sexta-feira, 18 de janeiro de 2019

Guiné 61/74 - P19413: In Memoriam: Os 47 oficiais oriundos da Escola do Exército e da Academia Militar mortos na guerra do ultramar (1961-75) (cor art ref António Carlos Morais da Silva) - Parte VIII: alf inf Casimiro Augusto Teixeira (Sabugal, 1938 - Matas do rio Vembia, Nambuangongo, Angola, 1962)






1. Continuação da publicação da série respeitante à biografia (breve) de cada um dos 47 Oficiais oriundos da Escola do Exército e da Academia Militar que morreram em combate no período 1961-1975, na guerra do ultramar ou guerra colonial (em África e na Ásia)


Trabalho de pesquisa do cor art ref António Carlos Morais da Silva, instrutor da 1ª CCmds Africanos, em Fá, adjunto do COP 6, em Mansabá, e comandante da CCAÇ 2796, em Gadamael, entre 1970 e 1972. Foi cadete-aluno nº 45/63, do corpo de alunos da Academia Militar.

2. Quanto à  história da Academia Militar:  remonta ao tempo de D. João IV, e ao ano de 1641, ou seja, ao início da guerra da Restauração, sendo a "Lição de Artilharia e Esquadria"  considerada a primeira escola de formação de oficiais do nosso exército.

É preciso esperar, entretanto, pelo ano de  1790, ao tempo da D. Maria, para que esta escola  passe a designar-se "Academia Real de Fortificação, Artilharia e Desenho", e a ganhar o estatuto de  verdadeira instituição de ensino superior das ciências e técnicas militares.

Em 1837, passa a designar-se por Escola do Exército, por iniciativa de Bernardo de Sá Nogueira de Figueiredo, Marquês de Sá da Bandeira, que seerá também o seu mais ilustre comandante (entre 1851 e 1876).

Depois teve outras desinações: (i) Escola do Exército (1837-1910); (ii) Escola de Guerra (1911-1919); (iii) Escola Militar (1919-1938); (iv) de novo Escola do Exército (1938-1959); e (v) e por fim Academia Militar (desde 1959 até hoje), com sede no Rua Gomes Freira, em Lisboa, e um polo na Amadora.
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4 comentários:

Antº Rosinha disse...

Após os primeiros 3 ou 4 meses do inicio do terrorismo nos Dembos (15 de Março de 1961), já se sabia, ou pelo menos corria abertamente, que a UPA utilizava as pouczs armas modernas que dispunha, (a abundância de armas, eram as catanas e canhangulos), utilizava essas armas melhores nas mãos de bons atiradores, principalmente para atingir os alferes.

De notar que no início a tropa era tão pouca que as unidades eram à base de pelotões, quando não de secções.

Daí se aconselhava a não se usarem quaisquer divisas ou galões.

Luís Graça disse...

Rosinha, falava-se de um famigerado "sniper", nessa altura, João qualquer coisa... Lembras-te disso ?

Valdemar Silva disse...

Lá prós lados de Piche, dizia-se que o "sniper" mata alferes era o Nino, com arma de mira telescopia e que até tinha feito CSM em Tavira.

Valdemar Queiroz

Antº Rosinha disse...

Falava-se em snipers que até teriam andado nas recrutas que a minha incorporação (59) teriamos dado instrução em 60 e 61.

Nomes já não me lembro, mas se falar com antigos colegas, que ainda almoçamos anualmente, talvez se recordem alguns nomes.

O terrorismo do norte de Angola, por parte da UPA (FNLA), não foi apenas para expulsar os brancos, mas todas as tribos do sul (milhares de contratados na cultura do café).

De notar essa UPA (FNLA), praticamente está reduzida em eleições a 1%, desde que há eleições em Angola.

Foi estas tribos que o Kennedy e a ONU, (Hammarskejold) apoiaram para justificar a indendência de Angola.

Não fosse o sacrifício destes alferes e respectivas companhias e ninguem mais segurava a Angola de «Cabinda ao Cunene».

Seria melhor? seria pior?

Diziam os bacongos que os do sul não usavam «cuega»!

A Europa estava mesmo decadente para abandonar África «ao-deus-dará», depois de todos as barbaridades que já tinha sujeito aquele continente.

Até que Angola e a Guiné estão mais calmos que outros que até são franceses e ingleses.