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sábado, 10 de outubro de 2020

Guiné 61/74 - P21437: Fotos à procura de... uma legenda (133): Levantamento de um campo de minas A/P: chão felupe, setembro de 1974, uma notável sequência fotográfica do António Inverno (ex-alf mil Op Esp / Ranger, 1º e 2ª CART / BART 6522 e Pel Caç Nat 60, São Domingos, 1972/74)



Foto nº 1


Foto nº 2


Foto nº 3


Foto nº 4



Foto nº 5


Foto nº 6



Foto nº 7

Guiné > Região do Cacheu > Chão felupe > 1974 > BART 6522/72 (1972/74)


Fotos (e legendas):  © António Inverno (2010). Todos os direitos reservados.[Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


1. A propósito do Poste P21435 (*), achámos oportuno voltar a reproduzir uma notável sequência fotográfica de uma "desminagem", feita pela nosso camarada António Inverno (ex-alf mil Op Esp/Ranger, 1.ª e 2.ª CART / BART 6522 e Pel Caç Nat 60 (S. Domingos, 1972/74). As imagens foram hoje reeditadas e melhoradas. Não sabemos quem foi o fotógrafo, que também correu riscos: talvez tenha sido o fur mil Ferreira, que integrava o pequeno grupo de sapadores...

O poste P7480 (**)  tem já quase dez anos, e na altura não se pode dizer que tenha passado despercebido, uma vez que tem até agora cerca de 370 visualizações, mas sem qualquer comentário. Esperamos que desta vez os nossos leitores sejam mais generosos...


(...) A seguir anexo uma sequência de fotos de uma desminagem, efectuada por mim num campo de minas anti-pessoal, que eu havia montado numa zona descampada e que servia de protecção estratégica contra eventuais infiltrações do IN, por aquela parcela de terreno entre S. Domingos e Susana.

A instalação do dispositivo foi concretizada seguindo os habituais ensinamentos assimilados na instrução prática e teórica do CIOE [, Centro de Instrução de Operações Especiais].  partindo de um ponto de referência seguro e obrigatoriamente de fácil identificação no terreno, para melhor permitir, em dias futuros, também de modo perfeitamente seguro, o posterior efeito de levantamento.

A selecção de um ponto de referência único e inequívoco, e o desenho de um preciso e claro croqui, foi sempre a minha principal preocupação, pois podia dar-se o facto de não ser eu, quando necessário fazê-lo, a efectuar a sua desinstalação ou levantamento, com queiram chamar-lhe.

A instalação do campo em apreço, decorreu normalmente, mina a mina, calculando e preservando sempre o perigoso risco que representava o cumprimento rigoroso de uma missão destas.

Este sistema havia sido montado aquando da nossa chegada a Susana, em fins de 1972, e teve que ser levantado antes da nossa retirada em Setembro de 1974.

Penso que não era preciso dizer aqui que,  se a montagem foi, de algum modo, facilmente implantado no terreno, já não posso dizer o mesmo quanto ao acto de levantamento.

Quem sabe e/ou viu os efeitos físicos e psíquicos,  num ser humano, do rebentamento de uma mina anti-pessoal,  sabe do que eu falo.

Assim, lá parti para o terreno ciente que não podia errar, pois o lema que aprendera em Lamego com o monitor de Minas e Armadilhas, dizia que, com os explosivos deste género, só se podiam falhar 3 vezes: a primeira, a única e a última!

Tomadas todas as precauções e apesar da adrenalina e dos suores frios que nos causavam estes “trabalhinhos”, tudo correu bem felizmente.

Na última foto [, nº 7] podem ver um buraco com as ossadas de um pequeno animal, que morrera ao fazer detonar umas das minas.

Legendagem das fotos [, reproduzidas acima]:

"Melhor que uma excelente picagem, e tínhamos homens altamente especializados nessa matéria, era ter um detector de minas (metais)" [Foto nº 1]

"Rapidamente começamos a decobrir (eu, o fur Mil Ferreira, o sold "Castiço" e o Mulata) a primeira das piores e mais traiçoeiras assassinas da guerra" [, Foto nº 2].

"Dá-me aí uma faca se faz favor" [Foto nº 3]

"Aqui está a gaja" [Foto nº 4]

"Com cuidado... muito cuidado! ]Foto nº 5]

"Aqui está ela fora da terra, vou retirar-lhe a espoleta e pronto, já não fará mal a ninguém" [Foto nº 6]

"Esta não preciso levantá-la. Só um buraco e uns ossitos, como último sinal de que aqui acontecera uma morte." [Foto nº 7]

Um abraço, António Inverno Alf Mil Op Esp/Ramger, BART 6522/72 e Pel Caç Nat 60 (1972/74)



O António Inverno,   com a sua "inseparável AK 47,  ao fim do dia, na magnífica e sempre bela Ponta Varela".



Emblema do Batalhão de Artilharia nº 6522/72. Cortesia de Carlos Coutinho

 
Sobre o BART 6522/72 (1972 - 1974), ver a ficha de unidade.

