Foto: © Albano Costa (2005). Direitos reservados
1. Mensagem do nosso camarada e amigo Albano Costa, Guifões, Matosinhos:
Caros Luís, Briote e Vinhal
Fiquei feliz comigo mesmo, por saber que finalmente foram buscar os "nossos" mortos sepultados no cemitério, improvisado, em Guidage, mas ficarei ainda mais se, para além dos três pára-quedistas, os outros cinco chegarem finalmente a casa. De facto, já que se fez a trasladação de Guidage para Bissau, porque não devolver todos os restos msortais aos respectivos familiares, se eles assim o desejarem ?
Gostaria de saber, se alguém souber responder!... Quem sabe, talvez os superiores dos militares que ficaram estes anos todos sepultados em Guidage, visto que no ano em que ocorreu as suas mortes, todas em Maio de 1973, já nessa altura, todos os militares portugueses, falecidos em campanha, eram todos devolvidos às suas famílias. Pergunto, porque não foram aqueles oito, visto que na altura foram mais os que lá morreram, uns foram entregues aos seus familiares cá em Portugal e aqueles oito não. Porquê?...
Eu, enquanto estive em Guidage, sempre ouvi falar que os nossos mortos, que lá estavam enterrados, só ficaram porque na altura do conflito havia falta de condições (urnas e transporte), para os trazer. E, como os corpos estavam a entrar em decomposição, tiveram de ser sepultados o mais rápido possível. Era pressuposto que, quando os mesmos estivessem limpos, se exumavam, e finalmente eram entregues aos seus familiares!...
Só que, passado um ano, deu-se o 25 de Abril, e aí a guerra acabou, toda a gente veio embora, e os "nossos" mortos acabaram por lá ficar esquecidos este tempo todo... Porquê ?
Será que alguém poderá informar, porque não teve este caso a atenção devida, mesmo depois do fim da guerra, para que no fim do tempo previsto os fossem lá buscar. Gostaria de saber, se alguém souber informar.
Sei que foi o Manuel Rebocho e a Conceição Maia, irmã de um dos pára-quedistas, o Vitoriano, que resolveramno assunto, para que os seus antigos superiores [ do BCP 12, Guiné, 1972/74,] e a Liga dos Combatente se pusessem a caminho, com vista a resolver este problema, diligências que ainda só vão a meio.
Albano Costa
Caros Luís, Briote e Vinhal
Fiquei feliz comigo mesmo, por saber que finalmente foram buscar os "nossos" mortos sepultados no cemitério, improvisado, em Guidage, mas ficarei ainda mais se, para além dos três pára-quedistas, os outros cinco chegarem finalmente a casa. De facto, já que se fez a trasladação de Guidage para Bissau, porque não devolver todos os restos msortais aos respectivos familiares, se eles assim o desejarem ?
Gostaria de saber, se alguém souber responder!... Quem sabe, talvez os superiores dos militares que ficaram estes anos todos sepultados em Guidage, visto que no ano em que ocorreu as suas mortes, todas em Maio de 1973, já nessa altura, todos os militares portugueses, falecidos em campanha, eram todos devolvidos às suas famílias. Pergunto, porque não foram aqueles oito, visto que na altura foram mais os que lá morreram, uns foram entregues aos seus familiares cá em Portugal e aqueles oito não. Porquê?...
Eu, enquanto estive em Guidage, sempre ouvi falar que os nossos mortos, que lá estavam enterrados, só ficaram porque na altura do conflito havia falta de condições (urnas e transporte), para os trazer. E, como os corpos estavam a entrar em decomposição, tiveram de ser sepultados o mais rápido possível. Era pressuposto que, quando os mesmos estivessem limpos, se exumavam, e finalmente eram entregues aos seus familiares!...
Só que, passado um ano, deu-se o 25 de Abril, e aí a guerra acabou, toda a gente veio embora, e os "nossos" mortos acabaram por lá ficar esquecidos este tempo todo... Porquê ?
Será que alguém poderá informar, porque não teve este caso a atenção devida, mesmo depois do fim da guerra, para que no fim do tempo previsto os fossem lá buscar. Gostaria de saber, se alguém souber informar.
Sei que foi o Manuel Rebocho e a Conceição Maia, irmã de um dos pára-quedistas, o Vitoriano, que resolveram
Albano Costa
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