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quinta-feira, 24 de agosto de 2023

Guiné 61/74 - P24583: História da CCAÇ 2792 (Catió e Cabedú, 1970/72) - Parte VII: agosto de 1982, rendição pela CART 6251 e reagrupamento no CIM do Cumeré, ao fim de 22 meses

Guião da CART 6251/72 (Catió, 1973/74) 

Cortesia de Carlos Coutinho, 2009) 


1. Continuação da publicação de alguns alguns excertos da história da CCAÇ 2792 (Catió e Cabedu, 1970/72) (**).

É mais uma das subunidades, que estiveram no CTIG, e que não têm até à data nenhum representante (formal) na Tabanca Grande.

Uma cópia da história da unidade foi oferecida ao Centro de Documentação 25 de Abril, em vida, pelo então major general Monteiro Valente, ex-elemento do MFA, com papel de relevo nos acontecimentos do 25 de Abril, na Guarda (RI 12) e Vilar Formoso (PIDE/DGS), bem como no pós- 25 de Abril. 

Acrescente-se ainda que o antigo cap inf Monteir0 Valente, foi também comandante da GNR, e era licenciado em História pela Universidade de Coimbra. Entre outros cargos e funções, foi instrutor, comandante de companhia e diretor de cursos de Operações Especiais, no Centro de Instrução de Operações Especiais, em Lamego (1968-1970, 1972-1974). (Foto à direita, cortesia do blogue Rangers & Coisas do MR", do nosso coeditor, amigo e camarada Eduardo Magalhães Ribeiro).

Uma cópia (parcial) desta história da CCAÇ 2792, chegou-nos às mãos há uns largos tempos.


História da CCAÇ 2792 (Catió e Cabedú, 1970/72) - Parte VII:

agosto de 1972:  a rendição pela CART 6251 e reagrupamento 
no CIM do Cumeré, ao fim de 22 meses


Perído de de 1 a 31 de agosto de 1972

1. Situação

Até 10 de agosto, decorreu o treino operacional da CART 6251 (*), que veio render a CCAÇ 2792.

A 11, iniciou-se o período de 10 dias de sobreposição. Às 24h00 do dia 20 cessou, para esta subunidade, a CCAÇ 2792, a respondabilidade do subsetor de Catió (zonas de ação de Catió e Cabedú), transitando para a CART 6251.

A 11, marcharam com destino ao CIM de Cumeré um Gr Comb e alguns elementos da formação da guarnição de Cabedú, e a 13 mais um Gr Comb e parte da formação da guarnição de Catió. A 25, sairam de Cabedú os restantes militares da companhia. E a 25 o comando e os restantes elementos que estavam em Catió. Seguiram em LDM com destino ao CIM do Cumeré, onde chegaram no dia seguinte.

A 25 de agosto de 1972, finalmente, processou-se o reagrupamento da companhia, após vinte e dois meses de separação.

2. Atividade IN

O IN, "em  sinal despedida" à CCAÇ 2792 e de "saudação" à CART 6251, levou a feito neste período flagelações sobre os aquartelamentos das NT, situadas na chamada Frente de Catió:
  • em 2, às 18h40, flagelou Cabedú  com mort 82 e canhão s/r , sem consequências:
  • a 18, às 18h39, flagelou Catió com foguetões 122 mm,  causando 3 mortos e 2 feridos entre a população;
  • no mesmo dia, às 20h30 e às 21h30, voltou a flagelar Catió com 2 foguetões 122 mm, mas desta vez sem consequências;
  • a 19,  às 5h50,  nova flagelação a Catió, sem consequèncias.
De destacar, no que se refere às NT, no campo socioeconómico e psicológico,  o apreço que foi transmitido, à CCAÇ 2792,  por parte do Com-Chefe, pelo bom rendimento dos trabalhos do reordenamento de Quibil (Nota nº 2227/POP/72 do QG/CCFAG).

