segunda-feira, 1 de abril de 2019

Guiné 61/74 - P19640: (De)Caras (126): Capitão de Infantaria Francisco Meireles, cmdt da CCAÇ 508, morto em Ponta Varela, Xime, em 3/6/1965 - Parte III (Jorge Araújo)


Foto 1 > Guiné > Região de Bafatá > Xime Z Ponta Varela > 3 de Junho de 1965 >  CCAÇ 508 (1963 / 65) > Momento da explosão em que vitimou o Cap Francisco Meirelles, o 1.º Cb José Corbacho, o Sold Domingos Cardoso e o Caç Nat Braima Turé, todos da CCAÇ 508 [foto gentilmente cedida pelo Cor Morais da Silva].




Jorge Alves Araújo, ex-Fur Mil Op Esp/Ranger, CART 3494 

(Xime-Mansambo, 1972/1974); coeditor do blogue desde março de 2018



A COMPANHIA DE CAÇADORES 508 [CCAÇ 508] - (1963-1965) E A MORTE DO SEU CMDT CAP INF FRANCISCO MEIRELLES EM 3JUN1965 NA PONTA VARELA - A ÚNICA BAIXA EM COMBATE DE UM CAPITÃO NO XIME (PARTE III)

1. INTRODUÇÃO

Dando continuidade ao publicado nas duas primeiras partes sobre o tema em título – P19597 e P19613 – os actuais conteúdos seguem na linha das estruturas anteriores, com a divisão em três pontos. (*)

No primeiro, recuperaram-se mais algumas imagens da história colectiva da Companhia de Caçadores 508 [CCAÇ 508], com recurso ao álbum de Cândido Paredes, natural de Favaios, Vila Real, actualmente a residir em Ponte de Lima, com quem falámos recentemente ao telefone, dando-lhe conta deste trabalho de investigação.

No segundo, continuaremos a citar o que de mais relevante retirámos das narrativas publicadas no livro elaborado em memória do capitão Francisco Xavier Pinheiro Torres Meirelles (1938-1965) pela sua família, cuja morte ocorreu por efeito do rebentamento de uma mina (a que chamamos de "bailarina") accionada em Ponta Varela, Xime, no dia 3 de Junho de 1965, 5.ª feira.

Por último, daremos conta dos resultados obtidos nos contactos tidos com o Departamento de Arquivos da RTP, visando recuperar algumas das imagens recolhidas, naquele fatídico local, e naquela data, pela equipa da TV: Afonso Silva e Luís Miranda, cuja reportagem filmada foi transmitida por aquele canal televisivo em 16 de Setembro desse ano. (Vd. Foto nº 1, acima)


2. SUBSÍDIOS HISTÓRICOS DA COMPANHIA DE CAÇADORES 508 (BISSORÃ, BARRO,  BIGENE,  OLOSSATO, BISSAU, QUINHAMEL, BAMBADINCA, GALOMARO, PONTA DO INGLÊS E XIME, 1963-1965)

2.1. A MOBILIZAÇÃO PARA O CTIG

Mobilizada pelo Regimento de Infantaria 7 [RI 7], de Leiria, a Companhia de Caçadores 508 (CCAÇ 508) embarcou em Lisboa, no Cais da Rocha, em 14 de Julho de 1963, domingo, sob o comando, interino, do Alferes Augusto Cardoso, seguindo viagem a bordo do cargueiro "SOFALA" rumo à Guiné (Bissau), onde chegou a 20 do mesmo mês, sábado. À sua chegada, juntou-se aquele que seria o 1.º Cmdt da CCAÇ 508, o Cap Mil Inf João Henriques de Almeida (n?-2007), tendo sido, também, Cmdt da 4.ª CCAÇ, a qual, em 01Abr1967, passou a designar-se por CCAÇ 6.

Considerando que não existem registos desta Unidade, conforme consta no livro da CECA [Comissão para o Estudo das Campanhas de África (1961-1974), 7.º Volume, Fichas das Unidades], algumas da informações sobre as quais temos trabalhado são de fontes orais, obtidas através de contactos telefónicos com camaradas desta Unidade. Mesmo correndo o risco de ter de corrigir o já publicado, em função desta metodologia, julgo não haver outra forma de o fazer, uma vez que todas elas estão a uma distância de mais de meio século.

Quadro cronológico da presença da CCAÇ 508, no CTIG, por localidades



2.2. SÍNTESE OPERACIONAL

Na historiografia do contingente da CCAÇ 508 estão contabilizadas, durante a sua comissão de dois anos no CTIG (1963-1965), importantes missões em dez locais diferentes, a saber: Bissorã - Barro - Bigene - Olossato - Bissau - Quinhamel - Bambadinca - Galomaro - Ponta do Inglês e Xime, conforme se indica no quadro acima.


