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domingo, 22 de dezembro de 2019

Guiné 61/74 - P20480: Ser solidário (225): Projecto Kassumai: prestação de contas e anúncio de assembleia geral, em 8/3/2020, para constituição de associação sem fins lucrativos (Manuel, Duarte e Miguel Rei Vilar)




Guiné-Bissau > Região do Cacheu > Susana > 18 de junho de 2019 > Crianças da escola local, apoiada pelo projecto Kassumai,iniciado em junho de 2017, em memória do cap cav Luís Rei Vilar (1941-1970).

Fotos (e legenda): © Manuel Rei Vilar (2019). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]

1. Relatório que nos acaba de ser enviado, com votos de boas festas, pelos irmãos, Manuel, Miguel e Duarte,  irmãos do cap cav Luís Rei Vilar (1941-1970), ex-comandante da CCAV 2538 (Susana, 1969/71), morto em combate em 18/2/1970, no decurso da Op Selva Viva.

Caríssimos Padrinhos, Madrinhas e Amigos do Projeto Kassumai (*):

O nosso Projeto, iniciado em junho de 2017 (**), evoluiu serena e eficazmente. Com a vossa preciosa ajuda conseguimos renovar completamente o edifício do Jardim-Escola de Suzana, instalarmos novos sanitários, um Espaço para as Refeições e abrigo das intempéries assim como uma cerca à volta da Escola. 


Além disso pudemos adquirir imobiliário para as crianças do Jardim-escola e que foi construído por uma cooperativa de carpintaria de jovens. 

Atualmente, as crianças dispõem de um ambiente propício à instrução e educação graças à vossa solidariedade. 

Não esquecemos também a ajuda dos diversos intervenientes da aldeia, nomeadamente, a Missão Católica por intermédio do Padre Abraão e do Padre Victor, a ONG Vida através do nosso dinâmico amigo Olàlio Neves Trindade, a dedicação dos operários que participaram na obra assim como o entusiasmo da População de Suzana. 

A todos, as crianças de Suzana agradecem.

E é nesta fase de fim de renovação que iremos pela segunda vez a Suzana. Seremos doze viajantes para verificar e apreciar o trabalho já feito e avaliar o muito que ainda nos resta para fazer.

Pensamos que neste momento, será útil modificarmos o nosso estatuto de Projecto Kassumai para passarmos a ser uma Associação com fins não lucrativos. Assim, reconhecidos oficialmente, este novo estatuto poder-nos-á trazer vantagens do ponto de vista tributário e igualmente do ponto de vista legal. 


De qualquer forma, continuaremos a funcionar exatamente da mesma maneira que temos funcionado até agora.Para alcançarmos este objetivo, precisamos de oficializar esta nova situação, utilizando um processo simples para criar a Associação que é o da “Associação na Hora”. Penso que está será a melhor forma e a mais simples para criarmos a nossa Associação. Propomos, pois, elaborar os Estatutos da nova associação durante o mês de Janeiro e que em grande parte já se encontram descritos no Projeto inicial.

Se entre os padrinhos e madrinhas houver algum ou alguns voluntários para nos ajudar nesta tarefa, nomeadamente alguém que esteja mais envolvido numa Associação, agradecemos e estamos prontos a receber a vossa ajuda. 


No mês de março,  após a nossa viagem a Suzana, realizaremos uma reunião na Quinta de Santo António. no domingo, dia 8 de Março, que servirá de Assembleia Geral, onde será eleita a Direção e aprovados os Estatutos da nova Associação Kassumai. Para esta reunião estão convidados todos os Padrinhos, Madrinhas, Benfeitores e Amigos.

Peço, pois, a todos os que estiverem dispostos a colaborar connosco nesta fase, para nos contactarem a fim de realizarmos uma pequena reunião (a partir do dia 8 de janeiro) e iniciarmos a redação dos estatutos. 




Desejamos a todos os participantes do Projecto Kassumai, Padrinhos, Madrinhas, Benfeitores e Amigos um Santo Natal e um Prospero Ano Novo.



Kassumai 


Manuel, Duarte e Miguel Rei Vilar

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Relatório de contas

Projeto Kassumai
Resultados do Ano 2019
Donativos
17161,08 €
Despesas (*)
12406,44 €
Saldo
4754,64 €

* Das quais despesas bancárias 430,99 €

Cascais, 18 de dezembro de 2019
___________

quarta-feira, 18 de dezembro de 2019

Guiné 61/74 - P20466: Manuscrito(s) (Luís Graça) (175): Afinal, como explicar a História às criancinhas, se o futuro a Deus pertence?

