sábado, 1 de outubro de 2016

Guiné 63/74 - P16545: Blogpoesia (471): Promessas de paz (José Teixeira)

 

1. Em mensagem do dia 29 de Setembro de 2016 o nosso camarada José Teixeira (ex-1.º Cabo Aux. Enf.º da CCAÇ 2381, Buba, Quebo, Mampatá e Empada, 1968/70), enviou-nos este poema alusivo à paz que tanto desejamos e que cada vez é menos viável.


Promessas de paz

Prometem-me a paz das armas
Que calam armas matando pessoas,
E eu quero encontrar apenas a paz do pão,
Para matar a fome a quem estende a mão.
E construir em cada momento
A paz da solidariedade -
E do entendimento.

Prometem-me a paz das armas
Que calam armas espalhando a dor,
E eu quero encontrar apenas a paz do amor.
Para espalhar no mundo a esperança
Que o enche de afetos -
E de bonança.

Prometem-me a paz das armas
E as armas trazem mais armas
Enchendo o mundo de receios.
E eu quero encontrar apenas a paz do perdão,
Da paciência e da compreensão.
São para a paz, esteios -
E transformam as balas em pão.

José Teixeira
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Nota do editor

Último poste da série de 25 de setembro de 2016 > Guiné 63/74 - P16522: Blogpoesia (470): "Naquele olhar..."; Se tivesse o poder de amainar as tempestades..." e "Horas luminosas de sol...", poemas de J.L. Mendes Gomes, ex-Alf Mil da CCAÇ 728

2 comentários:

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Zé, infelizmente a guerra continua dentro de momentos...

Como eu digo no poema "Requiem para um bravo soldado",,,


(...) A guerra é a continuação da evolução
...por outros meios,
dirão os entomólogos,
especialistas em insetos sociais,
para quem a morte de um
ou de um milhão ou mais
de formigas, de alforrecas ou de seres humanos,
é-lhes totalmente indiferente.
Desde que triunfe o ADN,
um projeto de ADN,
forte e bem musculado. (,,,)

Tabanca Grande Luís Graça disse...

... Zé, ainda bem que os poetas continuam a escrever coisas pacifistas... Alguns chamam-nos tontos, idealistas... Hoje tornámo-nos todos cínicos, insensíveis, egoístas, impotentes... A guerra entra-nos todos os dias pela casa dentro através da televisão, da Net... Até ao dia em que nós e os "nossos" começarmos novamente a matar e a morrer... De Candoz com um abraço longo e fraterno, Luis