terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Guiné 63/74 - P2584: Guileje: Simpósio Internacional (1 a 7 de Março de 2008) (23): O diorama está pronto e é uma obra-prima (Pepito / Luís Graça)

Guiné > Região de Tombali > Guileje > Diorama > Dois anos de trabalho... do Nuno Rubim (1) e de um pequeno Grupo de Combate de gente valorosa e solidária, guineenses e portugueses (2), com destaque naturalmente para o Pepito e a sua esquipa da AD...

Guiné > Região de Tombali > Guileje > Diorama > Planta

  O Nuno Rubim a trabalhar no diorama, em casa (Seixal, Portugal) Fotos : © Nuno Rubim (2008) / © AD - Acção para o Desenvolvimento (2008). Direitos reservados.

 
Lisboa > Fundação Mário Soares > 12 de Novembro de 2007 > Um encontro inesperado: o nosso co-editor Virgínio Briote com o Teco e o Guedes... Estes dois últimos estiveram em Guileje, na CCAÇ 726 (Outubro de 1974 / Junho de 1966) , sob o comando do Nuno Rubim... Voltaram a agora a colaborar juntos no projecto Guilej (3) ... Além de colaboradores, o Nuno Rubim tem neles dois grandes amigos. O Teco, que é natural de Angola, tem um fabuloso arquivo fotográfico desse tempo (mais de 500 fotos); o Guedes saiu da CCAÇ 726 para se ofereceu, como voluntário, para os comandos, onde foi camarada do Briote... 

 Foto: © Luís Graça & Camaradas da Guiné (2007). Direitos reservados.


O saudoso Cap José Neto (1929-2007), à esquerda, com o Pepito, foi um dos primeiros grandes entusiastas da Iniciativa de Guiledje... Eles e e outros camaradas que passaram por Guileje e outros aquartelamentos do sul, contribuiram em muito para enriquecer o espólio documental da AD - Acção para o Desenvolvimento. Teria muito orgulho se fosse vivo, em "voltar a ver e a visitar o seu quartel e a sua tabanca", à escala de 1/72... Foto: © Luís Graça & Camaradas da Guiné (2007). Direitos reservados. 

  1. Mensagem do Pepito, com data de ontem: Luís Olha para esta obra-prima do nosso Nuno Rubim. Concluiu hoje a montagem do diorama. abraço pepito 

  2. Adaptado da página oficial do Simpósio Internacional de Guiledje > Organização > Núcleo Museológico > Diorama De há cerca de 2 anos a esta parte, o Nuno Rubim pôs, apaixonadamente, voluntariamente, sem qualquer contrapartida, o melhor de si, a sua reconhecida competência, a sua visão histórica, o seu rigor de investigador, e o seu gosto pelo bricolage, na concepção do Núcleo Museológico de Guiledje e, em especial, do diorama do quartel de Guiledje, uma obra ímpar que ficou ontem concluída e que estará disponível durante o Simpósio. É algo "que nos enche de orgulho, a todos quantos se abalançaram a esta iniciativa", diz o Pepito. As fotografias que permitiram a feitura do diorama foram cedidas, na sua grande maioria, por Alberto Pires (Teco), ex-Fur Mil da CCAÇ 726, o qual foi incansável na sua pesquisa. Outras foram enviadas por Carlos Guedes, também da mesma Companhia (mais tarde, Comando). Ambos também forneceram informações preciosas sobre vários aspectos importantes da configuração do quartel. Foram também aproveitadas várias fotografias do saudoso Capitão José Afonso da Silva Neto, da CART 1613 (Junho de 1967/Maio de 1968) (Na altura, 2º Sargento, sendo o comandante o Cap Eurico Corvacho). 

Foi igualmente importante a colaboração de vários membros do nosso blogue, que forneceram informação relevante ao autor do diorama. Muitos colaboradores, guineenses e portugueses, contribuiram para este resultado, que também deve muito ao entusiasmo e a energia do Pepito e da sua equipa de gente magnífica. Seria injusto, por exemplo, não menciponar aqui a importância que tevce, para a concepção do diorama, o levantamento topográfico efectuado em Guiledje em 2005, por Fidel Midana Sambú, colaborador da AD- Acção para o Desenvolvimento. A título meramente exemplificativo apresentamos aqui uma selecção de algumas miniaturas que compõem o diorama do quartel de Guiledje. Os nossos parabéns ao autor da obra, que vai ficar no Núcleo Museológico de Guiledje, com muito orgulho (e uma pontinha de inveja) dos... tugas.

 
Guiné > Região de Tombali > Guileje > Diorama > Posto de transmissões (miniatura)

 
Guiné > Região de Tombali > Guileje > Diorama > Edificío dos oficiais e comando (miniatura) Guiné > Região de Tombali > Guileje > Diorama > Posto de primeiros socorros, centro cripto e cantina (miniatura) Guiné > Região de Tombali > Guileje > Diorama > Caserna do Pelotão de milícias da Companhia de Milícas nº 12 (miniatura)

 
. Guiné > Região de Tombali > Guileje > Diorama > Cozinha e refeitório das praças (miniatura) Guiné > Região de Tombali > Guileje > Diorama > Outro pormenor da cozinha (miniatura)

 
Guiné > Região de Tombali > Guileje > Diorama > Um abrigo (miniatura) Guiné > Região de Tombali > Guileje > Diorama > Uma palhota (miniatura)

