sábado, 20 de junho de 2020

Guiné 61/74 - P21092: (Ex)citações (369): Cherno Baldé por ele mesmo: uma antologia autobiográfica, ao km 60 da picada da vida: "Quando o meu amigo, o Dias, me perguntava 'Ó Chiiico, já limpaste as minhas botas?', eu respondia de imediato: 'Sim senhor, já limpaste' e depois?".


Guiné > Bissau > 2019 > Cherno Abdulai Baldé > Nascido em Fajonquito [, sector de Contuboel, região de Bafatá], c. 1960, fiho de pais fulas, muçulmanos; viu em 1965, em Cambaju, os primeiros homens brancos; aprendeu as primeiras letras, em português, com os militares portugueses; estudou  em Bafatá e depois o liceu em Bissau, licenciou-se na Kiev, Ucrânia em Planificação e Gestão Económica, tendo feito no inícios os anos 90 uma pós-graduação em gestão, em Lisboa, no ISCTE.

Vive em Bissau, onde trabalhou no Ministério das Infraestruturas, Transportes e Comunicações, em Bissau,  foi director do gabinete de estudos e planeamento; atualmente gestor de projetos na empresa MF CAON FED, em Bissau.

É casado desde 1992 com a Geralda Santos Rocha, natural de Bissau, de origem nalu, cristã; o casal tem 4 filhos, todos machos; chega  hoje ao km 60 da picada da vida, passa por isso para o Clube dos SEXA (Suas Excelências); está entre nós há onze anos; tem mais de 200 referências no nosso blogue. 

É nosso colaborador permanente, especialista de questões ernolinguísticas; é autor de uma deliciosa e riquíssima série,  de grande interesse socioantropológico, "Memórias do Chico, menino e menino", de que se publicaram até agora pelo menos 55 postes: estas suas memórias mereciam um bom editor lusófomo; tem poucas fotos da infância, tem em contrapartida uma memória de elefante e uma bolanha de ternura (**)

Foto: Facebook do Cherno Baldé.

Nota do editor LG ao km 50 da picada da vida do Cherno Baldé, em 2010:

(...) Obrigado, Chico, grande 'rafeiro' de Fajonquito, e sobretudo obrigado meu amigo e irmãozinho Cherno. 

Já conquistaste o coração destes 'tugas' que nos idos tempos de 1963/74 tu conheceste e admiravas, com um misto de reverência, terror, curiosidade, simpatia e compaixão... 

Já aqui escreveste páginas admiráveis, e únicas (que nenhum de nós poderia escrever), sobre a inocência em tempo de guerra, sobre a condição dos meninos guineenses dentro e fora do arame farpado, sobre o quotidiano dos soldados portugueses visto pelo desarmante e fascinante olhar infantil, sobre a vida e a morte das crianças numa tabanca fronteiriça militarizada, sobre a atracção e a repulsa da cultura europeia...

Cherno, as tuas crónicas, pela emoção que nos provocaram, pela autenticidade do teu testemunho, pelo fascínio das tuas memórias de infância e pela beleza literária da tua narrativa, já bem merecem um editor português. Não tenho dúvida, não temos dúvidas: és um talentoso escritor de língua portuguesa. 

E o nosso blogue orgulha-se de estares entre nós, como guineense, como homem, como amigo, como lusófono. 

Espero que esta crónica chegue ao conhecimento do Mortágua, onde quer que ele esteja, dos Mortáguas que tu conheceste e que, como dizia a tua avó, não eram mais do que crianças crescidas que a guerra veio roubar às suas famílias e às suas tabancas... (LG) (18 de maio de 2010)
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Cherno Baldé, por ele mesmo 
(seleção do editor LG):


(...) Chamo-me Cherno Abdulai Baldé, nasci por volta de 1959/60. No quartel de Fajonquito chamavam-me Chico (de Francisco) e tinha amigos soldados que, na sua maioria, eram condutores ou mecânicos-auto. Tive as minhas primeiras aulas com oficiais Portugueses, em Cambajú e Fajonquito. (...) (18 de junho de 2009)
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(...) Eu nasci em Farimbali mas fui baptizado, sete dias depois, na nova aldeia [, Luanda]. Deram-me o nome de Cherno Abdulai em honra ao chefe religioso e almane da mesquita de Farimbali, originário de Futa Toro, do Senegal, que conduziu a cerimónia do baptismo.