Foto 2 > Guiné > Região do Oio >  Bissorã > CCAQÇ 508 (1963/65) > 1964 > Um dezena de militares da CCAÇ 508. [Foto do álbum de Cândido Paredes, com a devida vénia] i


Foto 3 > Guiné > Região do Oio >  Bissorã > CCAQÇ 508 (1963/65) > 1964 > Militares da CCAÇ 508. [Foto do álbum de Cândido Paredes, com a devida vénia]

No início de Março de 1965, com dezoito meses já contabilizados, foi atribuída à CCAÇ 508 uma nova missão em zona operacional, sendo transferida para Bambadinca, onde ficou instalado o Comando, assumindo, desde logo, a responsabilidade do respectivo subsector, com Gr Comb destacados em Xime e Galomaro e ficando integrada no dispositivo e manobra do BCAÇ 697, designado a partir 11Jan65 por Sector L1, sediado, à época, em Fá Mandinga, sob o comando do Tenente-Coronel Mário Serra Dias da Costa Campos.

Em 16 de Abril de 1965, a CCAÇ 508 foi substituída pela CCAV 678, sendo deslocada para o Xime, tendo assumido a responsabilidade do respectivo subsector, criado nessa data, com grupos de combate destacados em Ponta do Inglês e Galomaro.

Em 6 de Agosto de 1965, após a chegada da CCAÇ 1439 para treino operacional, a CCAÇ 508 foi rendida no subsector do Xime por forças da CCAV 678, recolhendo imediatamente a Bissau, a fim de efectuar o embarque de regresso ao Continente, após dois anos de comissão, onde contabilizou uma dezena de baixas.

A viagem de regresso iniciou-se a 7Ago1965, sábado, a bordo do vapor «Alfredo da Silva», com a chegada ao cais de Alcântara, Lisboa, a ter lugar sete dias depois.


3. A MORTE DO CAPITÃO FRANCISCO MEIRELLES EM 03JUN1965 – DESCRIÇÃO DE ALGUNS FACTOS E DO SEU AMBIENTE

Nas duas partes já postadas – P19597 e P19613 – procedemos à descrição possível dos factos relacionados com a morte do Cmdt [o 2.º] da CCAÇ 508 – capitão Francisco Xavier Pinheiro Torres Meirelles (1938-1965), tendo para o efeito utilizado, como principal fonte de pesquisa, o livro publicado em sua memória pela sua família (pp 8-11).


Foto 4 > Guiné > Região de Bafatá > Xime >A  Ponta Varela >  CCAÇ 508 (1963 / 65) > 3 de Junho de 1965 >Momento antes da explosão com o Cap Francisco Meirelles em primeiro plano [foto gentilmente cedida pelo Cor Morais da Silva].


3.1. SÌNTESE DO JÁ PUBLICADO (*)

Em 3 de Junho de 1965, 5.ª feira, foi o capitão Francisco Meirelles, Cmdt da CCAÇ 508 desde Jul1964, incumbido de mostrar aos operadores da RTP como se fazia a detecção de minas, muito frequentes naquela zona [Xime-Ponta Varela], pois em menos de três meses tinham sido levantadas mais de 40. 

Perto do meio-dia, a umas centenas de metros da tabanca de Ponta Varela, rebentou repentinamente uma mina ("bailarina") dando origem à morte do capitão Francisco Meirelles e de mais três militares da CCAÇ 508. Os operadores da TV [RTP] Afonso Silva (operador) e Luís Miranda (realizador), que ficaram ilesos, começaram a filmar a cena poucos momentos após a explosão, havendo um documentário fotográfico da operação e das consequências do rebentamento.

Na madrugada de 4Jun65, os corpos foram levados para Bafatá, onde ficaram sepultados o 1.º cabo [José Maria dos Santos Corbacho] e os soldados [Domingos João de Oliveira Cardoso e Braima Turé, e onde um avião foi buscar o corpo do Capitão Meirelles.

Trazido para Bissau, ficou depositado na capela militar de Santa Luzia. No dia seguinte, pelas 10 horas, houve missa de corpo presente, rezada pelo Tenente-Capelão Padre Nazário, finda a qual o cortejo fúnebre dirigiu-se para a capelinha do cemitério onde o caixão permaneceu até ser removido para a Metrópole. Aqui chegou no vapor «Manuel Alfredo» na madrugada de 18 de Julho de 1965, precisamente quando se perfazia um ano depois da partida para a Guiné" (Op. cit. pp. 10-11).


4. NA BUSCA DE IMAGENS CAPTADAS PELOS REPÓRTERES DA RTP

Influenciado pela descrição produzida no parágrafo "com um sangue-frio impressionante, os operadores da TV Afonso Silva e Luís Miranda, que ficaram ilesos, começaram a filmar a cena, poucos momentos após a explosão, havendo assim, além das testemunhas sobreviventes, um documentário fotográfico da operação e das consequências do rebentamento", segui em frente na busca dessas imagens, na medida em que soube que parte dessa reportagem filmada fora transmitida pela RTP, em 16 de Setembro desse ano.

