domingo, 3 de novembro de 2019

Guiné 61/74 - P20309: Manuscritos (Luís Graça) (174): as cores quentes e frias do outono da Tabanca de Candoz - III (e última) Parte


















Marco de Canaveses > Paredes de Viadores >Candoz > Quinta de Candoz > 2 de novembro de 2019 > As cores "outonais"... Morte e renascimento da mãe-natureza,,,


Fotos (e legenda): © Luís Graça (2019). Todos os direitos reservados. [Edição: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


1. Estas são as cores, únicas,  do meio do Outono, cores quentes e frias...Mas também são únicas as cores do fim do Outono / princípio do Inverno... Gosto de as contemplar em dia de nevoeiro, com a manhã muito fria, altura em que ainda há folhas nos castanheiros e nos carvalhos... 

Mas já as videiras estão completamente despidas, quando em meados de  Dezembro se iniciar a poda, que pode prolongar-se até Fevereiro/Março... E já as pencas estão boas para apanhar: vão acompanhar, na ceia de Natal, o bacalhau lascudo... Oxalá haja geada, muita e boa, até lá... 

Na Tabanca de Candoz temos também alguns sobreiros, de folha perene...Crescem aqui a um ritmo de fazer inveja ao Alentejo...mas não dão cortiça de jeito.... Não se pode ter tudo. E eu desta vez, de canadiana numa das mãos e máquina fotográfica na outra, não fui lá ao cimo da terra cumprimentar o nosso belo sobreiro, que já é cinquentão.

Por enquanto delicio-.me com as cores quenres e frias do início de Novembro. Não as tinha na Guiné e faziam-me falta... Fizeram-me falta. Fazem-me falta todas as cores do arco-íris...

Esta é a terceira (e última) parte de um seleção de fotos que fiz no dia 2 de Novembro, dia de Finados, com chuva, sem sol, longe do meu mar...

Também me faz falta o mar...Como eu escrevi à Alice,"(...) Posso gostar das tuas montanhas  / e das tuas albufeiras / e das tuas florestas de castanheiros e carvalhos, / da gente rude e franca do teu Norte, / mas preciso de regressar ao meu Sul, / de vez em quando, / para respirar como as baleias" (...)

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6 comentários:

Valdemar Silva disse...

Luís
Excelentes fotografias de Outono.
As pedras do muro com marcas dos 'tiros' e o ramo de azevim, ou azevinho, lembram-me dos tempos de criança (até aos 10 anos).
Os 'tiros' nas pedreiras, que os canteiros faziam para arranjar pedras desejadas para cantarias de portas e janelas e cruzes prós cemitérios, e os ramos de azevim, que a minha avó dizia serem as bagas veneno prás cobras comer, eram colhidos no monte junto ao rio para enfeites de Natal.
Com todo esse ambiente outonal até apetece um copinho, ou uma malga de verde tinto
que parece estar sempre fresco e faz bem aos joelhos.

Ab. e saúde da boa.
Valdemar Queiroz

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Valdemar, já vou a caminho do Sul... Boa sugestãO a tua, o tempo está mesmo bom para a sornice, à lareira, com um copo de tintol ao lado, e um livrinho... Abraço, LG

Manuel Luís Lomba disse...

Eh Luís:
A beleza que reportas move-nos considerações.
Se Adão perdeu o paraíso para conquistar uma mulher, tu não só conquistaste uma mulher como também conquistaste o paraíso de Candoz (creio que o apelido Carneiro é atributo da Alice). Foste mais "esperto" que Adão - e um felizardo comparativamente a mim.
Já fez 60 anos que tive uma namorada do Marco de Canaveses (sem consequências) e dos seus "frios e quentes" só ficou a recordação das suas descrições do cordeiro e arroz do forno à moda do Marco e do seu "tintol".
Agora que vais a caminho do Sul, lembro-te que a orientação está no Norte.
Abraço.
Manuel Luís Lomba

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Obrigado, Manel, procuro não perder o Norte onde, de facto, ganhei uma grande família... A família Ferreira Carneiro. Nenhum de nós, eu e a Alice, tem o apelido um do outro...O meu triângulo (ou melhor quadrilátero) agora é Alfragide / Lourinhã / Madalena / Candoz... Hoje fiquei na Madalena, os comboios (Alfa, Intercidades) andam cheios por estes dias... Vou amanhã nas calmas... Um alfabravo, companheiro!

Anónimo disse...

Luis ontem estive a comentar os teus Postes de Candoz, mas o raio do computador foi abaixo, e apagou o comentário, e já não sei o que escrevi, passou o dia, passou a romaria. De qualquer modo, o que queria salientar era o excepcional conjunto de fotos outonais, cuja estação não admito, bem pelo contrário, é uma estação triste e deprimente. Mas que dá para excelentes fotos, não há duvida, tenho aqui algumas das ruas carregadas de folhas verdes, que são um espanto, mas só para a foto.
E agora aproveito o comentário do Manuel Luis Lomba, sobre a minha maior recordação do Marco, já que não conheço Candoz, e que já te falei, do excepcional cabrito à moda do Marco, não sei se foi com tintol ou brancol, pois foi em dia de muito calor. Vocês falam de cordeiro, é natural que seja, eu fiquei sempre com a ideia do cabrito, mas a diferença não é de quilómetros, ambos são bons, e foi no tempo em que o apetite não faltava, e não havia problemas de condução sob o efeito do álcool, e a policia ali a fazer stop...

um abraço,

Virgilio Teixeira



Anónimo disse...

É claro que não tenho nenhuma Quinta, nem Quintal, senão talvez passasse a gostar mais do Outono e demais estações do ano.
De qualquer forma gosto sempre é de muito calor, sou alérgico ao frio.

Fico-me pelo meu (nosso, do condomínio) jardim relvado, e já não é mau.
Virgilio Teixeira