Cherno não é propriamente um nome mas um título a que se dá aos homens letrados, que orientam a comunidade durante as orações, sobre aspectos da vida social/religiosa e ensinam o Alcorão às crianças. (...) (13 de julho de 2009)
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(...) O meu pai, El-Hadj Aliu Baldé (Tamba), falecido em 1999, com cerca de 80 anos: como bom fula e muçulmano, aceitava e suportava com dignidade o domínio dos brancos (portugueses e franceses), mas sempre desconfiado da sua comida, da sua ciência e das suas reais intenções a longo prazo. (...) (27 de julho de 2019)
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(...) Foi naquela época que, na idade de 4 ou 5 anos, aconteceu a minha primeira visão [, aterradora,]  de uma máquina voadora [, um helicanhão], que terá sido, provavelmente em meados de 1964, precisamente na altura em que estávamos em Samagaia, pouco tempo antes do ataque à zona que nos obrigaria a deixar a aldeia para nos refugiarmos em Cambajú, onde o meu pai já se encontrava a trabalhar alguns anos antes. (...) 

Esta visão ficou para sempre gravada na minha memória. Estranhamente, era também a visão da guerra que se alastrava pouco a pouco e que mudaria o cenário da vida, aparentemente pacífica, que levávamos até aí e mudaria, de forma inesperada, o caminho dos nossos destinos (...) (19 de junho de 2009)
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(...) No ano de 1965, altura em que a guerra para a independência se alastrava rapidamente e aterrorizava as aldeias daquela área e obrigava a uma concentração maior da população em certos locais com algumas garantias de defesa e protecção militar, Contuboel, Saré-Bacar, Cambajú e Fajonquito constituíam as praças-fortes da área. Em Cambajú foi estacionado um destacamento de milícias que assegurava a defesa da localidade e que mais tarde foi reforçado com um destacamento de tropas portuguesas. Pela primeira vez na minha vida ainda jovem, via pessoas de uma raça diferente. Foi um choque tremendo. (...) (2 de junho de 2009)
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(...) [O batismo de fogo em Cambaju, em 1966, às 4 da madrugada:] 


Consternados e indecisos, sem saber como convencer o meu pai a deixar a loja  que, de facto, estava cercado dos três lados,  [, os dois milícias] já estavam a deixar o local quando um deles, instintivamente, perguntou a meu pai:
- O Senhor não tem outra arma melhor que esta mauser? - disse, apontando para a arma que estava nas mãos do meu pai cujo cano estava fumegante e quase vermelho rubro devido ao ritmo acelerado dos tiros da arma de repetição.
- Infelizmente, não, meu irmão, mas tenho granadas que os brancos me deram e as quais não sei usar.
- Muito bem - disse o jovem milícia -, dê-me a sua arma e vai trazer-me essas granadas para limpar o sebo a esses bandidos. (...) (30 de junho de 2009)

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(...) Eu passei boa parte da minha infância entre a tropa que passou por Fajonquito (1968/74) e tive muitos amigos que, na verdade, logo esquecia para me concentrar nos récem-chegados.

Eu era desses raros pequenos rafeiros do quartel impossíveis de controlar e muito menos de afastar. Quando se fechavam os portões do quartel entrava, mesmo assim, por baixo do arame farpado. O dia e a noite faziam pouca diferença. Apanhava porrada de um ou outro quando deambulava pelo quartel, mas,  também, dava alguns trocos com emboscadas e pedradas à noite.

