segunda-feira, 27 de março de 2017

Guiné 61/74 - P17183: FAP (100): Um DO no charco do Como, história inserta no livro "Nos, Enfermeiras Paraquedistas" (Miguel Pessoa / Giselda Pessoa)



1. Mensagem do nosso camarada Miguel Pessoa, Cor PilAv Ref (ex-Ten PilAv, BA 12, Bissalanca, 1972/74), com data de 14 de Setembro de 2016:

No Poste 17160 do blogue o nosso camarada Alberto Branquinho "refila" com o facto de as dicas que lhe enviei remeterem para um texto "menor" da história da queda do DO-27 junto à ilha de Como.

Na verdade ele tem razão pois, quando da preparação do livro "Nós, Enfermeiras Paraquedistas", que reunia textos de todas as enfermeiras paraquedistas que nele quisessem colaborar, acabou por ser incluído um texto revisto deste episódio, passado para a primeira pessoa e reforçado com mais alguns pormenores extra.

Embora correndo o risco de ser repetitivo, e dado que o livro em questão já foi publicado há uns tempos, não vejo inconveniente na sua publicação no blogue, assim o entendam os editores.
Incluo algumas fotos alusivas, das quais poderão incluir algumas para "abonecar" a apresentação.

Ao vosso critério.
Abraço.
Miguel Pessoa

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UM DO-27 NO CHARCO DO COMO[1]

Na manhã do dia 17 de Novembro de 1973 o Centro de Operações do GO1201, na BA12, recebe um pedido de evacuação, vindo de Catió, tendo de imediato destacado um avião DO-27 para efectuar essa missão. A equipa de alerta era constituída pelo Fur. Ivo Mota, da Esq. 121, e por mim, Enfª Paraquedista Giselda Antunes, juntando-se a nós a Enfermeira Paraquedista Natália Santos, acabada de chegar à Guiné e que, por ser "pira", acompanhava as "veteranas" nas evacuações, para "ganhar calo".

Estava-se já na época pós-Strela, que tinha trazido diversas restrições à navegação aérea. Entre a opção de subir para 10.000', descendo depois à vertical do destino, o piloto optou pela outra opção possível, que era a de efectuar todo o voo a baixa altitude (50' a 100' sobre o terreno - o correspondente a 15 a 35 metros), o que implica um risco acrescido no caso de uma falha no motor.

Para evitar zonas mais perigosas o piloto decidiu então seguir ao longo da linha de costa, sobre a água, contornar a ilha de Como (refúgio do PAIGC), subir o rio Cumbijã e, atingido Cufar, dirigir-se em linha recta para Catió.

O voo decorria normalmente a baixa altitude; à passagem por Bolama tivemos a oportunidade de ver o navio que fazia o transporte de víveres e material, que se dirigia para sul. O DO-27 não parecia ressentir-se de qualquer problema resultante do incidente da véspera. O avião sofrera um choque com um pássaro que lhe tinha acertado no hélice, mas a inspecção feita ao avião no intervalo dos dois voos não tinha detectado qualquer anomalia.

Quando sobrevoávamos os tarrafos ao lado da ilha de Como, o avião resolveu "apagar-se" - o motor parou repentinamente, obrigando o piloto a uma reacção rápida para preparar uma aterragem de emergência. Dada a baixa altitude a que seguiam, a única solução era "poisar o estojo" na direcção em que seguiam, em pleno tarrafo, o que o piloto fez - diga-se - com bastante êxito, pois o avião ficou atolado no lodo, mais ou menos direito, tendo os ocupantes saído ilesos desta aterragem (ou mais propriamente "alodagem").

Quem esteve na Guiné sabe bem as diferenças no contorno das margens (no mar ou nos rios) entre a maré cheia e a maré vazia. Neste caso era hora da maré baixa e a água, tendo descido, deixara o tarrafo coberto de uma espessa camada de lodo.
Rapidamente abandonámos o avião procurando, atascados no lodo, alcançar uma zona de águas mais profundas, onde pudéssemos, mergulhados, ficar menos expostos a olhares da margem e ser eventualmente "pescados" pelo navio que pouco antes tinham visto a navegar naquela direcção.

Na realidade era grande a nossa preocupação com a nossa segurança pois a zona em que tínhamos caído era completamente dominada pelos guerrilheiros do PAIGC e a população existente totalmente controlada por aqueles.


