peniche (perto do Luís Graça, creio) mas consigo pôr-me rapidamente em qualquer parte do país.
Cumprimentos,
Tiago Carrasco
Telemovel: 926 988 005
2. Resposta do nosso editor LG, com data de 15 do corrente;
Tiago, obrigado pelo seu contacto. Em relação ao seu pedido..., como sabe o nosso blogue só reúne ex-combatentes que estiveram na guerra colonial na Guiné...Alguns de nós conhece(ra)m outros territórios, como é o caso de Angola...
Posso sugerir que contacte o nosso amigo e camarada António Rosinha, que fez o serviço militar em Angola, e estava lá justamente em 1961...E tem uma larga experiência de Angola (bem como da Guiné), como civil: trabalhou como topógrafo numa empresa de obras públicas... O António Rosinha é uma testemunha privilegiada desses tempos de 1961 em Angola. Ele tem cerca de 125 referências no nosso blogue.
Para já é tudo, espero que o Rosinha aceite falar consigo. Tenho outros contactos de camaradas que lhe podem falar de Angola em fases da guerra posteriiores...
Boa saúde e bom trabalho. Luís Graça
Sobre esta organização [OPVDCA], mais não sei do que publicamente em geral se falava.
Nem nunca conheci pessoalmente qualquer elemento dessa organização, nem conheci qualquer actividade militar.
Mas de certeza que existe gente viva e de cabeça fresca que, anunciando, vão comparecer.
Não sei se essa organização durou muitos anos, Quem tenha incorporado essa organização em 1961, que tivesse 22 ou 23 anos, hoje tem 83 ou 84.
Cumprimentos
Antº Rosinha
Conseguem me ajudar?
Gostava de saber quem fazia parte destas milícias, como se organizavam, como atacavam, como se armavam e como evoluíram depois para uma organização muito ligada aos salvamentos, combates a incêndios e desenvolvimento rural.
Muito obrigado.
Eu vivo em Peniche (perto do Luís Graça, creio) mas consigo pôr-me rapidamente em qualquer parte do país.
Cumprimentos,
Tiago Carrasco
Telemovel: 926 988 005
2. Resposta do nosso editor LG, com data de 15 do corrente;
Tiago, obrigado pelo seu contacto. Em relação ao seu pedido..., como sabe o nosso blogue só reúne ex-combatentes que estiveram na guerra colonial na Guiné...Alguns de nós conhece(ra)m outros territórios, como é o caso de Angola...
Posso sugerir que contacte o nosso amigo e camarada António Rosinha, que fez o serviço militar em Angola, e estava lá justamente em 1961...E tem uma larga experiência de Angola (bem como da Guiné), como civil: trabalhou como topógrafo numa empresa de obras públicas... O António Rosinha é uma testemunha privilegiada desses tempos de 1961 em Angola. Ele tem cerca de 125 referências no nosso blogue.
Para já é tudo, espero que o Rosinha aceite falar consigo. Tenho outros contactos de camaradas que lhe podem falar de Angola em fases da guerra posteriiores...
Boa saúde e bom trabalho. Luís Graça
3. Posto em contacto com o António Rosinha, este respondeu hoje ao Tiago nestes termos:
Nem nunca conheci pessoalmente qualquer elemento dessa organização, nem conheci qualquer actividade militar.
Mas de certeza que existe gente viva e de cabeça fresca que, anunciando, vão comparecer.
Não sei se essa organização durou muitos anos, Quem tenha incorporado essa organização em 1961, que tivesse 22 ou 23 anos, hoje tem 83 ou 84.
Cumprimentos
Antº Rosinha
Caro António Rosinha,
Prazer em conhecê-lo.
Muito obrigado pela resposta rápida ao meu pedido. As OPVDCA foram constituídas espontaneamente em 1961 para dar resposta aos ataques da UPA em 1961 e evoluíram para uma organização paramilitar de defesa civil até 1974. Também eram conhecidas como defesas civis e, para além da defesa das zonas urbanas, prestavam serviços como salvamentos, combate a incêndios e projetos de desenvolvimento rural.
Prazer em conhecê-lo.