3. Ficha de unidade > CART 6251/72

Companhia de Artilharia nº 6251/72
Identificação CArt 6251/72
Unidade Mob: RAP 2 - Vila Nova de Gaia
Cmdt: Cap Mil Art Virgílio Augusto da Silva Ferreira Martins
Divisa: -
Partida: Embarque em 22Jun72; desembarque em 22Jun72 | Regresso: Embarque em 09Ag074

Síntese da Actividade Operacional

Após efectuar a IAO, de 23jun72 a 22jul72, no CMI, em Cumeré, seguiu em 23jul72, para o subsector de Catió, a fim de efectuar o treino operacional e a sobreposição com a CCaç 2792.

Em 21ago72, assumiu a responsabilidade do referido subsector de Catió, com dois pelotões no destacamento de Cabedú, ficando integrada no dispositivo e manobra do BCaç 4510/72. 

Em 12dez72, a zona de acção do destacamento de Cabedú passou a constituir um novo subsector, ficando então na dependência do COP 4, criado na referida data, e depois do BCaç 4514/72.

Em 1mar74, foi substituída no subsector de Catió pela 3ª Comp / BCav 8320/72, ali colocada do antecedente em reforço, tendo então assumido a responsabilidade do subsector de Cabedú em 3mar74 e ficando na dependência do BCaç 4514/72 e depois do BArt 6520/72. 

Entretanto, passou a ter dois pelotões destacados em Catió, em reforço da guarnição local e dar colaboração na segurança e protecção dos trabalhos da estrada Catió-Cufar, na dependência do BCaç 4510/72 e depois do BCaç 4510/73.

Em finais de jul74, foi substituída no subsector de Cabedú pela CArt 6552/72 e recolheu a Bissau, a fim de aguardar o embarque de regresso.

Observações - Tem História da Unidade (Caixa nº 105 - 2ª Div/4ª Sec, do AHM).

Fonte: Excertos de Portugal. Estado-Maior do Exército. Comissão para o Estudo das Campanhas de África, 1961-1974 [CECA] - Resenha Histórico-Militar das Campanhas de África (1961-1974). 7.º volume: fichas das unidades. Tomo II: Guiné. Lisboa: 2002, pág. 484.

sábado, 29 de julho de 2023

Guiné 61/74 - P24516: História da CCAÇ 2792 (Catió e Cabedú, 1970/72) - Parte V: Período de 1 de novembro a 31 de dezembro de 1970: as primeiras duas baixas em combate


Guiné > Região de Tombali > Carta de Catió (1956)  (Escala 1/50 mil) > Posição relativa de Catió e alguns rios envolventes: Tombali, Cobade, Umboenque, Ganjola, etc.

Guiné > Região de Tombali > Carta de Cacine (1960)    (Escala 1/50 mil)  > Posição relativa de Cabedú, e dos rios Cumbijã e Cacine.

Infografias: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné (2023)


1. Continuação da publicação de alguns alguns excertos da história da CCAÇ 2792 (Catió e Cabedu, 1970/72) (*). É mais uma das subunidades, que estiveram no CTIG, e que não têm até à data nenhum representante (formal) na Tabanca Grande.

Uma cópia da história da unidade foi oferecida ao Centro de Documentação 25 de Abril, em vida, pelo então major general Monteiro Valente, ex-elemento do MFA, com papel de relevo nos acontecimentos do 25 de Abril, na Guarda (RI 12) e Vilar Formoso (PIDE/DGS), bem como no pós- 25 de Abril. (Foi também comandante da GNR, e era licenciado em História pela Universidade de Coimbra.)
 

Acrescente-se ainda que o cap inf Monteir0 Valente, entre outros cargos e funções, foi instrutor, comandante de companhia e diretor de cursos de Operações Especiais, no Centro de Instrução de Operações Especiais, em Lamego (1968-1970, 1972-1974). (Foto à direita, cortesia do blogue Rangers & Coisas do MR", do nosso coeditor, amigo e camarada Eduardo Magalhães Ribeiro).

Uma cópia (não integral) desta história da CCAÇ 2792, chegou-nos às mãos há uns largos tempos.


