sexta-feira, 4 de julho de 2008

Guiné 63/74 - P3020: Notícias da CCAÇ 799 (Cacine, Cameconde, 1965/67) (Arménio Vitória)



Guiné-Bisssau > Região de Tombali > Sector de Cacine > Viagem de Cananima a Cacine, através do Rio Cacine > 2 de Março de 2008 > Simpósio Internacional de Guileje (1-7 de Março de 2008) > Visita dos participantes ao sul > O pescador, natural dos Bijagós, que nos levou, na sua canoa senegalesa, motorizada, na viagem de ida e volta. É um dos dirigentes da Associação Quitapesca de Cacine. Em Cacine não há qualquer estrutura hoteleira. Também não há viagens regulares no Rio Cacine, que é muito largo neste ponto.


Foto: © Luís Graça (2008). Direitos reservados.

1. Mensagem do nosso visitante Arménio Vitória, com data de 2 de Julho:

Assunto - Pedido de informação sobre viagem a Cacine

Caros amigos

Sou um dos muitos militares que cumpriu a sua comissão na Guiné, mais propriamente em Cacine.

Organizamos regularmente os nossos encontros e sempre vem à baila o desejo de alguns em se deslocarem a Cacine.

Por este facto já por várias vezes fiz algumas diligências tentando encontrar soluções e preços, não tendo até aqui sido muito feliz na procura. Apenas uma organização – o Hotel Rural de Uaque – me respondeu mas não fiquei muito convencido.

Verifiquei agora que acabam de fazer uma deslocação ao Sul da Guiné em que todos estes problemas logísticos – transportes, alojamento, alimentação – tiveram de ser resolvidos.

Daí este meu mail. Será que me podem indicar alguém que, tendo esta experiência, me possa ajudar a estudar a questão de uma eventual deslocação de um grupo que estimo ser de cerca de 20 pessoas a Cacine?

Desde já os meus agradecimentos e os meus cumprimentos
Arménio Vitória


2. De imediato foi lançado um SOS a alguns amigos e camaradas no nosso blogue com experiência de viagens à Guiné:

Amigos e caramaradas: Alguém quer (e pode) dar uma ajuda ao Arménio Vitória, que estve em Cacine ? Eu fui a Cacine, em Março de 2008, mas fui à boleia... Ou melhor: fui através da melhor agência de viagens e de organização de eventos que se chama AD - Acção para o Desenvolvimento... Claro que o meu exemplo (e de outros amigos e camaradas, convidados para participar no Simpósio Internacional de Guileje) não seerve, proque tive/tivemos tratamento VIP...

De Bissau a Cacine, serão mais de 300 km... Julgo que no tempo das chuvas é praticamente impossível lá chegar por terra... Não há outro transporte... Mesmo no tempo seco, há um série de problemas logísticos para lá se chegar... a começar pelo transporte, o alojamento, a alimentação... As estruturas de apoio ainda são muito incipientes. Mas os nossos amigos da AD - Acção para o Desenvolvimento, que estão a apoiar os projectos de eco-turismo no Cantanhez, podem dar umas dicas...

Este mail é também dirigida a alguns dos nossos camaradas com mais experiência de viagens à Guiné (por terra e por ar...). Um Alfa Bravo (abraço). Luís

PS - Arménio: já diz-me qual era a tua unidade, e em que altura estiveste lá... E ficas convidado para integrar a nossa Tabanca Grande, ou sejam, a malta que está registada no nosso blogue e colabora regularmenet com fotos, histórias, etc.


3. Mensagem a seguir, do Arménio:

Desde já agradecido pela informação e pela presteza no seu envio.

Estive em Cacine/Cameconde integrado na C Caç 799, comandada pelo então Cap Silva Viegas, de 1965 a 1967.

Terei muito gosto em participar nesta ideia que acho interessantíssima, embora a minha colaboração não tenha grande valor: sou um “esquecido militante” só tendo vagas memórias daquilo por que passei. Não é doença, felizmente, é feitio… ou defeito!

No entanto como estou a organizar o encontro da minha Companhia que se realizará daqui a uns meses, aproveitarei para pedir o contributo de quem tenha jeito e queira escrevinhar umas coisas e fornecer fotografias.

Desde já um grande agradecimento pelo blogue; é com grande gosto que o leio atentamente, já que através dele recordo e às vezes vivo momentos extraordinários que passei na Guiné. Companheirismo, amizade, entreajuda, foram sentimentos que nas situações extremas que ali vivemos adquiriram um significado que não é descritível e que é bom recordar de vez em quando. O vosso blogue proporciona isso.

Um abraço
Arménio Vitória

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