quinta-feira, 18 de junho de 2020

Guiné 61/74 - P21086: In Memoriam: Os 47 oficiais oriundos da Escola do Exército e da Academia Militar mortos na guerra do ultramar (1961-75) (cor art ref António Carlos Morais da Silva) - Parte XL: António Alberto Rita Bexiga, cap inf (Faro, 1946 - Angola, 1972)






1. Continuação da publicação da série respeitante à biografia (breve) de cada um dos 47 Oficiais, oriundos da Escola do Exército e da Academia Militar que morreram em combate no período 1961-1975, na guerra do ultramar ou guerra colonial (em África e na Ásia).

Trabalho de pesquisa do cor art ref António Carlos Morais da Silva [, foto atual à direita], membro da nossa Tabanca Grande [, tendo sido, no CTIG, instrutor da 1ª CCmds Africanos, em Fá Mandinga, adjunto do COP 6, em Mansabá, e comandante da CCAÇ 2796, em Gadamael, entre 1970 e 1972 ]

8 comentários:

António J. P. Costa disse...

Olá Camaradas

O Cap. Bexiga é um algarvio do meu curso na AM.
Começou a sua vida profissional na Península da Pobreza (Empada) e recorria a minas e armadilhas que montava nas cambanças e acessos que o In utilizava.
Fizemos o Curso de Sapadores das Armas na EPE (Tancos) e depois veio a segunda mobilização que para ele foi fatal. Já fui à sua freguesia natal à procura de alguém da família. À data da morte tinha três filhos e casa perto de Mafra (Alcainça).
Não me foi possível confirmar que uma filha é fisioterapeuta em Faro. O nome Rita Bexiga é muito comum no Algarve.
Tenho ideia de que, como muitos outros da nossa geração, começava a interrogar-se acerca do papel no que se passava, mas era um homem valente e decidido.

Um Ab.
António J. P. Costa

António J. P. Costa disse...

Volto à antena para informar que o António Alberto Rita Bexiga era natural da Bordeira, freguesia de Santa Bárbara de Nexe, concelho de Faro).
Um Ab.
António Costa

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Obrigado, Tó Zé. Já agora, tens aqui mais informação no porta dos nossos camaradas, UTW - Ultramar Terra Web:

http://ultramar.terraweb.biz/Noticia_EnclaveCabinda_08AGO1972.htm

O teu/nosso camarada Rita Bexiga comandava uma companhia "madeirense", CCAÇ 3408, mobilizada pelo BII 19.

O alf mil médico Miguel Barroso Silvério Marques, era de Lisbao, filho do gen Silvino Silvério Marques... Pertencia à CCS/BCac2919... O fur mil cav Silvério Jesus Verdial Caldeira era de Portalegre, era da CCAÇ 3408...

Recordemos a sua memória. LG

António J. P. Costa disse...

Volto mais uma vez para reproduzir um esclarecimento inserido em:

Esclarecimentos que muito se agradecem - mitoseritosmitoseritos.blogs.sapo.pt

De Francisco Bexiga a 25 de Abril de 2015 às 09:33
Bom dia,

Sou filho do falecido Capitão Bexiga, e posso auferir com 99,999999999999% de exactidão a data do falecimento do meu pai, que foi a 8 de agosto de 1972, tinha eu 2 anos e 8 meses.

Tenho o original da certidão de óbito.

Grato pela memória

Francisco

Um Ab.
António J. P. Costa

Tabanca Grande Luís Graça disse...

As datas, precisas, são importantes nestas dolorosas circunstâncias. Fazemos o luto dos nossos mortos, com as nossas lembranças e com o calendário... LG

Antº Rosinha disse...

Cabinda era onde se estava a tornar um dos lugares perigosos em Angola, (nos finalmentes) principalmente perto das fronteiras.

Os ex-Congos Belga e Francês, embora não dessem total apoio aos MPLA e UNITA, o FNLA era mais o Mobutu, exporadicamente aconteciam estes desaires a partir daquelas fronteiras.

Falava-se muito em Angola na morte de um filho do ex-Governador Silvério Marques, (ele tinha um prole grande)ao fim destes anos todos conheço os pormenores e o local.

Nem sabia que era médico.

Fernando Ribeiro disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Fernando Ribeiro disse...

Em Cabinda quase só atuava o MPLA, a partir do Congo-Brazzaville, então chamado República Popular do Congo, atualmente República do Congo. As ações da FNLA em Cabinda eram raras e a UNITA, então, estava totalmente ausente do enclave. Com o passar do tempo, a situação militar em Cabinda foi-se agravando, ainda que a guerra nunca tenha chegado ao litoral. Enquanto os americanos da Gulf Oil extraíam o petróleo sem serem incomodados, na floresta do Maiombe morria-se e ficava-se mutilado. À data do 25 de Abril de 1974, a situação no interior de Cabinda já estava muito feia.