Lisboa > 2009 > Da esquerda para a direita, o cor inf 'comando' ref Raul Folques e o ten general 'comando' ref Almeida Bruno (os dois primeiros comandantes do Batalhão de Comandos Africanos da Guiné, e ambos Torre e Espada) e o saudoso grã-tabanqueiro Amadu Djaló (Bafatá, 1940 - Lisboa, 2015).
Foto (e legenda): © Virgínio Briote (2015). Todos os direitos reservados.[Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]
João Almeida Bruno (19935-2022)
1. Mensagem do nosso amigo e camarada Mário Vitorino Gaspar:
Data - 11 ago 2022 9h18
Assunto - Morreu o general Almeida Bruno, capitão de Abril
Caras Amigas e Caros Amigos
Estive mais uma vez hospitalizado no Hospital das Forças Armadas (HFAR), e tive a companhia, na mesma Enfermaria, do General Almeida Bruno.
Tive Alta a 8 de agosto e o Capitão de abril faleceu a 10.
Paz à sua alma (*)…
Mário Vitorino Gaspar
Data - 11 ago 2022 9h18
Assunto - Morreu o general Almeida Bruno, capitão de Abril
Caras Amigas e Caros Amigos
Estive mais uma vez hospitalizado no Hospital das Forças Armadas (HFAR), e tive a companhia, na mesma Enfermaria, do General Almeida Bruno.
Tive Alta a 8 de agosto e o Capitão de abril faleceu a 10.
Paz à sua alma (*)…
Mário Vitorino Gaspar
2. Presidente da República evoca General Almeida Bruno
10 de agosto de 2022
O Presidente da República evoca, com respeito, admiração e amizade, o General João de Almeida Bruno, apresentando as suas condolências à Família e ao Exército Português, que serviu com independência, sentido de missão e devoção integral.
O Presidente da República evoca, com respeito, admiração e amizade, o General João de Almeida Bruno, apresentando as suas condolências à Família e ao Exército Português, que serviu com independência, sentido de missão e devoção integral.
3. Recorte do Diário de Notícia, de 10 ago 2022, às 18h42 (com a devida vénia):
(...) Morreu esta quarta-feira o general João de Almeida Bruno, aos 87 anos, no Hospital das Forças Armadas.
Um dos mais condecorados oficiais da Guerra Colonial, participou no Golpe das Caldas, em que se tentou acabar com a Ditadura que vigorava em Portugal, um mês antes da revolução do 25 de abril de 1974. Nessa altura, foi alvo de uma tentativa de homicídio por parte da PIDE.
Almeida Bruno incorporou o Exército em 1952 e serviu as Forças Armadas ao longo de mais de quatro décadas, tendo estado na Guiné-Bissau e em Angola durante a Guerra Colonial e integrado o curso de oficiais da Academia Militar em 1953, ao lado de Loureiro dos Santos, Gabriel Espírito Santo, Ernesto Melo Antunes e Ramalho Eanes.
Após o 25 de abril, o general assumiu o cargo de diretor da Academia Militar. Entre 1994 e 1998, antes de passar à reforma, foi presidente Supremo Tribunal Militar.
Ao longo da carreira foi distinguido com a Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito, com as medalhas de Valor Militar e da Cruz de Guerra, e com a Ordem Militar de Avis, entre outras condecorações. (...)
O comandante da mítica Op Amestista Real
4. Na sua página do Facebook, escreveu hoje, às 8h53, o Carlos Matos Gomes (ambos participaram na mítica Op Amestista Real, de que o major Bruno Almeida era o comandante, à frente dos seus bravos Comandos da Guiné):
Acima de tudo a tristeza de ver partir um amigo, mas depois a de ver partir um ser excecional de generosidade, de coragem e de afetos, Ficarei com a memória de momentos muito difíceis partilhados e da sua atenção para com os amigos.
As Forças Armadas perdem um dos seus melhores. A democracia e a nova posição de Portugal no mundo após o 25 de Abril devem-lhe muito (mais do que é comum ser dito). Um dia será reconhecido.
Não convivi com o gen (capitão no meu tempo, 1969/71) Almeida Bruno. Era então ajudante de campo do gen Spínola (que, entre as várias alcunhas que tinha, também era conhecido como o "Aponta, Bruno").
