Data: 17 de julho de 2015 às 12:54
Assunto: Agenda Cultural - 32.º Festival de Almada
Caro Luís,
Quase no limite da data de encerramento, anexo, para os efeitos que entenderes por bem, um pequeno texto elaborado a propósito do festival em epígrafe.
Que tenhas um óptimo fim-de-semana.
Um abraço amigo,
Jorge Araújo.
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2. Música guineense em Almada, neste sábado, às 20h00
Caros Camaradas Tertulianos.
Anexo informação alusiva ao 32.º Festival de Almada 2015, a decorrer até ao próximo sábado, 18 de Julho, numa organização conjunta entre a Câmara Municipal de Almada e a Companhia de Teatro de Almada.
Trata-se de um festival iniciado em 1983, a nível de Teatro Amador, e que cresceu até se tornar, hoje, num dos festivais de teatro mais referenciados na Europa. A Companhia de Teatro de Almada encerra, deste modo, a sua temporada teatral portuguesa com uma programação diversificada em vinte e sete produções, ao longo de quinze dias, contando com um ciclo de seis espectáculos do “novíssimo teatro espanhol”, reunindo o que de melhor se faz no país vizinho. Outras doze produções chegam-nos de Itália, Suíça, Alemanha, Brasil, Roménia, México e França, representando igualmente o que de melhor se produz no teatro daqueles países. O programa contará, ainda, com nove produções lusas, entre as quais três estreias.
Para Rodrigo Francisco, Director Artístico da CTA, o facto de este Festival ser organizado por uma companhia de teatro independente ajuda certamente a explicar as suas longevidade e estabilidade, assentes numa relação de proximidade quer com o público de Almada, quer com os artistas que nos visitam.
Como criadores que somos, gostamos de confrontar-nos com o que de melhor se faz no mundo. A emulação pode por vezes ser dolorosa – mas tem-nos ajudado a crescer. Assim como ao nosso público, que se torna a cada ano mais exigente e não nos permite a cristalização em soluções já testadas ou fórmulas repetitivas…
Este ano, graças ao prestígio alcançado ao longo do tempo e ás boas-vontades que a Companhia de Teatro de Almada tem sido capaz de reunir, o conjunto de apoios obtidos em Portugal e no estrangeiro permitiu reunir uma programação rara. [E, no que respeita a financiamentos, refira-se que a subvenção da Secretaria de Estado da Cultura a esta Companhia recuou para os valores de 1997].
O festival mantém a sua característica de Festa, com espectáculos de rua todos os dias, exposições e colóquios, para além do teatro e da música, nomeadamente dos PALOP.
No programa musical, destaca-se no próximo sábado, dia 18 de Julho, pelas 20:00 horas, a actuação do «Djumbai Jazz», um quarteto oriundo da Guiné-Bissau.
A sua actuação terá lugar na Esplanada da Escola D. António da Costa, em Almada.
«Djumbai Jazz» é um projecto musical iniciado, nos anos noventa do século passado, por Maio Coopé, cantor, músico e compositor guineense.
Na sua génese, como explica Maio Coopé [Lisboa Africana], está o facto de no seu país, sobretudo nas zonas suburbanas, antes das crianças irem dormir, há uma reunião junto dos mais velhos, ao redor da fogueira. Contam-se histórias e há sempre uma pessoa para cantar. Trata-se de um costume da Guiné-Bissau e que esteve sempre bem próximo dele.
Foi neste ambiente que Maio Coopé se inspirou, transformando-se em nome importante na música tradicional da Guiné-Bissau, mesclando-a com outros ritmos e sonoridades da África Ocidental.
Com um forte abraço de amizade.
Jorge Araújo.
Jul 2015
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Nota do editor:
1 comentário:
Caro amigo Jorge Araújo
A informação veio muito 'em cima da hora' mas, mesmo assim, daria para se tentar ir apreciar e viver esse acontecimento.
Não me foi possível, por causa de um problema no carro. Paciência.
Também gostei da tua informação sobre o "Festival de Teatro de Almada". Como nasceu, como tem crescido, os apoios que (não) recebe, a interligação dos membros dos Grupos de Teatro participantes e a população, em geral, etc.
Só por curiosidade, gostava de saber como foi recebida e apreciada a sonoridade do jazz desse grupo, se utilizaram também instrumentos típicos da região.
Hélder S.
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