Sequência de fotos da recuperação da avioneta DO-27, acidentada na Ilha do Como, em 17 de Novembro de 1973... Caídos em território inimigo, o Fur Mil Pilav Ivo Mota, e as enfermeiras pára-quedistas Giselda Antunes e Natália Santos, tiveram a sorte de serem socorridos, com rapidez, por uma unidade da Marinha que passava ali perto, a LDG 102..

Para além da eternidade que demora a passar o tempo naquelas condições, não dá a esta distância para especificar o que senti. Claro que a aproximação do navio por que tínhamos passado e o facto de sabermos que a Base detectaria a nossa ausência nos transmitia algum optimismo. Nem por isso deixava eu de empurrar a “pira” Natália para dentro de água quando ela, ainda inexperiente e não se apercebendo da gravidade da situação, se tentava levantar para ver melhor à volta... Tentávamos mesmo não lhe dar a entender o perigo que corríamos, pois não ganhávamos nada em pô-la ainda mais nervosa.

E ainda me ressoava na cabeça a reacção do Ivo Mota quando nos afastávamos do avião, depois da queda, que me dizia com uma franqueza ingénua: - “Ó Giselda, ainda bem que foi contigo!”. Claro que respinguei com ele embora tivesse compreendido o alcance das suas palavras – já tínhamos um ano de convívio na Guiné e tínhamos confiança um no outro. Por isso ele sentia-se mais à vontade comigo ali.

O piloto tinha decidido entretanto regressar ao avião para recolher a arma que o DO-27 transportava dentro de uma caixa que servia de banco ao pessoal que era transportado na parte de trás. Dada a dificuldade de progressão, tive que o acompanhar para o ajudar, pois já evidenciava algumas dificuldades em regressar ao local em que tínhamos deixado a Natália.

Ter-se-iam passado duas horas desde a aterragem forçada no local quando começámos a ouvir o barulho de um motor. Detectámos então uma embarcação do tipo Zebro que se aproximava do local, atraída pela silhueta do DO-27 atolado. Desconfiados, continuámos metidos na água pois a distância não permitia uma identificação eficaz do pessoal que se aproximava. Sofremos uma grande desilusão quando vimos o zebro afastar-se da margem.

Passados uns largos minutos ouvimos novamente o barulho do motor. Com o regresso do zebro, chegando agora a uma distância mais curta, pudemos verificar que os tripulantes eram brancos, o que nos levou a chamar a sua atenção. Rapidamente fomos recolhidos e levados para o navio de guerra a que o zebro pertencia e que se aproximara entretanto do local.

Na BA12, entretanto, alertados pela falta de reportes do DO-27, tinham mandado descolar um Fiat G-91 que, seguindo o percurso mais provável voado pelo DO veio rapidamente a localizá-lo no tarrafo.
Imediatamente a Força Aérea pediu a colaboração da Armada, que deslocou uma segunda embarcação para o local.
Terá então havido aqui alguma falta de comunicação pois o segundo navio atarefava-se na busca do piloto no local quando este já se encontrava no primeiro navio. Mas mais vale a mais do que a menos...

O facto é que, depois de recuperada pela Armada, mesmo sem dispor de material (perdido no acidente) ainda fui fazer a evacuação a Catió, num outro avião entretanto disponibilizado, que "serviço é serviço"... Não tendo comido nada durante todo o dia, fui salva por umas castanhas que transportava no meu camuflado e que tinham resistido ao banho…

Podemos imaginar que o fim feliz deste acontecimento se deveu a um conjunto de factores favoráveis que podiam muito bem não ter acontecido:
- O facto de o avião voar bastante baixo, não sendo observável das tabancas existentes;
- A aproximação final do avião ao ponto de queda com o motor parado, não tendo, pelo seu silêncio, alertado ninguém próximo (detectou-se depois uma tabanca com população presumivelmente hostil a cerca de 700 metros);
- A existência de um navio da Armada, em missão de vigilância próximo do local, o que permitiu a rápida recuperação dos ocupantes do DO-27.




Fotos da recuperação do DO 27


Regresso do DO-27, n.º 3458, à Base - Bissalanca, BA12

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Nota do editor

[1] - Esta história pode ser lida na página 295 do livro "Nós, Enfermeiras Paraquedistas", Coordenação de Rosa Serra e Prefácio de Adriano Moreira.
Também no nosso Blogue a história foi já publicada em 14 de Fevereiro de 2009 - Ver Poste 3892.
____________

Nota do editor

Último poste da série de 9 de fevereiro de 2017 > Guiné 61/74 - P17036: FAP (99): Alerta aos FIATs (António Martins de Matos, Ten Gen Pilav)

16 comentários:

Anónimo disse...

