Ficha técnica:
Título: Ataque a Conakry: História de um Golpe Falhado
Autores: José Matos e Mário Matos e Lemos
ISBN: 9789895489268 | Ano de edição: 03-2021 | Editor: Fronteira do Caos | Idioma: Português | Dimensões: 160 x 235 x 9 mm | Encadernação: Capa mole | Páginas: 170 | Tipo de Produto: Livro | Classificação Temática: História Militar | Preço de capa: 14,75 €
Sinopse:
Na madrugada do dia 22 de novembro de 1970, seis navios de guerra portugueses cercaram Conakry, a capital da República da Guiné, na costa ocidental africana. Aproveitando a escuridão da noite, uma força militar desembarcou nas costas norte e sul da cidade adormecida.
Os invasores pretendiam também destruir os meios navais que os guerrilheiros e a Marinha guineana tinham no porto de Conakry, capturar o líder do partido, Amílcar Cabral, e resgatar um grupo de militares portugueses encarcerados numa prisão às ordens do PAIGC.
A incursão acabaria por não ter o sucesso esperado relativamente ao golpe de Estado e Portugal seria condenado nas instâncias internacionais pela invasão de um estado soberano, mas esta operação ficaria na memória de muitos como a mais ousada levada a cabo durante a guerra colonial em África, embora o regime português nunca reconhecesse o seu envolvimento.
Fonte: Bertrand Livreiros (com a devida vénia)
Os Autores
José Matos - Investigador em História Militar tem feito investigação sobre as operações da Força Aérea na Guerra Colonial portuguesa, principalmente na Guiné. É colaborador regular da Revista Militar e de revistas europeias de aviação militar e de temas navais. Colaborou nos livros A Força Aérea no Fim do Império (2018); A Guerra e as Guerras Coloniais na África Subsariana (2019). É co-autor dos seguintes livros: Nos Meandros da Guerra - O Estado Novo e a África do Sul na Defesa da Guiné (2020); War of Intervention in Angola, Volume 3: Angolan and Cuban Air Forces, 1975-1989 (2020).
[Do José Matos ver, no nosso blogue, um poste anterior sobre a Op Mar Verde (**)]
Mário Matos e Lemos - Licenciado em História pela
Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, foi jornalista da Agência
de Notícias e Informações (ANI), do Diário de Notícias e do
Diário do Norte (1956-1972). Entre 1972 e 1998 desempenhou funções de
conselheiro cultural e de imprensa em diversas embaixadas portuguesas. Foi
diretor do Centro Cultural Português de Bissau e, fugazmente, diretor do
CENJOR. Atualmente é investigador do CEIS 20, da Universidade de Coimbra. É autor de obras como Liberdade
de Imprensa e Outros Ensaios (1964); Um Vespertino do Porto (1972); O
25 de Abril, Uma Síntese, Uma Perspectiva (1986); Política
Cultural Portuguesa em África – O Caso da Guiné-Bissau (1999); Dicionário
de História Universal (2001); Jornais Diários Portugueses do Século XX. Um Dicionário (2006); José de Melo, o Primeiro Fotógrafo de Guerra
Português (2008); Oposição e Eleições no Estado Novo (2012); 1945
– Estado Novo e Oposição – O MUD e o Inquérito às suas Listas (2018).
Se não fosse a incerteza dos MiG nós tínhamos dominado a capital, a cidade já estava de pantanas ao fim da madrugada e o golpe teria tido outra evolução. Foi mesmo falha nas informações… A PIDE devia ter mandado alguém para capital uns dias antes para ver o que se passava, para ver se os MiG estavam lá ou não e recolher informações…não fizeram nada disso e deu no que deu… (...)
14 comentários:
Vd. também entrevista dada pelo José Matos à revista "Sábado", 22 de novembro de 2020, a propósito dos 50 anos da Op Mar Verde e do novo livro (ainda no prelo, na altura).
https://www.sabado.pt/portugal/detalhe/a-ousada-e-improvisada-operacao-mar-verde-foi-ha-50-anos-o-que-correu-mal
Bom dia
O link da Bertrand diz que o livro não está disponível! Em que ficamos!?
Albertino Ferreira
Olá Albertino
É estranho, mas não faz mal. Pode comprar no wook. O livro está à venda a partir de hoje.