Assim, em 29 de Novembro de 2018, procedi a um primeiro contacto com a Radiotelevisão Portuguesa no sentido de saber da possibilidade de ter acesso a tais imagens. Decorridos quatro dias recebi a confirmação de que tinham localizado as imagens referenciadas, solicitando a indicação sobre o destino a dar às mesmas, a fim de me enviarem o competente orçamento relativo a este serviço.

Nesse mesmo dia, pelas 23h15, seguia a competente resposta, merecendo relevância o fundamento que levou à criação, em 23Abr2004, do blogue da «Tabanca Grande», constituído por ex-combatentes tendo por objectivo supremo a reconstrução do puzzle da memória da guerra colonial na Guiné. Através da partilha de testemunhos na primeira pessoa, quer escritos quer em imagens, foi possível construir um espólio riquíssimo que, pelo seu valor histórico, cívico, pedagógico e sociocultural, continua/continuará disponível a todos aqueles que queiram conhecer, compreender e aprofundar, o que foram os "Anos da Guerra do Ultramar" (1961-1974), como provam os mais de onze milhões de visualizações/visitas.

Porque a narrativa com fins didáticos, e não comerciais, estava relacionada com a morte do Capitão Francisco Meirelles, verificada em 03Jun1965, na Ponta Varela (Xime), nada mais natural seria poder contar com algumas imagens dessa fatídica ocorrência onde, quis o destino, se encontrava, em "serviço público", uma equipa da RTP.

Segue-se, para conhecimento do fórum, os conteúdos dos últimos contactos estabelecidos entre nós.


4.4. A RESPOSTA DO ARQUIVO DA RTP

Em 04Dez2018, 3.ª feira, pelas 13h57, recebi o seguinte e-mail:

Exmo. Senhor

Jorge Araújo

As Relações Institucionais e Arquivo da RTP agradece o seu contacto e terá todo o gosto em prestar o serviço solicitado, de acordo com a tabela de preços em vigor na RTP. Passamos a informar que para a aquisição de imagens da RTP, para os fins referidos no seu e-mail, o orçamento é o seguinte:

Orçamento Indicativo para utilização na Internet

- Imagens / por minuto: 400,00 Euros

- Pesquisa / por hora: 30,00 Euros

- Visionamento / hora: 50,00 Euros

- Transcrição / por hora: 100,00 Euros

Valores acrescidos de 22% de IVA

Mais se informa que as imagens serão cedidas em formato Mp4 (H264 a 4Mbit/s) e as mesmas serão enviadas por Dropbox.

Este orçamento é para utilização das imagens na Internet em vários países por um período de 3 Anos, ilimitado.

(As imagens serão cedidas com logo, e as condições especiais de licenciamento serão enviadas posteriormente).

Solicitamos, entretanto, que nos sejam comunicados, por escrito, a aceitação deste orçamento e das condições, assim como nos envie os seus contactos e respetivo NIF, para podermos dar seguimento ao processo.

O Visionamento será agendado em dia e hora a acordar para poder selecionar as imagens pretendidas.

4.5. A RESPOSTA ENVIADA AO ARQUIVO DA RTP

Em 06Dez2018, 5.ª feira, pelas 10h56, respondi o seguinte:

Obrigado pelo seu contacto.

Em resposta, solicito melhor esclarecimento sobre o(s) procedimento(s) a tomar, particularmente quanto ao significado dos quatro conceitos constantes no orçamento: imagens, pesquisa, visionamento e transcrição.

Grato pela atenção.

Com os melhores cumprimentos.

Jorge Araújo

4.6 . A RESPOSTA DO ARQUIVO DA RTP

Em 07Dez2018, 6.ª feira, pelas 15h09, enviou o seguinte e-mail:

Exmo. Senhor

Jorge Araújo

Serve o presente para enviar a pesquisa.

Passamos a informar que o programa têm cerca de 31m de duração, cada minuto adquirido o valor das Imagens é de 400,00 Euros, se pretender visionar para selecionar as imagens o valor do Visionamento é de 50,00 por cada hora, a Pesquisa é a localização das imagens por parte dos nossos documentalistas, 30,00 Euros por cada hora, por último a Transcrição é a passagem do original para o envio por Dropbox, 100,00 Euros por cada hora.

No entanto continuamos à sua disposição.

Em anexo, recebi a "Lista de Conteúdos", referente ao programa de 17-09-1965, com o título «Missão na Guiné», conforme se pode observar na imagem a seguir.




Resumo Sintético:

Programa sobre a intervenção das Forças Armadas na Guiné, que neste episódio se dedica aos fuzileiros navais.