Resumindo:

(i) mobilizado pelo  RAL 5,  Penafiel;

(ii) divisa: " Por uma Guiné Melhor":

(iii) comandante: ten cor art João Corte-Real de Araújo Pereira;

(iv) embarcou em Lisboa em 6 de dezembro de 1972, tendo desembarcado em Bissau a 13 desse mesmo mês; a  3ª Companhia embarcou por fases, via aérea, entre 7 e 15 de dezembro de 1972;

(v) receber a IAO . Instrução de Aperfeiçoamento Operacional, em Bolama; 

(v) guarneceu os seguintes aquartelamentos e destacamentos:  Ingoré, São Domingos, Susana, Sedengal, Varela, Antotinha, Apilho, Gendem, Barro, Bigene, e Ganturé;

(vi) a 1ª companhia esteve em São Domingos; a 2ª em Susana e Varela; a 3ª em Ingoré e Sedengal; a CCS, em Ingoré e Antonina;

(viii) coube-lhes já na retração, a desativação e entrega de diversos aquartelamentos e destacamentos ao PAIGC;

(ix) regressaram para Bissau, de onde embarcaram a 30 de agosto e 3 de setembro de 1974

________

segunda-feira, 12 de outubro de 2015

Guiné 63/74 - P15240: Inquérito "on line" (5): Resultados provisórios, num total de 117 respostas: parece haver uma sobrerrepresentação dos "spinolistas" (75%), em relação aos "schulzistas" (5%) e aos "bettencourtistas" (5%)... Comentários de José Colaço, Raúl Azevedo, Veríssimo Ferreira e Francisco Galveia

Com-chefe, gen inf Arnaldo Schulz
(1964/68): tem 32 referências no nosso blogue
A. Inquérito "on line", no nosso blogue, iniciado em 9 do corrente e que se prolonga até 15, 5ª feira (*): 


"Dos 3 últimos com-chefes do CTIG, aquele de que tenho melhor opinião é... Arnaldo Schulz (1964/68), António de Spínola (1968/73) ou Bettencourt Rodrigues (1973/74) ?"...


Respostas provisórias (n=117)


1. Arnaldo Schulz (1964/68)  > 7 (5%)



2. António de Spínola (1968/73)  > 88 (75%)




3. Bettencourt Rodrigues (1973/74)  > 7 (5%)


4. Nenhum deles  > 9 (7%)


5. Não sei / não tenho opinião  > 6 (5%)



Respostas recebidas [diretamente, no blogue, "on line",sob a forma de "voto" no canto superior esquerdo]:

117 [até às 19h00 do dia 11/10/2015, domingo]

Dias que restam para responder:

3 [até 15/10/2015, 5ª feira, 15h32]

Com-chefe, gen cav António Spínola (1968/73): 
tem mais de 200 referências no nosso blogue


B. Alguns comentários curtos deixados pelos nossos camaradas que nos leem (*):


José [Botelho] Colaço [ex-sold trms,  CCAÇ 557, Cachil, Bissau e Bafatá, 1963/65]:


(...) Inquérito só aos últimos três governadores,  Shulz, Spínola e Bettencourt? E porque não aos últimos quatro, o comandante Vasco António Martinez Rodrigues,  penso eu,  não pode ser ignorado e sair incólume, pois foi no seu mandato de governador da Guiné 1962/64,  que a guerra da Guiné se "declarou". Bem se sabe que o Vasco Rodrigues, governador geral,  não tinha o tanta responsabilidade a nível militar como os seus sucessores,  devido as chefias militares estarem a cargo de um chefe militar, na altura o brigadeiro Fernando Louro de Sousa,  e segundo se consta deu origem à exoneração de ambos. (...)



Raúl [Manuel Bivar de ] Azevedo [ex-cap mil, 2ª C / BART 6522, Susana, 1972/74]


(...) O meu voto vai para António de Spínola (**), baseado em experiência pessoal, visitou a minha Companhia variadas vezes. Um militar exemplar. (...)


Omis Syrev Ferreira  [, 1º nome escrito ao contrário do Veríssimo Ferreira, é o seu "user name"  no Blogger; ex-Fur Mil, CCAÇ 1422 / BCAÇ 1858, Farim, Mansabá, K3, 1965/67]


Com-chefe, gen inf [José Manuel]
Bettencourt Rodrigues (1973/74):
rem cerca de 3 dezenas de referências 
no nosso blogue


(...) Aquele que conheci e atendeu justos pedidos, que a Secção de Funerais e Registo de Sepulturas fez, foi o Sr Gen. Schulz. Ouviu o que tínhamos para dizer, concordou e nem uma vírgula acrescentou. E foi a partir daí que às famílias dos militares falecidos deixou de ser pedida qualquer contribuição (6 mil escudos) à época. (...) 


