domingo, 3 de abril de 2011

Guiné 63/74 - P8039: In Memoriam (73): Cerimónia de homenagem aos Combatentes de Matosinhos caídos em Campanha em Angola, Guiné e Moçambique, dia 9 de Abril de 2011 pelas 11H15 no Cemitério de Sendim (Carlos Vinhal)

Memorial aos mortos no naufrágio do dia 2 de Dezembro de 1947 e aos caídos em campanha na Guerra do Ultramar, erigido no Cemitério de Sendim, autoria conjunta do Professor Alfredo Barros e do Arquiteto Francisco Pessegueiro. 
Na ponta esquerda do Memorial, ao fundo da foto, que simboliza o local onde o sol nasce, estão os nomes dos mais de 150 mortos no naufrágio. Na ponta direita, em primeiro plano, com o sol já a querer mergulhar nas águas do mar, estão os 70 nomes dos nossos camaradas caídos nos três TO.
A parte inferior do Memorial, em verde-água, simboliza o mar que matou uns quase à porta de casa e levou outros a caminho de África, onde haveriam de morrer.


NO DIA 9 DE ABRIL DE 2011 VAI TER LUGAR A CERIMÓNIA DE INAUGURAÇÃO DO MEMORIAL EM HOMENAGEM AOS 151 PESCADORES MORTOS NO NAUFRÁGIO DE 1 PARA 2 DE DEZEMBRO DE 1947, E DOS 70 MILITARES CAÍDOS EM CAMPANHA NA GUERRA COLONIAL EM ANGOLA, GUINÉ E MOÇAMBIQUE

1. O Concelho de Matosinhos vai finalmente ter um Memorial que perpetuará os seus filhos caídos em Campanha na Guerra Colonial. Este Memorial será partilhado com os pescadores falecidos no grande naufrágio de 2 de Dezembro de 1947.

Segundo os artistas plásticos que criaram o monumento, o Professor Alfredo Barros e o Arquiteto Francisco Pessegueiro, ambas as situações de morte tiveram um factor comum, o mar, que matou uns e levou outros ao local onde haveriam de morrer.


2. As cerimónias de homenagem, organizadas pela Câmara Municipal e pelo Núcleo de Matosinhos da Liga dos Combatentes, começam pelas 10 horas da manhã, com uma Missa de Sufrágio na Igreja Matriz de Matosinhos, finda a qual haverá uma deslocação para o Cemitério de Sendim onde se situa o Memorial e onde a partir das 11H15 decorrerá a cerimónia oficial com o seguinte alinhamento:

Alocuções alusivas ao acto:

- Representante da Associação dos Pescadores
- Representante da Comissão dos Combatentes
- Representante da Liga dos Combatentes
- Presidente da Câmara Municipal de Matosinhos


Inauguração do Memorial, com a bênção pelo Capelão Militar e deposição de duas coroas de flores

Homenagem aos Mortos

- Toque de Sentido
- Toque de Silêncio
- Toque de Homenagem aos Mortos
- 1 minuto de silêncio
- Toque de Alvorada
- Toque de Descansar

- Declamação de um poema por um Combatente e interpretação de um cântico pelo Coro da Associação dos Pescadores

Fim da Cerimónia


3. Graças à prestimosa colaboração do Núcleo de Matosinhos da Liga dos Combatentes, está praticamente assegurada:

Para a Missa:
- Uma Guarda de Honra ao Altar, composta por 4 militares e um Terno de Clarins.

Para o Cemitério:
- Uma Guarda de Honra composta por um Pelotão.
- Fanfarra mais caixa de guerra.


Neste Sol, no Ocaso, estão inscritos os nomes dos matosinhenses tombados em Campanha na Guerra Colonial.


Esta figura pictórica simboliza o esforço da juventude matosinhense em África no cumprimento do seu dever patriótico.