Para além das anedotas e dos "faits-divers" (e dos pequenos "desaguisados", das "frases menos felizes", etc.) ficam os homens, os portugueses que honraram Portugal, seja nas armas seja nas artes, nas letras, na ciência, no desporto, na política, etc... O Almeida Bruno já lá estará no "céu dos guerreiros" e no "cantinho dos portugueses"...
Que a família, os amigos do peito e os camaradas mais próximos saibam suportar a dor da sua perda. A Tabanca Grande, que representa o blogue dos amigos e camaradas da Guiné, apresenta condolências à família e aos camaradas que com ele combateram ou privaram de mais perto.
No falecimento do general Almeida Bruno.
Acima de tudo a tristeza de ver partir um amigo, mas depois a de ver partir um ser excecional de generosidade, de coragem e de afetos, Ficarei com a memória de momentos muito difíceis partilhados e da sua atenção para com os amigos.
As Forças Armadas perdem um dos seus melhores. A democracia e a nova posição de Portugal no mundo após o 25 de Abril devem-lhe muito (mais do que é comum ser dito). Um dia será reconhecido.
Eu perco uma voz e uma presença com quem cada momento era de cumplicidade e de respeito.
Até sempre, comandante. Encontramo-nos em Cumbamory, em Madina, no Estoril, na Amadora, em Caxias, em Brá, no Jóquei, na Colina. Uma bela coincidência, esta, a do nome do último restaurante onde nos encontrávamos.
5. Comentário do editor LG:
Para além das anedotas e dos "faits-divers" (e dos pequenos "desaguisados", das "frases menos felizes", etc.) ficam os homens, os portugueses que honraram Portugal, seja nas armas seja nas artes, nas letras, na ciência, no desporto, na política, etc... O Almeida Bruno já lá estará no "céu dos guerreiros" e no "cantinho dos portugueses"...
Que a família, os amigos do peito e os camaradas mais próximos saibam suportar a dor da sua perda. A Tabanca Grande, que representa o blogue dos amigos e camaradas da Guiné, apresenta condolências à família e aos camaradas que com ele combateram ou privaram de mais perto.
31 comentários:
O cerco aperta-se... Morrem os generais, que são poucos, depois dos ajudantes de cmapo dos generais que são outros tantos e por aí fora... até chegar a "mortandade" aos soldados, que são a grande maioria das tropas... E muitos já se foram, sem nunca terem chegado aos 87 anos de idade...
Não convivi com o gen (capitão no meu tempo, 1969/71) Almeida Bruno. Era então ajudante de campo do gen Spínola (que, entre as várias alcumnhas que tinha, também era conhecido como o "Aponta, Bruno").
Para além das anedotas e os "faits-divers" (e dos pequenos "desaguisados"...) ficam os homens, os portugueses que honraram Portugal... O Almeida Bruno já lá estará no "céu dos guerreiros" e no "cantinho dos portugueses"...
Que a família, os amigos do peito e os camaradas mais próximos saibam suportar a dor da sua perda. Honremos a sua memória. LG
Diz o Amilcar Mendez no Facebook da Tabanca Grande, e tem razão:
Tou farto de corrigir , o então Major Cmd Ameida Bruno , foi Cmdt do Bat Cmds da Guiné, após a sua criação em 72( e a extinção do Bat Cmds Afri.) . A minha Cia ( 38ªCCmds) esteve sob as suas ordens , e eu não sou Africano.
Já le pedi desculpa e tomei boa nota... Vou ver se para a próxima não me engano... LG
___________
Batalhão de Comandos da Guiné
Identificação BCmds
Crndt: Maj Cav Cmd João de Almeida Bruno
Maj Inf Cmd Raul Miguel Socorro Folgues
Maj Inf Cmd Florindo Eugénio Batista Morais
2.0 Crndt: Cap Inf Cmd Raul Miguel Socorro Folgues
Cap Inf Cmd João Batista Serra
Cap Cav Cmd Carlos Manuel Serpa de Matos Gomes
Cap Art Cmd José Castelo Glória Alves
Início: 02Nov72
Extinção: 07Set74
Síntese da Actividade Operacional
A unidade foi criada, a título provisório, em 02Nov72, a fim de integrar as subunidades de Comandos da Metrópole em actuação na Guiné e também as CCmds Africanas, passando a superintender no seu emprego operacional e no seu apoio administrativo e logístico.
Em O]Abr73, o BCmds foi criado a título definitivo, tendo a sua organização sido aprovada por despacho de 21Fev73 do ministro do Exército.