Francisco [Monteiro] Galveia [ex-1º cabo cripto, CCAÇ 616 (Empada, 1964/66)9


(...) A minha resposta é 1 - Arnaldo schulz (1964/1966)

Visitou-nos (à CCaç 616) em Empada e Ualada (batizada por nós por Rancho da Ponderosa), onde estava permanentemente um pelotão nosso. Aguém dos presentes lhe disse que
ali tudo era feito a braços, não havendo também lá mulheres... Ele teve
esta expressão: "Então aqui é tudo feito à mão". (...) 

_______________


Notas do editor:




(**) Vd. 11 de outubro de 2015 > Guiné 63/74 - P15236: O Spínola que eu conheci (32): A primeira vez que comi caviar, foi com ele, em Bambadinca (Jaime Machado); um militar que eu admirava (João Alberto Coelho); em Antotinha, formámos o pelotão e batemos-lhe a pala no campo de futebol, em tronco nu: estávamos a jogar à bola, quando chegou de heli (Carlos Sousa)

segunda-feira, 7 de abril de 2014

Guiné 63/74 - P12945: Estórias avulsas (77): A história do dia seguinte! (João Alberto Coelho)

1. O nosso Camarada João Coelho (ex-Alf Mil Op Esp/RANGER da 1.ª CART do BART 6522 – S. Domingos -, 1972/74) enviou-nos a seguinte mensagem e algumas fotos do seu álbum de memórias. 

Camaradas, 

Tal como prometi quando me apresentei no blogue, aqui vai:

A história do dia seguinte

Como disse, fomos flagelados com granadas de canhão sem recuo (cerca de sessenta). Enquanto ocorria a flagelação, o alferes Rocha (artilheiro), foi batendo a zona com o obus do meio com tiros para cima da fronteira a norte e nordeste, e com o do lado direito, para uma bolanha imensa que ficava a nordeste do aquartelamento e de onde parecia que as granadas estavam a ser lançadas. Então ao fim de pouco tempo deixaram de cair e nós pensámos que tudo tinha terminado. 

Só que 10 a 15 minutos depois somos novamente flagelados, desta vez com 6 misseis terra-terra (foguetões de 122 mm). Apenas 1 caiu na extremidade sul do aquartelamento, fazendo estragos nalgumas viaturas. 

No dia seguinte, bem cedo, lá fui eu com dois pelotões, bem armados e dispostos a tudo, a caminho de um marco da fronteira, lugar onde pensámos terem sido lançados os foguetões. Sem qualquer dificuldade encontrámos o local onde estiveram as rampas de lançamento. Ainda estivemos para entrar numa aldeia Senegalesa perto daquele local, mas tivemos o bom senso de não o fazer. 

Agora, faltava descobrir o local de onde tinham sido disparados os canhões. Começámos a bater a bolanha e mais ou menos a 2/3 para sul, demos com uma cratera provocada por rebentamento de granada de obus, a cerca de três metro e no meio do lugar onde estiveram os 2 canhões. Em volta, o capim era amarelo e vermelho e através de um informador soubemos que o IN teve várias baixas entre mortos e feridos. 

Se "por sorte", a granada não tivesse caído ali, possivelmente a flagelação continuaria e talvez as baixas fossem do nosso lado. 

A título de comentário, eu acho que o ataque foi muito bem planeado e executado, pois as granadas caíram quase todas à frente dos obuses, e se o IN tivesse um elemento a corrigir o tiro, tínhamos passado um mau bocado. 

Eu com outro camarada a assistir a um "RONCO"
O primeiro grupo de guerrilheiros do PAIGC a visitar S. Domingos (Com um comissário político do PAIGC e o 1º Sargento Cardante)
Em cima do célebre obus.
No varandim da messe (ao meu lado estão bocados de foguetão e bocados de granada de canhão)
 Estávamos perto de tudo... 

Obrigado pela vossa atenção a este meu relato. 

Abraços para todos os amigos, 
João Coelho
Alf Mil Op Esp/RANGER da 1.ª CART do BART 6522 –

Emblema de colecção: © Carlos Coutinho (2010).Direitos reservados. 
Fotos: © João Coelho (2010). Direitos reservados. 
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Notas de M.R.:

Vd. o último poste desta série em: 

quarta-feira, 2 de abril de 2014

Guiné 63/74 - P12924: Tabanca Grande (432): João Alberto Coelho (Alf Mil Op Esp/RANGER da 1.ª CART do BART 6522 – S. Domingos -, 1972/74), grã-tabanqueiro nº 653


1. O nosso Camarada João Alberto Coelho (ex-Alf Mil Op Esp/RANGER da 1.ª CART do BART 6522 – S. Domingos -, 1972/74) enviou-nos uma mensagem de apresentação e algumas fotos do seu álbum de memórias. 


Camaradas, 

Sou do 2º Curso de Rangers de 1972, onde fui graduado em Aspirante, tendo ficado no C.I.O.E. como instrutor no 3º curso (Adjunto do então Capitão Cardeira Rino). 

Formamos Batalhão de Artilharia 6522.em Penafiel, passando a Alf Mil e chegamos à Guiné em Dez/1972, integrado na 1ª CART, que foi colocada em S. Domingos. 

