quinta-feira, 10 de maio de 2012

Guiné 63/74 - P9878: Agenda cultural (200): O António Batista, o nosso "morto-vivo do Quirafo", e os projetos solidários da Tabanca de Matosinhos, hoje, 5ª feira, dia 10, às 10h, no programa Praça da Alegria, RTP1


 1. Pelo correio do nosso camarada e amigo José Teixeira [, foto à esquerda, operador de câmara da RTP, em Empada, no Natal de 69], chegado por volta das 22h50 de ontem, ficamos a saber o seguinte:


Boa noite.

Caríssimos:



Amanhã, dia 10, no programa Praça da Alegria, RTP1,  vai estar o António Batista a quem carinhosamente chamamos “ o morto vivo do Quirafo” para falar do que lhe aconteceu na Guiné durante a Guerra Colonial.




No mesmo programa vai-se falar da Associação Tabanca Pequena e dos seus projectos de apoio ao desenvolvimento da Guiné-Bissau, bem como da Tertúlia da Tabanca de Matosinhos.

Abraços
Zé Teixeira



2. Informação sobre o programa Praça da Alegria, na página da RTP na Net:


Género:Talk-Shows
Informações Adicionais: Todo o Público


Participe nesta festa e faça parte da Família RTP. Fique com a Praça da Alegria, pela simpatia, pela amizade e pela companhia!

A PRAÇA DA ALEGRIA continua a ser o programa de todos os encontros, onde se cruzam amizades e gerações.

Gente de todas as áreas e portugueses de todo o mundo partilham dicas e sugestões, conselhos úteis para o dia-a-dia.
Emitido diariamente a partir dos estúdios do Porto, a PRAÇA DA ALEGRIA é uma produção da RTP que aposta em manhãs divertidas e informativas, com rubricas de saúde e moda, culinária e estética, sem esquecer os cuidados de jardinagem e a decoração da casa. Boas conversas e passatempos animados garantem o tempero.
Nomes de respeito da sociedade portuguesa são garante de qualidade na análise feita às principais notícias da atualidade.
Numa casa que é a sua, encontramos a simpatia dos melhores comunicadores da televisão portuguesa, Sónia Araújo, Serenella Andrade, Jorge Gabriel e Hélder Reis, que recebem como ninguém os convidados vindos dos quatro cantos do mundo. (...)
 _____________

Nota do editor:

Último poste da série > 2 de maio de 2012 > Guiné 63/74 - P9841: Agenda cultural (199): Intervenção de Mário Beja Santos na Tertúlia sobre o livro de sua autoria "Adeus até ao meu regresso", realizada no passado dia 26 de Abril em Lisboa

11 comentários:

José Marcelino Martins disse...

Muita parra,
Pouca uva e
Muitissimo pouco tempo!

Num programa com:
Muito voleibol, muito judo e uma grande tarte de maçã, de que "desapareceram alguns bocados de maçã" que foi oreciso alguma engenharia para suprir essa falta",
Muita publicidade a uma priviligiada com a atribuição de prótese dentária, novo penteado e nova imagem de vestuario, não pode haver tempo, telvez nam interesse, em falat da ONGD - Tabanca pequena, que est´a desenvolver o furo nº 5 na Guiné Bissau.

Será por temerem que fosse considerado intromissão em assuntos internos de país terceiro, comno o caso do envio da força de intervenção rápida?

Cada vez o tempo dispendido é menor, até que deixará de "haver tempo" até porque dentro de pouco tempo, deixará de "haver combatentes", até porque estes JÁ SÃO ANTIGOS.

Henrique Cerqueira disse...

Ora nem mais:
Nem houve parra nem uva.O que aconteceu já é costumeiro nas nossas televisões,ou seja afloram os temas numa "rapidinha"que nem sequer dá para as pessoas entenderem os assuntos.E claro que os nossos camaradas intervenientes tentam a todo o custo abranger o máximo de situações e vê-se nitidamente o ar "enfastiado" dos apresentadores como quem está a despachar um anúncio qualquer.
Eu entendo que sempre que possível a malta deve aproveitar todos os bocadinhos que a nossa imprensa possa dedicar ao tema dos ex.Combatentes no entanto eu penso que a malta que está mais organizada tem que tentar outros caminhos (quem sabe a velha e sempre útil Cunha?).
Um a braço Henrique Cerqueira

Carlos Vinhal disse...