A língua? Isso importava menos. Quando o meu amigo, o Dias, me perguntava "Ó Chiiico,  já limpaste as minhas botas?", eu respondia de imediato "Sim senhor, já limpaste" e depois?"... Nós nos compreendíamos muito bem e isso é que importava.  Foi esta vida de cão de quartel no meio de jovens soldados endiabrados, acossados pela ansiedade do regresso a casa e o medo da morte que me moldou a vida e me preparou para enfrentar o mundo. (...) (18 de junho de 2009)

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(...) Obrigado, Mortágua, salvaste-me a vida! (...) (18 de maio de 2010)
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(...) Um dia a minha avó, que era intrometida e gostava de controlar a vida dos outros, disse a minha mãe:
- Olha, filha, toma cuidado com o Cherno Abdulai, pois ele anda metido há tanto tempo no meio desses descrentes que já cheira a carne de porco.

Era esperta a minha avó que, certamente, teria encontrado um daqueles pedacinhos de chouriço nos meus bolsos. Quando a queria provocar, trazia do quartel, a massa de esparguete. Na opinião dos mais velhos, os esparguetes eram bichos (germes) da raça das minhocas que os brancos secavam e quando as metia dentro da boca todos fechavam os olhos horrorizados e fugiam para não ver a insuportável cena. Por motivos religiosos o meu pai proibia a entrada da sopa dentro da casa. As únicas coisas que admitia eram as latas de sardinha ou a Coca-Cola. (...) (27 de julho de 2009)

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(...) A hierarquia dos tugas, segundo o Camões [, alcunha do Suleimane]: 

O Camões era muito bom observador, e ele ajudou-nos a dar os primeiros passos na vida de rafeiro que era a nossa no quartel. Ele nos ensinou com mestria as técnicas de identificar as ameaças e oportunidades e de fazer frente aos perigos. A lição começava na identificação do perigo latente a partir do simples ambiente do momento, a fisionomia dos soldados ou a sua maneira de andar. Mas, o grande problema é que ele via perigo em quase tudo, o que tornava impossível apreender e aplicar todas as técnicas do seu manual de rafeiro.

Entre os maus e mais perigosos, segundo a tabela de Camões, figuravam: Os soldados altos e esguios, os baixinhos e magros, os cabelos ruivos, os de andar apressado, os olhos de gato, os solitários, os alcoólatras, os melancólicos, os excessivamente asseados e aprumados, os bigodatos, enfim, quase todos. Nesta sua classificação, os bons (melhores) eram sempre os atletas (não muito altos, não muito baixos, não muito magros, nem gordos, sem bigodes ou bigodes curtos, os morenos etc.). Nesse grupo entravam os futebolistas e os vagabundos (inofensivos sem uma característica especifica) que passavam a maior parte do tempo metidos aldeia adentro ou a caçar pássaros na orla da bolanha com um bando de crianças.


Nas especialidades, ele preferia os homens das equipas de apoio ou da logística, como sejam os vagomestres, cozinheiros, condutores, mecânicos, pessoal dos combustíveis, dos correios, das transmissões etc. Aconselhava a todos que o quisessem ouvir, ficar longe dos operacionais ou dos tigres, como ele os chamava.

- Esses são assassinos, fujam deles!... - dizia o Camões, tentando fixar-nos com aquele seu olho esmiuçado. (...) (27 de julho de 2009)
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(...) Desde o primeiro contacto, para mim, o quartel transformou-se irremediavelmente num local atractivo porque era o lugar ideal, quase perfeito, para viver, longe das misérias do mundo. Os homens em geral têm tendência natural para justificar as suas fraquezas. Foi assim que, confrontados com a força conquistadora e dominante dos Portugueses, os nossos velhos encontraram uma forma subtil e engenhosa de explicar a supremacia e também, a sorte dos brancos. Diziam: "A eles, Alá (Deus) deu tudo o que desejavam neste mundo e a nós, pretos, Deus nos reservou o paraíso na eternidade, na condição de sermos pacientes e cumpridores das obrigações contidas nos cinco pilares da religião".

