Foto nº 1 > Rio para Anor... e riquíssima avifauna da ilha
Foto nº 2 > Rio para Anor
Foto nº 3 > Vedação para hipopótamos de água salgada, animais que são sagrados para os bijagós... É uma espécie única no mundo
Foto nº 4 > Transporte de um gerador para o hotel
Foto nº 5 >Bar do hotel
Foto nº 6 > O "repouso do guerreiro!...
Guiné -Bissau > Região de Bolama / Bijagós > Ilha de Orango > Hotel de Orango > 6-7 de outubro de 2008 >Viagem pelos hotéis do mato: o Orango Parque Hotel, em pleno Parque Nacional de Orango um projeto de ecoturismo [Ver aqui a excelente página na Net, do hotel, lamentavelmente "apenas" em espanhol e inglês]
Fotos (e legendas): © Patrício Ribeiro (2008). Todos os direitos reservados. [Edição: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné].
1. Poucos (ou nenhum de nós) terão ido à(s) ilha(s) de Orango, no tempo da guerra colonial. Nem sequer a Bubaque, mais conhecida do turista... Orango é a ilha mais afastada do continente, e só a viagem é uma aventura...
As praias do arquipélago dos Bijagós eram só para alguns, privilegiados... O Patrício Ribeiro é "o último dos tugas" na Guiné-Bissau, que por razões sentimentais e profissionais lá vive há 3 décadas... Tem a sabedoria dos "africanistas", sabendo conciliar trabalho e lazer ou, como a gente dizia no nosso tempo, "serviço e conhaque"...
Recorde-se que ele é sócio e diretor técnico da Impar Lda, a empresa que tem levado a energia elétrica, produzida por equipamentos fotovoltaicos, aos mais recônditos sítios da Guiné-Bissau... E este é mesmo um sítio recôndito, de difícil acesso, mas deslumbrante. Uma sugestão para a tal "viagem da minha vida" que alguns de nós gostariam de poder fazer antes de morrer... [Vd. aqui mais fotos de Orango no Google Imagens.]
Estas fotos de Orango resultam dessas andanças do "pai dos tugas" (como ele é carinhosamente conhecido em Bissau)... Andavam por aqui "adormecidas" nas nossas bases de dados.
Lembremos, entretanto, que a Guiné-Bissau está em segundo lugar na lista dos 10 países mais vulneráveis do mundo, devido às mudanças climáticas provocadas pelo aquecimento global do planeta... A seguir ao Bangladesh e antes da Serra Leoa... Seis desses dez países são africanos... A Guiné-Bissau pode mesmo vir a ser riscada do mapa... num futuro não muito distante... (LG)
Mapa da região de Bolama / Bijagós. Cortesia da Wikipédia. Orango é a mais distante das ilhas.
2. Comentário de hoje, do Patrício Ribeiro, a estas fotos com mais de oito anos, a pedido do editor [, o nosso camarada encontra-se ainda em Portugal onde veio passar a quadra festival, em Lisboa; está agora na sua terra natal, Águeda, onde foi fazer "as podas de janeiro", estando em vésperas de regressar ao trabalho no fim do mês: está previsto um almoço de despedida, com os amigos "tugas", no restaurante do costume , em Alcântara];
Já lá vão alguns anos, desde estas fotos agora editadas.
Iniciei os meus passeios pelas diversas ilhas de Orango em 1995, para ajudar na construção do Parque Natural de Orango, PNO.
É um local de difícil acesso, a 100 km de Bissau. O transporte faz-se durante 7 horas sem paragem, nas canoas nhomincas, pelo mar.
Uma das minhas maiores surpresas foi como as pessoas falavam português comigo. Por toda a Guiné-Bissau, é o local onde melhor falam português. Talvez seja porque no dia a dia, só falam o Bijagó, utilizando pouco o crioulo. Ou porque na escola de Iticoga, com mais de 200 alunos, os professores pratiquem o ensino em Português.
A tabanca de Eticoga, é a maior dos Bijagós, tem mais de 100 casas, tem aeroporto, (quando o mato está cortado), uma Casa Museu da Rainha Pampa, Centro de Saúde e a sede do PNO.