ORA, aí está a "história" em discurso directo, embora a "notícia de" já existisse".

Abraços.
Alberto Branquinho

José Botelho Colaço disse...

Opinar todos temos direito a minha experiência de residente na Ilha do Como durante 10 meses Janeiro a Novembro de 1964 que inclui o tempo que durou a operação tridente diz-me creio que uma das razões de a amiga enfermeira Giselda e os seus camaradas não terem sido alvos de tentativa de rapto é que os guerrilheiros do PAIGC quando notavam qualquer movimento das nossas tropas na Ilha eles refugiavam-se na grande e impenetrável mata do Cassaca onde tinham todo o seu arsenal militar, mantinham as suas sentinelas em alerta no cimo das árvores mais altas a vigiar a clareira que rodeava a mata e aí qualquer tentativa de elementos estranhos entrarem na mata era condenada ao fracasso, nestas situações eles defendiam-se e de que maneira, por esse motivo a operação tridente durou 70 dias, como disse o (falecido) tenente Coronel Fernando Cavaleiro para se conseguir algum êxito tinha que se fazer uma grande algazarra de ataque numa zona para se tentar entrar à socapa pelo outro mas tinha que haver muito cuidado porque a retirada podia ser perigosa.

antonio graça de abreu disse...


Respigo também o meu comentário publicado no post de 2009:



Antonio Graça de Abreu disse...

No meu Diário da Guiné, depois em livro pag. 161, escrevia eu
em Cufar, 19 de Novembro de 1973

"Sábado chega a notícia de que na foz do Cumbijã, a uns trinta quilómetros de Cufar caíra uma DO, ou melhor fizera uma aterragem forçada no tarrafo da margem do rio. Avançaram logo meios para se recuperarem os tripulantes, o piloto, e duas enfermeiras pára-quedistas. Tiveram muita sorte, três horas depois os fuzileiros de Cafine descobriram-nos no lodo do tarrafo. Embora a avioneta tivesse caído numa região libertada, os guerrilheiros não apareceram e os fuzileiros trouxeram o pessoal aqui para Cufar nos “zebros,” ainda meio assustados e cobertos de lama. Dois helicópteros levaram-nos depois para Bissau. A DO não foi abatida, tratou-se mesmo de acidente.
Ontem foi dia de ataque a Cadique, o aquartelamento a sul mais perto de Cufar. Às seis e meia da tarde, estavam a jantar, mal tiveram tempo para fugir para as valas e levaram com canhão sem recuo, RPGs e morteirada. Houve um pobre soldado que corria para um abrigo e foi atingido por um estilhaço de canhão sem recuo que lhe perfurou o crâneo. Contaram-se mais meia dúzia de feridos. Era já noite quando os sintex trouxeram o ferido grave para Cufar e aqui aguardámos duas longas horas por um avião que transportou o rapaz para o Hospital Militar de Bissau. Como de costume, iluminámos a pista com as garrafas acesas e os faróis das viaturas. Quando o avião desceu, já o soldado estava a oxigénio, a caminhar para a morte. Na madrugada de hoje, no hospital, não resistiu. Tinha perdido massa encefálica, o estilhaço apanhara-lhe o cérebro.
Podia ter acontecido a qualquer um de nós, um destes dias posso ser eu."


Escrevo agora, 15 de Fevereiro de 2009. O avião era o Noratlas que fazia estas evacuações nocturnas no nosso aeroporto de Cufar. Foram muitas, infelizmente.
Mas voavam corajosamente e davam apoio, ao contrário de muitas almas maldizentes que no blogue, e sobretudo, fora dele, se têm entretido a dizer que, com os Strela, a guerra acabou, perdemos
a supremacia aérea (para quem?), os guerrilheiros eram militarmente mais fortes do que nós, etc.
Mais uma vez, obrigado, António Martins de Matos, Miguel Pessoa, as enfermeiras pára-quedistas e outros heróicos pilotos e mecânicos da Força Aérea, com quem tive o gosto, a honra de partilhar o meu dia a dia, em Teixeira Pinto, em Mansoa, em Cufar.
A História faz-se com a verdade.
Um abraço,
António Graça de Abreu
15 de fevereiro de 2009 às 03:18

Juvenal Amado disse...

