Guiné-Bissau > Região do Boé > Foundation Chimbo > Chimpanzés no Boé > Filme 3, por Gerco Niezing > A Fundação agradece o visionamento deste vídeo, "em nome dos chimpanzés do Boé", que são seres pacíficos, amorosos e sociáveis... mas também curiosos e com notáveis capacidades de aprendizagem. É fundamental a sua proteção. São os seres mais próximos de nós, do ponto de vista genético.
( Reproduzido com a devida vénia... Ver mais vídeos aqui)
Os Chimpanzés
Os chimpanzés (Pan troglodytes) são apenas indígenas da África.
Esta espécie possui três subespécies.
Os Pan troglodytes scheinfurthii são nativos da África Oriental e são a espécie que mais foi estudada. A pesquisa inovadora de Jane Goodall envolveu esta subespécie, que vive na África Central.
Os Pan Troglodytes verus vivem na África Ocidental (Guiné, Guiné-Bissau, Gana, Libéria, Senegal e Costa do Marfim). Esta é a subespécie mais ameaçada. [Na Guiné-Bissau, e sobretudo no Cantanhez, é conhecido por “dari”]
Os Chimpanzés do Boé
O Boé é uma região de difícil acesso. Graças ao seu caráter isolado, a natureza permaneceu praticamente intocada. O Boé tem uma população relativamente grande de chimpanzés. Várias outras espécies de mamíferos vivem aqui e estão na lista de espécies ameaçadas de extinção [, incluindo a "onça" ou leopardo-africano] (*)
Crescimento populacional, imigração, desmatação, caça e exploração de carvão ameaçam a área.
Portanto, a Fundação Chimbo está a tentar obter um estatuto de região protegida para esta área.
Graças a uma concessão de uma bolsa de investigação do WWF [World Wide Fund For Nature], Cristina [Ribeiro] Schwarz [Silva], especialista em gestão ambiental na Guiné-Bissau, conduziu um estudo de viabilidade para estabelecer uma região protegida na Guiné-Bissau e para as opções disponíveis para o ecoturismo.
A sua pesquisa em 2006 e 2007 mostrou que o valor da natureza da região é excecionalmente elevado.
Cristina Schwarz estima que a população atual de chimpanzés seja de 700 (em vez de 300, como observado em outros documentos). Ela também fornece uma descrição detalhada da flora e fauna da região.
Esta pesquisa também permitiu melhor os diferentes mamíferos que foram observados pela primeira vez no Bóe.
Fonte: sítio Chimbo.org [Infelizmente, não tem versão em português, língua oficial da Guiné-Bissau; apenas em holandês, inglês e francês]
[Tradução / adaptação da versão inglesa: LG. Com a devida vénia...]
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Nota do editor:
Último poste da série > 16 de junho de 2020 > Guiné 61/74 - P21080: Fauna & flora (13): Leopardo ou onça são sinónimos na Guiné-Bissau... A subespécie "leopardo-africano" tem o nome científico "Panthera pardus pardus" (José Carvalho / Cherno Baldé / Luís Graça)
6 comentários:
Havia uma população estimada de 1 milhão de chimpanzés, a viver em estado selvagem, em 1900... Hoje serão um terço...
Um milhão, em todo o mundo. Aliás, em África. Eles são nativos de África...
Caro amigo Luis Graça,
Para vossa informaçao, o Parque Nacional de Dulombi que inclui Boé e Tché-Tche com mais de 1700 Km2 existe desde 1991, promovido pelo IBAP e parceiros externos. A Guiné-Bissau é um pais "modelo" em termos de esforços de conservaçao da biodiversidades com numerosos parques e areas protegidas, pelo menos em termos teoricos.
Um grande abraço,
Cherno Baldé
Cherno, temos que reconhecer esse esforço do teu país. E fica aqui o meu apreço ao pessoal do IBAP, técnicos e gestores. Já agora, tens alguma opinião sobre o trabalho desta Fundação Chimbo ? E o que é que se está a passar com as atividades extrativas (bauxite, etc.) na região do Boé ?
Para saber mais sobre os chimpanzés, ver aqui um artigo (razoável) na Wikipédia, em português...
https://pt.wikipedia.org/wiki/Chimpanz%C3%A9
A entrada, em inglês, é muito melhor, mais completa e rigorosa:
https://en.wikipedia.org/wiki/Chimpanzee
Caro Luis Graça,
Nunca ouvi falar e nao sei nada da Fundaçao Chimbo, sei que algumas entidades estrangeiras estiveram envolvidas num projecto ligado aos Chimpanzés de Boé e que tinham antenas em algumas localidades como Beli e Lugajol.
Quanto aos recursos naturais ja identificados ha algum tempo para ca, ainda os Grandes Iras do territorio nao autorizaram a sua exploraçao e, eu digo, ainda bem que é assim.
O Bauxite, o mais antigo de todos, ainda nao foi tocado. Depois de varios estudos, os Angolanos foram os primeiros a tentar fazer alguma coisa em concreto em meados de 2010/12, mas esta operaçao que incluia a construçao de um porto no rio grande de Buba, resultou no derrube do Governo do Carlos Gomes Junior em 2012 e expulsao dos militares Angolanos do MISSANG.
Os negocios da exploraçao do fosfato em Farim esta envolvido num grande nevoeiro que ninguém compreende, implicando varias empresas estrangeiras e interesses nacionais que compram e de seguida vendem o negocio a outros mais ousados ou menos atentos.
O Petroleo Off-Shore é uma miragem cada vez mais longinqua e a historia da partilha de recursos com o Senegal esta em aguas de bacalhau.
Num pais tao instavel e fragil como a GBissau com a situaçao geo-politica cada vez mais complicada, o melhor que pode acontecer mesmo é nao aparecer motivos de por mais lenha na fogueira, pois poderia ser catastrofico tentar acordar tantos demonios ao mesmo tempo. As hienas capitalistas nunca dormem e a ganancia dos africanos é proporcional a sua ignorancia. Veja o que esta a acontecer em Moçambique com as recentes descobertas de Gaz no Norte, com centenas de pessoas massacradas em tao pouco tempo.
Um abraço amigo,
Cherno Baldé
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