Foto: © AD - Acção para o Desenvolvimento (2010). Direitos reservados.
Da esquerda para a direita os valorosos representantes da penúltima unidade de quadrícula de Guileje, a CCAÇ 3477 (Nov 1971 / Dez 1972): José Carioca, Abílio Delgado e Sérgio Sousa... Entraram para a nossa Tabanca Grande em Maio de 2008 (*)... O Zé Carioca é actor de teatro (amador) e vive em Cascais, tendo mostrado interesse em projectos de cooperação com a Guiné-Bissau. O Abílio Delgado era, na altura, o mais jovem capitão miliciano no TO da Guiné. Vive na Ericeira. De nenhum deles (e muito menos ainda do Sérgio Sousa) tenho tido notícias... Outro Gringo de Guileje que me vem à cabeça é o Amaro Samúdio, que conheci em Matosinhos: foi o primeiro Gringo a chegar até nós. Também não tenho sabido dele nos últimos tempos. Foi graças ao Samúdio que os Gringos se Guileje se reuniram pela primeira vez (em 2008). A maior parte do pessoal da companhia era de origem açoriana.
Foto: © Luís Graça (2008). Direitos reservados.
Guiné > Região de Tombali > Guileje > CCAÇ 3477 (1971/77) > Oráculo, com a imagem de Nossa Senhora de Fátima e do Santo Cristo dos Milagres... Na imagem, o Amaro Munhoz Samúdio, ex-1º cabo enfermeiro, está a pegar ao colo um bébé chimpazé que ele comprou a um caçador local por 500 pesos...Na foto pode ler-se ainda a oração em verso: "Santo Cristo dos Milagres / Nesta capelinha oramos / Para sempre sorte dares / Aos Gringos Açorianos".
Esta lápide assim como a estatueta e diversos outros objectos de uso corrente, foram encontrados por ocasião das escavações arqueológicas... Associado aos trabalhos de capela e ao núcleo museológico de Guileje, fica também doravante o nome do Domingos Fonseca, engenheiro técnico agrícola, quadro da AD, e o grande arqueólogo de Guileje. Peças como esta estatueta da Nossa Senhora forem encontradas por ele.
Segundo amável informação do Samúdio, o monumento foi contruido pelos Gringos e inaugurado pelo então Ministro da Defesa Nacional, general Sá Rebelo e também pelo então governador, general Spínola, em 12 de Junho de 1972.
Foto: © Amaro Samúdio (2006). Direitos reservados.
Guiné-Bissau > Região de Tombali > Guileje > Março de 2006 > Um elemento da equipa de detecção e levantamento de minas e outros engenhos explosivos
Guiné-Bissau > Região de Tombali > Guileje > Novembro de 2004 > Aspecto da antiga porta de armas do quartel...
Guiné-Bissau > Região de Tombali > Guileje > Dezembro de 2005 > Foto de elementos da população local envolvida na desmatação do antigo aquartelamento e suas imediações
Guiné-Bissau > Região de Tombali > Guileje > Novembro de 2005 > Sinalética usada para identificar as diferentes instalações do antigo aquartelamento
Guiné-Bissau > Região de Tombali > Guileje > Janeiro de 2006 > Restos da capela, incluindo a lápide original, mandada fazer pelo Zé Neto...
Foto: © AD - Acção para o Desenvolvimento (2010). Direitos reservados.
Guiné-Bissau > Região de Tombali > Guileje > Restos do oráculo ao Santo Cristo dos Milagres
Foto: © Xico Allen (2005). Direitos reservados.
1. O Manuel Reis, nosso prezado camarada, professor do ensino secundário, reformado, ex-Alf Mil da CCAV 8350, a última unidade de quadrícula de Guileje (1972/73), enviou-nos a lista dos donativos recolhidos até agora, no âmbito da campanha do nosso blogue a favor da reconstrução e manutenção da capela de Guileje. O dinheiro, que tem sido depositado numa conta da Caixa Geral de Depósitos, Agência de Ílhavo, em nome do Manuel Reis, será oportunamente transferido para a AD - Acção para o Desenvolvimento, com sede em Bissau, a ONG que liderou este projecto.