História da CCAÇ 2792 (Catió e Cabedú, 1970/72) - Parte V:

Período de 1 de novembro a 31 de dezembro de 1970:   as primeiras duas baixas em combate


3.Actividades: 

a. Inimigo

(i) Catió: 

Às 20h21, do dia 30 de novembro de 1970, o IN flagelou o reordenamento de Ilhéu de Infandre, à distância,m com armas pesadas (Morte 82), instaladas na bolanha de Catunco (Ilha do Comoo). A reação consistiu na resposta da artlharia de Catió, sendo efetuada uma patrulha ofensiva de reconhecimento na manhã seguinte.

A 28, às 6h30, o IN flagelou Catió com foguetões 122. Os projeteis resultaram curtos no alcance, não produzindo danos, Foi efetauada imediata contraflagelação sonre a base de fogos de Boche-Bissá.

Em 4 de dezembro. às 00h14, nova flagelação de Catió com foguetões 122 mm. Foram ouvidos 4 rebentamentos que resultaram curtos, não provocando danos.

(ii) Cabedú: 

Em 30 de dezembro, pelas 10h11, o IN reagiu a uma patrulha das NT, emboscando-as em Cacine 5 D1-94, e causando-lhe duas baixas.

Apreciação: A atividdae IN não teve expressão significativa. A acção sobre o reordenamenmto de Ilhéu de Infanda teve, provaveelmente,  a intenção de  experimentar a reação das NT, recém-chegadads.

Nas acções de flagelação o IN procurou causar baixas e danos, furtando-se com esses procedimentos ao contacto com as NT que lhe poderiam causar baixas,

b. Nossas Tropas (NT)

Durante o período (novembro-dezembro de 1970) procedeu-se à rendição das guarnições de Catió e Cabedú, Simultaneamente, e ainda durante o perído de sobrepposição,  procurou-se reconhecer a ZA, de modo a permitir o seu conhecimentio e familiarizar os Gr Comb  com o terreno de atuação.

A atividade adotada foi baseada em patrulhamenntos constantes.

(i) Cató:

Foram realizadas as seguintes patrulhas de reconhecimento:
  • Bolanhas situadas entre os rios Cobade e Camechae (21 novembro de 1970);
  • Região de Cubaque (24 nov);
  • Bolanhas situadas a sul do rio Cagopere (1 dez);
  • Estrada Catió-Cufar (2 dez);
  • Região de Cuducó (14 e 20 dez);
  • Região de Cubaque (18 dez).

Diariamente 1 Gr Comb garante a defesa do reordenamento do Ilhéu de Infanda

(ii) Cabedú:

A pequena guarnição de Cabedú, fronteira ao Cantanhez onde o IN dispõe de ampla liberdade de ação e posições muito fortes, continuou a adotar o sistema de armadilhamento, herdado da guarnição anterior, em que procura isolar a área, sob o seu controlo, da que se encointra sujeita ao IN.

Foram realizadas as seguintes patrulhas de reconhecimento:
  • Cabanças do rio Lade (5 e 6 dez);
  • Região de Madina (7  e 23 dez);
  • Região de Cabanta (10 dez)
Nesta ação de patrulhamento ofensivo às região de Cabanta, a 10 de dezembro, as NT foram emboscadas com armas automáticas ligeiras, LGFog e Mor 60, por um Gr IN na região de Cacine 5 D1-94, sofrendo as primeiras baixas em combate no TO da Guiné: 

- Sold at inf, nº mec 00504170, Manuel Pereira Gomes (viria a facelecer a caminho do HM 241);

- Sol at inf, nº mec. 00555870, Josué Ferreira da Silva (viria a ser evacuado para o HMP em 1 de fevereiro de 1971). 

Foram os primeiros militares da Companhia a regar com o seu sangue o solo da Guiné.

Outras patrulhas de reconhecimento:
  • Região de Tarrafo (14 e e 25 de dez);
  • Região da Ponte (16 e 27 dez);
  • Região de Candasse (?)  (19 dez).

