1. Texto do Camarada José Eduardo Oliveira, ex-Fur Mil Enfermeiro, CCAÇ 675, Quinhamel, Binta e Farim (1964/66), enviado em 16 de Julho:
Bom dia Luís,
Renovados agradecimentos pela 2ª postagem, a tal do "stress de paz"... não politicamente correcta.
A apresentação está excepcional e a selecção de imagens e comentários merece nota "10".
Já percebi entretanto, pelo comentário de Alberto Branquinho, que vou (vamos) ter "perfeccionistas". Tudo bem. Eu sou mais do género desenrascado e prá frente, mas cá estarei para o debate de ideias. Ao pormenor, se for caso disso. A esse propósito como devo responder. Para o blogue? Ou há outra maneira? Confesso ser um "periquito" nesta área...
Em relação a pormenores peço o favor da seguinte correcção. A CCAÇ 675 esteve na Guiné em 1964/66 e não 1964/65. Chegámos a Bissau em 13 de Maio de 1964 e regressámos de Bissau a Lisboa, em viagem do "UIGE" de 28 de Abril de 1966.
No mato, zona de Binta e Guidage, estivemos desde Julho de 1964 a Abril de 1966. Em termos operacionais pode-se dizer que em cerca de 9 meses "ganhámos a guerra mas...NÃO FECHÁMOS A GUERRA.".Tivemos uma mina anti-carro, que nos provocou um morto e oito feridos e já com 18 meses de comissão, tivemos mais um morto devido a uma mina anti-pessoal.
Durante a recuperação de populações na fase da Tabanca Nova e da Vila Tomé Pinto fizemos mais de 20 patrulhas por mês. Na 675 não havia greves de zelo...
Votos de bom fim-de-semana e até breve. Telefono na próxima 2ª feira.
Um grande abraço,
José Eduardo Oliveira
Fur Mil Enf da CCAÇ 675
2. Comentário do Luís Graça
Amigos e camaradas:
Não é todos os dias que aparece um de nós a dizer e assumir em público, que a GUINÉ, a experiência da "guerra & paz" que foi a Guiné, também representou alguns dos melhores dias, semanas, meses e até anos das NOSSAS VIDAS...
Politicamente incorrecto?
No nosso blogue, não conhecemos esse advérbio de modo...
Leiam e comentem.
LG
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Notas de M.R.:
(*) Vd. último poste da série em:
1 comentário:
José Oliveira,
Gtatificante o nosso encontro.
Não falámos muito sobre a herança que dixámos ao Gen. Spínola, um dia destes abordaremos o tema que já foi aflorado no Blog.
Estou entusiasmadíssimo com o teu livro, falarei do padre Gama e o meu encontro com ele, se mo permitires falarei do teu conhecimento com esse extraordinário homem.
Como vou transcrever como foi construida a Capela de Cufar, mostra tu a tua maestria na arquitetura da Capela de Binta.
A Sra. Prof. e Historiadora Dra. Teresa de Seabra, ficou satisfeitíssima com as notícias do Padre Gama que ela conheceu com aos 14 anos.
Até breve!
Um abraço massarico (ainda eras de farda amarela)desta bela Tabanca.
Escreve sempre, pois este que foi um pequeno cantinho, está a tornar-se na grande história dos "últimos tempos do Império".
Mário Fitas
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