Resumo Analítico:

Lisboa; jovens voluntários embarcam no cais em direcção ao Centro de Recrutamento de Fuzileiros; exames médicos; distribuição de fardamento; treino de exercícios de combate; Bissau; embarque de fuzileiros a fim de realizarem uma operação designada "Golpe de Mão"; barcos de patrulha e lanchas; desembarque; efectuam reconhecimento da zona; navios abrem fogo onde o inimigo está instalado; aviação faz a cobertura aérea; fuzileiros desembarcam na margem de um rio, embrenhando-se na mata; recolha do corpo de um fuzileiro atingido mortalmente em combate; acampamento inimigo destruído; regresso às lanchas após ter sido atingido o objectivo; soldados tomam banho com uma mangueira; desfile militar na Unidade de Bissau.


4.7. A RESPOSTA ENVIADA AO ARQUIVO DA RTP [A ÚLTIMA]


Em 09Dez2018, domingo, pelas 17h50, respondi o seguinte:


Obrigado, uma vez mais, pelo seu contacto.

Em sua resposta, e se entendi bem os seus esclarecimentos, o orçamento apresentado é constituído por quatro parcelas que, no final, corresponderá à soma do que se observar em cada uma delas. Será assim?

A ser verdade, não me é possível suportar os seus valores uma vez que o que fazem os membros (ex-combatentes) do blogue, para o qual continuam a escrever, é darem o seu contributo para a reconstituição das memórias: individuais e colectivas dessa guerra, como já referi anteriormente. 

Acresce a esse objectivo um outro que nos é muito querido: o de prestar a toda a comunidade/sociedade um verdadeiro "Serviço Público", disponibilizando o nosso vasto espólio historiográfico, escrito e imagens, onde as actuais e futuras gerações poderão recorrer para melhor compreenderem o passado vivido pelos seus familiares, em particular aqueles que lutaram pela Pátria, palavra-chave de então, mas que nem todos regressaram, infelizmente, por nela terem tombado nos combates.

Na impossibilidade de utilizar as imagens da RTP, neste meu trabalho de pesquisa, referentes ao capitão Francisco Meirelles, não deixarei de fazer referência à sua existência nos arquivos cinematográficos da Estação Publica, lamentando esse impedimento por razões económicas.

Com os melhores cumprimentos.
Jorge Araújo.

E que mais? ... Ficámos/ficamos por aqui.

Em função do acima exposto, lamento não ter tido sucesso nos contactos com a RTP de modo a concretizar os objectivos a que me propus no aprofundamento desta investigação. Tal facto ficou a dever-se, como constataram, à política de gestão dos "recursos audiovisuais", neste caso, da Guerra do Ultramar, em vigor na Televisão Pública, na qual participaram centenas de milhares de cidadãos portugueses nos três TO.

Haja esperança, pois ainda acredito que alguém de bom senso, e com responsabilidades na nossa RTP, após ler esta narrativa ou dela ter conhecimento, tome a decisão de connosco colaborar, prestando, tal como nós, um verdadeiro "serviço público".

Aguardemos!

Continua…


Fontes consultadas:

Estado-Maior do Exército; Comissão para o Estudo das Campanhas de África (1961-1974). Resenha Histórico-Militar das Campanhas de África; 6.º Volume; Aspectos da Actividade Operacional; Tomo II; Guiné; Livro I; 1.ª edição, Lisboa (2014); p195.

Estado-Maior do Exército; Comissão para o Estudo das Campanhas de África (1961-1974). Resenha Histórico-Militar das Campanhas de África; 7.º Volume; Fichas das Unidades; Tomo II; Guiné; 1.ª edição, Lisboa (2002); p321.

Capitão Francisco Xavier Pinheiro Torres Meirelles (s/d). Braga. Editora Pax.

Outras: as referidas em cada caso.

Termino, agradecendo a atenção dispensada.

Com um forte abraço de amizade e votos de muita saúde.

Jorge Araújo.

26Mar2019.
___________

Nota do editor:

Vd. postes de

23 de março de 2019

Guiné 61/74 - P19613: (De)Caras (102): Capitão de Infantaria Francisco Meireles, cmdt da CCAÇ 508, morto em Ponta Varela, Xime, em 3/6/1965 - Parte II (Jorge Araújo)

18 de maro de 2019 > Guiné 61/74 - P19597: (De)Caras (101): Capitão de Infantaria Francisco Meireles, cmdt da CCAÇ 508, morto em Ponta Varela, Xime, em 3/6/1965 - Parte I (Jorge Araújo)

25 comentários:

Tabanca Grande Luís Graça disse...

12400 euros por 31 minutos de programa ? É o preço de um carro!...

Jorge, a primeira reação é de estupefacção!... Segue-se a indignação e depois... a resignação!...

Mas, afinal, já sabíamos que "não há almoços grátis!"... Passamos a saber que a guerra do ultramar / guerra colonial / guerra de África (chamem-lhe o que quiseram) é hoje "negócio"... Estamos na era dos conteúdo. E quem os tem, valoriza-vos...

