Suaves momentos matinais…
Suaves momentos matinais,
Quando o céu refulge azul
E brilha ao sol.
E as nuvens baixas se acantonam
Ao redor baixo do horizonte,
Feitas ponte entre o céu e a terra.
Donde eu estou,
Só diviso telhados de telhas negras
Em socalcos.
E os pendões ao alto das copas nuas
Das árvores que foram princesas.
Estão cerradas as janelas
Contra o frio.
É o cansaço da semana
Que só descansa aos domingos…
Berlim, 20 de Novembro de 2016
9h36m
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Suavidade e elegância...
O porte esbelto de girafa,
se projecta ao alto,
entre a terra e o céu.
Dromedário everest carrega cargas,
a toda a hora,
desde o chão até às alturas,
como os canecos duma nora.
Elegante bailarino roda e baila,
se entrega à sua arte,
como se fosse a sua dama.
Sempre pronto e não se cansa.
Tem a força ingente dum gigante,
a graça imensa duma garça.
Nada cobra.
É humilde e não se ufana.
É o guindaste.
ouvindo Adagieto de Mahler
Berlim, 19 de Novembro de 2016
9h32m
JLMG
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Apagou-se a noite...
A noite apagou-se,
mas o dia nascente
é tão cinzento e pálido.
Mais valia não despertar.
Esperar que o sol,
como um avião que sobe,
emerja e rasgue
esta cortina de nuvens espessas.
De novo brilhem as cores da terra
como as pintou a Natureza.
Seja azul o mar e o céu.
Reluzam ao sol todos os tons de cor
das vestes
desde os vales até aos altos cumes.
Se cubram de algas verdes
todas as praias.
Surjam golfinhos a bailar nos rios.
Gravitem nos ares em bandos livres
todas as aves vindas de além fronteiras.
Surjam sorrisos dos rostos tristes
por mais um Inverno que nunca mais passa.
Berlim, 18 de Novembro de 2016
7h39m
JLMG
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Nota do editor
Último poste da série de 13 de novembro de 2016 > Guiné 63/74 - P16714: Blogpoesia (480): "Cada dia tem sua farda..."; "Gosto das cegonhas..." e "Espanejo as minhas asas...", poemas de J.L. Mendes Gomes, ex-Alf Mil da CCAÇ 728
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