Caros Tertulianos:
Tem este pequeno apontamento a missão de levar até vós o conteúdo de uma mensagem do nosso mui estimado camarada José Martins.
Em mensagem dirigida a Luís Graça, Carlos Vinhal, Virgínio Briote, Mário Beja Santos e Joaquim Mexia Alves, dizia José Martins em 26 de Julho passado:
Boa tarde, quase noite, camaradas:
Não podia deixar de manifestar a alegria pela notícia da breve publicação do livro do Mário Beja Santos, dado à luz no nosso blogue.
Vamos fazer festa, necessariamente. O Mário está de parabéns.
Para o Mexia Alves, também lhe quero expressar a minha alegria e amizade. Não comandei um Pelotão de Caçadores Nativos, mas comandei uma Secção de uma Companhia Nativa, um pouco maior, mas também formada por homens que ainda hoje dizem que, por terem jurado a BANDEIRA DO PORTUGUÊS, não podem jurar outra bandeira.
Para os nossos editores o agradecimento, sempre pequeno e nunca esgotado, pelo esforço diário dispendido.
Em anexo quero deixar a todos, a passagem dum relato de viagem que é neste momento a minha leitura de fim de tarde/principio da noite.
Um abraço para todos do
José Martins
CCAÇ 5 /1968/1970
PS - A quem possa interessar!
Fiz hoje entrega, na Biblioteca do Estado Maior do Exército, de um conjunto de jornais de unidade - O RONCO - editado no Centro de Instrução Militar em Bolama, contendo os números de finais de 1969 a meados de 1971.Deixam de estar na minha posse e passam para o património comum, a fim de poderem ser consultados.
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Nota do co-editor CV:
Vou transcrever o capítulo 9 da página 107 (página apresentada na imagem), do livro As viagens do Bispo D. Frei Vitoriano Portuense à Guiné, de Avelino Teixeira da Mota, Publicações Alfa (com a devida vénia), porque tem uma curiosidade acerca do macaréu.
9 - No domingo seguinte, 4 de Abril (1694), que foi Domingo de Ramos, feitas as cerimónias da igreja, acabámos a visita desta ilha, e na maré da tarde nos partimos para a povoação da Geba, e dois filhinhos do rei, que não tinham sete anos de idade, se vieram connosco para a chalupa e foram em nossa companhia.
Tivemos desde Bissau para Geba uma feliz viagem, sem embargo de ser aquele rio um dos mais perigosos que se navegam por aquelas partes, onde, durando o vazante da maré nove horas, à enchente dura somente três, causa por que as águas vivas padecem facilmante naufrágio as lanchas dos grumetes descuidados, pela grande violência e repentina pressa com que entram as águas pelo rio acima, e a esta apressada inundação chamam os naturais bacaréus.
(1) Na mesma página, em nota de rodapé pode ler-se:
(1) - Macaréu é o termo correcto. É acertada a observação sobre a duração dos períodos de vazante e de enchente.
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