De uma completa inutilidade este tipo de programas. Não no que concerne ao conteúdo mas em relação ao tempo disponível para o efeito.
Se o assunto fosse o filho que matou a mãe porque não o tinha deixado ir ao concerto do "não sei quem", com fotos sugestivas e sangue espalhado por tudo quanto fosse sítio, isso sim, teria tempo de antena alargado com depoimentos dos mais consagrados especialistas na matéria, a saber médicos legistas reformados, ex-polícias judiciários e afins.
Como se ia falar de acções humanitárias para ajudar povos que tanto nos dizem, porque tínhamos presente um camarada vítima da guerra colonial, que chatice, estes velhos sempre a falar do mesmo, o assunto passa-se pela rama e um dia destes, quem sabe, poder-se-á voltar a falar.
Parabéns aos camaradas António Batista e ao Álvaro Basto, que apesar do pouco tempo de antena que tiveram não nos deixaram ficar mal, muito antes pelo contrário.
Quanto à RTP... o costume.
Carlos Vinhal
Leça da Palmeira

Torcato Mendonca disse...

Nem parra nem uva. Vi por sorte. Depois de acabar fiquei a olhar a TV e a pensar. NÃO VENDE,. logo é para breve nota de rodapé,
Pensei em escrever. Não. O casal de apresentadores não estavam preparados. Eles estão a cumprir ordens e a falar de futilidades - mas que geram audiências e vendem. Palavras e mais palavras para quê? Ou efectivamente escrever ao dono dos programas e ao Provedor e arriar bronca.
Ab T. e bardamerda p/Tv's

Luís Graça disse...

Zé Martins:

A "vitimização", salvo melhor opinião, não é uma boa estratégia...

Temos que saber conquistar o nosso próprio espaço e, mais, temos que ser nós próprios a ganhar o direito ao respeito: a Pátria é uma entidade abstracta, não esperes que a Pátria algum dia te fique agradecida... Eu, pelo menos, não sei quem é, onde vive, se respira, se tem código postal, usa email... A Pátria sou eu, és tu, são os nossos filhos e netos, os nossos avoengos, a nossa história, a nossa língua, uma certa imagem que temos de nós e desta terra...

Não tenho ilusões: o António Batista e o Álvaro Basto que nos representaram com dignidade, na "Praça da Alegria", não poderiam fazer melhor... Um grande abraço para eles, pela coragem de se exporem...

A televisão é o pior lugar do mundo para a gente dizer que esteve na Guiné e contar a nossa história... Começa pelos "monos" das "peças jornalísticas" com que antecedem a apresentação dos convidados, com canções "abrileiras" que vêm a despropósito...

Em nada daquilo bate a bota com a perdigota...

Repara na miséria das imagens: nem sequer são da RTP, vão "piratear" a ORTF, a televisão francesa... A RTP não tem um único filme de jeito com uma emboscada na Guiné!...

Aqueles gajos e gajas (a começar pelos estagiários jornalistas que preparam estes "chouriços informativos...) falam da guerra da Guiné, no já longínquo século passado, com desplante, com ignorância, sem emoção, sem sensibilidade sócio-cultural... Aliás, eles falam de tudo e mais alguma coisa: afinal é um "talk-show"... E no meio daquele blá-blá todo, o que contas tu, o que conta um ex-combatente, "para mais da Guiné, um miserável Estado, um narco-Estado que nos envergonha" ?... (Eles não dizem, porque é politicamente incorreto, mas pensam, pode-se ler nos seus lábios...)

Como a nossa professora da primária, quando falva de Aljubarrota ou de Alcácer Quibir ou das invasões francesas... Linguagem de pau!

Além disso, a televisão é trituradora, é fútil, é exasperante... É uma armadilha...Já sabemos disso há muito... Não é um espaço amigável, é uma máquina de fabricar ilusões, de recriar o real, de manipular o real, de entreter a gente, de vender publicidade, que custa muitas dezenas de milhares de euros por hora, e que vive da "ditadura das audiências"... É o mercado, meu caro, é o mercado...

Mesmo assim, não lhe podes virar as costas, à televisão, quando te convidam... Não a podes ignoar, mesmo que a possas desligar... Mas se te derem um minuto de fama, aproveita-o bem... Prepara bem o que vais dizer... Aí não podes ser ingénuo, não podes ser amador... Tens um páblico de milhares de pessoas, de dezenas, centenas de milhar (se for na hora nobre)...

Percebo o que queres dizer: Olham para nós, olham para ti, para o Batista, para o Álvaro, olham para quem esteve na Guiné, na guerra colonial, como um "pária social"... É como nos tratam, hoje em dia... Entre o doente mental, o psicopata, o coitadinho e o marginal... Não sei se têm pena de nós, se têm medo de nós, se é simples curiosidade mórbida...

Meu caro Martins, somos todos "mortos-vivos", como o Batista...