No decorrer da patrulha de reconhecimento, do dia 27, as NT accionaram  uma armadilha que por elas havia sido implantada., sofrendo 3 feridos ligeiros (1 militar e 2 milícias): 

- solda at inf nº mec  00777770, Miguel Cuerreiro Correia; 
- cmdt Pel MIl nº 141/66, Duramane Aidorá;
-  sold mil nº 146/60, Lamina Camará.

O 5º Pel Art executou fogos de flagelação.

No campo socioeconómico e psicólófgico, há a destacar o reordenamento do Ilhéud e Infanda:

Recebeu esta sububnidade a missão de cocnluir o reordenamento do Ilhéu de Infanda. trata-se de um reordenamento situado  a cerca de 5 km  a SE de Catió, constituído por 108 casas,e  que agrupa as populações  das antigas tabancas do Ilhéu de Infanda e Quibil, num total de 700 pessoas

Fonte: Excertos da história da unidade, pp. 22/II a 24/II. 

(Seleção / revisão e fixação de texto / substítulos / negritos: LG)
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Nota do editor:

segunda-feira, 24 de julho de 2023

Guiné 61/74 - P24500: História da CCAÇ 2792 (Catió e Cabedú, 1970/72) - Parte IV: Período de 1 de novembro a 31 de dezembro de 1970: colocada nas ZA de Catió e Cabedu: missão

            Guiné > Região de Tombali > Catió > CCAÇ 617 (1964/66) >Estrada para Príame


Guiné > Região de Tombali > Catió > CCAÇ 617 (1964/66) >  O alf mil João Sacôto  de visita a uma tabanca de Catió.


Guiné > Região de Tombali > Catió > CCAÇ 617 (1964/66) > Tabanca de Príame: eu, à porta da morança do João Bacar Jaló, na altura alferes de 2ª linha (será promovido a tenente de 2ª linha, em novembro de 1964).

Fotos (e legendas): © João Sacôto (2019). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]

Guião da CCAÇ 2792 (Catió e Cabedú, 1970/72). Cortesia do nosso tabanqueiro Amaral Bernardo, ex-alf mil médico, CCS/BCAÇ 2930 (Catió, 1970/72).

1. Continuação da publicação de alguns  alguns excertos da história da CCAÇ 2792 (Catió e Cabedu, 1970/72). É mais uma das subunidades, que estiveram no CTIG, e que não têm até à data nenhum representante (formal) na Tabanca Grande.

Foi um antigo aluno meu, pessoa que muito estimo,  o médico do trabalho Joaquim Pinho, da região centro,  que me facultou, há uns anos atrás,  cópia (não integral) desta história da CCAÇ 2792, que era comandada pelo cap inf  Augusto José Monteiro Valente,

Uma cópia da história da unidade  froi oferecida ao Centro de Documentação 25 de Abril, em vida,  pelo então major general Monteiro Valente, ex-elemento do MFA, com papel de relevo nos acontecimentos do 25 de Abril, na Guarda (RI 12) e Vilar Formoso (PIDE/DGS), bem como  no pós- 25 de Abril. (Foi também comandante da GNR, e era licenciado em História pela Univer5sidade de Coimbra.)

Acrescente-se ainda que o cap inf Monteir0 Valente, entre outros cargos e funções, foi instrutor, comandante de companhia e diretor de cursos de Operações Especiais, no Centro de Instrução de Operações Especiais, em Lamego (1968-1970, 1972-1974). (Foto à direita, cortesia do blogue Rangers & Coisas do MR", do nosso coeditor, amigo e camarada Eduardo Magalhães Ribeiro).