A RTP é uma empresa, que presta um "serviço público"... Os antigos combatentes (incluindo tu e eu que penámos no Xime, na Ponta Varela, no Poindom, na Ponta do Inglês, etc.) têm que fazer um "crowdfunding" (como os enfermeiros) para arranjar os 12400 euros para poder transmitir o vídeo no nosso blogue... que, esse, sim, é "serviço público"...

Luís Graça

José Saúde disse...

Jorge,

Inacreditável! Palavras para quê? Subscrevo, na íntegra, o que foi dito pelo Luís Graça. Então nós que arriscámos vidas na proteção a profissionais televisivos que visavam recolher imagens de uma guerra que nos fora cruel e que agora numa solicitação para rever instantes caóticos pelos quais passámos é-nos sonegado essa possibilidade? Não! Negócio é simplesmente a resposta da RPT à tua humilde petição.

Compreendemos a posição de quem usufrui em manter em arquivo essas memórias, não compreendemos porém toda a avalanche dos custos a suportar, tanto mais que o interesse é público e, em particular, dos antigos combatentes sendo o caso da Guiné.

Abraço, amigo

Zé Saúde

Anónimo disse...

Meus amigos, mais um comentário de indignação. Quando estava a ler deu-me ganas de explodir com palavrões, mas, depois destes comentários nada mais me oferece dizer. A RTP, demais televisões privadas e todos os órgãos de comunicação social, existem apenas para facturar, ganhar dinheiro, para poder pagar milhões a esses parasitas que pululam pelas manhãs e tardes dos 'entretimentos' .
Que raio de País temos e que pessoas nos governam a todos os níveis. É demais esta afronta.

SERVIÇO PUBLICO? ONDE?

Não dá vontade de fazer mais nada, pois eles ainda vão comer daquilo que nos pertence neste 'BLOGUE', isso sim um serviço público gratuito e desinteressado.

Oh Jorge, se fosse eu a responder a essa malta, aplicava aquela linguagem de caserna que todos conhecem, e bem, e que eles bem a mereciam.

Os meus parabéns por os mandares àquela parte, com diplomacia e bom trato, e pelo imenso trabalho de pesquisa, que não tem preço.

Adoro - no bom sentido - estes trabalhos, só não tenho experiência prática para os comentar como devia.

Um abraço,

Virgilio Teixeira



e

João Carlos Abreu dos Santos disse...

... manifesto o meu apreço, pelos trabalhos de Jorge Araújo, e a minha solidariedade, à estupefacção perante a atitude dos "donos" dos arquivos públicos da RTP.

Gil disse...

A RTP presta um serviço público? A quem?

Comprei ao INA o filme da op "Ostra Amarga" por 3€.

Jorge Araújo, obrigado pelos trabalhos que tens apresentado. Lei-os com muito gosto.
Abraço
V Briote

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Jorge, acho que não nos podemos calar, muito menos baixar os braços e resignarmos... Compare-se a política da RTP com o INA, o francês Instituto Nacional do Audiovisual... Os franceses fazem tudo para divulgar a sua língua, a sua cultura, a sua história... E disponibilizam documentários notáveis como aquele a que o Virgínio Briote se refere... Custou-lhe 3 euros para uso pessoal.

Há tempos comentei: Este é o vídeo mais 'pornográfico' da guerra da Guiné, passado e repassado nas nossas estações televisivas, na Net e no cinema, muitas vezes sem um mínimo de "pudor", sem uma informação de contexto, sem citação da fonte: a helievacuação ipsylon que não chegou a tempo, a atroz agonia do sold at da CCAV 2487, António da Silva Capela, natural de Ponte de Lima, mortalmente atingido nessa emboscada, no último dia da Op Ostra Amarga, no subsetor de Bula, região do Cacheu, uma ostra amarga para Spínola, para todos nós e para os jornalistas franceses que cobriram este acontecimento de guerra.

O vídeo, em francês, "Guerre en Guinée" [, "Guerra na Guiné", com resumo analítico, em português, no poste P2249 (*)] , está disponível no portal do INA - Institut national de l'audiovisuel (13' 58''). Foi produzido pela ORTF, a estação de televisão pública francesa, em 1969. Não o podemos reproduzir, diretamente aqui, no blogue, pro razões de direitos de autor. Mas apelamos a que os nossos leitores o vejam ou revejam, no portal do INA.fr [clicar aqui "Guerre en Guinée"] para melhor identificação dos nossos camaradas, cujos fotogramas constam da primeira parte deste poste, e que vão renumerados, de 2 a 14.

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Camaradas, o poste que eu refiro acima, é este:


19 DE FEVEREIRO DE 2018
Guiné 61/74 - P18333: O nosso blogue como fonte de informação e conhecimento (49): Quem são os camaradas da CCAV 2487 / BCAV 2862 (Bula, 1969/70), que assistiram aos últimos minutos de vida do trágico herói limiano António da Silva Capela (1947-1969), uma das vítimas mortais da emboscada, em 18/10/1969, no último dia da Op Ostra Amarga ? Estou a fazer a biografia deste filho de Ponte de Lima, que não pode ficar sepultado na vala comum do esquecimento na sua terra natal... (Mário Leitão)

João Carlos Abreu dos Santos disse...