Um abração. Luis

Luís Graça disse...

Carlos:

Acabo de ler os anteriores comentários... que apareceram quando eu estava a escrever o meu...

Acho que os podes reunir e mandar para o provedor do telespectador... A RTP, como televisão pública, com uma missão de serviço público, não pode tratar os "antigos combatentes da guerra colonial" como um simples "fait-divers", comparável com as "cenas de faca e alguidar" da tragicomédia lusitana...

A Pátria devia ter orgulho nestes homens (e algumas mulheres), no ocaso da vida, que deram o seu melhor por ela, ou em nome dela, no "longínquo ultramar"...

José Carlos Abrantes é o provedor do telespectador da RTP... Tem 66 anos, casado, duas filhas, possivelmente avô... Tem idade para ter estado na guerra colonial... De certo que saberá ouvir-nos com sabedoria...

http://ww1.rtp.pt/wportal/grupo/provedor_tv/provedor.php

Anónimo disse...

Olá Camaradas
Pergunto: de que é que estávamos à espera? Não há vitimização nenhuma quando o mau tratamento e o desprezo é público, claro e notório. Somos cada vez mais uma assunto maldito e inconveniente. Porém entendo que os responsáveis da RTP devem ser confrontados com a sua "insuficiência". Aponto várias vias: tentar a concorrência (SIC e TVI) para se passar a mensagem. Sugiro uma: a do Idálio e Gandembel. Poderemos tentar "bater" na RTP1 através do facebook ou similares. Teremos de dizer NÃO GOSTO e enviar as nossas mensagens.
Por fim abordemos o provedor do tele-espectador, por carta o e-mail. Claro que temos que ser "educados" (para que quem for contestado não faça a habitual mistura de forma e conteúdo e possa ir dormir descansado) mas isso não quer dizer que deixemos de ser agressivos e contundentes. Essencialmente, teremos que nos insurgir contra o tempo que nos foi dado e o tempo dado à "Tarte Super Fácil" e o tempo de antena é essencial, como se calcula. Será que a tarte, mesmo num momento de fraca audiência e com share baixo é que é um problema nacional. Claro que aquele é um programa para salas-de-espera de consultório e lares de velhinhos nos lares (que felizmente nem os vêem) mas, assim também é mau trato a mais.
Um Ab. do
António J.P. Costa

Henrique Cerqueira disse...

Ó malta
Vejam bem o que se estar a passar na TVI no programa da Fátima Lopes "Na Tarde é Sua".
Vejam mesmo bem como é tratado o tema dos ex.combatentes na Guiné.Hoje este assunto dos "Mortos Vivos" da Guiné está em promoção tal como os supermercados.Desculpem lá a linguagem mas hoje pela 1ªvez neste bolg vou dizer as nossas Tvs são uma "Merda" e pergunto. Quem está interessado que a nossa vida na guerra seja tratada assim nos meios de comunicação de maior impacto? Meus amigos e camaradas não deixem que nos tratem assim.Prefiro que ignorem o que se passou na minha juventude ,que ser agora tratado como um produto qualquer de venda para audiências.
Um revoltado.Henrique Cerqueira

Anónimo disse...

Olá Camaradas
Volto à antena par dizer que já reguilei junto do provedor do telespectador. Lembrei-me que outra "frente de trabalho" pode ser o "Câmara Clara" na divulgação dos "nossos escritos" e o próprio professor Mar(t)celo que tantos livros divulga.
São hipóteses de trabalho. Neste mundo temos de dfançar conforme e música para atingirmos os objectivos - esses sim - que não podemos perder de vista.
Um Ab.
António J. P. Costa

Luís Graça disse...

O Idálio Reis, por exemplo, podia mandar um exemplar do seu livro, sobre Gandembel/Ponte Balana, autografado, ao senhor professor doutor Marcelo Rebelo de Sousa... Alguém sabe neste país (, e na Guiné também não!), onde fica esse raio de lugar... E o que significou para alguns portugueses e guineenses, entre abril de 1968 e janeiro de 1969... LG

Zé Teixeira disse...

Eu acompanhei todo o processo e estive nos bastidores do estúdio durante a passagem do programa.
Devo dizer-vos que senti por parte dos operadores no terreno uma grande vontade de dar outra dimensão à entrevista e sobretudo ao projecto da Tabanca Pequena, mas a estrutura de controlo esmaga e condicionas as pessoas que está na frente- os peões de briga.
senti que havia vontade de dar continuidade, mas...

Esperemos que o Canal "Porto Canal" que prometeu aparecer na Tabanca de Matosinhos na próxima semana actue de forma diferente.

Zé Teixeira