 
História da CCAÇ 2792 (Catió e Cabedú, 1970/72) - Parte IV:

Período de 1 de novembro a 31 de dezembro de 1970:

colocada nas ZA de Catió e Cabedú; missão

2. Missão

a. CCAÇ 2792 (-)

(1) manter uma atividade operacional permanente na zona de Catió;

(2) assegurar a defesa de Catió e da população civil;

(3) concluir o reordenamento do Ilhéu de Infanda e estabelecer em autodefesa as populações de Quibil e Ilhéu de Infanda;

(4) garantir o funcionamento dos postos escolares militares de Nova Coimbra e Ilhéu de Infanda;

(5)  assegurar a defesa do reordenamenmto do Ilhéu de Infanda, da população de Príame, e das tabancas de Sua, Quitafine e Areia, e o seu socorro em tempo oportuno por forma a manter a confiança das populações nas NT;

(6) desenvolver uma equilibrada e positiva ação psicológica por forma a mnater e consolidar a coesaão das populações sob o seu controlo e criar condiçóes  favoráveis à recuperaçáo de elementos das populaçóes sob controlo IN ou, no mínimo, conseguir a sua passagem ao duplo controlo;

(7) garantir a defesa diurna do itinerário Príame-Ilhéu de Infanda e assegurar a liberdade de movimentos no itinmerário Catió-Cufar, dentro da sua ZA;

(8) assegurar a proteção de trabalhos e colheitas das populaçóes sob o seu controlo;

(9) excercer  o controlo sobre as populaçóes de Ilhéu de Infanda,  Quibil, Catió Balanta,  Areia, Sua e Quitafine, e controlar o tráfego de pessoas e mercadorias dentro da sua ZA;

(10) manter a posse e a livre circulação da pista de aviação, porto exterior e interior de Catió, dando a necessária segurança às aeronaves e embarcações que o utilizam;

(11) prever a  sua atuação em qualquer ponto da ZA do Batalhão;

(12) exercer o controlo operacional das  subunidades da CCS/BCAÇ 2930, quando em atuação  na sua ZA;

(13)  acabar com o IN, aniquliando-o, capturando-o ou, no mínimo, expulsando-o das zonas de não intervenção do Comando-Chefe,

b. Destacamento de Cabedú

(1) manter uma adequada atividade operacional  na zona, nomeadamente emboscadas noturnas, assegurar a defesa de Cabedú e da sua população civil;

(2)  estabelecer  a autodefesa dos aglomerados populacionais sob o seu controlo e asseguar o seu apoio em tempo oportuno;

(3) garantir o funcionamento do posto escolar militar  de Cabedú;

(4) desenvolver uma equilibrada e positiva ação psicológica por forma a manter e consolidar a adesão das populaçóes sob o seu controlo e criar condiçóes  favoráveis à recuperaçáo de elementos das populações sob controlo IN ou, no mínimo, conseguir a sua passagem ao duplo controlo;

(5) assegurar a proteção de trabalhos e colheitas das populações sob o seu controlo;

(6) manter a posse e a livre circulação do porto e da pista de aviação de Cabedú, porto exterior e interior de Catió, dando a necessária segurança às embarcaçóes e meios aéreos  que os utilizem;

(7) excercer  o controlo sobre as populações de Cabedú, e controlar o tráfego de pessoas e mercadorias dentro da sua ZA, em conformidade com as disposições legais em vigor;

8) contactar com as populaçóes do Ilhéu de Melo,  executando patrulhamentos periódficos, recenseamento e controlo das referidas populações;

(9)  criar condiçóes  favoráveis à recuperaçáo  das populaçóes da sua ZA que estão sob controlo do IN;

(10) estabelecer uma rede informações com vista a obter  completo conhecimento das atividades do IN  na sua ZA,

 (Excertos das pp.  20/II e 21/II, História da Unidade)

(Seleção / revisão e fixação de texto / substítulos / negritos: LG)

(Continua)
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quarta-feira, 19 de julho de 2023

Guiné 61/74 - P24487: História da CCAÇ 2792 (Catió e Cabedú, 1970/72) - Parte IV: Período de 1 de novembro a 31 de dezembro de 1970: colocada nas ZA de Catió e Cabedu: descrição do terreno (aglomerados populacionais e comunicações)


Guiné > Região de Tombali > Catió > CCS / BART 1913 (1967/69) > Álbum fotográfico do Victor Condeço  (1943-2010)> Um aspeto parcial do quartel.