Nestes meus anos de viagens, muitas vezes com lama até à cintura, já dormi muitos meses nas ilhas de Orango, a maior parte das vezes, na minha tenda junto a uma praia. E algumas vezes no Hotel Parque de Orango, construído por um amigo em 1998. Um local lindo, de sonho.
Claro que também dormi com os hipopótamos por perto, foi necessário fazer fogueiras para os afastar, na tabanca de Anor e no mato da ilha Orangozinho, com os crocodilos em Imbone, etc. etc.
E agora com zero graus, à lareira na minha tabanca [de Águeda], à espera de regressar a estes lugares quentes .
É um local de difícil acesso, a 100 km de Bissau. O transporte faz-se durante 7 horas sem paragem, nas canoas nhomincas, pelo mar.
Uma das minhas maiores surpresas foi como as pessoas falavam português comigo. Por toda a Guiné-Bissau, é o local onde melhor falam português. Talvez seja porque no dia a dia, só falam o Bijagó, utilizando pouco o crioulo. Ou porque na escola de Iticoga, com mais de 200 alunos, os professores pratiquem o ensino em Português.
A tabanca de Eticoga, é a maior dos Bijagós, tem mais de 100 casas, tem aeroporto, (quando o mato está cortado), uma Casa Museu da Rainha Pampa, Centro de Saúde e a sede do PNO.
Nestes meus anos de viagens, muitas vezes com lama até à cintura, já dormi muitos meses nas ilhas de Orango, a maior parte das vezes, na minha tenda junto a uma praia. E algumas vezes no Hotel Parque de Orango, construído por um amigo em 1998. Um local lindo, de sonho.
Claro que também dormi com os hipopótamos por perto, foi necessário fazer fogueiras para os afastar, na tabanca de Anor e no mato da ilha Orangozinho, com os crocodilos em Imbone, etc. etc.
E agora com zero graus, à lareira na minha tabanca [de Águeda], à espera de regressar a estes lugares quentes .
___________
Nota do editor:
Último poste da série > 12 de janeiro de 2017 > Guiné 63/74 - P16947: Memória dos lugares (356): A Ponte dos Três Arcos, de Leiria, por onde passava a estrada real Lisboa-Coimbra (José Martins, ex-Fur Mil TRMS da CCAÇ 5)
Nota do editor:
Último poste da série > 12 de janeiro de 2017 > Guiné 63/74 - P16947: Memória dos lugares (356): A Ponte dos Três Arcos, de Leiria, por onde passava a estrada real Lisboa-Coimbra (José Martins, ex-Fur Mil TRMS da CCAÇ 5)
1 comentário:
Já lá vão alguns anos, desde estas fotos agora editadas.
Desde que iniciei os meus passeios pelas diversas ilhas de Orango em 1995, (ajudar a construção do Parque Natural de Orango PNO), local de difícil acesso a 100 km de Bissau, transportado durante 7 horas sem paragem, nas canoas Nhomincas, pelo mar.
Uma das minhas maiores surpresas, foi como as pessoas falavam português comigo. Por toda a Guiné Bissau, é o local onde melhor falam português.
Talvez seja porque no dia a dia, só falam o Bijagó, utilizando pouco o crioulo.
Ou porque na escola de Iticoga, com mais de 200 alunos, os professores pratiquem o ensino em Português.
A tabanca de Iticoga, é a maior dos Bijagós, tem mais de 100 casas, tem aeroporto, ( quando o mato está cortado), uma Casa Museu da Rainha Pampa, Centro de Saúde e a sede do PNO.
Nestes meus anos de viagens, muitas vezes com lama até à cintura, já dormi muitos meses nas ilhas de Orango, a maior parte das vezes, na minha tenda junto a uma praia. E algumas vezes no Hotel Parque de Orango , construído por um amigo em 1998. Um local lindo, de sonho.
Claro que também dormi com os hipopótamos por perto, foi necessário fazer fogueiras para os afastar, na Tabanca de Anor e no mato da ilha Orangozinho, com os crocodilos em Imbone, etc. etc.
E agora com “0” graus à lareira na minha Tabanca, à espera de regressar a estes lugres quentes ...
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