Desenvolveu intensa actividade operacional, efectuando diversas operações independentes em áreas de intervenção do Comando-Chefe ou em coordenação com os batalhões dos diferentes sectores onde as suas forças foram utilizadas, nomeadamente nas regiões de Cantanhez (operação "Falcão Dourado", de 15 a 19Jan73, e operação "Kangurú Indisposto", de 21 a 23 Mar73); de Morés (operação "Topázio Cantante", de 25 a 27Jan73); de Changalana-Sara (operação "Esmeralda Negra", de 13 a j 6Fev73); de Morés e Cubonge (operação "Empresa
Titânica'', de 27Fev73 a 0IMar73); de Samoge-Guidage (operação "Ametista Real", em 20 e 2IMai73); de Caboiana (operação "Malaquite Utópica", de 21 a 22 Jul73 e operação "Gema Opalina", de 24 a 27Set73); de Choquernone (operação "Milho Verde/2", de 14 a 17Fev74); de Biambifoi (operação "Seara Encantada", de 22 a 26Fev74) e de Canguelifá (operação "Neve Gelada", de 21 a 23Mar74), entre outras. As suas subunidades, em especial as metropolitanas,
foram ainda atribuídas em reforço de outros batalhões, por períodos variáveis, para intervenção em operações específicas ou reforço continuado do respectivo sector.
Das operações efectuadas, refere-se especialmente a operação "Ametista
Real", efectuada de 17 a 20Mai73, em que, tendo sofrido 14 mortos e 25 feridos
graves, provocou ao inimigo 67 mortos e muitos feridos, destruindo ainda 2
metralhadoras antiaéreas e 22 depósitos de armamento e munições com 300
espingardas, 112 pistolas-metralhadoras, 100 metralhadores ligeiras, 11 morteiros,
14 canhões sem recuo, 588 lança-granadas foguete, 21 rampas de foguetão
122, 1785 munições de armas pesadas, 53 foguetões de 122,905 minas e 50.000
munições de armas ligeiras.
Destacou-se também, pela oportunidade da intervenção e captura de 3 morteiros 120,367 granadas de morteiro, 1 lança granadas foguete e 2 espingardas e 26 mortos causados ao inimigo, a acção sobre a base de fogos que atacava Canquelifá, em 21Mar74.
Em 20Ag074, as três subunidades de pessoal africano foram desarmadas, tendo passado os seus efectivos à disponibilidade.
Em 07Set74, o batalhão foi desactivado e exinto.
Observações - Não tem História da Unidade.
Fonte: Excertos de: Portugal. Estado Maior do Exército. Comissão para o Estudo das Campanhas de África, 1961-1974 [CECA] - Resenha Histórico-Militar das Campanhas de África (1961-1974). 7º volume: fichas das unidades. Tomo II: Guiné. Lisboa: 2002, pp. 646/647.
Conheci o Cap. Almeida Bruno, em Contuboel, quando ajudante de campo de Spínola.
Nesse dia, trocámos um olhar de calma quando do célebre caso do tiro certeiro de morteiro do Umaru Baldé que a granada "demorou" a cair.
Passados anos cruzamo-nos no Estádio da Luz, e como que de espanto olhamo-nos uns segundos e só depois eu lhe disse 'sr. general por aqui?' e ele respondeu 'você teve na Guiné?'. E durante uns minutos ainda falámos do caso do tiro de morteiro. Sim, sim, pois a granada subiu muito, disse ele, e seguimos para ir ver jogar o Glorioso SLB.
Sentidos pêsames
Valdemar Queiroz
Por quatro vezes fiz continência e apertei a mão ao Capitão Almeida Bruno, então braço direito do comandante Spinola,em deslocações que fiz em Bissau (1969-1970). Dois Homens com H grande que ficarão para sempre na minha memória.
Tive ensejo de conhecer (razoavelmente bem), o nosso gen. 'cmd' João de Almeida Bruno.
Duas notas:
1.- Mário Vitorino Gaspar qualifica o recém-finado como "capitão de Abril"; é. apenas, uma opinião e nada mais, conquanto Almeida Bruno nunca foi capitão-de-abril;
2.- O DN presta mau serviço ao colocar em parangona uma elaborada quanto refinada aldrabice, porquanto o recém-finado NÃO "participou no Golpe das Caldas", tal como JAMAIS a DGS planeou qq "tentativa de homicídio" na pessoa de Almeida Bruno, sem esquecer a deletéria adjectivação "colonial" da Guerra de Ultramar tal como a conversa-fiada sobre "a Ditadura que vigorava em Portugal".