Muito obrigado pela resposta rápida ao meu pedido. As OPVDCA foram constituídas espontaneamente em 1961 para dar resposta aos ataques da UPA em 1961 e evoluíram para uma organização paramilitar de defesa civil até 1974. Também eram conhecidas como defesas civis e, para além da defesa das zonas urbanas, prestavam serviços como salvamentos, combate a incêndios e projetos de desenvolvimento rural.
Não conhece ninguém que tenha feito parte do conflito em Angola que tenha conhecimento sobre estas organizações? Haverá alguém do seu conhecimento que possa ter feito parte das defesas civis ou que tenha testemunhado as suas acções? Eu já tenho dois ou três contatos mas estou à procura de mais informação.
Qualquer pista que me possa prestar será de extrema utilidade para mim.
Muito obrigado e bom resto de domingo,
Tiago Carrasco
5. Novo pedido de Tiago Carrasco, de hoje, às 16h33:
Caro Luís Graça,
Muito obrigado pela sua resposta e pelo encaminhamento para o vosso camarada António Rosinha. Entretanto, o António Rosinha já entrou em contacto comigo e estamos a falar. Ele não tem memória destas organizações, mas estou a pedir-lhe contactos que possam ter.
Aproveito para lhe perguntar se na Guiné não existiam, durante a época do conflito, organizações similares às OPVDCA, ou seja, grupos paramilitares que se encarregavam da defesa do território e de outras acções relacionadas com a protecção civil?
Calculo que não, uma vez que na Guiné-Bissau havia menos colonos, mas não gostaria de deixar de lhe perguntar.
Retribuo os votos de boa saúde e desejo-lhe um bom resto de fim-de-semana,
Tiago Carrasco
Retribuo os votos de boa saúde e desejo-lhe um bom resto de fim-de-semana,
Tiago Carrasco
6. Comentário e apelo do editor LG:
Tiago, o mais próximo o que eu conheco, no teatro de operações da Guiné, equivalente às OPVDCA, são as milícias e as tabancas em sistema de autodefesa...
Não temos grande informação sobre o seu início, formação, organização e funcionamento. Em princípio, estavam subordinadas a um régulo, oficial de segunda linha (alferes, tenente, capitão)... Havia também a polícia administrativa (cipaios), às ordens do adinistrador de circunscrição / concelho e do chefe de posto...
Mas, que saibamos, os colonos (da metrópole, de Cabo Verde ou de origem sírio-libanesa) não estavam enquadrados em nenhuma organização de tipo paramilitar como as mílicias (que eram, etnicamente, homogéneas, e em geral formadas por homens da etnia fula). E alguns desses colonos (pequeno funcionalismo público, empregados de comércio, pequenos comerciantes, pequenos agricultores, donos de "pontas"...) foram também foam aliciados pelos movimentos nacionalistas, e em especial pelo PAIGC. De resto, eram de facto poucos os chamados "colonos" e estavam espalhados pelo território.
Mas podemos pedir aqui também a ajuda do nosso colaborador permanente Cherno Baldé, que vive em Bissau... No entanto, ele era criança, no início da guerra. Mas é uma espécie de "caixa forte" das memórias dos mais velhos...
Fazemos igualmente um apelo a todos os colaboradores e leitores que queiram e possam responder a este pedido de colaboração do jornalista Tiago Carrasco. (**)
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Notas do editor:
(*) Vd. poste de 9 de janeiro de 2019 > Guiné 61/74 - P19385: Guerra colonial - cronologia(s) - Parte I: 1961, Angola
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Notas do editor:
(*) Vd. poste de 9 de janeiro de 2019 > Guiné 61/74 - P19385: Guerra colonial - cronologia(s) - Parte I: 1961, Angola
(**) Último poste da série > 11 de janeiro de 2021 > Guiné 61/74 - P21757: O nosso blogue como fonte de informação e conhecimento (81): o monumento ao capitão Teixeira Pinto, em Bissau, inauguraddo em 1929 (Carlos Silva, ex-fur mil arm pes Inf, CCAÇ 2548/BCAÇ 2879, Jumbembem, 1969/71; régulo da Tabanca dos Melros; dirigente da ONGD Ajuda Amiga)
8 comentários:
Estive em Angola em 1972-74, passei diversas vezes em frente de um quartel da OPVDCA que existia na vizinhança de uma bifurcação de picadas, junto a uma localidade chamada Quicunzo, a algumas dezenas de quilómetros a sudeste de Nambuangongo (General Freire de seu nome oficial), tal como se pode ver nesta imagem do Google Maps. No entanto, nunca estabeleci contacto com eles. As nossas colunas auto passavam por eles sem sequer abrandarem, como se eles não existissem sequer.
