sexta-feira, 5 de junho de 2015

Guiné 63/74 - P14704: Agenda cultural (409): 3 dias, 30 filmes no feninino, 12 países... Festival Olhares do Mediterrâneo, 2º edição... Começa hoje,no Cinema São Jorge, integrado nas Festas de Lisboa


2ª edição do festival Olhares do Mediterrâneo - Cinema no Feminino > 5 e 7 de Junho de 2015  Lisboa, Cinema São Jorge. Festival integrado nas Festas de Lisboa... Três dias de festa, 30  filmes seleccionados, de realizadoras de 12 países do Mediterrâneo – Bósnia, Egipto, Espanha, França, Grécia, Israel, Líbano, Malta, Palestina, Portugal, Turquia e Tunísia




ABERTURA, 5 de julho de 2015, sexta-feira

21h30, Sala Manoel de Oliveira

Exibição do filme antecedida da Abertura do Festival

Longa-metragem  > FOR THOSE WHO CAN TELL NO TALES


Jasmila Zbanic, Bósnia Herzegovina, fic., 2013, 75’ (em bósnio e inglês, legendado em português e inglês)

Kym, uma turista australiana em viagem pela Bósnia, descobre o legado silencioso de atrocidades cometidas durante a guerra ao chegar a uma cidadezinha, aparentemente idílica, junto à fronteira da Bósnia com a Sérvia. 

Trata-se de um tributo reflexivo à memória do massacre de Visegrad [Guerra da Bósnia], durante o qual morreram cerca de três mil pessoas. O filme pretende confrontar o espectador com a verdadeira escala deste massacre e a sua negação por parte dos historiadores.


23h15 Sala 3 | Longa-metragem

Longa metragem >  KUMUN TADI (SEABURNERS)


Melisa Önel, Turquia, fic., 2014, 89’ (em turco, legendado em português)

No cenário invernoso da costa turca do Mar Negro, Denise e Hamit desenham uma geografia de silêncios, enquanto o mar lhes impõe barreiras, às vezes, intransponíveis.

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Nota do editor:

Último poste da série > 5 de junho de  2015 > Guiné 63/74 - P14703: Agenda cultural (406): Apresentação do livro "Cabra-Cega", de João Gaspar Carrasqueira, pseudónimo literário de António Marques Lopes, levado a efeito no passado dia 3, na Biblioteca Municipal Florbela Espanca, em Matosinhos

2 comentários:

Luís Graça disse...

Bósnia e Herzegovina é um pequeno país, com capital em Sarajevo, que faz parte do complexo "puzzle" dos balcães e sobre o qual os portugueses sabem muito pouco... (Mesmo assim, as nossas forças armadas estiveram lá, com um misssão, duarbnte 16 anos!)...

Com mais de 4 milhões de habitante e pouco mais de 51 mil km2, é um destino turístico, como muitos outros do Mediterrâneo... Pode todavia um "turista" abatrair-se do facto desta ou daquela cidadezinha medieval, desta ou daquela ponte pitoresca, deste ou daquele hotel encantador, terem sido "locais de massacre" ? A guerra civil de 1992 está obsessivamente presente, mesmo que seja escamoteada dos livros-guia de turismo...

O centro da história é Mostar, embora a realizadora (bósnia) tivesse feito as filmagens em Visegrado (que fica a 220 km, já na Hungria e tem uma ponte famosa, maior de que a de Mostar, destruída por ocasião da guerra civil)...

Na realidade, as vítimas de todas as guerras (e nomeadamente as mulheres que foram violadas e mortas na Bósnia) não contam histórias... É importante que o cinema fale por elas...

Luís Graça disse...

No verão de 1991, eu estive para ir a Zagrebe, para frequentar um curso de pós-graduação, o "First European Health Promotion Training Course", cde um mês... O curso era organizado por um um consórcio de escolas de saúde pública, membros da ASPHER - Association of Schools of Public Health of the European Region: Institut Valencia d'Estudis en Salut Publica, Andrija Stampar School of Public Health (Zabreg), Nordic School of Public Health, e Department of Public Health, University of Liverpool.

Com o eclodir da guerra entre forças sérvias e croatas (que se tinham separado da federação jugoslava), o curso foi transferido, à pressa, para Valência, para o Instituto Valenciano de Estudos de Saúde Pública... Foi um verão que ficou na minha memória, de 14 de Agosto a 6 de Setembro de 1991: quatro dos meus colegas eram croatas, mulheres, médicas, sendo uma delas casada com um bósnio...

A falta de notícia (e de dinheiro), o drama da guerra que se desenrolava na sua terra natal, longe de Espanha, aproximaram-me daquelas mulheres a quem dei o apoio possível... Obviamente, não falavam espanhol, o inglês era a línguia oficial do curso... Soube, muito mais tarde, que as quatro regressaram ao seu país e sobreviveram à guerra, mas têm seguramente histórias para contar... Perdi-lhes infelizmente o seu rasto... Não conheços os balcães--- Ainda quero lá ir...