O Alzheimer da História 

por Luís Graça

Davam longos passeios, 
ao domingo,
os lisboetas,
de jardim em jardim, 

ao longo do rio,
que afinal já não era rio,

era braço de mar salgado.

A pé. 

Tinham trocado, 
na feitoria de Arguim,
os seus cavalos brancos, 

puríssimos lusitanos,
com os seus belos arreios,

de couro e madrepérola,
por escravos negros,

negros da Guiné.
E alguns, futuristas, por trotinetas,

talvez já a pensar 
que o clima estava a mudar.

E, no seu encalce, os turistas, voyeuristas,
com as suas superzooms digitais,
subiam as sete colinas 

para melhor ver as vistas
e os vitrais das catedrais

e, outros até, as pernas das meninas.

Grande era o mundo,
visto do miradouro da Senhora do Monte,
e Portugal, tão pequenino e caleidoscópico,
ali tão perto, 

ali ao fundo.

Já não passavam mais comboios de navios,
nem caravelas nem naus
ao largo do Bugio.
Até as fragatas e as varinas
tinham sido varridas pelo último tsunami.

Perderam-se, por má sorte das armas,
ou quiçá por algum “Te Deum” desafinado,
as joias da coroa, 
Dradrá, Nagar Aveli, 
Goa, Damão e Diu.

Junto às ruínas do palácio dos Estaus,
um manjaco do Canchungo
varria o lixo da História
para debaixo do tapete.

E era feliz, triplamente feliz,

se é que alguém pode ser triplamente feliz:
feliz por ter um emprego,
cama, mesa e roupa lavada.

Uma retrete e um trompete. 
Tocava na orquestra Todos,
em prol da implosão/inclusão
dos cinco dedos da mão.

E um crachá da União das Freguesias
da Mouraria e da Judiaria,

finalmente juntas, 
ao fim de tantos séculos.
“Manga de bom pessoal”,
jurava o antigo escravo, agora forro.

Feliz porque na ceia de Natal 
da Santa Casa da Misericórdia,
que sorte!,
haveria pencas, batatas e bacalhau,
como no tempo do seu antigo senhor 
que era do Norte.

E feliz, enfim, por não ter memória:
- Teixeira Pinto ?...
- Sim, o capitão-diabo!
- Capitão...?

Não, nunca ouvira falar de tal senhor.

Coitados dos povos que sofrem
da doença do Alzheimer da História!
Mas pode ser que tenhas mais sorte, 
meu irmão, 
na próxima vaga migratória,
na próxima reencarnação, 
na lotaria da genética,
na transmigração das almas,
na girândola da vida e da morte,

na revisão da História,
que está sempre a ser aumentada e melhorada.


Em novembro era verão,
ainda davam longos passeios pelo rio, 

os lisboetas, 
levando pela mão os seus loucos, 
mais os mudos, os surdos, e os cegos,
os inválidos do comércio
e os da última das guerras coloniais...
E quem mais ?
Eu sei lá, 
que a procissão ainda vai no adro,
mas ainda descortino, 
entre Xabregas e o Terreiro do Paço,
os sete anões da corte,
e os seus poetas menores,
e os avós e os netos da criadagem,
os cães e os gatos.
Ah!, e a gaiola com o periquito 
de algum pagem.


A Branca de Neve desaparecera há muito,

quando, ao que parece,
foi levar um dos sete anões, aflito,
a fazer chichi na praia de Pedrouços,
que era a praia da ralé.
Outros dizem que fora raptada
pelos corsários de Salé,
quando brincava às casinhas 

na praia da Torre de Belém.

Meus Deus!,
e os canhões do forte de São Julião da Barra,
logo ali ao lado ?!...
E a fábrica da pólvora em Barcarena ?!...
E ninguém chamou o 112?!

Ah!, tinha tudo para ser feliz, 
a pobre Branca de Neve,
no meu país. 
Foi uma pena.

Afinal, como explicar a História às criancinhas,
se o futuro a Deus pertence ?!