... sobre o tema exposto, sugere-se a Jorge Araújo (e a quem interessar), que solicite ao cor. António Carlos Morais da Silva a indicação da ligação [vg 'url' ou 'link'], onde localizou a citada reportagem da RTP e da qual extractou (mtº provavelmente por 'stop motion' e subsequentes 'copy>paste'), as duas imagens reproduzidas neste 'post'; e, depois, partilhe neste blogue os resultados, em vista a que qualquer pessoa aceda àquela filmagem, integralmente, 'online', e sem quaisquer... "despesas".

João Carlos Abreu dos Santos disse...

... reporto-me ao último parágrafo da informação do fundador/editor deste blogue: relativamente ao vdu do INA sobre a 'Op Ostra Amarga', desde há alguns anos a esta parte encontra-se disponível 'online' - "sem custos para o utilizador", aqui < https://youtu.be/aUJwl-FeEjI > ; e tb aqui (com preâmbulo em português)
< https://youtu.be/6BZbNm-4V6A >

Gil disse...

Erro de português na mensagem acima de V. Briote.

Uma correcção "em tempo" que já não vai a tempo. É leio-os e não lei-os - que não existe- com muito gosto, Caro Jorge Araújo.
As devidas desculpas à língua Portuguesa e aos leitores, é o mínimo que se exige.

Abraço do V Briote

J. Gabriel Sacôto M. Fernandes (Ex ALF. MIL. Guiné 64/66) disse...

Indignado, afirmo:
Não é maldade da RTP.
É pior:
É burocracia, estúpida, cega, fria e indiferente.
Um abraço,
JS

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Em tempos, a A25A - Associação 25 de Abril criou um portal sobre a Guerra Colonial, projeto q que esteve intimamente ligado o nosso grã-tabanqueiro da primeira hora, o comandanet Pedro Lauret... Uma boa parte documentários da RTP sobre a guerra colonial (que, acrescente-se, são "miseravelmente" poucos e pobres, para a maior guerra que tivémos no séc. XX...) estavam disponíveis...

À boa maneira portuguesa, mudaram as cadeiras do conselho de administração e acabou-se abruptamente a "inestimável colaboração" da RTP de todos nós com a A25A... Os documentários desapareceram há muito... E a mensagem que eu visiono é a seguinte:

"[Erro] 404. A página ou ficheiro já não se encontra aqui".

http://www.rtp.pt/404/index.php

... E no no entanto, o administrador do "site" [Guerra Colonial, 1961-1974,] não reviu a mensagem do presidente da A25A, Vasco Lourenço... Está assim há anos, camaradas!... Tínhamos direito, nós, antigos combatentes, a uma explicação, de pelo menos duas linhas... Fico indignado, amigos e camaradas da Guiné!... LG

PS - Por ser extenso o comentário, publica-se a seguir a mensagem do presidente da A25A.

________________

Tabanca Grande Luís Graça disse...

(Continuação do comentário anterior)

MENSAGEM


(...) A Guerra Colonial – 1961, 1974 –, em que Portugal se envolveu nas suas colónias de Angola, Guiné e Moçambique, é um dos acontecimentos mais importantes da nossa história contemporânea.

Essa sua importância, a acção determinante que desempenhou no estertor do regime ditatorial, repressivo e colonialista que vigorou no nosso país, durante quase cinquenta anos, impõe que a Associação 25 de Abril, na sua acção de perpetuar a nossa memória colectiva, se preocupe em levar a todos o possível da sua história.

Obtidos os apoios indispensáveis, conseguida a inestimável colaboração da Rádio e Televisão de Portugal, construímos um site, onde tentaremos tratar todos os aspectos da Guerra Colonial.

Este site não é uma obra acabada. Aliás, nunca o será. Queremos ir mais longe, assim os que nos apoiaram continuem a dar-nos a sua confiança.

Poderemos, contudo, encontrar já aqui os principais dados de um acontecimento tão determinante da nossa vivência colectiva.

Nomeadamente, conhecer a extraordinária gesta de umas Forças Armadas que, colocadas sobre a necessidade de fazer a guerra, como sempre decidida pelo poder político, pois nunca as Forças Armadas decidem fazer a guerra, se adaptaram e transformaram talvez nas forças armadas que em toda a história universal melhor desempenharam o papel da luta contra esse tipo de guerra.

Sendo elemento principal da luta que Portugal travou durante treze anos, luta que os especialistas consideram o maior esforço colectivo e o mais bem sucedido (em termos relativos) feito nos tempos modernos por qualquer país, as Forças Armadas portuguesas honraram-se, dando ao poder político o tempo mais que suficiente para resolver a questão, como deveria ser resolvida, isto é, através de uma solução política.