Guiné > Região de Tombali > Catió > CCS / BART 1913 (1967/69) > Vila > Álbum fotográfico do Victor Condeço (1943-2'010)  > "Lagoa com nenúfares,  à esquerda na estrada de Catió-Príame"


Guiné > Região de Tombali > Catió > CCS / BART 1913 (1967/69) > Porto Interior > Álbum fotográfico do Victor Condeço  (1943-2010)> "O porto interior de Catió, no rio Cadime, fazia parte dos nossos passeios de Domingo". (O Victor é o primeiro da direita: era camarada discreto, amável, afável, prestável, generoso que a morte levou cedo: foi fur mil mec armamento.)

Fotos (e legendas): © Victor Condeço  (2007). Todos os direitos reservados [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]



Guiné > Região de Tombali > Cachil > CCAÇ 557 (Cachil, Bissau e Bafatá, 1963/65) > A lancha do Cachil, que vinha de Catió... A ligação de Cachil (na margem esquerda do Rio Cobade) a Catió fazia-se de barco, pelo Rio Cobade e depois pelo seu afluente, o Rio Cagopére (em cuja margem direita se situava o porto exterior de Catió)

Foto do álbum do ex-fur mil Victor Neto, da CCAÇ 557, enviada pelo incansável José Colaço, nosso grã-tabanqueiro.

Foto (e legenda): © Victor Neto / José Colaço (2014). Todos os direitos reservados [Edição: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]´


Guiné > Região de Tombali > Carta de Catió (1956)  (Escala 1/50 mil) > Posição relativa de Catió e alguns rios envolventes: Tombali, Cobade, Umboenque, Ganjola, etc.


Guiné > Região de Tombali > Carta de Cacine (1960)    (Escala 1/50 mil)  > Posição relativa de Cabedú, e dos rios Cumbijã e Cacine.

Infografias: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné (2023)


1. Continuação da publicação de alguns  alguns excertos da história da CCAÇ 2792 (Catió e Cabedu, 1970/72). É mais uma das subunidades, que estiveram no CTIG, e que não têm até à data nenhum representante (formal) na Tabanca Grande.

Recorde-se que embarcou, no T/T Carvalho Araújo, em 19 de setembro de 1970, desfalcada de 3 dos seus oficiais subalternos. Acabou a IAO, em 31 de outubro de 1970, no CIM de Bolama, sem qualquer alferes, sendo os pelotões comandados provisoriamente por furriéis, uam situação anómala e talvez inédita no CTIG. O comandante de companhia era o cap inf op esp Augusto José  Monteiro Valente (1944-2012) (*)

Com base nos elementos de que dispomos (cópia parcial da história da unidade), vamos hoje fazer uma breve caracterização do terreno correspondente à sua Zona de Acção (ZA), na realidade duas zonas, e distintas: Catió e Cabedú, na região de Tombali , Sector S3(*)


História da CCAÇ 2792 (Catió e Cabedú, 1970/72) - Parte IV:

Período de 1 de novembro a 31 de dezembro de 1970: colocada nas  ZA de Catió e Cabedu: descrição do terreno   (aglomerados populacionais e comunicações)


(22) Caracterização das ZA de Catió e Cabedú:

(222) D
escrição do Terreno:

6. Aglomerados populacio0nais

61. Sob o controlo efetivo das NT:
  • Catió: sede  da administração do concelho, nesta vila encontram-se representantes das várias etnias, predominando contudo os balantas;
  • As tabancas à volta de Catió também são balantas:  Catió Balanta, Nova Comedú, Areia Branca, Suá, Quintafine, Areia...
  • Só fula é Catió Fula;
  • Camitendem é nalu e biafada;
  • Príame é fula e maninga;
  • As tabancas mais afastadas são do Ilhéu de Infanda,  de população balanta.
62. Sob o controlo IN:
  • Na ZA de Catió: Ilhéu de  Cote,  Canturé, Catissame,Dimbissile, Cachanga,b Gansona, Quire e Musna;
  • Na ZA de Cabedú, a Ilha de Melo, com população das etnias balanta, nalu e sosso.
7, Comunicações