Todavia, não era assim tão simples no espírito de uma criança que tinha fome e muita curiosidade. E mais, a fome podia ser enganada ou controlada mas era mais difícil ocultar a evidência, para lá das barreiras e dos dogmas. (...) (18 de maio de 2010)

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(...) Na altura toda a gente queria ser o Pelé ou o Eusébio, sobretudo este último que estava muito em voga. Mas nem tudo era assim tão simples, os mais fortes é que escolhiam primeiro, se o Sambaro era Eusébio, então tínhamos que contentar com outros nomes menos sonantes, o baixinho Simões, por exemplo, quem conhecia o Simões?..

Para nós tudo o que era afro era melhor, isto enchia-nos de orgulho contrabalançando assim um pouco a superioridade evidente dos brancos que, mesmo sendo nossos amigos não deixavam de ser diferentes de nós. (...)  (5 de agosto de 2009)

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O 'djubi' Cherno Baldé, mais conhecido 
por Chico, Fajonquitio, 1974
(...) Tudo parecia combinar para acelerar as mudanças. Em 1974, aconteceria o improvável. Os portugueses, cansados de ver seus filhos morrer longe da sua terra natal, por uma causa cada vez mais difícil de defender, tinham descoberto uma nova pátria, mais pequena desta vez mas, assim mesmo, a pátria mãe, abandonando a guerra nos territórios do ultramar com o seu calor infernal e seus insuportáveis mosquitos. E numa coluna como nunca dantes visto, levaram consigo todo o equipamento de guerra. Canquelifá… Gabu… Canjufa…Pirada… Canjadude… Piche… Bafatá… Bambadinca… Farim… Guidaje, tudo.(...) (30 de junho de 2010)
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(...) Estamos no ano de 1975, alguns meses após a independência. (...) Não é fácil para mim, sobretudo, ter de voltar à comida de farinha de milho preto. De manhã vou à escola e à tarde cuido do nosso gado na companhia de outros miúdos. As dificuldades são de vária ordem mas, na memória da criança não há lugar para a saudade. (...)

(...) Ė a minha avó que me vem acordar. Todos os dias é a mesma coisa. Ela insiste de que a porta do meu quarto deve estar aberta de manhã cedo, antes da primeira oração do dia, altura em que a sorte nos bate à porta. Apesar de tudo, ela sabe que não pode entrar no meu quarto, pois o estatuto de circunciso me protege. Fica-se à porta a cacarejar. A contra-gosto levanto-me para ir lavar o rosto. Não é por causa dela, é que hoje temos um desafio de futebol contra a equipa de Canhámina. Tento encontrar, na confusão do quarto, a minha escova de dentes.
- Menino, levante-se! Olha que os teus colegas já passaram na estrada e chamam por ti dizendo: Tchernó!... Tchernó…

Era inventiva a minha avó, os alunos em marcha para Canhámina, na verdade, clamavam:
- Um, dois, três!... Um, dois, Três!... A esquerda!... A esquerda!... Quem somos nós?! Somos pioneiros!... Quem somos nós?! Somos pioneiros!... (...) (30 de junho de 2010)

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Para aqueles que não sabem (o que é pouco provável) quero informar que, também, nós, Africanos (Pretos, se quiserem), tivemos a oportunidade de viver em terras da Europa, esta velha Europa, orgulhosa e racista,  mas que também sabe ser, às vezes, acolhedora e bondosa. E também nós tivemos, temos e teremos as nossas experiências não menos dramáticas com as Marias e as Natachas.