António Abreu é um camarada que não nos surpreende e consegue desvirtuar sempre o que se diz ou se disse.
O que há-de fazer? São feitios
Nunca li ou disse que os guerrilheiros eram militarmente mais fortes que nós
Também não disse nem li que os nossos pilotos, ou os nossos para-quedistas enfermeiras incluídas não eram valorosos e que na adversidade não tinham dado a volta há situação gravíssima como o aparecimento dos Strelas.
O facto da guerra estar perdida nunca teve nada a haver com a falta de coragem dos nossos soldados, mas sim porque as opções para ganhar, estavam desde o inicio e por variadíssimas razões fora de prazo.
Eu penso que este tema que tem dado pano pano para mangas no blogue, estaria esgotado se não fossem estas leituras revisitadas, que o António Graça Abreu faz da História, mas em especial da sua história.

Abreu já sei, eu estou intoxicado pelas manhãs que cantam :-)


Um abraço

Cherno AB disse...

Caros amigos,

Mais uma vez, concordo com o Juvenal Amado, na verdade, nao ha volta a dar sobre a verdade dos factos historicos e isso nao tem nada a ver com o valor e/ou coragem das pessoas e povos envolvidos, as guerras ou sao ganhas ou sao perdidas e Portugal perdeu a Guerra do ultramar mesmo que nos custe a admiti-lo. Esta nao he, necessariamente, a verdade (realidade) que eu (pessoalmente), gostaria de ouvir ou constatar, mas foi o que aconteceu e que nos vivemos em 1974.

Com um abraco amigo,

Cherno AB

antonio graça de abreu disse...

Dizes meu caro Juvenal: "Nunca li ou disse que os guerrilheiros eram militarmente mais fortes que nós".
Ora meu caro Juvenal, quando o IN está militarmente mais fraco do que nós, em todas as guerras da longa história do mundo, quando o inimigo está mais fraco, recolhido num país que não é o seu, para desencadear operações para além das suas fronteiras de luta, quem é que está por cima, quem tem mais poder militar, o fraco ou o mais forte?
Chega, de por opções políticas, nos enganarmos a nós próprios.
Quer isto dizer que o "exército colonial fascista", a que todos pertencemos (ou não, estarei eu a inventar?) ia ganhar aquela guerra? Claro que não.



Abraço,

António Graça de Abreu

Anónimo disse...

Nos tempos da ditadura a oposicäo de ideias era sempre igualada a traicöes várias.

Aparentemente deixou entre alguns de nós raízes,no facto de sentirem necessidade de continuamente se envolverem em bandeiras.

A existëncia de portugueses que näo pensam como nós näo os tornará... menos patriotas.

Os muitos que sentem orgulho em Portugal e nos seus valores NÄO sentem orgulho nas derrotas em África.
Também näo se sentem "realizados" por elas,e muito menos,dentro delas.
Respeitam profundamente todos os que deram a sua vida ou regressaram estropiados física ou psiquicamente.
Por experiëncia própria sabem quantos e quais foram os sacrifícios que milhares de jovens fizeram em África, em defesa sincera de uma ideia de pátria multirracial que lhes tinha sido ensinada desde os verdes anos.
Muitos sentiräo ainda hoje profundo orgulho no seu comportamento pessoal em difíceis situacöes de combate.
Daí,quanto a mim,certa busca de licöes de patriotismos exclusivistas näo seräo necessárias.

Muitos viräo a este blogue com outros fins.

José Belo

Manuel Luís Lomba disse...

Parafraseando o Júlio Isidro, viajamos ao passado, mas não queremos morar nele.
O camarada Juvenal estará intoxicado pelos "amanhãs que cantam"? Os combatentes da Guerra da Guiné - os que lá combateram com o espírito de missão de servir o seu país - não olvidarão facilmente os "ontens que choram"...
A Guerra da Guiné estava politicamente perdida?
Claro, assim o previram os "velhos do Restelo" e o Diogo Cão foi o seu primeiro perdedor - perdeu a vida por a ter descoberto...
Mas durante de 500 anos nunca perdemos (nem ganhamos) "guerra militar".
Quem ler os termos do "acordo" para a retracção dos militares europeus da Guiné não vê uma derrota - vê uma capitulação incondicional!
E daí termos moral - e o dever - de comunicar aos nossos descendentes que aquilo não foi um evento das nossas Forças Armadas, fundadas pelo nosso fundador - o soldado e nosso primeiro general, D. Afonso Henriques. Foi por acção de uma facção circunstancial, que se apropriou do seu poder de direcção e comando.
PS.- Nas FA Portuguesas não havia a "patente" de comissário político.
Ab.
Manuel Luís Lomba

Anónimo disse...