--
Descanse em Paz, Senhor General.
Conheci o Gen Almeida Bruno como capitão quando acompanhava o Gen Spínola nas suas deslocações pelo mato. Mais tarde, já Major, O Gen Almeida Bruno passou uns dias Mansabá enquanto durou a Operação Safira Solitária levada a cabo no Morés, em Dezembro de 1971, pelos Comandos Africanos.
A propósito, na História da CART 2732 pode ler-se:
DEZ1971 - A população de Mansabá mostra-se receosa e um pouco fria para com as NT devido a terem medo de represália por parte do IN em face dos resultados da Operação SAFIRA SOLITÁRIA e principalmente por reconhecerem a existência de poucos efectivos militares em MANSABÁ.
Carlos Vinhal
Leça da Palmeira
Conheci pessoalmente o General Almeida Bruno há uma boa dúzia de anos, em Portel,hospedamos-nos no mesmo hotel e participamos na mesma caçada à perdiz alentejana.
O General Almeida Bruno tem lugar cativo na nossa História. Corria o ano de 1972 e o então capitão e um dos "rapazes da Guiné" foi um zigoto da geração do MFA e do 25A74, na ligação entre o General Spínola, Marcelo Caetano e Sá Carneiro, este como representante da Ala Liberal, pela sua candidatura a PR, em vez do Almirante Américo Tomás.
Descansa em paz, camarada da Guiné.
Pêsames À Família
Nunca passaria pela cabeça do recém-finado Gen. Almeida Bruno ser recordado/procurado por textos, declarações e entrevistas suas, como por exemplo na as suas declarações na capa da
"Revista dos Combatentes", nº. 10-Julho-Agosto 2006:
Almeida Bruno
"Não tenho vergonha de dizer que Portugal
foi um Império Colonial".
Mas ele também disse mais qualquer coisa em relação à ditadura salazarista.
Valdemar Queiroz
Fake news / notícia falsa sobre o CV militar do gen Almeida Bruno ?
Título de caixa alta do Expresso desta semana
Morreu o general Almeida Bruno. Ministério da Defesa e Presidente da República já enviaram condolências à família do militar que a PIDE tentou matar em 1974
(...) Morreu esta quarta feira o general João de Almeida Bruno, aos 87 anos, O Presidente da República e a ministra da Defesa já enviaram as condolências a este militar que foi condecorado por bravura na Guerra Colonial e que a PIDE tentou matar antes do 25 de Abril. (...)
Morreu esta quarta feira o general João de Almeida Bruno, aos 87 anos, O Presidente da República e a ministra da Defesa já enviaram as condolências a este militar que foi condecorado por bravura na Guerra Colonial e que a PIDE tentou matar antes do 25 de Abril.
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Fecha em: 14s
"O Presidente da República evoca, com respeito, admiração e amizade, o General João de Almeida Bruno, apresentando as suas condolências à família e ao Exército Português, que serviu com independência, sentido de missão e devoção integral", divulgou Marcelo no site da Presidência.
Também a ministra deu a conhecer, por comunicado, que enviou as suas condolências à família do general, que faleceu no Hospital das Forças Armadas.
(...) Incorporado no Exército em 1952, Almeida Bruno serviu as Forças Armadas e o País ao longo de mais de quatro décadas, num percurso que culminou como Presidente do Supremo Tribunal Militar, entre 1994 e 1998, momento da sua passagem à situação de reforma", lembra o comunicado do Ministério da Defesa. E também recordar que "ao longo da sua carreira foi distinguido com a Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito, com as medalhas de Valor Militar e da Cruz de Guerra, e com a Ordem Militar de Avis, entre outras condecorações".
Nascido em Lisboa, João Almeida Bruno fez parte de um grupo de cadetes que incluia nomes como Ramalho Eanes, Melo Antunes, Loureiro dos Santos e Gabriel Espírito Santo. Foi mobilizado para Angola logo no início da Guerra Colonial, em 1961. Passos sete anos estava na Guiné, onde foi Chefe do Centro de Operações Especiais do Comando-Chefe e, mais tarde, dirigiu o Batalhão de Comandos, criado em 1972.