71. Itinerários
  • Na ZA de Catió,  Estradas de Catió-Cufar | Catió- Ilhéu de Infanda | Tombali (Cantona - Tombo) | De Catió parte um troço que através do R Ganjola vai entroncar na estrada de Tombali;
  • Na ZA de Cabedú, estrada de Cabedú-Cabanta.
72. Portos
  • Na ZA de Catió: 

(i) Rio Ganjola e afluentes:  Portos interior e exterior de Catió (nos rios Cadime e Gagopere, respetivamente) | Porto de Ganjola | Porto de Comedú | Porto de Cubaque;

(ii) Rio Cumbijã e aflientes: Porto do Ilhéu de Infanda,

  • Na ZA de Cabedú: 
No rio de Cumbijã e afluentes: Porto de Cabedú (no rio Lade).

Estes portos podem ser utilizados por  barcos a motor na praia-mar. Muitos outr0s são frequentad0s apenas por canoas nativas.

73. Pistas de aterragem

(i) Pista de Catió

Ccom um comprimento de 1200 metros, permite no tempo seco a aterragem de avióes do tipo DC.3 (Dakota), T-6 e DO-27. Na estação das chuvas, só as DO-27 fazem serviço com normalidade.

(ii) Pista de Cabedú: 

Com um comprimento de 500 metr0s, só pode ser utilizada, durante todo o ano, por avionetas de tipo DO-27.

74. Meios de ligação:

As características especiais do terreno das ZA (em especial de Catió) (plano, baixo, facilmente alagadiço e muito recortado por braços de rios) conduzem a que as poucas estradas existentes sejam muito sensíveis às chuvas , tornando-se impraticáveis por largos períod0s do ano.

Tal circunstància aconselha a utilização da via fluvial: por ser  bastante densa, torna fácil o acesso por barco a qualquer parte da ZA. A única limitação a este procedimento reside na necessidade de subordinar os movimentos ao período das marés.

Excertos das pp.  3/II - 6/II, História da Unidade)

quarta-feira, 12 de julho de 2023

Guiné 61/74 - P24471: História da CCAÇ 2792 (Catió e Cabedú, 1970/72) - Parte III: Período de 1 de novembro a 31 de dezembro de 1970: colocada nas ZA de Catió e Cabedu: descrição do terreno (relevo e hidrografia, solo, cobertura vegetal, clima, agricultura)

 

Guiné > Região de Tombali > Catió > CCS / BART 1913 (Catió 1967/69) > Álbum fotográfico de Victor Condeço, ex-fur mil mec armamento  (1943-2010) > Catió -Ganjola > Rio Ganjola visto da margem esquerda, junto da cambança para o Destacamento de Ganjola Porto. Distava cerca de 5 Km do centro de Catió para Norte.

Foto (e legenda): © Victor Condeço (2010).Todos os direitos reservados [Edição: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné] 

Guiné-Bisssau > Região de Tombali > Sector de Cacine > Cacine, na margem esquerda do Rio Cacine > 2 de Março de 2008 > Simpósio Internacional de Guileje (Bissau, 1-7 de Março de 2008) > Visita ao Cantanhez dos participantes do Simpósio > Rio Cacine, perto do cais de Cacine: Tarrafo...

Fotos  (e legendas): © Luís Graça (2017). Todos os direitos reservados [Edição: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


1. Continuação da publicação de alguns  alguns excertos da história da CCAÇ 2792 (Catió e Cabedu, 1970/72). É mais uma das subunidades, que estiveram no CTIG, e que não têm até à data nenhum representante (formal) na Tabanca Grande.