Regressamos a Portugal em Setembro de 1974.

Envio umas fotos e conto uma pequena história, apesar de não ter grandes histórias. 

Felizmente, não houve baixas na minha companhia e todos os rapazes que foram, regressaram sem um ferimento. 

Então, aqui vai a história do momento em que eu senti que ia morrer na Guiné. 


DEBAIXO DE FOGO INIMIGO



Um dia, depois do jantar, e estando na messe a jogar "King", eis que ao longe ouvimos a saída de um projétil de uma arma pesada. 

Claro que todos correram para os seus postos, menos eu, que continuei sentado a olhar para o meu jogo, chamando nomes ao IN, pois era a minha mão e tinha um jogão para "nulos".

Quando saí da messe já as granadas de canhão sem recuo caíam dentro e fora do aquartelamento(a grande maioria delas).

Como o meu posto de combate ficava nas valas à frente dos 3 obuses 10,5, decidi correr em campo aberto, pois ainda era distante.

Sensivelmente a meio do trajeto, eis que ouço um silvo. Pensei que estava feito e que ia levar com uma granada em cima. Deitei-me no chão e tentei cobrir a cabeça com os braços. Logo a seguir um rebentamento a poucos metros de mim e comecei a levar com terra em cima.

Uns segundos depois, ao ver que nada me tinha acontecido, levantei-me e lá cheguei ao meu destino, são e salvo.

Mais tarde, contarei outra que se passou no dia seguinte, quando fui fazer o reconhecimento, onde se pode ver que a sorte pode muitas vezes decidir quem vive e quem morre.

Oficial de Dia no C.I.O.E.
"Aeroporto " de S. Domingos
Aquartelamento, vestido com um macaco e botas, oferecidos pelo meu amigo 2º tenente Centeno do Destacamento de Fuzileiros Especiais da vila de Cacheu, na companhia do 1º comissário político do PAIGC que visitou S. Domingos.

Um abraço amigo,
João Coelho
Alf Mil Op Esp/RANGER da 1.ª CART do BART 6522 –

Emblema de colecção: © Carlos Coutinho (2010).Direitos reservados. 
Fotos: © João Coelho (2010). Direitos reservados. 
_________
Notas de M.R.:

A título informativo, comunicamos que após consulta ao nosso blogue, descobrimos que temos entre a Tertúlia Bloguista 5 Camaradas deste batalhão: 

- Diamantino Prazeres Colaço, ex-Soldado Atirador da 1ª CART;

- António Inverno, que foi Alf Mil Op Esp/RANGER da 1.ª e 2.ª CARTs e Pel Caç Nat 60, S. Domingos; 

- Raul Manuel Bivar de Azevedo, que foi Cap Mil da 2ª CART, Susana; 

- Sérgio Matos Marinho de Faria, Cap Mil Inf - Comandante da 3.ª Companhia, Ingoré e Sedengal; 

- Ricardo Pereira de Sousa, que foi Alf Mil Op Esp/RANGER do 3ª CART, Sedengal.

Vd. o último poste desta série em:

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Guiné 63/74 - P8300: Em Busca de... (163): Diamantino Prazeres Colaço procura Camaradas do BART 6522/72 - S. Domingos -, 1973/74 (Cláudia Colaço)


1. Recebemos mais uma mensagem da senhora Cláudia Colaço, filha do nosso Camarada Diamantino Prazeres Colaço, ex-Soldado Atirador da 1ª CCAÇ do BART 6522/72, que não desanima de encontrar indícios dos ex-Militares desta companhia, a pedido se seu pai, desta vez enviando-nos também 2 fotos dele nos tempos da Guiné.

Atenção Camaradas da 1ª CCAÇ do BART 6522/72

Sou filha de Diamantino Prazeres Colaço, ex-Soldado Atirador da 1ª CCAÇ do BART 6522/72, ex-Combatente da Guiné (1973-1974), que está muito interessado em encontrar camaradas de que, ao longo destes anos, perdeu completamente a ligação.

Peço, por favor, que me enviem toda e qualquer informação de que sejam conhecedores, como por exemplo, datas de encontros, contactos de ex-Militares da Companhia, etc., para o meu e-mail: claudiacolaco88@hotmail.com

Atenciosamente,
Cláudia Colaço
_________

Notas de M.R.:

Amigo e Camarada Diamantino Prazeres Colaço, em nome do nosso Camarada Luís Graça e demais tertulianos desta Tabanca Grande, registo aqui um convite para te juntares a nós.

Já só falta uma foto actual e que nos contes, pelo menos, uma história da tua passagem pela Guiné acompanhada de fotos que eventualmente guardes no teu álbum de memórias daquele tempo.

Em nome de todos envio-te um abraço Amigo e os desejos que continues nesta busca, que, creio bem mais dia menos dia, dará os seus frutos.