Considerado um spinolista, como muitos dos militares que passaram pela Guiné e por lá se cruzaram com o general, Almeida Bruno esteve envolvido no Golpe das Caldas, a 16 de março de 1974. Foi nessa altura, depois do golpe falhado, que a PIDE o tentou matar. A polícia política tinha ordem para o prender e para atirar a matar caso resistisse. Almeida Bruno, por mera acaso, como conta Silva Carvalho neste documentário da RTP, não foi a casa, pelo que a PIDE acabou por prender um familiar seu, também militar. (...)
https://expresso.pt/politica/2022-08-10-Morreu-o-general-Almeida-Bruno-7f984b0a
Público,
https://www.publico.pt/2022/08/10/politica/noticia/morreu-general-almeida-bruno-exmilitar-abril-2016775
ÓBITO
Morreu o general Almeida Bruno, militar de Abril
Liliana Borges
10 de Agosto de 2022, 17:32 actualizado a 10 de Agosto de 2022, 19:39
(...) O general, que foi também director e comandante da Academia Militar, tinha 87 anos. O velório realiza-se esta quinta-feira, 11 de Agosto, a partir das 15h, na Capela da Academia Militar, em Lisboa. O funeral será no dia seguinte no cemitério do Alto de São João, em Lisboa, a partir das 15h. (...)
Use as ferramentas de partilha que encontra na página de artigo.
Todos os conteúdos do PÚBLICO são protegidos por Direitos de Autor ao abrigo da legislação portuguesa, conforme os Termos e Condições.Os assinantes do jornal PÚBLICO têm direito a oferecer até 6 artigos exclusivos por mês a amigos ou familiares, usando a opção “Oferecer artigo” no topo da página. Apoie o jornalismo de qualidade do PÚBLICO.
https://www.publico.pt/2022/08/10/politica/noticia/morreu-general-almeida-bruno-exmilitar-abril-2016775
(...) Ao PÚBLICO, José Manuel Barroso, ex-jornalista e também membro do Movimento das Forças Armadas (MFA) e capitão miliciano e assessor de comunicação do general Spínola na Guiné recorda Almeida Bruno como “um homem corajoso”. “Era grande militar e grande guerreiro” e somou “momentos importantes”. (...)
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(...) “Fez parte do grupo de militares, uns mais à esquerda, outros mais à direita, que apoiavam [o general António de] Spínola. Foi um homem da confiança militar e política do general, no período em que Spínola achava que tinha de haver uma solução política [para a guerra colonial]. Mas não era acrítico”, conta José Manuel Barroso. “Ouvi o Bruno a dizer que isto só lá ia à pancada e que se tinha de fazer alguma coisa [para derrubar a ditadura]. Fiquei muito espantado”, recorda. “Era um homem da confiança pessoal de Spínola, quase afectiva, quase como um filho. Por isso é que foi nomeado para o Conselho de Estado.”
Almeida Bruno “esteve em todas”, diz. “Quando Mário Soares foi eleito Presidente da República e compôs a sua Casa Militar, quem preencheu os lugares foram spinolistas de um modo geral”. E “foi pelo reconhecimento dos serviços prestados ao país que Almeida Bruno foi nomeado presidente do Supremo Tribunal”. (...)
Fake news / notícias falsas ?... Há que recorrer ao contraditório... O nosso blogue preza muio a verdade fáctica... Mas não somos jornalistas nem historiadores... nem temos nenhuma agenda polítcia... Partilahmos memórias (e afectos).
RTP Arquivos > Tentativa de assassinato de Almeida Bruno
1994-04-11 00:11:40
Portugal, evocação da tentativa de assassinato do major Almeida Bruno pela PIDE-DGS, quando da revolta das Caldas da Rainha em março de 1974.
Nome do Programa: TELEJORNAL
Nome da série: TELEJORNAL
Locais: Portugal
Personalidades:
Almeida Bruno, Humberto Delgado, Silva Carvalho, Miguel José da Cunha, Octávio Pato, Alberto Ferreira, Pedro de Pezarat Correia
Canal: RTP 1
Menções de responsabilidade: Jornalista: Cândido de Azevedo
Tipo de conteúdo: Notícia
Cor: Misto
Som: Mono
Relação do aspeto: 4:3 PAL
Resumo analítico: Declarações de Juiz do processo espanhol de Humberto Delgado; imagens de arquivo do general Humberto Delgado e de tropas militares; declarações de Silva Carvalho, tenente-coronel na Reserva; parada militar e de membros do regime de Salazar e Marcelo Caetano; arquivo e processo sda PIDE; prisão; oficiais da GNR; vivo do jornalista Cândido de Azevedo; declarações de Miguel José da Cunha, último diretor da Pide; imagens de arquivo de libertação de presos em 26-4-1974; declarações de Octávio Pato, do PCP; declarações de Alberto Ferreira, Major na Reforma - MFA; interior da PIDE; declarações de Pezarat Correia, Brigadeiro na reserva; exterior do Arquivo Nacional da Torre do Tombo.