Parte intermédia do Memorial decorada com figuras pictóricas de autoria de Alfredo Barros, em que o mar está sempre presente. Ainda podemos ler, de Eugénio de Andrade, o poema "Despedida" que diz: "Colhe o oiro do dia na haste mais alta da melancolia".


4. Ficam desde já convidados a assistirem a esta homenagem todos os ex-combatentes, suas famílias e público em geral.

7 comentários:

Anónimo disse...

É nisto que 'nos' desrespeitamos!

Com o respeito devido à mágoa tardia pela morte dos naufragados, pergunto: visto não haver qualquer semelhança entre a dimensão merecida pela evocação de um acidente -um facto cívico- e a solenidade devida à evocação da morte de militares em campanha -um facto de alcance nacional- com que fundamento se misturam no mesmo obelisco estas duas condições, desprezando a casualidade de uma e a solenidade da outra?

A exaltar, deveriamos exaltar a memória dos que combateram 'connosco', mais do que aos que morrem diariamente por razões eventuais.


SNogueira

JC Abreu dos Santos disse...

... é mais uma saldanhada?!

ONG disse...

??????????????????

Não será tempo de nos unirmos?????

Para e porquê, separatismos ??????

É muito mais o que nos UNE
do que o que nos separa.

JC Abreu dos Santos disse...

«ONG disse»... algo ininteligível, por que supostamente destinado a "unir" mas contendo anátema avulso sobre «separatismos».

Esclareço: estou plenamente de acordo com o comentário de SNogueira.
E mais.
Além do critério do município de Matosinhos, ser naturalmente discutível, no que à inclusão de outros conterrâneos falecidos – que não em estricto cumprimento do dever militar –, diz respeito, sucede que naquele memorial nominal, para cujo planeamento e execução houve tempo mais que suficiente, estão designados 70 militares mortos em campanha, os quais se pretende como sendo todos naturais daquele Concelho. Tal, não é verdade. Para que conste, foram 66 os nascidos no Concelho de Matosinhos que faleceram no Ultramar, sendo que 4 dos nomes fixados naquele mural, nasceram em outros Concelhos de Portugal. A saber:
- Abílio Ferreira Andrade, natural da freguesia de Vilarinho, concelho de Santo Tirso;
- Augusto da Silva Oliveira, natural da freguesia da Retorta, concelho de Vila do Conde;
- Humberto Pereira Vieira, natural do Cabeção na freguesia de Santa Cruz do Douro, concelho de Baião;
- Reinaldo José Nicolau, natural da freguesia de Custóias, concelho de Vila Nova de Foz Côa.

«Separatismos»... Onde?
Vindos, a completo despropósito, de anónimo "ONG"?!

Parafraseando SNogueira: também «É nisto que 'nos' desrespeitamos!».

Carlos Vinhal disse...

Para que conste.
A minha mãe, que morava em Matosinhos, quando se aproximava a hora dar me dar à luz, foi para Vila do Conde, para casa da mãe dela, onde nasci no dia 27 de Março de 1948. No dia 12 ou 13 de Abril do mesmo ano vim já ao colo para Matosinhos.
Se tivesse morrido em campanha, faria parte da lista de Vila do Conde, mas teria sido sepultado mo cemitério de Leça da Palmeira, e teria muito orgulho que o meu nome fosse inscrito naquela parede.
Conhecem a história do velho, do rapaz e do burro? Consta que o rapaz e o velho já morreram.
Um abraço
Carlos

Anónimo disse...

Parafraseando SNogueira: também «É nisto que 'nos' desrespeitamos!».

Carlos Vinhal, não lhe consinto faltas de respeito.

João Santos

José Marcelino Martins disse...

Camarigo e amigo Carlos Vinhal

Suponho que vais estar em Sendim.
Agradeço que, por mim, deponhas uma simples flor no monumento.
Não vai dar vida a ninguém, nem acrescenta nada.
Vale o que vale: Uma pequena lembrança, quando muitos esquecem!