__________

Vd. também, sobre este pedido da Cláudia Colaço, o poste:

11 de Maio de 2011 > Guiné 63/74 - P8260: Em busca de... (160): Procuro Camaradas do BART 6522/72 - S. Domingos -, 1973/74 (Cláudia Colaço/José Marcelino Martins)

Vd. o último poste desta série em:

16 de Maio de 2011 >
Guiné 63/74 - P8282: Em Busca de ... (161): Dois camaradas do 15º Pel Art (Guileje e Gadamael, 1972/74): Alf Mil Fortes, e 1º Cabo Neto, naturais de Lisboa e Santo Tirso, respectivamente (Luís Paiva)


quarta-feira, 11 de maio de 2011

Guiné 63/74 - P8260: Em busca de... (161): Procuro Camaradas do BART 6522/72 - S. Domingos -, 1973/74 (Cláudia Colaço/José Marcelino Martins)


1. O nosso Camarada Luís Graça recebeu em 25 de Abril de 2011, uma mensagem da senhora Cláudia Colaço, com o seguinte apelo.

Procura de ex-combatentes do BART 6522/72
Boa noite,

Sou filha de um ex-combatente da Guiné (1973-1974), que possui interesse em encontrar colegas com os quais perdeu ligação.
Não sei se me poderá ajudar de alguma forma, como por exemplo, datas de encontros, contactos de ex-Combatentes, etc...
O meu Pai integrou a 1ª Companhia do Batalhão de Artilharia 6522/72, nos anos de 1973 e 1974.
Fico a aguardar resposta, para o meu e-mail: claudiacolaco88@hotmail.com

Os melhores cumprimentos,
Cláudia Colaço

2. Como é habitual neste tipo de pedidos, o Luís Graça "mandou" o nosso Camarada José Martins (ex-Fur Mil Trms da CCAÇ 5, Gatos Pretos,
Canjadude, 1968/70) trabalhar.
Foi o que ele fez e, em 8 de Maio, enviou-nos a seguinte informação, que passamos a publicar, e dela daremos conta à Dª Cláudia Colaço.

“Bom dia Luís e restantes editores.

Em anexo segue o que consegui sobre o BART 6522/72.
Contactos (apenas da 2ª Companhia).

Página UTW: Américo Matias - matias.2436@hotmail.com e tel 967 682 743.

Página Jorge Santos: Couto - tel 934 544 442.

Um abraço
José Martins”

Guião do Batalhão de Artilharia nº 6522/72
© Guião da colecção de Carlos Coutinho, com a devida vénia.
BATALHÃO DE ARTILHARIA Nº 6522/72

Unidade Mobilizadora: Regimento de Artilharia Ligeira nº 5 – Penafiel

Comandante: Tenente-coronel de Artilharia João Corte-Real de Araújo Pereira

2º Comandante: Major de Artilharia Abílio Margarido Gonçalves

Oficial de Informações e Operações/Adjunto:
Capitão de Artilharia Fernando Nunes Canha da Silva

Comandantes de Companhia de Comando e Serviços:
Capitão do Serviço Geral do Exército Manuel Coelho dos Santos
Capitão Miliciano de Infantaria Mário Pedro de Sousa Teixeira
Capitão Miliciano de Artilharia Armando Pimenta Cristóvão
Capitão Serviço Geral do Exército José Vasques Limon da Silva Cavaco

Divisa: Por uma Guiné Melhor

Partida: A unidade embarcou em Lisboa em 6 de Dezembro de 1972, tendo desembarcado em Bissau a 13 desse mesmo mês. A 3ª Companhia embarcou por fases, via aérea, entre 7 e 15 de Dezembro de 1972.

Regresso: Embarcou, por fases, entre 30 de Agosto e 3 de Setembro de 1974.

Síntese da Actividade Operacional

A Instrução de Aperfeiçoamento Operacional foi realizada em Bolama, no Centro de Instrução Militar entre 15 de Dezembro de 1972 e 12 de Janeiro de 1973, seguindo, a 16 desse mês, para Ingoré para, além de efectuar o treino operacional, a sobreposição com o Batalhão de Caçadores nº 3846.
Assume a responsabilidade do Sector O6, em 10 de Fevereiro de 1973, que incluiu os subsectores de Ingoré, S. Domingos e Susana, que, a 13 de Março de 1973 inclui o subsector de Sedengal.
A sua função no terreno inclui, além da defesa desse território, as colunas, escoltas e patrulhamentos, nomeadamente nas linhas de infiltração de Campada e Sapateiro, utilizadas pelo PAIGC. As suas subunidades orgânicas estiveram, durante toda a sua comissão, integradas no seu dispositivo de manobra.
Já na fase de retracção das Nossas Tropas, ao Sector O6 (Ingoré) foi acrescentado com os subsectores de Barro, Bigene e Ganturé.
A 11 de Agosto de 1974 é rendido pelo Batalhão de Artilharia nº 6521/74, tendo sido deslocado para Bolama, em 13 desse mês, para aguardar a viagem de regresso.