Nas FA portuguesas existiria a patente de bufo da PIDE?

Rui Santos Lima

Miguel disse...

Depois dos dois primeiros comentários entrou-se numa troca de cortesias que não têm nada a ver com o conteúdo do poste... Não gostei e faz-me pensar se vale a pena escrever para pessoal que está mais interessado em ouvir-se a si que aos outros... Para mim, chega!
Um abraço para quem o merecer
Miguel Pessoa

Juvenal Amado disse...

Caros camaradas voltei aqui por causa disto mesmo.

Lamentavelmente acabei por responder ao A.G Abreu e esqueci o conteúdo da história publicada, da celebração, que se deve fazer neste espaço do que essas histórias representam.

Pela a parte que me toca peço desculpa e em especial ao Miguel Pessoa, a Giselda e a todos camaradas que participaram nesta operação.

Um abraço

António J. P. Costa disse...

Olá Miguel!

Vês o que arranjaste?
Já outro dia o António tinha arranjado um granel parecido.
Não se pode falar da guerra aqui no Blog!... Ouvistes?
Não se pode ofender os "vencedores" AGAkianos. Parecem os Pinta-Paredes de 1975!. Lembras-te deles?
Os amigos do Cherne e do nove sete um, o chinês a mijar para as botas.
E uma expressão importantíssima:
"Perder nem a feijões".
(Vê lá a desgraça de ontem no Funchal!...)
E outra ainda mais importante:
"Tava quase na "maula" e mais um bocadinho e malta e a malta ganhava aquela m..."
Mas deixálos lá falálos keles calararçeão!

Um Ab.
António J. P. Costa

Alberto Branquinho disse...

Ó MIGUELLLL!!!!

Desculpa lá eu ter insistido na publicação da história contada pela Giselda, "em discurso directo", transcrita do livro "NÓS, enfermeiras pára-quedistas".

Nem sequer adivinhava que isso desse ocasião a poderem entrar mais uns palpites de quem sabe TUDO sobre aquela guerra, sem NUNCA ter "ido à guerra", assim à "guerra-guerra", aquela "fora de quartéis"... apesar de TER ESTADO NO MATO!!!

DESCULPA...
e um ABRAÇO.
Alberto BRanquinho

alma disse...

Confesso que estou a ficar cansado, desta conversa de Guerra ganha, Guerra perdida...Até porque não ganhei, nem perdi nenhuma Guerra...Vivi um ano a nove quilómetros de uma Base do PAIGC ( Madina- Belel), que assim era o quartel mais próximo...Nunca me incomodaram...Parece que tinham ordens, Cabral de Missirá, é inatacável. Abraço J.Cabral

Anónimo disse...


"O teto do meu quarto mais näo é que o soalho do vizinho"


Nils Ferlin & J.Belo

Anónimo disse...

Guerra ganha / Guerra perdida!

Quem ganha seja em que guerra for? NINGUÉM. Excepto os do costume, países/traficantes/empresas de armamento, os tipos da alimentação, fardamento, etc ... Políticos + politiqueiros + politiquices, etc, etc ... Até o fast-food já entrou no bolo

http://www.politifact.com/truth-o-meter/statements/2014/jun/05/chain-email/burger-king-quitting-its-military-base-outlets-bec/

Que vergonha. Acedam ao link e vejam a tristeza a que chegámos. Até me sinto mal a ver a imagem da notícia. No meu tempo de tropa 91/92 portava-me mal e não ia de fim de semana. No vosso tempo quem se portava mal ia para o mato. Agora, e pelo que transparece, quem se porta mal não come o gelado.

Guerra ganha / Guerra perdida! Pois bem, no nosso caso, no caso da nossa guerra da Guiné proponho um empate! Penso que este cenário, ao longo dos anos e neste blogue em particular ainda não foi proposto! Assim resolvia-se a querela de uma assentada!

Em qualquer dos casos eu contínuo a gostar deste blogue e não desisto de vos visitar. Continuem, com polémicas ou não, que estão muito bem. Uns livros, uns poemas, umas viagens e o Alfero Cabral pelo meio, também ajudam a desanuviar o ambiente.

Parabéns.


João Almeida