uhttps://arquivos.rtp.pt/conteudos/tentativa-de-assassinato-de-almeida-bruno/re ec
Caros companheiros:
Não li os comentários, mas vi a noticia, tive o prazer de estar a almoçar na messe de oficiais, com o Sr. Capitão Almeida Bruno, e o Sr. General António de Spínola, mais conhecido por caco Balde e outros nomes.
Como não gosto de ficar calado, era escusado 'Colar' o nome do nosso malogrado General, aos Capitães de Abril!
É a minha opinião, mesmo que controversa, ficava melhor realçar as suas qualidades enquanto um 'guerreiro' e não o restante.
Á familia enlutada os meus sentidos pêsames, é hora de Honrar os mortos e Saudar os vivos.
Nunca gostei destas coisas de 'colagens'!!!!!!!!!
Nem sei a quem interessa isto?
Virgilio Teixeira
Caros companheiros:
Não li os comentários, mas vi a noticia, tive o prazer de estar a almoçar na messe de oficiais, com o Sr. Capitão Almeida Bruno, e o Sr. General António de Spínola, mais conhecido por caco Balde e outros nomes.
Como não gosto de ficar calado, era escusado 'Colar' o nome do nosso malogrado General, aos Capitães de Abril!
É a minha opinião, mesmo que controversa, ficava melhor realçar as suas qualidades enquanto um 'guerreiro' e não o restante.
Á familia enlutada os meus sentidos pêsames, é hora de Honrar os mortos e Saudar os vivos.
Nunca gostei destas coisas de 'colagens'!!!!!!!!!
Nem sei a quem interessa isto?
Virgilio Teixeira
O link do Luís para os arquivos da RTP - Tentativa de assassinato de Almeida Bruno está gralhado. É este, para quem estiver interessado:https://arquivos.rtp.pt/conteudos/tentativa-de-assassinato-de-almeida-bruno/
Carlos Vinhal
Coeditor
Mas que coisa, e então com este calor ainda pior.
Será assim tão desprestigiante dizer que o recém-finado Almeida Bruno foi 'capitão de Abril ou 'homem de Abril'?
Será que ele se incomodava com isso, ou sequer da Revolução. Tá bem que esteve no lado spinolista, mas depressa se demarcou das aventuras golpistas.
Todas as declarações públicas, que existem publicadas em entrevistas na TV, rádio, jornais e revistas, são esclarecedoras do seu posicionamento. Ele fez parte das conversações com o PAIGC, em Londres, conjuntamente com Leopold Senghor e Mário Soares.
Não nos venham agora com o ele disse-me em segredo que tal e coisa, coisa e tal, apenas para mais um "exaltante exemplo de militar exemplar", e dar a ideia, por ele não ter sido figura emblemática do 25 de Abril.
Agora, pela lei da vida, vão morrendo os militares conhecidos com intervenção ou não na Revolução do 25 de Abril, e vamos assistir ao "desfile" dos elogios do contra ou a favor. Contra ou a favor de quê??
Gen. Almeida Bruno esteve connosco na guerra da Guiné, foi um grande militar profissional com condecorações bem patentes naquela fotografia aqui apresentada, mas aquele corte de cabelo, não sei não, é bem à militar do 25 de Abril.
E até foi ele que nomeou o Otelo para comandar o COPCON.
Valdemar Queiroz
Factos:
1.- João de Almeida Bruno, NUNCA "fez parte das conversações com o PAIGC, em Londres, conjuntamente com Leopold Senghor e Mário Soares" (cujos, ambos, não estiveram "em conversações" "em Londres";
2.- João de Almeida Bruno, NÃO "foi ele que nomeou o Otelo para comandar o COPCON".
Ouvindo a ópera 'O Homem da Verdade', de Serguei Prokofiev
mudei para outra música
"O Observador" de 10-08-2022
e a seguir mais música
Enttrevista Slid Share de 30-01-2012
com Manuel Lucena, José Manuel Barroso e Almeida Bruno
depois continuei a ouvir Prokofiev.