1ª Companhia
Comandada por:
Capitão Miliciano de Infantaria Artur António Pereira

Foi enviada para S. Domingos em 19 de Janeiro de 1973, onde efectuou o treino operacional e sobreposição com a Companhia de Cavalaria nº 3365, que veio a substituir em 12 de Fevereiro de 1973, assumindo a responsabilidade do subsector.
Já na dependência do Batalhão de Artilharia nº 6521/74, em 1 de Setembro de 1974, procedeu à desactivação e entrega do aquartelamento ao PAIGC, deslocando-se depois para Bissau, para aguardar embarque.

2ª Companhia
Comandada por:
Capitão Miliciano de Infantaria Raul Manuel Bívar de Azevedo

Foi enviada para Susana em 13 de Janeiro de 1973, onde efectuou o treino operacional e sobreposição com a Companhia de Cavalaria nº 3366, que veio a substituir em 17 de Fevereiro de 1973, assumindo a responsabilidade do subsector, com um pelotão em Varela, tendo destacado, a partir de 23 de Janeiro de 1974, para colaborar nos trabalhas dos aldeamentos de Catões, Cassolo e Sucujaque.
Já na dependência do Batalhão de Artilharia nº 6521/74, em 1 de Setembro de 1974, procedeu à desactivação e entrega do aquartelamento de Varela em 28 de Agosto de 1974 e do aquartelamento de Susana em 30 de Agosto de 1974, ao PAIGC, deslocando-se depois para Bissau, para aguardar embarque.

Emblemas da 2ª Companhia do Batalhão de Artilharia nº 6522/72
© Emblemas da colecção de Carlos Coutinho

3ª Companhia
Comandada por:
Capitão Miliciano de Infantaria Sérgio Matos Marinho de Faria

Foi enviada para Ingoré em 16 de Janeiro de 1973, onde efectuou o treino operacional e sobreposição com a Companhia de Cavalaria nº 3364, que veio a substituir em 17 de Fevereiro de 1973, assumindo a responsabilidade do subsector, com um pelotão em Sedengal e Antotinha.
A 13 de Março de 1973 foi colocada em Sedengal, criado pela divisão do subsector de Ingoré, sendo Sedengal guarnecida pela Companhia de Comando e Serviços do BArt 65/72. Manteve forças no destacamento de Antotinha, até 1 de Março de 1974, data em que passou a reforça Ingoré com dois pelotões.
A partir de 10 e 24 de Janeiro de 1974, destacou secções para Apilho e Gendem, respectivamente, para colaborar nos trabalhos desses aldeamentos.
Procedeu à desactivação e entrega do aquartelamento de Sedengal em 30 de Agosto de 1974, ao PAIGC, deslocando-se depois para Bissau, para aguardar embarque.
Na história do batalhão, é esta subunidade a única que regista mortos e condecorados.

TOMBADOS EM CAMPANHA e CONDECORADOS

DIOGO DA CONCEIÇÃO SALGUEIRO, Furriel Miliciano Operações Especiais da Companhia de Caçadores nº 16, em diligência no Batalhão, Solteiro, filho de José Salgueiro André e de Celeste da Conceição, natural da freguesia de Zebreira e concelho de Idanha-a-Nova, faleceu em 27 de Julho de 1974 no Hospital Militar de Bissau. Vítima de acidente com arma de fogo, ao ser accionada uma mina das Nossas tropas, em Teixeira Pinto. Foi inumado no Cemitério Benfica – Lisboa.

Foram vítimas de ferimentos em combate, na estrada entre Sedengal e Ingoré, tendo falecido, nesse Sábado 7 de Julho de 1973, os seguintes militares

ANTÓNIO MARIA AZEVEDO DA SILVA, Soldado Atirador nº 08986372, Solteiro, filho de Jorge Fernandes da Silva e de Carolina Dias de Azevedo, natural de Junqueira, freguesia de Azurara e concelho de Vila do Conde. Foi exumado no Cemitério de Azurara.

ANTONIO DE SOUSA CLARA, Soldado Atirador nº 12451072, Solteiro, filho de Joaquim da Costa Clara e de Maria de Sousa Azevedo, natural de Louredo, freguesia de São Mamede do Coronado e concelho de Santo Tirso. Foi exumado no Cemitério de São Mamede do Coronado.

BENJAMIM FERNANDO GOMES DA SILVA, Soldado Atirador nº 11975672, Solteiro, filho de Teodoro Nunes da Silva e de Felismina Pacheco Gomes, natural da freguesia de Ferreira e concelho de Paços de Ferreira. Foi exumado no Cemitério Paroquial de Paços de Ferreira.

CARLOS ANTÓNIO DA COSTA SALGADO, Soldado Atirador nº 09834272, Casado com Esmeralda Natália Dias da Rocha Salgado, filho de Carlos Júlio da Silva Salgado e de Francisca da Costa Salgado, natural da freguesia e concelho de Ovar. Foi exumado no Cemitério Paroquial de Anta – Concelho de Espinho.