Diz um ditado popular que "o mundo é como o rabo de uma pomba" que faz viragens permanentes. Eu nunca utilizarei o termo puta porque penso que o não foram e aí o Jorge é bem explícito. Se todos os homens fossem tão humanos como o são as mulheres (todas as mulheres), o mundo seria mais justo e a vida mais fácil de viver. (...) (20 de julho de 2009)

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(...) Os 77 anos de vida que ele [, o velho Marabu mandiga,] me deu,  ainda estão por se confirmar, mas já constituíram para mim uma importante fonte de confiança na minha longevidade. Todavia, se antes me parecia ser uma boa idade para morrer, com o tempo e a pressão da idade, estou tentado a mudar de opinião e, penso, que o velho Marabu talvez se tenha equivocado, afinal 77 anos é tão pouco tempo para viver.(...)  (21 de julho de 2009)
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(…) As palmas que já bati no passado para os soldados portugueses nas suas paradas de ronco e para o PAIGC durante os seus infindáveis discursos e meetings já chegam, agora quero pensar com a minha cabeça. Tenho mais ou menos 50 anos e nessa idade devo ter medo de quem?... (2 de agosto de 2009)
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Nota do editor:


Último poste da série > 4 de junho de 2020 > Guiné 61/74 – P21039: (Ex)citações (368): A fé na guerra. Tempo de leitura. (José Saúde)

4 comentários:

Abilio Duarte disse...

Os meus sinceros Parabéns.
Devemos-nos ter cruzado, algures , em 69/70, pois a minha CART.2479/Cart.11, andou por Contuboel, Sare Bacar e Fajonquito, e portanto, a minha estadia nas tua zonas de nascença e criança, eram muito presentes.
Para ti e toda a tua família e para todos os soldados ( Que ainda estejam vivos e se os conheces) desta minha Companhia, que eram Fulas, um grande abraço.

E como costumo dizer, aguenta que para o ano há mais.

Abílio Duarte

Anónimo disse...

Caro amigo Cherno

Tenho muito orgulho em ter-te no rol dos meus amigos, porque apesar de toda a vivência dramática sob a pressão de uma guerra sem sentido, conservas uma atitude racional e lúcida, nas tuas análises construtivas. Nós, os antigos combatentes da guerra da Guiné, devemos-te essa tua forma generosa e apaziguadora como nos tratas.

Um grande abraço

Carvalho de Mampatá

António Tavares disse...

Camarigos,

Haverá cerca de 50 anos que interroguei-me:

- Qual o motivo do menino, transportado às costas da mãe, chorar quando me viu nas matas do Leste do Comando Territorial Independente da Guiné?

Não soube nem o saberei. Fiquei com a triste imagem do menino a chorar.

Abraço
António Tavares

Cherno Baldé disse...

Caro amigo Antonio Tavares,

A explicaçao pode ser muito simples: A criança queria uma explicaçao do fenomeno com o qual estava a ser confrontado, pois desde que tinha nascido so conhecia pessoas de uma determinada cor e, de repente, aparecia uma cara com olhos completamente diferentes. Claro que, depois de algum tempo e com a explicaçao (encorajamlento) da mae, as crianças acabam sempre por compreender e se habituar ao fenomeno da diversidade.

E por isso que se diz que o "racismo" é uma construçao social, porque ninguém nasce racista. O entendimento e o comportamento futuro da criança dependera, em muito ou no seu todo, da explicaçao e dos estimulos que receber dos seus pais e pessoas envolventes.

Também eu, lembro-me de ter sido, por varias vezes, confrontado com situaçoes identicas na Europa (sobretudo na ex-URSS) e, conhecedor da situaçao por que passavam, sorria para elas e me afastava para nao piorar a situaçao por que passava o seu estado de alma, enquanto que havia outras situaçoes em que as crianças aceitavam de forma natural estas diferenças e, nesses casos eu sabia que ja tinham ultrapassado o efeito choque da primeira vez.

Um abraço,

Cherno Baldé