Ab
José
Albertino
O problema que aponta é que o livro está na Bertrand em pré-reserva. Tem que ir à ligação mais abaixo que diz "reservar".
Ab
Gostei do prefácio, abriu-me de imediato o apetite. Vou logo, que possível, compra-lo
Cheguei em 1972 à Guiné e a invasão a Conakry era um tema actual e claro envolto em muitas histórias divulgadas nos quartéis, era muito difícil de separar a imaginação da realidade.
As forças mais focadas os comandos africanos e os fuzileiro. Os cérebros, Spinola / Alpoim Galvão.
Januário pela negativa. Marcelino pela positiva.
Com a ajuda do livro vou poder esclarecer o que separa as conversas de caserna do acontecimento.
Obrigado por haver alguém que produz obra que se foca em factos, registos, audições, etc.
João Candeias, caç 12, ccav 3404
Temso mais de 7 dezenas de referências à Op Mar Verde (, oficialmente "nunca existou", nãoconsta dos livros da CECA...).
Leitura recomendada também, u livro com mais de 15 anos:
MARINHO, António Luís - Operação Mar Verde: um documento para a história. S/l: Círculo de Leitores, 2005, 301 pp. [Com introdução de Guilherme Alpoim Calvão, escrita em Bolama, julho de 2005, pp. 8-11].
Caro João
Obrigado pelo interesse, estou certo que vai gostar do livro....
Luís, sim o livro do Marinho é bom, mas está esgotado, não se arranja. A minha abordagem é mais histórica, mas vem na mesma linha do livro do Marinho..
Ab
Aguardo com muito interesse, poder ler mais um livro sobre o assunto.
Tive a possibilidade, de conversar com alguns intervenientes. Alguns passado poucos dias, outros uns anos depois.
Obrigado pelo esforço de não deixar morrer, quem já fomos.
Abraço
Obrigado Patrício
Estou certo que vai gostar do livro....
Ab
Aguardo o seu livro, também com interesse. Estava em Buba na C.CAÇ 2616, em 1970, no aquartelamento havia também um destacamento de fuzileiros africanos, comandado por quadros portugueses ou continentais, (conforme os gostos do leitor). Do Destacamento, cujos oficiais faziam as refeições com os outros do exército, recordo bem o Subtenente Lucas, natural de Coimbra, um camarada cómico e sempre bem-disposto e o segundo comandante( o nome que não recordo bem tinha talvez como apelido da Hora) também um bom amigo que um dia me deu umas botas de fuzileiro Cerca de dois meses antes da Operação Pedra Verde o Destacamento de Fuzileiros saiu sem destino conhecido. Logo após a Operação Pedra Verde voltaram para Buba. Falei com o Lucas que vinha destroçado pelo que viu, nem guerra limpa , nem heroísmo. Com poucas palavras nos entendemos. O Lucas era um homem bom e eu não quis mexer numa ferida que ainda sangrava.
O que estiver escrito ou omisso no seu livro eu vou procurar confrontar com o relato breve e sentido desse grande camarada, que infelizmente já morreu há alguns anos.
Abraço
Francisco Baptista
Peço desculpa pelo erro "Operação Mar verde" e não Operação Pedra Verde".
Francisco Baptista
Olá Francisco
Obrigado pelo interesse, estou certo que vai gostar.
Grande abraço
Boa Noite José Matos,
Terminei a leitura do seu livro.
A aquisição acabou por ser fácil. Tirei uma foto da capa e coloquei-a no grupo da família do WhatsApp e adicionei a legenda, aceito esta prenda.
Passada uma semana recebi uma encomenda da livraria Bertrand com o seu livro.
As primeiras páginas não me despertaram grande interesse mas fui avançando e aos poucos o interesse e vontade de o ler foi subindo em crescendo e terminou com muito agrado.
Constatei que muito do descrito coincide com o que foi ouvindo pelas 3 realidades que passei na Guiné de abril de 1972 a Maio de 1974.
A três realidades que passei, primeiro pela minha especialidade de atirador de infantaria com o posto de furriel mil e ter sido mobilizado em rendição individual. Comecei por Cabuca na Ccav 3404 que já tinha 8 meses de comissão e era comandada pelo capitão Luís Moura o homem que partiu de Estremoz para o largo do Carmo e fez a viagem de barco na companhia de Salgueiro Maia.