MODESTO RIBEIRO NUNES, 1º Cabo Atirador nº 12327372, Solteiro, filho de Germano Ribeiro e de Maria Ribeiro Marinho, natural do lugar de Covelo do Monte, freguesia de Aboadela e concelho de Amarante. Foi exumado no Cemitério Paroquial de Aboadela.

RUI ALBERTO, Furriel Miliciano de Armas Pesadas nº 00753172, Solteiro, filho de Alcide Maria, natural da freguesia de Santiago Maior e concelho de Beja. Foi exumado no Cemitério da Caparica – Concelho de Almada.

Por feitos em combate, nessa mesma operação do dia 7 de Julho de 1973, foram condecorados os seguintes militares:

JOAQUIM SIOPA MENDES TOMÁS, 1º Cabo Atirador, condecorado com a Medalha da Cruz de Guerra – 4ª classe, pela Ordem do Exercito nº 14 – IIIª série – de 1975.

RICARDO PEREIRA DE SOUSA, Alferes Miliciano de Operações Especiais, condecorado com a Medalha da Cruz de Guerra – 3ª classe, pela Ordem do Exercito nº 18 – IIª série – de 1975.

Notas:
Tem história da unidade, que pode ser consultada, no Arquivo Histórico Militar (caixa nº 122 - 2ª Divisão – 4ª Secção).
5º Volume – Condecorações Militares Atribuídas – Cruz de Guerra – Tomo VIII - da Resenha Histórico Militar das Campanhas de África, edição do Estado Maior do Exercito (páginas 418 e 434).
7º Volume – Fichas das Unidades – Tomo II - GUINÉ - da Resenha Histórico Militar das Campanhas de África, edição do Estado Maior do Exercito (páginas 244 e 245).
8º Volume – Mortos em Campanha – Tomo II - GUINÉ – livro 2 - da Resenha Histórico Militar das Campanhas de África, edição do Estado Maior do Exercito (páginas 211 a 213 e 297).

José Marcelino Martins – 8 de Maio de 2011
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Notas de M.R.:

A título informativo comunicamos que após consulta ao nosso blogue, descobrimos que temos entre a Tertúlia Bloguista 4 Camaradas deste batalhão:

-
Raul Manuel Bivar de Azevedo, que foi Cap Mil da 2ª CART, Susana;
- António Inverno, que foi Alf Mil Op Esp/RANGER da 1.ª e 2.ª CARTs e Pel Caç Nat 60, S. Domingos;
- Sérgio Matos Marinho de Faria, Cap Mil Inf - Comandante da 3.ª Companhia, Ingoré e Sedengal;
- Ricardo Pereira de Sousa, que foi Alf Mil Op Esp/RANGER do 3ª CART, Sedengal.

Vd. o último poste desta série em:

4 de Maio de 2011 > Guiné 63/74 - P8218: Em busca de ... (159): Camaradas da CCAÇ 4544 (Cafal Balanta, 1973/74) (Manuel Santos Antunes / Catarina Antunes)

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Guiné 63/74 - P7480: Estórias avulsas (46): Desminagem entre S. Domingos e Susana (António Inverno)

1. O nosso Camarada António Inverno (ex-Alf Mil Op Esp/RANGER da 1.ª e 2.ª CARTs do BART 6522 e Pel Caç Nat 60 – S. Domingos -, 1972/74, enviou-nos uma mensagem com mais algumas das fotos do seu álbum de memórias. Camaradas,
Inicio esta mensagem com uma foto minha, com a inseparável AK 47 ao fim do dia, na magnífica e sempre bela Ponta Varela.



A seguir anexo uma sequência de fotos de uma desminagem, efectuada por mim num campo de minas anti-pessoal, que eu havia montado numa zona descampada e que servia de protecção estratégica contra eventuais e infiltrações do IN, por aquela parcela de terreno entre S. Domingos e Susana.
A instalação do dispositivo foi concretizada seguindo os habituais ensinamentos assimilados na instrução prática e teórica do C.I.O.E., partindo de um ponto de referência seguro e obrigatoriamente de fácil identificação no terreno, para melhor permitir em dias futuros, também de modo perfeitamente seguro, o posterior efeito de levantamento.

A selecção de um ponto de referência único e inequívoco, e o desenho de um preciso e claro croqui, foi sempre a minha principal preocupação, pois podia dar-se o facto de não ser eu, quando necessário fazê-lo, a efectuar a sua desinstalação ou levantamento, com queiram chamar-lhe.

A instalação do campo em apreço, decorreu normalmente, mina a mina, calculando e preservando sempre o perigoso risco que representava o cumprimento rigoroso de uma missão destas.

Este sistema havia sido montado aquando da nossa chegada a Susana, em fins de 1972, e teve que ser levantado antes da nossa retirada em Setembro de 1974.

Penso que não era preciso dizer aqui, que se a montagem foi, de algum modo, facilmente implantado no terreno, já não posso dizer o mesmo quanto ao acto de levantamento.

