Guiné > Região de Bafatá > Setor L1 (Bambadinca) > Nhabijões > CCS/BCAÇ 2852 (Bambadinca, 1968/70) > Um grande aglomerado populacional, de maioria balanta, com parentes no "mato" (, isto é, nas fileiras do PAIGC; como guerrilheiros, ou elementos da população civil, sob a adinistração do PAIGC).
A dispersão das diversas tabancas (1 mandinga e 4 balantas: Cau, Bulobate, Dedinca e Imbumbe), sua proximidade ao Rio Geba, fazendo ponto de cambança para a margem direita (Mato Cão, Cuor...) e as duas grandes bolanhas (um delas a de Samba Silate, uma enorme tabanca destruída e abandonada no início da guerra), foram motivos invocados para começar a construir, a partir de novembro de 1969, um dos maiores reordenamentos da Guiné no tempo de Spínola. A aposta era também a conquista da população, fugida no mato e sob controlo do PAIGG, vivendo ao longo da margem direita do Rio Corubal (desde a Ponta do Inglês até Mina/Fiofioli)
Foto: © José Carlos Lopes (2013). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]
Guiné > Região de Bafatá > Setor L1 (Bambadinca) > Nhabijões > CCS/BCAÇ 2852 (Bambadinca, 1968/70) e CCAÇ 12 (Bambadinca, 1969/71) > Uma pausa nos trabalhos do reordenamento de Nhabijões (1970). Foto gentilmente cedida por Luís R. Moreira, ex-slf mil sapador, CCS / BART 2917 (Bambadinca, 1970/72), e membro da equipa técnica de construção do reordenamento.
Foto )e legenda): © Luís R. Moreira (2005). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem: complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]
Fotococópia da capa da brochura Os reordenamentos no desenvolvimento sócio-económico das populações. Província da Guiné, Bissau: Comando-Chefe das Forças Armadas da Guine. Quartel General. Repartição AC/AP. s/d.
Foto: © José Carlos Lopes (2013). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]
Guiné > Região de Bafatá > Setor L1 (Bambadinca) > Nhabijões > CCS/BCAÇ 2852 (Bambadinca, 1968/70) e CCAÇ 12 (Bambadinca, 1969/71) > Uma pausa nos trabalhos do reordenamento de Nhabijões (1970). Foto gentilmente cedida por Luís R. Moreira, ex-slf mil sapador, CCS / BART 2917 (Bambadinca, 1970/72), e membro da equipa técnica de construção do reordenamento.
Foto )e legenda): © Luís R. Moreira (2005). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem: complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]
Fotococópia da capa da brochura Os reordenamentos no desenvolvimento sócio-económico das populações. Província da Guiné, Bissau: Comando-Chefe das Forças Armadas da Guine. Quartel General. Repartição AC/AP. s/d.
Foto: © A. Marques Lopes / António Pimentel (2007). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem: complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]
Capa do livro "A Engenharia Militar na Guiné - O Batalhão de Engenharia". Coord. Gabinete de Estudos Arqueológicos da Engenharia Militar. Lisboa : Direcção de Infraestruturas do Exército, 2014, 166 p. : il. ; 23 cm. PT 378364/14 ISBN 978-972-99877-8-6. Cortesia de Nuno Nazareth Fernandes.
1. Mensagem da nossa leitora Francesca Vita, italiana, a fazer um doutorame em arquitetura (FAUP):
Data: terça, 30/10/2018 à(s) 10:28
Assunto: Guerra Colonial Guiné-Bissau | encontro conversa
Assunto: Guerra Colonial Guiné-Bissau | encontro conversa
Bom dia, Sr. Prof. Luís Graça,
Chamo-me Francesca Vita, sou professora na Escola Superior de Artes e Design de Matosinhos e doutoranda em Arquitectura na FAUP do Porto com uma investigação sobre a transformação do espaço doméstico na Guiné-Bissau.
Venho com este meio contactá-lo de seguimento a um email que enviei ao sr, Eduardo Magalhães Ribeiro. Este último sugeriu-me que era melhor entrar em contacto consigo para algumas questões que estou a investigar.
Estou a realizar uma pesquisa sobre os reordenamentos populacionais durante os últimos anos da Guerra Colonial na Guiné-Bissau:
(i) quando começaram a ser construídos;
(ii) de que forma;
(iii) quais foram os aldeamentos prioritários;
(iv) como se chegou a sua construção no campo;
(v) eventuais problemas encontrados etc.
Tenho algum material encontrado no Arquivo Histórico Militar em Lisboa, nos Arquivos de Bissau e no Arquivo Histórico Ultramarino sobre o qual queria conversar: fotografias aéreas, plantas, relatórios, etc..
Se estaria disponível gostaria muito de conversar consigo sobre estes assuntos.