Valdemar Qeitroz
Amigos!
Confirma-se que afinal mais de 50% das declarações dos nossos comentadores, são mais que inventadas, distorcidas, erradas, mas já me tinha apercebido disto há muito tempo.
Quando aparece aqui qualquer 'personalidade importante', seja como vivo ou como Falecido, logo a esquerda radical quer chamar essa personalidade para o seu campo de jogo.
É triste, e por isso tanta gente nem comenta nada, porque não se revê neste oportunismo, por vezes bacoco, e mais ou menos dos mesmos personagens comentaristas, com um laivo de intelectualismo.
O Senhor General Almeida Bruno, merece estar em paz, e deixem de tanto falar, sem nada dizer.
E que passe rápido este indesejável mês de Agosto.
O que me recorda de bom e de mal, é mesmo o 10 de Agosto.
Nesse dia de 1967, recebo em Chaves a Guia de Marcha para Santa Margarida, para me juntar ao Batalhão já a fazer o IAO.
No mesmo dia de 1969, chego a Lisboa a bordo do UIGE.
Balanço, nem mau, nem bom.
Vamos trabalhar, porque senão 'a comidinha não chega à mesa'.
Eu assim vou contando os dias que faltam para chegar o Setembro.
Virgilio Teixeira
Rectifico:
- Almeida Bruno integrou, de facto, em 25-28Mai74, a delegação portuguesa que se deslocou a Londres para conversações com o PAIGC; no entanto, Senghor nunca se deslocou a Londres para efeito de quaisquer negociações.
Confirmo:
- O COpCon foi institucionalizado em 30Jun74, "sob proposta do presidente da JSN e CEMGFA general Costa Gomes sancionada pelo PR provisório general Spínola", ficando sediado no Forte do Alto do Duque e para o efeito indigitado o major Otelo Saraiva de Carvalho graduado em brigadeiro "nas funções de comandante da RML e de adjunto do COpCon, ficando directamente subordinado ao presidente da JSN e CEMGFA"; Almeida Bruno não foi havido nem achado para a escolha de Otelo no COpCon, porquanto "foi uma escolha mais ou menos consensual, generalizada mesmo, por parte dos elementos da Comissão Coordenadora [CC/MFA] e dos oficiais que estiveram com ele na Pontinha, no posto de comando das operações do 25 de Abril" (cfr Costa Gomes).
Rectifico
- Enttrevista Slid Share de 30-01-2012
com Manuel Lucena, José Manuel Barroso e Almeida Bruno
General Almeida Bruno:
Porque eu e o Manuel Monge dissemos ao Presidente da República (Spínola) que o comandante do COPCON tinha que ser o Otelo
General Almeida Bruno:
Fui eu e o Manel, eu e o Manel é que dissemos ao Spínola, "Meu General, tem de ser o Otelo.
O Otelo é a figura do 25 de Abril, é o homem do Comando Operacional.
Valdemar Queiroz
Conversa de Almeida Bruno, ocorrida na Arrábida em 01Ago97.
Desmentida por Costa Gomes, entrevista publicada em Set98.
https://novoadamastor.blogspot.com/2022/08/a-morte-do-general-almeida-bruno-e.html
Miguel Almeida Bruno (by enail)
22 ago 2023 11:58
Meus caros,
No seguimento de um e-mail enviado o senhor Luís graça há dias atrás (sem resposta) coloquei um comentário a este post sobre a morte do meu pai.
https://blogueforanadaevaotres.blogspot.com/2022/08/guine-6174-p23515-in-memoriam-446-gen.html?showComment=1692663175072
Por lapso enganei-me no nome da senhora (nome verdadeiro Filomena Dacosta e não Dasilva como tinha escrito inicialmente). Dessa feita apaguei o meu comentário e voltei a colocar já com a devida emenda mas que agora não aparece (colo abaixo o meu comentário).
"Boa noite,
Estou estupefacto com o comentário desta senhora Filomena (DaCosta) que nunca foi casada com o meu Pai! Acho além de tudo, uma falta de respeito para com a memoria dele.
Sei que ela viveu em Macau e que desde há já vários anos vive na Austrália mais precisamente em Melbourne e que pelos visto deve sofrer de algum distúrbio do foro psíquico.
Não me quero alongar mais mas não ficaria de memoria tranquila se não o fizesse.