Naqueles inícios da década de 70, as relações entre as Forças Armadas Portuguesas e a OPVDCA eram tensas (pelo menos na região dos Dembos), para não dizer inexistentes. A organização escapava totalmente ao controle das Forças Armadas, pois dependia diretamente do Governo-Geral de Angola. Além de fazer a proteção e defesa das poucas fazendas de café ainda em atividade na região, como lhe competia, a OPVDCA realizava ações militares sem dar conhecimento a ninguém, com a conivência dos fazendeiros. Estas ações, segundo depreendi de afirmações que ouvi a um fazendeiro, consistiriam em ataques a acampamentos controlados pelos movimentos independentistas, sobretudo pelo MPLA, que era o movimento mais fraco na zona. A chamada 1.ª Região Político-Militar do MPLA estava numa situação crítica, apesar da grande combatividade dos seus guerrilheiros, pois estava cercada pelas Forças Armadas Portuguesas e pelo movimento rival, a FNLA. Os seus acampamentos seriam por isso mais vulneráveis a ataques.
Estas ações de caráter militar por parte da OPVDCA interferiam diretamente com a atividade operacional das Forças Armadas, e até poderiam conduzir a graves incidentes, caso uma força militar e outra da OPVDCA se encontrassem e entrassem em confronto, julgando estar perante uma força inimiga. Testemunhei pessoalmente a fúria que se apossou do comandante militar do setor dos Dembos (Área Militar N.º 1 - AM1), brigadeiro Rebelo de Andrade, ao tomar conhecimento de que a OPVDCA tinha realizado mais uma das suas ações militares na área sob a sua jurisdição sem lhe dar conhecimento.
Há cerca de dez anos, alguém com o pseudónimo de Ruca publicou, num fórum sobre Angola já apagado, o seguinte anúncio de jornal, que afirmou ter sido publicado em 8 de maio de 1974, portanto pouco tempo depois da Revolução do 25 de Abril: https://3.bp.blogspot.com/-WycbSnqu84c/T5dBLymKI0I/AAAAAAAABZM/IxnCnG5jUow/s1600/An_ncio+1.jpg
Isto é tudo o que posso dizer sobre o que sei da OPVDCA. Reafirmo que nunca tive qualquer relacionamento com essa organização, nem conheci qualquer militar quer tivesse.
Fernando de Sousa Ribeiro, ex-alferes miliciano da C.Caç. 3535, do B.Caç. 3880, Angola 1972-74
Tiago Carrasco (by email)
18 jan 2021 01:09
Obrigado por este esforço coletivo para me ajudarem a obter informações.
Tal como em experiências anteriores, o vosso blogue está muito bem organizado e os seus membros incansáveis na colaboração com a imprensa.
Estamos em contacto, agradeço imenso.
Cumprimentos,
Tiago Carrasco
Caro Tiago Carrasco:
Escrevi aqui umas coisas, mas agora tenho de repensar se devo ou não publicar.
Há muitas corrente de opinião e não quero criar aqui uma fricção.
Claro que nos lembramos todos do Março de 1961 em Angola.
Virgilio Teixeira
Vamos aguardar o que vai ser publicado acerca da OPVDCA em Angola.E que uso será feito das informações fornecidas ao Tiago Carrasco.Temo que a "coisa" não corra muito bem.
Primeiro porque os pioneiros desta força foram homens que perderam os seus entes queridos aquando dos acontecimentos de março de 1961 e já não deve haver muitos vivos, e mesmo de entre estes não sei se estarão com vontade de falar.Depois espero que não apareça; o usual ouvi falar, consta-se etc... etc...
Esta força em 1963 já se encontrava organizada e para além dos elementos iniciais civis, era composta por ex militares quer da metrópole quer ultramarinos e bastante temida pelos movimentos.Quando estive em destacamento em Cabinda pela Força Aérea, assisti a uma discussão quanto ao "modus operandi" de uma operação entre um graduado (major ou Tcoronel do exército se a memória me não falha)e o responsável que comandava a OPVDCA cujos nervos à flor da pele levou o comandante da OPVDCA a tirar a walter do coldre.Felizmente a coisa ficou-se por uma violência verbal.