Lisboa, 25 de novembro de 2015/2019. Revisto.
____________

Nota do editor:

Último poste da série de 3 de novembro de 2019 > Guiné 61/74 - P20309: Manuscritos (Luís Graça) (174): as cores quentes e frias do outono da Tabanca de Candoz - III (e última) Parte

quinta-feira, 25 de abril de 2019

Guiné 61/74 - P19717: XIV Encontro Nacional da Tabanca Grande (6): Estamos a um mês!... É a 25 de maio, sábado, em Monte Real... Dez razões, camarada, para não dizeres, como na canção dos "Deolinda", "vão sem mim, que eu vou lá ter"... Dez razões para vires connosco: (i) quem nunca lá foi, deve ir pelo menos uma vez na vida; (ii) quem já foi uma vez, deve ir pelo menos duas; (iii) quem já foi mais vezes e gostou, deve lá voltar; (iv) quem não gostou, deve dar o benefício da dúvida e inscrever-se este ano; (v) Monte Real é o centro geodésico de todas as tabancas; etc., etc. Lotação máxima: 200 lugares



XIV ENCONTRO NACIONAL DA TABANCA GRANDE

MONTE REAL, Leiria, Palace Hotel Monte Real


sábado, 25 DE MAIO DE 2019, a partir das 10h00

1. Não demos conta: no dia 23, anteontem, fez anos o nosso blogue. Quinze anos!... Também ninguém nos deu os parabéns... Nem estávamos à espera disso. 


O blogue é como o ar que a gente respira ou a saúde ou a paz ou a liberdade, que reconquistámos no dia 25 de Abril de 1974, há 45 anos atrás: um valor sem preço... 

Só vamos dar conta disso quando essas coisas acabarem, um dia... E, pela lógica e pela ordem natural das coisas, deverá ser o blogue, o primeiro a desaparecer... E espero que o resto nunca nos falte: o ar, a saúde, a paz, a liberdade... De qualquer modo, em relação ao blogue, aqueles que o editamos, escrevemos, comentámos, lemos...já estamos todos cansados, e velhotes...

Quinze anos é uma vida!... Pensando bem são mais anos do que aqueles todos que a guerra durou... São sete comissões na Guiné... E se foi penosa a nossa, a de cada um de nós, que em média não chegava aos dois anos... 

No dia 25 de maio próximo vamos celebrar esta "pequena" efeméride, com a realização do XIV Encontro Nacional da Tabanca Grande. Em Monte Real, o centro geodésico da Tabanca Grande, que a mãe de todas as tabancas...

É preciso apontar dez razões, no mínimo,  para a gente sair de casa e ir até lá ?

(i) Quem nunca lá foi, deve ir pelo menos uma vez na vida;

(ii) Quem já lá foi uma vez, deve ir pelo menos duas;

(iii) Quem já foi mais vezes e gostou, deve lá voltar;

(iv) Quem não gostou, deve dar o benefício da dúvida e inscrever-se este ano;

(v) Monte Real é o centro geodésico da Tabanca Grande, e de todas as tabancas, equidistante do norte e do sul, do leste e do oeste, de Portugal e do resto do mundo;

(vi) A Tabanca Grande é a mãe de todas as tabancas: não basta ser-se tabanqueiro de Matosinhos, do Centro, da Linha, da Maia, dos Melros, do Porto Dinheiro, de Almada, do Algarve, da Lapónia, etc.;

(vii) O Mundo é Pequeno e a Nossa Tabanca... é Grande;

(viii) Aqui cabemos todos, com tudo o que nos une e até com aquilo que nos separa, do general ao soldado, do operacional ao não operacional, do camarada ao amigo, do periquito ao maçarico e ao checha, do crente ao não crente, do mais branco ao menos branco, do mais novo ao mais velho, do verde ao rubro...

(ix) Pode-se comer, beber, conviver e até dormir e orar;

(x) No céu, dizem, ... não há disto!



As inscrições tem de ser feitas até 8 dias antes da realização do evento, por razões óbvias de logística hoteleira...E precisamos de garantir os 100 (!) lugares... Mas o Joaquim Mexia Alves, da comissão organizadora, é que nos vai dizer o dia e a hora em que terminam as inscrições...


PS1 - Que ninguém diga, como na canção dos "Deolinda", "vão sem mim que eu vou lá ter"... Não, amigos e camaradas da Guiné (ou de outros teatros de operações), venham connosco...Nunca ninguém ganhou guerras sozinho...

PS2 - Ah!, e podem dormir no Palace Hotel de Monte Real (4 estrelas) a preço de amigo e camarada da Guiné...