Obrigado!
Miguel Almeida Bruno".
Muito bem!
Miguel, lamento, em meu nome e dos demis editpores, esta tentativa de usurpação da memória e do bom nome do seu pai, nosso camarada no CTIG. O comentário em questão já foi eliminado. Havia uma segundo, que também foi removido por nõs.
Não tenho maneira de bloquear, no blogue, a dita senhora (que, de facto, não nos merece qualquer crédito, a avaliar pela sua página no Facebook) a não ser no facebook... Posso sempre remover os seus comentários, mas "a posteriori"
Por outro lado, ela não é "amiga" da nossa página no Facebook, Tabanca Grande Luís Graça. Aqui, sim, poderia eliminar o seu nome. Estarei atento de modo a não adnmiti-la no nosso seio.
Mantenho, provisoriamenmte, o seu comentário, até ordens em contrário. (Sendo um "comentário anónimo", embora inserido em seu nome, só os editores podem agora eliminá-lo.)
A Net está, infelizmente, cheia destas "minas & armadilhas", não menos "mortíferas" do que aquelas que o seu pai e nós conhecemos no teatro de operações da Guiné. Estas de agora podem não matar, fisicamente falando, mas são, muitas vezes, verdadeiras "assassinas de carácter".
Por uma Net segura, amigãvel e não-tóxica... Um alfabravo (ABraço). Luís Graça.
Boas noites ca de Melbourne.
Posso provar tudo e sem precisar de problemas.
Sou a viuva do General Joao de Almeida Bruno.
Escrevi acerca e pro meu marido.
Miguel de Almeida Bruno e os restantes nao teem nada que haver comigo.
A viuva
Filomena de ALMEIDA BRUNO.
Do meu lado tudo esta bem.
Por favor me envie todos os comentarios a almeidabruno.filomenamaria@yahoo.com
Muito agradecida.
Exmª Srª Dª Filomena Almeida, ,
Informo que conheci o Senhor João de Almeida Bruno, o qual fazia o favor de me retribuir estima e amizade.
Reportando-me, agora, a um 'quid pro quo', neste blog, Luís Graça & Camaradas da Guiné, iniciado pelo Miguel Almeida Bruno, pessoa cujo sequer alguma ocasião contactei directa e/ou indirectamente:
Fiquei/ficámos sabedores da existência de algo aparentemente menos correcto entre o Miguel (um de cinco descendentes do finado), e a Srª Filomena, assunto em bom rigor completamente lateral ao âmbito, público, deste blog.
Ademais, nem se apresenta em internet/redes sociais com uma qq "foto de perfil", sequer teve/tem algum registo no Facebook/Media com o nome "Filomena de Almeida Bruno" ou similar(es).
Alega ser viúva - em 2ªs núpcias -, de João de Almeida Bruno (30Jul1935-10Ago2022).
Queira por obséquio dignar-nos prestar-se a descrever, concisamente, o seguinte:
- a sua datação (dia-mês-ano) de nascimento e local de naturalidade;
- o seu nome completo de registo de nascimento e respectivas adendas existentes em assento(s) de cartório notarial;
- qual a datação (dia-mês-ano) do seu casamento civil/religioso com João de Almeida Bruno e respectivo local.
Cumprimenta, o
João Carlos Abreu dos Santos
(CC.1085961)
Meu caro João Carlos Abreu dos Santos,
Antes de mais não queria deixar de agradecer a sua pronta intervenção.
Sem me querer alongar até porque (e principalmente por isso) este tipo de assuntos não são de todo o propósito deste blog, informar que já enviei um email a esta senhora a pedir as tais provas que ela diz ter.
Como referi antes acho o assunto surreal e por isso não dou credito algum a tudo o que esta senhora possa dizer mas já que diz ter provas... venham elas!
Mais uma vez os meus agradecimentos e desculpas à sua pronta intervenção e a todos aqueles que têm que levar com este episódio no mínimo surreal.
Um abraço,
Miguel Almeida Bruno
Caro Miguel, devo agradecer-lhe a elegante resposta que me dirigiu e que vai ao par do meu entendimento sobre o não-assunto que aqui a sobredita senhora enviesadamente trouxe à colação, sendo que, muito provavelmente, não irá conceder-me/nos quaisquer mínimas concretizações ao que lhe, em boa fé, solicitei.
Receba um abraço amigo, do João Carlos.
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