Espero que o artigo da sábado seja verdadeiro e que não venha crucificar os homens que serviram nesta força e que não tiveram vida fácil.
Pois a nós outros combatentes que já fomos vilipendiados entre outras coisas, já sabemos como tem sido.
Carlos Gaspar
Subscrevo os comentários de Virgílio Teixeira e de Carlos Gaspar.
Relativamente ao solicitante Tiago Carrasco, trata-se de um jovem 'freelancer': «28 anos. Trabalha como jornalista há seis. Estagiou na TVI, passou por alguns programas da RTP e RTP-África, e escreveu para revistas como a Sábado e a Playboy. Ao longo deste tempo, nunca esteve como efectivo numa empresa»...
Quanto às OPVDC (Organização Provincial de Voluntários para a Defesa Civil), funcionaram em Angola, em Moçambique e tb em São Tomé e Príncipe, desde 1961 até 1975.
Olá Camaradas
Se procurarem, as notícias sobre a acção da OPVDCA são praticamente inexistentes, o que dá uma ideia da sua insignificância adquirida com o passar dos anos. No início surgiu como um movimento espontâneo dos colonos de Angola contra as selvajarias da UPA/FNLA. E até pode ter tido um certo êxito.
Com a chegada das unidades militares e desenvolvimento do seu dispositivo e com o abandono da província por parte das populações do interior, a OPVDCA entrou em perda por falta de incorporação. Seria interessando sabermos como é que era feita a respectiva incorporação, hierarquia, armamento, equipamento e dispositivo para além da sua actividade operacional - como era orientada e por quem - e resultados obtidos.
Um movimento espontâneo que rapidamente se esvaziou e caiu na inutilidade.
Um Ab.
António J. P. Costa
Entendemos que o nosso blogue também deve cumprir a sua parte de serviço... público.
Costumamos, por princípio, responder aos pedidos de colaboração tanto de investigadores, académicos, como de jornalistas... Partimos do princípio que a informação disponibilizada no nosso blogue ou prestada pelos nossos colaboradores, é recolhida e tratada dentro dos princípios de boa fé, deontonlogia profissional, honestidade intelectual, etc.
Nem sempre, infelizmente, temos "feedback" do "resultado" final para o qual damos a nossa, naturalmente modesta, contribuição... Resultadio esse que pode ser um artigo, uma reportagem, uma dissertação, uma tese, etc., e que não cabe a nós validar... Os trabalhos académicos, por exemplo, são submetidos a provas públicos e apreciados por especialistas na matéria... Os trabalhos jornalísticos estão sujeitos a outros procedimentos, e sobretudo à crítica do leitor.
De qualquer modo, nunca é de mais lembrar que as informações e opiniões publicadas no nosso blogue, sob a forma de postes ou de comentários, são da única e exclusiva responsabilidade dos seus autores, não podendo em caso algum vincular o fundador, proprietário e editor do blogue, Luís Graça, bem como a sua equipa de co-editores e demais colaboradores permanentes.
António Pereira da Costa nos anos que servi em Angola vi a OPVDCA em vários locais.Pois eles além das unidades e formações locais como Benguela, Luanda e lobito Gabela e Nova Lisboa. Tinham pelo menos uma companhia móvel que actuava em qualquer parte da então província de Angola e que foi transportada algumas vezes pala Força aérea.O episódio que contei no meu poste anterior deu-se quando uma dessas companhias móveis chegou a Cabinda para actuar.Devo dizer que embora não haja muito material sobre a OPVDCA a nível de "media"Dependiam foram eficientes e "eram pau para toda a obra".Pois além da parte militar tinham a defesa civil do território nos locais, onde estavam instalados cursos de socorrismo e até de luta contra incêndios.Estavam estruturados por sectores e sub-sectores estes designados por letras, a titulo de exemplo sector D, E, F.
Tinham um estado maior e um comandante provincial(Oficiais superiores do Exército) se a memória me não falha estaria no estado maior o então major Ernesto Ramos.
Não se reportavam ás forças armadas embora os seus oficiais fossem pertença delas.
Estes oficiais eram nomeados em conjunto pelo Ministério da Defesa e Ultramar.
Um abraço
Carlos Gaspar
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