Foto: Com a devida vénia a mensagenscomamor.com
1. Neste Dia de Todos os Santos em que veneramos os nossos entes queridos já finados, um poema do camarada Joaquim Luís Mendes Gomes (ex-Alf Mil da CCAÇ 728, Cachil, Catió e Bissau, 1964/66):
1 de Novembro
Retinem os sinos tristes pelas colinas de Lisboa.
É dia dos finados.
Se foram cansados desta terra sofrida e benta.
Choram lágrimas as saudades.
Se vestem de preto, como a alma,
Em lânguidas orações.
Rezam os pobres pelos ricos e os ricos pelos pobres.
Na fraternidade universal
É o fogo da cidade
Que arde quente
Pelas ruelas estreitinhas,
Com janelas e portas,
Dia e noite sempre abertas.
Ouvindo Amália em "Gaivota"
Berlim, 1 de Novembro de 2018
7h22m
Jlmg
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Nota do editor
Último poste da série de28 de outubro de 2018 > Guiné 61/74 - P19143: Blogpoesia (591): "O serrador", "Entusiasmo" e "Os enigmas", da autoria de J. L. Mendes Gomes, ex-Alf Mil da CCAÇ 728
2 comentários:
Primeira nota da guitarra
Primeira nota da guitarra levada pelo vento acordou as colinas de Lisboa.
Soltou gemidos, cantou cantigas e lamentos pelos mortos de alfacinhas que se foram.
Os lembra com saudade. Lhes cobre de flores suas campas.
Cobre-se de negro porque o tempo não pode voltar atrás.
Chamas de fogo de saudade ficam a arder para sempre, enquanto as almas da gente lisboeta não esquecer os seus que já os deixaram...
ouvindo "Os Verdes Anos" por Carlos Paredes
Berlim, 2 de Novembro de 2018
7h38m
Jlmg
Este dia não é de confiar.
A voz da Amália convida ao suicídio. É melancolia a mais.
Cruzes, canhoto! VADE RETRO SATANA
Valdemar Queiroz
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