Poderemos também aqui conhecer a forma como, face à incapacidade política do poder em Portugal resolver o fim da guerra, as Forças Armadas tiveram que fazer a ruptura para impor e encontrar o fim dessa mesma guerra.

Não cabe aqui desenvolver a importantíssima intervenção das Forças Armadas no acto que o fim da guerra inevitavelmente determinou: a independência de novos países de língua portuguesa, com o fim dum longo período histórico da nossa vida colectiva, o colonialismo português.

Como associação fundada por militares de Abril, que fizeram a guerra e a ruptura indispensável ao terminar da mesma, orgulhosos do nosso papel histórico na construção de um Portugal livre e democrático, é com indisfarçável satisfação que, num momento em que muito se questiona a importância das forças armadas num país como o nosso, vos convidamos a melhor conhecerem este período da nossa história de quase mil anos.

Com a nossa homenagem a todos os que ali deixaram muito do melhor da sua vida, onde se incluem em primeiro lugar os que lá caíram, não esquecendo os então nossos inimigos que lutaram pela sua liberdade e independência, saudamos e damos as boas-vindas a todos os visitantes

Vasco Lourenço (...)

https://www.guerracolonial.org/index.php?content=242

Tabanca Grande Luís Graça disse...

O nosso blogue fpi dos primeiros a difundir o vídeo "Guerre en Guinée"... Logo em 2007, eu e o Virginio Briote( que tinha adquirido uma cópia) fizemos o resumo analítico do vídeo, em francês, de cerca de 14 minutos. Mais recentemente, em 2018, retomámos esse trabalho, pioneiro... Entretanto, o documentário (ou excertos) ia passando, "acriticamente", "pirateado", nas nossas televisões (inlcuindo a RTP) e nas redes sociais... Enfim, à boa maneira portuguesa.. LG


20 DE FEVEREIRO DE 2018
Guiné 61/74 - P18335: Vídeos da guerra (14): visionamento e resumo analítico do vídeo da ORTF / INA, "Guerre en Guinée" (1969, 13´ 50''): tradução e adaptação de Luís Graça e Virgínio Briote

Hélder Valério disse...

Caros amigos

Isto, de facto, deixa-nos com bastante perplexidade.
Mas não devia deixar, pois a "generosidade" é coisa desusada e por tal motivo o que conta, o que faz "chegar à frente" é, como na velha canção do Patxi Andion, o "D. Dinheiro".

O Luís, rapidamente fez as contas.... 31 minutos a 400€ o minuto dá os tais 12.400€.
Mas há mais contas a fazer.
A passagem do conteúdo que se quer para a "dropbox" é valorizado em 100€/hora. Não sabemos se contabilizado ao minuto, por exemplo, ou se esses 100 € é "hora ou fracção". No caso da totalidade das filmagens, que se diz ser de 31 minutos, poderia ser os tais 100€ pelo serviço que será inferior a 1 hora ou então cerca de metade se for contabilizado de forma menos abocanhadora.
Uma situação economizadora seria visualizar o conteúdo dos tais 31 minutos (ficámos a saber que uma acção dessas é valorizada a 50€/hora) para o que 1 hora deverá chegar.
Visualizado pode-se então "censurar" alguma ou algumas partes (decisão sempre difícil e subjectiva) e, nessas situações "seleccionar" (que está incluído no custo anterior de visualizar) e assim economizar alguns minutos.
Se isso for assim há a acrescentar 30€/hora para "localizar" então o conteúdo final.

Neste conjunto de hipóteses e numa hipotética economia de 11 minutos (sempre muito discutível) sempre teríamos 50€ da hora que o "visualizador/censor" estiver a ver os tais 31 minutos globais, acrescido de 8.000€ (os 20 minutos hipotéticos que ficassem, vezes os tais 400€/minuto), acrescidos dos tais 30€/hora (deverá chegar) para "localizarem" e depois os 100€/hora finais para a passagem para a dropbox, sendo suposto que é a tabela para a faixa até 1 hora. No total, nestas condições, dará 8.180€.

Tudo isto é triste, tudo isto existe. Só não sei se é "fado", como na canção mas lá que revolta, isso sim.

Também apreciei a forma civilizada, diplomática, de cabeça levantada, mas muito assertiva, como o Jorge respondeu e reagiu a todo o conjunto destes desenvolvimentos.

Resta então interrogar-mo-nos sobre o "que fazer"? utilizando uma frase de um autor antigo, chamado Vladimiro, a propósito de questões diferentes destas mas para as quais se procuravam (e procuram) respostas.