2. 
Para saber tudo sobre o encontro clicar aqui.


Inscrições:

Carlos Vinhal (Leça da Palmeira / Matosinhos):

carlos.vinhal@gmail.com 


Temos 56 inscritos até ao fim do dia 25 de abril de 2019 [, vd. lista na coluna do lado esquerdo, ao alto]. 

Palmas para estes 56 amigos e camaradas da Guiné que não esperaram pela 23ª hora para se inscreverem, à "boa maneira portuguesa"...  Alguns vêm pela primeira vez, e/ou vêm de longe. 

Contamos com a leal colaboração dos régulos das diversas tabancas para mobilizarem os seus tabanqueiros para este evento, que só se realiza uma vez por ano... 

E esperemos que este não seja o último!...


[ A propósito, recordo sempre a história do "meu pai, meu velho, meu camarada"... Foi expedicionário, na II Guerra Mundial, em Cabo Verde, Ilha de São Vicente, Mindelo... em 1941/43. Pertencia ao 1º batalhão do RI 5 (Caldas da Rainha)... Passou meio século da sua vida a ir todos os anos ao convívio da sua unidade, nas Caldas da Raínha, que até nem era longe da Lourinhã onde vivia, a uns escassos trinta e tal quilómetros... Nunca o lá levei, nem antes nem depois do 25 de Abril... Hoje percebo melhor o seu prazer e a sua necessidade de se encontrar, anualmente, com os seus velhos camaradas de armas...Um dia, já nos "entas",  ele e os seus camaradas, começaram a olhar uns para os os outros: eram seis, menos do que um secção... Nunca mais lá voltaram. E já morreram todos. Minto: ainda está vivo, e mais do que centenário, o ex-furriel miliciano António Caxaria, que lhe dava boleia... Gostava de lhe poder fazer ainda uma homenagem, aqui, no nosso blogue: já fez 103 anos!... Houve um altura que o encontrava, com alguma frequência, aos fins de semana, no restaurante Foz, da Praia da Areia Branca, com o filho, o engº de minas Carlos Caxaria... Que cabeça, que memória!...Era um gosto falar com ele...]

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Nota do editor:

Postes anteriores da série >

20 de abril de 2019 > Guiné 61/74 - P19702: XIV Encontro Nacional da Tabanca Grande (5): De Nova Iorque com amor, em dia de aniversário de casamento: o João Crisóstomo é o 47º camarada a responder à chamada da mãe de todas as Tabancas... E aproveita para ir, no dia 18 de maio, ao almoço convívio da sua companhia, a CCAÇ 1439 (Enxalé, Portogole e Missirá, 1965/67)... Com ele, são já 47 os inscritos para a Operação Monte Real 2019...

12 de abril de 2019 > Guiné 61/74 - P19671: XIV Encontro Nacional da Tabanca Grande (4): os melhores exemplos são os que vêm de cima... O novo grã-tabanqueiro, nº 785, o maj gen ref João Afonso Bento Soares, inscreve-se com tempo e vagar e traz com ele o José Ramos, ex-fur mil trms, chefe do posto do STM do Agrupamento de Bafatá (1968-70), um "periquito" que pede também para acomodar-se na mãe de todas as tabancas... A mês e meio do encontro, em Monte Real, há já 45 inscrições!... O normal é a malta deixar tudo para o fim...

1 de abril de 2019 > Guiné 61/74 - P19641: XIV Encontro Nacional da Tabanca Grande, Palace Hotel de Monte Real, 25 de Maio de 2019 (3): A menos de dois meses, temos 'apenas' 34 inscrições... O que é que se passa, amigos e camaradas da Guiné?... Esta semana, o nosso blogue chega aos 11 milhões de visualizações, e a 23 de abril faz 15 anos de vida!...

8 de março de 2019 > Guiné 61/74 - P19561: XIV Encontro Nacional da Tabanca Grande, Palace Hotel de Monte Real, 25 de Maio de 2019 (2): Duas baixas de vulto, o David Guimarães (ex-fur mil MA, CART 2716, Xitole, 1970 / 72) e a sua esposa Lígia, um casal histórico de grã-tabanqueiros, residente em Espinho, que, pela primeira vez, desde 2006, falha à chamada!... Mas já temos as primeiras 18 inscrições..

12 de fevereiro de 2019 > Guiné 61/74 - P19492: XIV Encontro Nacional da Tabanca Grande, Palace Hotel de Monte Real, 25 de Maio de 2019 (1): Primeiras informações e abertura das inscrições (A Comissão Organizadora)