Quem sabe e, ou, viu os efeitos físicos e psíquicos num ser humano do rebentamento de uma mina anti-pessoal sabe do que eu falo.

Assim, lá parti para o terreno ciente que não podia errar, pois o lema que aprendera em Lamego com o monitor de Minas e Armadilhas, dizia que, com os explosivos deste género, só se podiam falhar 3 vezes: a primeira, a única e a última!

Tomadas todas as precauções e apesar da adrenalina e dos suores frios que nos causavam estes “trabalhinhos”, tudo correu bem felizmente.

Na última foto podem ver um buraco com as ossadas de um pequeno animal, que morrera ao fazer detonar umas das minas.

 
Melhor que uma excelente picagem, e tínhamos homens altamente especializados nessa matéria, era ter um detector de minas (metais)


Rapidamente começamos a decobrir (Eu, o Fur Mil Ferreira, o Sold "Castiço" e o Mulata) a primeira das piores e mais traiçoeiras assassinas da guerra
Dá-me aí uma faca se f.f.


Está aqui a "gaja"



Com cuidado... muito cuidado!


Aqui está ela fora da terra, vou retirar-lhe a espoleta e pronto, já não fará mal a ninguém

Esta não preciso levantá-la. Só um buraco e uns ossitos, 
como último sinal de que aqui acontecera uma morte

Um abraço, António Inverno Alf Mil Op Esp/RANGER do BART 6522 e Pel Caç Nat 60  

Emblema de colecção: © Carlos Coutinho (2010).
Direitos reservados.Fotos: © António Inverno (2010). Direitos reservados.
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Nota de M.R.:

Vd. último poste desta série em: 14 de Dezembro de 2010 > Guiné 63/74 - P7432: Estórias avulsas (99): Reabertura da picada Galomaro-Duas Fontes-Saltinho (António Tavares)

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Guiné 63/74 - P7024: Recortes de imprensa (29): A guerra do António Branco, CCAÇ 16, Bachile, 1972/74 (Correio da Manhã, 24 de Agosto de 2008)



1. Ainda há dias, a 16 do corrente, em comentário ao poste P6994 (**), o José Martins escreveu o seguinte:

"Sob o título A Minha Guerra, tem o Correio da Manhã editado, todos os Domingos, um texto baseado nos escritos enviados por combatentes.


"Esta, que considero a 2ª série, aparece mais cuidada, mas, como o espaço é pouco, é bastante reduzida, deixando de fora algumas passagens que o(s) autor(es) consideravam mais significativas.


"Sugiro, pois, aos editores que, em simultâneo com os resumos apresentados (e disponíveis na página do CM) sejam também publicados os textos que serviram de base ao trabalho da Maria Inês Almeida, e que os autores queiram disponibilizar.


"Nestes textos, poder-se-á observar diversas formas de encarar os mesmos acontecimentos e, no caso de unidades de recrutamento local (p.e. CCAÇ 5 - 6 participações) a sequência dos factos que foram ocorrendo" (...)


2. Comentário de L.G.:

Seguindo a sugestão do Zé Martins, lancei ao pessoal da Tabanca Grande, através do nosso correio interno, um desafio para que nos façam chegar os textos eventualmente entregues ao CM, para a série A Minha Guerra...(Naturalmente, os já publicados). E a seguir dizia que "nem sempre os jornalistas respeitam a letra e o espírito dos nossos depoimentos, entrevistas, etc. (Falo por experiência própria)"...

E acrescentava: "Por outro lado, nem toda a gente lê o CM... O nosso blogue, por sua vez, pode chegar às 3 mil visualizações por dia (...). E o vosso nome fica na lista dos marcadores/descritores, logo mais facilmente pesquisável na Net" (...).

3. A primeira resposta que nos chegou foi a do nosso camarada António Branco, com data de 16 do corrente:

Amigos e camaradas: Aproveitando a sugestão de hoje, aqui estou de imediato disponível, a  partilhar com a Tabanca Grande o meu depoimento publicado no CM em 24-08-2008, na 1ª série de A minha Guerra.

Pessoalmente considero que o seu conteúdo é algo pobre, face ao que descrevi na entrevista, mas também compreendo que a visão jornalística, naturalmente,  não é coincidente com a nossa.

Devo referir igualmente que toda a descrição foi baseada apenas na minha memória visual, já que não possuía nenhum suporte escrito e por esse motivo, admito perfeitamente,  e apesar de ter tentado ser coerente, é passível de conter algumas pequenas imprecisões.

Um forte abraço

António Branco



Estes alguns dos recortes que ele nos mandou, e que reproduzimos aqui, com a devida vénia ao Correio da Manhã:



















guisse chegar ao morteiro e começar a resposta ao ataque com algumas granadas.  (...)  





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Nota de L.G.:

(*) Vd. poste de 16 de Setembro de 2010 > Guiné 63/74 - P6994: Recortes de imprensa (28): A fraternidade na guerra, segundo Mário Fitas (Correio da Manhã, 6 de Junho de 2010)