Desde logo, "chamar nomes", ao bom estilo "facebookiano". Não resolve muita coisa mas ao menos desabafamos e alivia a fígado.
Em consequência "aceitar" as circunstâncias, "esquecer" e seguir em frente.
Outra hipótese é aceitar o jogo, e considerando que será muito importante ter esse registo de forma pública, será de se tentar "fazer uma vaquinha" ("crowdfunding" como agora é moda) para se atingir esse desiderato?
Ou esperar para ver se "alguém" com responsabilidades e poder de decisão toma conhecimento (e "vergonha") e potencia um atitude mais generosa?

Haverá com certeza mais nuances mas estas foram as que me ocorreram agora.

Mal vai um Povo quando a sua "Memória" se esbate ou apaga.

Hélder Sousa

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Hélder, obrigado. Nada como o raciocínio analítico-dedutivo de um engenheiro... O sociólogo para lá chegar, se chegar, tem que dar muitas voltas... Apreciei também o teu elogio ao nosso Jorge Araújo. Ele é um "gentlemam", até nem parece que foi "ranger"... Já deve estar a elaborar a UV Parte IV... Mantenhas. Luís

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Hélder, eu queria dizer indutivo-dedutivo, do particular para o geral. O sociólogo é mais dedutivo-indutivo, parte do geral para o particular..ab., Luís



Tabanca Grande Luís Graça disse...

A cúpula poltico-militares quis silenciar a a g iruerra que se eternizava... A guerra não existia na comunicação social... A RTP do Ramiro Valadão e companhia ignorou, escamoteou, branqueou a guerra... Hoje compete-nos falar dela, nós que a fizemos e a sofremos...As meninas do Arquivo nem sequer eram nascidas... É triste este país... às vezes! LG

Anónimo disse...


Já agora, e não sabia que a procissão ainda ia no adro, depois desta justa indignação, e pela sua postura e calma 'impressionante' do Jorge Araújo, a levar as coisas de uma forma civilizada, a ficar por cima de toda esta gente da RTP, seria justo e ficava bem ao Blogue, imitar os outros, e fazer um abaixo assinado e petição para o assunto ir à Assembleia da Republica, onde estão 'lá' os nossos dignos representantes, deste povo português aqui residentes e da Diáspora.

O que mais não seja, só para chatear e fazer disto um 'assunto nacional' em vez de tantos outros que não servem para nada, e há tantos, é só abrir os canais televisivos...

Em última análise, isto até pode ser um mal entendido, de algum funcionário, 'manga de alpaca', que só lê os 'camanhos - os livros da praxe' mas com umas palas de lado!

Nada mais me oferece dizer, acho que todos já comentaram e muito bem.

Mais uma vez o meu apreço pelo trabalho de Jorge Araújo.

Cumprimentos,

Virgílio Teixeira



Anónimo disse...

O Ramiro Valadão Já morreu bem como outros.O facto da RTP cobrar agora por imagens do passado a quem certamente não pediu autorização para filmar é que é gritante.Tanto mais que cobra a "vários carrinhos" entre eles a taxa que nos é cobrada coercivamente.Isso é que é gritante e fascizante.Agora o que é que o Ramiro Valadão tem a ver com isto?
Abraço C.Gaspar

Valdemar Silva disse...

IVA a 22%??!!, vá lá que ainda nos faziam um jeitinho.

O assunto é tão sério, que até apetece brincar.
Então, está garantido para nós ou para os nossos descendentes, um valioso pecúlio dos direitos de todos os textos, comentários, fotografias, etc. publicados nesta nosso blogue. Os administradores que começam a pensar nos preçários, o Hélder pode dar uma grande ajuda.
A propósito: o Valadão teria mandado pagar alguma verba, aos verdadeiros intervenientes nas filmagens e posterior apresentação na TV? (ah! que chatice, o Valadão já morreu).

De resto, mais um excelente trabalho de Jorge Araújo que lhe gabo a paciência para aturar aqueles tipos.

Valdemar Queiroz

José Botelho Colaço disse...

Há dias no convívio da Tabanca da linha puseste-me a seguinte questão: se eu acompanhava lia os teu trabalhos comentários, reportagens etc. aquilo que por carolice te ocupa muitas horas no teu dia a dia. respondo-te novamente com um "menu" destes quem é que não molha a sopinha. Um abraço continua quase de certeza que serás laureado.

Anónimo disse...

Possuo o filme "Explosão de mina Ponte Varela 1966" com a duração de 7 minutos e que existe no Arquivo da RTP.

A aquisição na modalidade "Uso doméstico" custou-me 18.95€.

A RTP proporciona a visão "in loco" mediante agendamento prévio.

Morais Silva

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Já agora, os arquivos da RTP podiam corrigir o título do documentário: o topónimo não é PONTE Varela, mas sim PONTA Varela... Um questão de detalhes, de rigor... Obrigado, ao Morais da Silva pela informação. Mesmo assim, comparando o preçário do INA francês e da nossa RTP, há diferença considerável...

Luís Graça

Anónimo disse...

Erro meu caro Luís Graça. O video tem o título correcto: Ponta Varela.
Morais Silva