Em Cabuca só fui exposto a flagelações a quartel.
Em seguida fui para a Ccac 12 sediada em Bambadinca. Aí em Fevereiro de 1973 tivemos 2 contactos com o In.
Com a reorganização no TO fomos transferidos para o Xime. Não foi pacífico. A companhia recusou cumprir a ordem do segundo comandante do CCS e o "assunto" só ficou com a presença, uns dias mais tarde, do general Spínola acompanhado de um capitão e um tenente africanos. Passados uns meses, poucos, vários quadros foram transferidos, entre os quais eu.
Destino o CIM em Bolama onde permaneci até Maio de 1974.
Marchei para a metrópole à minha custa na TAP.
E foi durante este 25 meses que fui ouvindo várias "histórias" sobre o golpe de mão a Conacky que agora comparei e na essência batem todos certos. Sobre as vindas a Lisboa que era sempre badaladas nas conversas também coincidem nos contornos mas muito longe da realidade que o livro me esclareceu.
O sentimento de que algo podia acontecer foi o livro Portugal e o Futuro e a retirada não autorizada do major Coutinho que tinha passado pelo CIM 1973. Ficou uns tempos por Bissau no Depósito de Adidos onde o foi exposto pelo Spínola em parada com a retirada dos galões de major.
Como regressei maio e já com o general Bettencourt detido não assisti ao arrear da bandeira.
Quero agraceder o prazer que me deu ler o seu livro e serei um fiel seguidor da sua obra que anuncia publicar.
joão candeias
Boa Noite José Matos,
Terminei a leitura do seu livro.
A aquisição acabou por ser fácil. Tirei uma foto da capa e coloquei-a no grupo da família do WhatsApp e adicionei a legenda, aceito esta prenda.
Passada uma semana recebi uma encomenda da livraria Bertrand com o seu livro.
As primeiras páginas não me despertaram grande interesse mas fui avançando e aos poucos o interesse e vontade de o ler foi subindo em crescendo e terminou com muito agrado.
Constatei que muito do descrito coincide com o que foi ouvindo pelas 3 realidades que passei na Guiné de abril de 1972 a Maio de 1974.
A três realidades que passei, primeiro pela minha especialidade de atirador de infantaria com o posto de furriel mil e ter sido mobilizado em rendição individual. Comecei por Cabuca na Ccav 3404 que já tinha 8 meses de comissão e era comandada pelo capitão Luís Moura o homem que partiu de Estremoz para o largo do Carmo e fez a viagem de barco na companhia de Salgueiro Maia.
Em Cabuca só fui exposto a flagelações a quartel.
Em seguida fui para a Ccac 12 sediada em Bambadinca. Aí em Fevereiro de 1973 tivemos 2 contactos com o In.
Com a reorganização no TO fomos transferidos para o Xime. Não foi pacífico. A companhia recusou cumprir a ordem do segundo comandante do CCS e o "assunto" só ficou com a presença, uns dias mais tarde, do general Spínola acompanhado de um capitão e um tenente africanos. Passados uns meses, poucos, vários quadros foram transferidos, entre os quais eu.
Destino o CIM em Bolama onde permaneci até Maio de 1974.
Marchei para a metrópole à minha custa na TAP.
E foi durante este 25 meses que fui ouvindo várias "histórias" sobre o golpe de mão a Conacky que agora comparei e na essência batem todos certos. Sobre as vindas a Lisboa que era sempre badaladas nas conversas também coincidem nos contornos mas muito longe da realidade que o livro me esclareceu.
O sentimento de que algo podia acontecer foi o livro Portugal e o Futuro e a retirada não autorizada do major Coutinho que tinha passado pelo CIM 1973. Ficou uns tempos por Bissau no Depósito de Adidos onde o foi exposto pelo Spínola em parada com a retirada dos galões de major.
Como regressei maio e já com o general Bettencourt detido não assisti ao arrear da bandeira.
Quero agraceder o prazer que me deu ler o seu livro e serei um fiel seguidor da sua obra que anuncia publicar.
joão candeias
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