quarta-feira, 27 de março de 2019

Guiné 61/74 - P19627: Álbum fotográfico de Virgílio Teixeira, ex-alf mil, SAM, CCS / BCAÇ 1933 (São Domingos e Nova Lamego, 1967/69) - Parte LXVI: Memórias do Gabu (VI)



Foto no  1 > Guiné > Regão de Gabu > Nova Lamego > CCS / BCAÇ 1933 (Nova Lamego e São Domingos, 1967/69) > 26 de dezembro de 1967 > Uma petiscada. ‘punheta de bacalhau’, nas instalações do Conselho Administrativo (CA), um lanche a meio da tarde. Presentes da esquerda para a direita: eu, o furriel vagomestre Paiva Matos, sentado o furriel Riquito do CA, o 1º cabo Seixas do CA, um soldado da secretaria, um sargento do quadro da Força Aérea, o 1º cabo Horta do CA.


Foto nº 8 > Guiné > Regão de Gabu > Nova Lamego > CCS / BCAÇ 1933 (Nova Lamego e São Domingos, 1967/69) > 4º trimestre de 1967 > Mais um jantar-convívio com o pessoal – condutores auto – nas suas instalações, bar ou dormitórios, não sei bem identificar. A ementa deve ser de frango, como habitual.


Foto nº 8A > Guiné > Regão de Gabu > Nova Lamego > CCS / BCAÇ 1933 (Nova Lamego e São Domingos, 1967/69) > 4º trimestre de 1967 > E a cerveja que se bebia era a Cristal, em formato "basuca" (0,6 l).


Foto nº 9 > Guiné > Regão de Gabu > Nova Lamego > CCS / BCAÇ 1933 (Nova Lamego e São Domingos, 1967/69) > 17 de dezembro de 1967 >  Vestido de blusão na fresca noite perto do Natal. Foi uma das raras vezes em que vesti outra peça além da camisa. Um blusão escuro que levei para a Guiné pensando que poderia haver frio. E coloquei nas costas, estaria um frio. Poucos dias depois da primeira carecada.


Foto nº 4 > Guiné > Regão de Gabu > Nova Lamego > CCS / BCAÇ 1933 (Nova Lamego e São Domingos, 1967/69) >  Dezembro de 1967 > Imagem de uma picada a caminho de localidade de Sonaco, onde fui  comprar uma vaca. Local relativamente sossegado,na região de Bafatá, a nordeste de Contuboel.


Foto nº  3 > Guiné > Regão de Gabu > Nova Lamego > CCS / BCAÇ 1933 (Nova Lamego e São Domingos, 1967/69) > Outubro de 1967 > Um rapaz, um  ‘djubi’, em cima de uma árvore, vai mergulhar nas águas pouco profundas de um riacho... Era assim que se ficava tetraplégico...


Foto nº 5 > Guiné > Regão de Gabu > Nova Lamego > CCS / BCAÇ 1933 (Nova Lamego e São Domingos, 1967/69) > c. set 67/fev 68 > O serpenteado dos rios na Guiné, tal como serpentes rastejando. Foto conseguida a bordo de um Dakota, numa viagem entre Nova Lamego e Bissau.


Foto nº 6 > Guiné > Regão de Gabu > Nova Lamego > CCS / BCAÇ 1933 (Nova Lamego e São Domingos, 1967/69) > Outubro de 1967 > Uma foto tendo um pequeno mato como fundo de imagem. A foto está em fraco estado, devido ao tempo mas em especial à qualidade do papel, e trata-se das primeiras fotos tiradas na Guiné. [O nosso editor deu um toque...]


 Foto nº 7 > Guiné > Regão de Gabu > Nova Lamego > CCS / BCAÇ 1933 (Nova Lamego e São Domingos, 1967/69) > Janeiro de 1968 > Uma conversa pessoal com uma amiga encontrada algures na zona da sua tabanca, quando eu andava a dar um passeio de bicicleta. Não sei qual foi o resultado a que chegamos.


Foto nº 2 > Guiné > Regão de Gabu > Nova Lamego > CCS / BCAÇ 1933 (Nova Lamego e São Domingos, 1967/69) > 18 de fevereiro de 1968 > Uma amiga Fula, com o seu vestido e turbante, como se de uma noiva se tratasse. Pela data estava a explicar que me ia embora, mas ela não parece muito triste.

Fotos (e legendas): © Virgílio Teixeira (2019). Todos os direitos reservados [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]



1. Continuação da publicação do álbum fotográfico do nosso camarada Virgílio Teixeira, ex-alf mil SAM, chefe do conselho administrativo, CCS / BCAÇ 1933 (Nova Lamego e São Domingos, 1967/69); é economista e gestor, reformado; é natural do Porto; vive em Vila do Conde. (*)

CTIG/Guiné 1967/69 - Álbum de Temas:

T065 – MEMÓRIAS DO GABU – PARTE VI

Fotos legendas em 2019-03-12

Virgílio Teixeira
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Nota do editor:

(*) Último poste da série > 19 de março de  2019 > Guiné 61/74 - P19602: Álbum fotográfico de Virgílio Teixeira, ex-alf mil, SAM, CCS / BCAÇ 1933 (São Domingos e Nova Lamego, 1967/69) - Parte LXV: Memórias do Gabu (V)

6 comentários:

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Virgílio, sim, é verdade, fazia frio de rachar, em dezembro!... Cheguei a apanhar 15 graus à noite, no mato... Não sei se era "psicológico", mas que tive frio, tive... Também tinha um blusão que me custou os olhos da cara no Casão Miiitar... Só o usava nesta época...