 
Guiné > Região de Tombali > Guileje > Diorama > Uma viatura Daimler (miniatura)

 
Guiné > Região de Tombali > Guileje > Diorama > Uma vaitura GMC (miniatura) Guiné > Região de Tombali > Guileje > Diorama > Um jipe (ou jeep) (miniatura) Guiné > Região de Tombali > Guileje > Diorama > Uma vitura White (miniatura)

 
Guiné > Região de Tombali > Guileje > Diorama > Uma avioneta DO 27 (miniatura) Fotos: © Nuno Rubim (2008) / © AD - Acção para o Desenvolvimento (2008). Direitos reservados. Concepção do Diorama 

 (i) A povoação de Guiledje teve ali instalada unidades militares portuguesas desde Fevereiro de 1964 até 22 de Maio de 1973, altuar em que foi abandonada e ocupada pelo PAIGC. 

 (ii) Assumida a decisão de ser feito um diorama, foi necessário determinar a data que o mesmo iria representar, dado que ali estiveram instaladas 11 Companhias, além de outras unidades menores (Pelotões de cavalaria, de artilharia, de de caçadores nativos, de mílicias...) . No decurso desse período e sobretudo a partir de 1969, o aquartelamento sofreu alterações significativas (por exemplo, contrução de abrigos pela Engenharia Militar). CCAÇ 495 (Fev 1964/Jan 1965) CCAÇ 726 (Out 1964/Jul 1966) (contactos: Teco e Nuno Rubim) CCAÇ 1424 (Jan 1966/Dez 1966) (contacto: Nuno Rubim ) CAÇ 1477 (Dez 1966/Jul 1967) (contacto: Cap Rino) CART 1613 (Jun 1967/Mai 1968) (contacto: Cap Neto) [infelizmente já desaparecio, José Neto, 1929-2007] CCAÇ 2316 (Mai 1968/Jun 1969) (contacto: Cap Vasconcelos) CART 2410 (Jun 1969/Mar 1970) (contacto: Armindo Batata) CCAÇ 2617 (Mar 1970/Fev 1971) > Os Magriços (contacto: Abílio Pimentel) CCAÇ 3325 (Jan 1971/Dez 1971) (contacto: Jorge Parracho); CCAÇ 3477 (Nov 1971 / Dez 1972) > Os Gringos de Guileje (contacto: Amaro Munhoz Samúdio); CCAV 8350 (Dez 1972/Mai 1973) > Os Piratas de Guileje (contacto: José Casimiro Carvalho

 (iii) Foi decidido escolher a data de 1965-66 pela seguinte razão: foi nessa altura que aí esteve sediada a unidade que ali permaneceu mais tempo, a CCAÇ 726 que, com a unidade que se lhe seguiu, a CCAÇ 1424, foi também a Companhia que efectuou mais operações no sector e sofreu mais baixas em combate.

 (iv) O Diorama, ou maqueta, pretende pois representar o aquartelamento e a tabanca nesse período. 

 (v) A escala escolhida foi a de 1/72, pois isso permitiria adaptar modelos em miniatura comercializados. 

 (vi) Após aturado trabalho de estudo, e da recolha e análise de fotografias e declarações de ex-militares que ali estiveram no período em causa, foi possível desenhar um plano à escala para aí serem inseridas as localizações de edifícios, cubatas, abrigos e outros detalhes.

 (vii) Estes, depois de também serem desenhados à escala, foram construídos utilizando plástico, madeira, metal e resina, e depois pintados de forma a representá-los tão exactamente quanto possível. 

 (viii) No diorama poderão ser pois observados, além das infraestruturas, modelos de viaturas (GMC, Fox, Daimler, White...), depósitos, diversos utensílios etc…

 (ix) E também uma DO-27, a aeronave que proporcionava talvez o único momento de alegria para as tropas, pois era quem trazia e levava o correio e alguns frescos...

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 Notas de L.G.: 

 (1) Vd. poste de 10 de Junho de 2006 > Guiné 63/74 - P862: O nosso novo tertuliano, o Coronel Nuno Rubim (...) "Comandei em Guileje, sucessivamente (de castigo !..., eu qualquer dia conto esta estória) as CCAÇ 726 e 1424, depois de ter também comandado a CART 644 em Mansabá e a CCmds em Brá. O que foi a minha vivência em Guileje, fazem os amigos ideia... Foram de facto perto de 10 meses infernais, com mortos, feridos, estropiados, de ambos os lados, enfim o triste rosário de uma guerra que Portugal nunca devia ter travado. Tinha também um Grupo de Combate em Mejo, de que pouco tenho ouvido falar. Quando terá sido desactivado esse pequeno aquartelamento ? E ainda voltei à Guiné em 1972-74, mas isso é outra história..., que meteu o início da conspiração que levou ao 25 de Abril, entre outras coisas" (...).

Vd. ainda o poste de 18 de Fevereiro de 2008 > Guiné 63/74 - P2554: Guileje: Simpósio Internacional (1 a 7 de Março de 2008) (21): Chegou o Nuno Rubim, em Mejo o Capitão Fula (Pepito)

(2) Vd. postes de:



10 de Dezembro de 2005 > Guiné 63/74 - CCCLV: Projecto Guileje (7): recuperação do quartel













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