Recorde-se que embarcou, no T/T Carvalho Araújo, em 19 de setembro de 1970, desfalcada de 3 dos seus oficiais subalternos. Acabou a IAO, em 31 de outubro de 1970, no CIM de Bolama, sem qualquer alferes, sendo os pelotões comandados provisoriamente por furriéis, uam situação anómala e talvez inédita no CTIG. O comandante de companhia era o cap inf op esp Augusto José  Monteiro Valente (1944-2012) (*)

Com base nos elementos de que dispomos (cópia parcial da história da unidade), vamos hoje fazer uma breve caracterização do terreno corresponde à sua Zona d4e Acção (ZA), na realidade duas zonas, e distintas: Catió e Cabedú, na região de Tombali (*)



História da CCAÇ 2792 (Catió e Cabedú, 1970/72) - Parte III:

Período de 1 de novembro a 31 de dezembro de 1970: colocada nas  ZA de Catió e Cabedu: descrição do terreno  (relevo e hidrografia,  solo,  cobertura vegetal, clima, agricultura)


(22) Caracterização das ZA de Catió e Cabedú:

(222) D
escrição do Terreno:

1. Relevo e hidrografia

As regiões  atribuídas à Companhia (Catió e Cabedú, no Sector S3) caracterizam-se pelo seguinte:

(i) são ambas zonas baixas, planas e praticamente sem relevo;

(ii) corespondem a planícies aluviais,cortadas por muitos rios onde a maré penetra profundamente;

(iii) estes divagam  através de lodos muito espessos, formando uma apertada malha e tornando em consequència extremamemte penosos e fatigantes  todos os deslocamentos apeados;

(iv) determinadas partes das ZA (Zonas de Acção) só são possíveis de atingir através do recurso a meios de navegação fluvial;

(v) merece especial referència pelo valor que representa como obstáculo o rio Ganjola.

2. Natureza do solo

O solo, normalmenmte lodoso e pouco permeável, na época das chuvas alaga com bastante facilidade, em especial nas áreas mais baixas e junto aos tios, agravando a dificuldade de movimentação das NT.

3. Cobertura vegetal

Constituindo como que colunas vertebrais dos compartimentos de terreno definidos pelos vários cursos de água, exitem manchas de floresta densa com árvores de grande porte à mistura com arbustos de 3 a 5 metros.

Todas as margens de água salobra são cobertas  por tarrafo, tipo de vegetação que penetra até onde chega a maré.

4. Clima

Esta zona sofre a influencia de um clima  de monção com;

(i)  temperaturas médias elevadas; (ii) grande pluviosidade; e (iii) excessiva humidade relativa da atmosfera que chega a atingir quase o ponto de saturação durante os meses de chuva.

Existem  diuas estçóes: (i) a das chuvas, de  junho a outubro; e (ii) a época seca, de novembro   a maio em que a chuva é muito rara.

5. Agricultura e pecuária

A  cultura do arroz é a principal riqueza da região. Outras culturas de menor valor: c0la, mancarra, fruta, etc.

O arroz é normalmente cultivado pelos balantas: transformam as lalas (planícias pantanosas) em bolanhas (extensos arrozais).

As bolanhas são delimitadas com diques (ouriques), construídos pelos agricultores com barro. Fazem  os seus viveir0s juntos às casas de onde transferem o plantio para as bolanhas.

A época das chuvas corresponde a um período de intenso labor agrícola para o antivo que nessa altura faz as suas sementeiras. Aproveitam a época seca para a preparação de novas áreas de cultura (derrube de ãrvores e queimadas)

Na sector da pecuária, tem expressõa significtiva apenas a existència de gado bovino.

(Excertos das pp.  3/II e 4/II, História da Unidade)

(Seleção / revisão e fixação de texto / substítulos / negritos: LG)

(Continua)

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Nota do editor:

(*) Último poste da série > 6 de julho de 023 > Guiné 61/74 - P24455: História da CCAÇ 2792 (Catió e Cabedú, 1970/72) - Parte II: Período de 1 de novembro a 31 de dezembro de 1970: colocada nas zonas de acção de Catió e Cabedu