Parece que o clima mudou bastante, nestes último 50 anos... O Cherno Baldé pode-nos ajudar a esclarecer este ponto... Ele é a nossa "Wikipédia" para a Guiné-Bissau...

Ab, Luís

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Frio num clima tropical ?... nunca rapei tanto frio na minha vida!... O que sofria o tropa-macaca, os "nharros" da CCAÇ 12... LG


Vd. poste de:

24 de Fevereiro de 2011 > Guiné 63/74 - P7852: A minha CCAÇ 12 (12): Dezembro de 1969, tiritando de frio, à noite, na zona de Biro/Galoiel, subsector de Mansambo (Luís Graça / Humberto Reis)

(...) Como se estava na altura do ano em que a humidade atmosférica é mais elevada, atingindo a temperatura à noite valores mínimos de 15º, as NT foram duramente afectadas pelo frio no decurso desta operação, enquanto ficaram emboscadas em Galoiel. (Pessoalmente, não me lembro de ter rapado tanto frio em toda a minha vida!)


A tabanca de Biro foi assaltada ao amanhecer, verificando-se que estava abandonada há meses. Todos os vestígios do IN eram antigos. Constatou-se que Galoiel e Biro eram uma zona que reunia condições ideais para refúgio e instalação do IN devido ao relevo e arborização do terreno. Os Dest regressaramn a Mansambo ao longo da margem esquerda do Rio Bissari. (...)

Anónimo disse...

Luís eu falo do que sei, não andei, felizmente, por essas andanças, que já li no link!
Frio nunca tive, um blusão por cima das costas já noite bem dentro, isso sim, mas a maioria do pessoal não vestia mais nada, que eu visse. Mas acredito no que dizes e os outros camaradas.
Em São Domingos, nunca vesti mais nada além da camisa, nem no Natal.

Frio, frio, passei em Mafra na tropa, e em muitos outros sítios pelo país e estrangeiro.

A minha guerra é essa que apresento nas minhas fotos.

Obrigado pelos retoques na foto nº 6, ficou bem melhor que o original, já sem cor por causa do tempo.

Virgilio Teixeira




Valdemar Silva disse...

Na Foto Nº. 1, ao lema escrito na parede ' O MILITAR CULTIVA VIRTUDES DA HONRA E … podemos acrescentar E DUMAS BASUCAS CRISTAL.

Quanto ao frio, lembro-me de estar com paludismo ou com a reacção à injeção contra a cólera e estar de cama cheio de frio tapado com duas mantas.
Mas, por pensar que em Bissau iria a algum bailarico fazia parte do meu 'enxoval' um casaco de verão que nunca cheguei a vestir.

Valdemar Queiroz

Anónimo disse...

Valdemar foi bem apanhada esse final da frase, boas Basucas!

O que seria o final da frase, alguém pode ajudar?

Em relação ao frio, realmente só vesti o blusão umas vezes à noite em Nova Lamego, mas, quanto ao frio mesmo, lembraste-me bem.
Nas duas doses de Paludismo que apanhei (Uma em NL e outra em SD) nunca tremi tanto na Guiné com toda a roupa possível em cima de mim. É normal a febre faz tremer o corpo todo.

Essa dos fatos, faz-me lembrar o que já disse algumas vezes.
Em 1984, quando visitei a Guiné, sabendo perfeitamente que só me chegava uma camisa no pelo, levei comigo, de bagagem 2 (dois) fatos completos e com gravata. Só me incomodaram e muito, por isso levar um casaco para a Guiné, sem a conhecer antes, nem é nenhum escândalo.

Virgilio Teixeira


Cherno Baldé disse...

Caro amigo Luis Graça,

Wikipédia mesmo sao voces que me ensinaram tudo o que sei sobre a vossa/nossa Guerra colonial e do pouco que sei do meu proprio pais.


Quanto ao frio, no inicio da época seca, nos meses de Dezembro a Fevereiro, faz um pouco de frio que varia do dia para a noite, as vezes de forma brusca com temperaturas de até 17/18 graus durante a noite . Num clima tropical quente e humido durante a maior parte do ano, pode dar a sensaçao de um frio intenso durante a noite, dependendo também, do local, das condiçoes e circunstancias em que acontece, se for perto de uma bolanha por ex. pode ser ainda pior.


Eu passei muitos invernos na ex-URSS com temperaturas negativas de até -30, mas foi em Lisboa, com temperaturas de 8/10 graus que mais sofri com o frio a noite, devido as condiçoes precarias de habitaçao e numa antiga zona industrial (Xabregas).


Cherno Baldé