Agradeço desde já a sua disponibilidade e atenção,
Aguardando uma sua resposta
Os meus melhores cumprimentos
Francesca Vita
____________Francesca Vita
PhD student in Architecture at FAUP
FCT PhD studentship
PT / IT
(Port) +351 915544599
(Ita) +39 3312831235
francesca.vita0@gmail.com
francesca.vita0@gmail.com
2. Uma primeira resposta do nosso editor LG;
Francesca, terei muito gosto em ajudá-la... Conheci o grande reordenamento de Nhabijões, no setor de Bambadinca, região de Bafatá.... Bem como o de Bambadincazinho, Posso pô-la em contacto com alguns camaradas meus que trabalharam em Nhanijões. Eu caí numa mina A/C à saída do reordenamento. Não tenho por isso as melhores recordações do lugar... Tenho escritos sobre isso no blogue... Há 20 referências no blogue com o descritor "reordenamentos".
Já falámos, enretanto, ao telefone. Para além de uma entrevista comigo, a agendar para a semana, há para já dois contactos que lhe vou dar, de dois camaradas que são profundos conhecedores da temática dos reordenamentos, por terem trabalhado nas suas equipas técnicas:
Tem 31 referências no nosso blogue. Engenheiro Técnico de Construções Civis no Ministério das Obras Públicas, prestou serviço na Guiné como Capitão Miliciano de Artilharia, entre 1970 e 1972, no BENG 447, com sede em Bissau. É autor, entre outras obras, do livro "Memórias da Guiné", Edições Polvo, Lda, 2005 [, vd. capa à direita,] de que publicámos diversos excertos. (*)
No BENG 447, e dadas as qualificações da vida civil, chefiou os Serviços de Reordenamentos Populacionais.
(,,,) "Tratava-se de um serviço dirigido por militares que era essencialmente destinado às populações civis. Tinha em vista proceder ao agrupamento de diversas pequenas "tabancas" com o fim de constituir aldeamentos médios onde fosse rentável dotá-los com algumas infraestruturas tais como escolas, postos sanitários, fontanários, tanques de lavar, cercados para o gado, mesquitas ou capelas. Além disso tinha-se também em vista, com a execução dos reordenamentos, a defesa e o controle das populações." (...)
Nessa qualidade, a sua actividade não estava por isso circunscrita à cidade de Bissau;
(...) "Tinha por vezes que me deslocar ao interior do território para resolver localmente problemas que surgiam durante as obras dos reordenamentos populacionais. Fiz, por isso, algumas viagens para o interior da Guiné em helicóptero ou em avião militar (Dornier). Essas viagens tinham alguns riscos devido aos independentistas, a certa altura, se terem apetrechado com mísseis terra-ar [, s´a partir do 1º trimestre de 1973,] e devido aos tornados que por vezes se formavam e que eram perigosos principalmente para as pequenas aeronaves." (,,,(
(...) Comigo as deslocações ao interior da Guiné correram sempre sem perigo, mas para outros militares não foi sempre assim. O Batalhão de Engenharia 447 tinha como funções dar apoio às tropas aquarteladas na Guiné no âmbito de garantir o regular funcionamento dos quartéis, promover o fornecimento de geradores eléctricos, orientar e apoiar as obras de reordenamentos populacionais, fornecer material de manutenção, construir estradas, pontes e portos de atracagem, quartéis e abrigos subterrâneos, etc." (,..)
Há uma página no Facebook sobre o BENG 447, Brá, Guiné - Comunidade (sem movimento desde há um ano...). No nosso blogue há cerca de 7 dezenas de referências ao BENG 447. E temos vários camaradas da engenharia militar na nossa Tabanca Grande.
Vou pôr a Francesca em contacto com estes camaradas.
O documento em causa foi reproduzido, julgo que na íntegra, no nosso blogue em 2007: aqui tens os dois postes (***)
Boa saúde, bom, trabalho. Luís Graça (****)
PS - Veja também o livro "A Engenharia Militar na Guiné - O Batalhão de Engenharia".
Coord. Gabinete de Estudos Arqueológicos da Engenharia Militar. Lisboa : Direcção de Infraestruturas do Exército, 2014, 166 p. : il. ; 23 cm. PT 378364/14 ISBN 978-972-99877-8-6.
_________________
Notas do editor;
(***) Vd. psotes de:
12 de setembro de 2007 > Guiné 63/74 - P2100: A Política da Guiné Melhor: os reordenamentos das populações (1) (A. Marques Lopes / António Pimentel)
16 de setembro de 2007 > Guiné 63/74 - P2108: A Política da Guiné Melhor: os reordenamentos das populações (2) (A. Marques Lopes / António Pimentel)
Vd. também poste de 26 de janeiro de 2015 > Guiné 63/74 - P14189: História do BART 3873 (Bambadinca, 1972/74) (António Duarte): Parte XXI: outubro de 1973: Flagelação, pela primeira vez, do reordenamento de Nhabijões, de maioria balanta, com parentes no mato...
(****) Último poste da série > 1 de novembro de 2018 > Guiné 61/74 - P19157: O nosso blogue como fonte de informação e conhecimento (57): Contactos de fotocines precisam-se para documentário sobre o seu papel na guerra colonial (Hélder Sousa/ Marisa Marinho)
1 comentário:
Excelente fotografia.
A fotografia a cores até parece que toda ela foi encenada, com toda a movimentação na construção das casas. A ideia da rapariga preta quase despida e o homem branco pudicamente de saia, não lembra ao diabo.
Valdemar Queiroz
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