O dinheiro até recolhido foi de € 430 (quatrocentos e trinta euros), o equivalente a pouco mais do que um euro por cada membro da nossa Tabanca Grande (4 centenas). Mas até aqui as estatísticas (neste caso a média aritmética) são enganadores: esssas contribuições são apenas de 7 camaradas nossos, que passam a figurar na lista do Grupo dos Amigos da Capela de Guileje... São eles o Amílcar Ventura, o António Graça de Abreu , o Coutinho e Lima, o Hélder de Sousa, o João Seabra e o Luís Graça, que se vêm juntar aos os primeiros registados, Patrício Ribeiro, António Cunha, Manuel Reis e António Camilo (**)
A estes dez temos que juntar, por um questão de elementar justiça, os dois elementos da AD que de alma e coração levaram este projecto até ao fim, o Pepito e o Domingos Fonseca, também eles membros da nossa Tabanca Grande. E, naturalmente a Júlia Neto, viúva do Zé Neto, o pai espiritual e material da capela, contruída no tempo da CART 1613 (1967/68) e depois completamente destruída, com a retirada de Guileje em 22 de Maio de 1973... Há sempre o risco de, involuntariamente, esquecer alguém... Fazemos questão de mencionar aqui o nome do Paulo Santiago por intermédio de quem se conseguiu arranjar o crucifixo, em madeira... Também ele pode e deve ostentar o título de Amigo da Capela de Guileje...
Guiné-Bissau > Região de Tombali > Guileje > 1 de Março de 2008 > Visita ao sul, no âmbito do Simpósio Internacional de Guiledje (1-7 de Março ded 2008) > Restos de granadas de obus 14, recuperadas durante as escavações do antigo aquartelamento. Hoje Guileje é um local de paz e de (re)encontro.
Foto: © Luís Graça (2008). Direitos reservados.
A campanha de angariação de fundos vai-se manter, apesar da capela já ter sido recentemente inaugurada (***), de modo a permitir ainda, a eventuais retardatários, dar a sua (e aumentar a nossa) contribuição (material e simbólica) para esta causa.
Guileje é hoje um ponto de paz e de (re)encontro de homens que no passado se bateram, de armas na mão, sob bandeiras diferentes. A própria ideia da constituição de um Grupo de Amigos da Capela de Guileje tem, por certo, um certo simbolismo.
Pagamento por multibanco: NIB: 003503720000835570006
Pagamento por transferência Bancária: Conta nº: 0372008355700 da Caixa Geral de Depósitos de Ílhavo, em nome de Manuel Augusto Ferreira Reis.
A todos os nossos camaradas, contribuintes (em géneros e/ou em espécie), independentemente da sua ligação efectiva (e afectiva) a Guileje, o nosso muito obrigado. Manuel Reis & Luís Graça.
_____________
Notas de L.G.:
(*) Vd. poste de 6 de Maio de 2008 > Guiné 63/74 - P2815: Tabanca Grande (67): Os Gringos de Guileje: Abílio Delgado, Zé Carioca e Sérgio Sousa (CCAÇ 3477, Nov 1971/ Dez 1972)
(**) Vd. postes de:
7 de Janeiro de 2010 > Guiné 63/74 - P5603: Grupo dos Amigos da Capela de Guileje (10): Recolha de fundos para ajudar a reconstrução (Manuel Reis / Luís Graça)
30 de Dezembro de 2009 > Guiné 63/74 - P5567: Grupo dos Amigos da Capela de Guileje (9): Reconstrução, quase pronta, da capelinha de Guileje, terra de fé e de coragem, nas palavras do saudoso Zé Neto (CART 1613, 1967/68)
16 de Junho de 2009 > Guiné 63/74 - P4534: Grupo dos Amigos da Capela de Guileje (2): António Camilo oferece 300 sacos de cimento e 150 litros de tinta
6 de Junho de 2009 > Guiné 64/74 - P4469: Grupo dos Amigos da Capela de Guileje (1): Já temos três: Patrício Ribeiro, António Cunha e Manuel Reis
(***) Vd. poste de 29 de Janeiro de 2010 > Guiné 63/74 - P5726: Núcleo Museológico Memória de Guiledje (10): A inauguração da capela, em 20 de Janeiro, na presença do embaixador de Portugal (Pepito)
2 comentários:
Sete camaradas a contribuir para a capela de Guileje!...
E nem um comentário...
Ah, este Portugal e os portugueses, sempre de lágrima ao canto do olho e um pedaço de ferro enferrujado a tapar o coração!...
Um abraço,
António Graça de Abreu
É de certo modo gratificante visitar este blogue, onde se podem recordar nomes de locais por demais conhecidos embora já se tenham passado quarenta e muitos anos.
fala-se aqui em vários lados da localidade de Guilege, onde nós chegamos pela primeira vez em finais de 1963,vindos de Aldeia Formosa, e aí montamos o primeiro aquartelamento, seguindo-se depois Gantoré, Sangonhá, Cacoca etc...
Pertencendo ao Pelotão de Reconhecimento Fox 42, por esses locais andamos apoiando as tropas que se iam instalando ao longo desse percurso a caminho de Gadamael onde se encontrava, isolada por terra,uma Companhia de Caçadores.
Talvez mais tarde eu volte e conte algo do que presenciei na Guiné entre 1962 e 1964.
Fui condutor de uma Autometralhadora daquele Pelotão era conhecido por O Alenquer, por ser natural daquele concelho embora habite em Amodora desde 1965.
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