terça-feira, 12 de setembro de 2023

Guiné 61/74 - P24643: Álbum fotográfico do António Alves da Cruz, ex-fur mil at inf, 1ª C/BCAÇ 4513/72 (Buba, 1973/74) (6): Instalaçóes do quartel de Buba

  


Foto nº 1 > Guiné > Regiã
o de Tombali > Buba > 1ª CCAÇ / BCAÇ 4513 (1973/74) > Capela (1)




Foto nº 2 > Guiné > 
Regiã de Quínara >  Buba > 1ª CCAÇ / BCAÇ 4513 (1973/74) > Capela (2)


Foto nº 3 > Guiné > Regiã de Quínara > Buba > 1ª CCAÇ / BCAÇ 4513 (1973/74) > Bar de oficiais


Foto nº 4 > Guiné > 
Regiã de Quínara >Buba > 1ª CCAÇ / BCAÇ 4513 (1973/74) > À esquerda,  a secretaria e centro cripto;  à direita,  a cantina;  ao centro,  o depósito de água



Foto nº 5 > Guiné > Regiã de Quínara > Buba > 1ª CCAÇ / BCAÇ 4513 (1973/74) > Mastro da bandeira nacional



Foto nº 6 > Guiné > 
Regiã de Quínara >> Buba > 1ª CCAÇ / BCAÇ 4513 (1973/74) > Posto de transmissões



Foto nº 7 > Guiné > 
Regiã de Quínara > Buba > 1ª CCAÇ / BCAÇ 4513 (1973/74) > Instalações dos Oficiais


Foto nº 8 > Guiné > Regiã de Quínara > Buba > 1ª CCAÇ / BCAÇ 4513 (1973/74) > Instalações de Sargentos. à esquerda, em segundo plano, está um camarada de pé, junto á porta, era a caserna do 3º pelotão.


Foto nº 9 > Guiné > Regiã de Quínara > Buba > 1ª CCAÇ / BCAÇ 4513 (1973/74) > Cantina. Ao lado, era a caserna do 1º Pelotão. As camas nas casernas dependiam do espaço, havia as duas situações: simples e sobrepostas.




Foto nº 10 > Guiné > Regiã de Quínara >Buba > 1ª CCAÇ / BCAÇ 4513 (1973/74) > Depósito de géneros.


Fotos (e legendas): © António Alves da Cruz (2023). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Luís Graça & Camaradas da Guiné]



1. Continuação da publicação de uma seleção de fotos do álbum do António Alves da Cruz (ex-fur mil at inf, 1ª C/BCAÇ 45113/72, Buba, 1973/74), que tem 11 referências n0 nosso blogue. O descritor Buba tem 375 referências.

_________________

Nota do editor;

Último  poste da série > 7 de setembro de 2023 > Guiné 61/74 - P24628: Álbum fotográfico do António Alves da Cruz, ex-fur mil at inf, 1ª C/BCAÇ 4513/72 (Buba, 1973/74) (5): Ainda Bolama, abril de 1973

20 comentários:

Tabanca Grande Luís Graça disse...

António,uma "pergunta inocente": onde dormiam as praças? Tens alguma foto das casernas da "malta" ? Em geral não há fotos das instalações das nossas praças metropolitanas... Os africanos, como os meus da CCAÇ 12,dormiam melhor, nas tabancas...

Vê-se que o quartel de Buba, pelo menos uma parte (a que as tuas fotos mostram), seria de construção relativamente recente (1968 ou 69 ?), feIta pela Engenharia Militar tal como o de Bambadinca e outros, pelo menos em terras "importantes" (sede de concelho/circunscrição, posto administrativo, etc. ). Já o quartel de Mansambo foi de autoconstrução, de raiz,a pá e pica, com materiais fornecidos pelo BENG 447. E aqui toda a gente dormia em "bunkers"... Não havia "apartheid"...

Um abraço, obrigado pela partilha. LG

Anónimo disse...



Os edifícios do quartel de Buba, que o camarada António Cruz bem retrata, sao os mesmos, com a utilização que refere, do tempo da Ccac 2616 69/71. Tal como o Luís Graça também notei a falta da camarata dos soldados. No meu tempo ficava à esquerda do bar ou cantina ďeles, próxima da árvore alta. Já não recordo se as camas eram sobrepostas duas a duas mas é o mais provável. Tenho boas e más recordações destas construções como é normal com os quarteis de todos nós. Parabens e obrigado pela reportagem. Abraço

Zé Manel Cancela disse...

Cheguei a Buba em Maio de 68 e o quartel estava
tal como está agora.Creio que começou a ser construido
em 64 ou 65.A caserna que albergava os soldados da minha companhia
ficava do lado direito das casas de banho,e só la cabiam tres pelotões
mais os especialista.O meu pelotão ficou a maior parte do tempo que estivemos em Buba,numa caserna muito pequena atrás do dormitorio dos oficiais,que tambem servia a C.de Comandos,numa outra divisoria,assim como a oficina do rádio montador...Gostei de rever o quartel do meu tempo.Agora está totalmente modificado,embora mantenha as casernas de então......Um abraço.....

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Camarada de Buba, não assinaste o comentário. LG

Valdemar Silva disse...

Continuo a notar, como noutros aquartelamentos, o seguinte:

- A grande árvore que dava sombra às casernas também servia de alvo para ataque de armas pesadas do IN.

Valdemar Queiroz

José Teixeira disse...

Em fevereiro de 1969 aluguei um espaço no terceiro andar, numa caserna que em 2005 servia de escola. Eramos tantos: A C.Caç 2381 completa, a CCaç 2382 com menos um grupo de combate (Em Nhala), a 2317, dois, ou três GC. 15ª Cº de Comandos e um ou dois Grupos de Fuzileiros. Eu como cheguei atrasado, pois tinha ficado na Chamarra uns meses, só arranjei lugar no 3º andar.
Um ou dois meses depois, num ataque às 4.30 da manhã, colocaram uma perfurante na parede junto à minha cama, mas eu já não estava lá. No rés do chão da cama ao lado, estava um camarada de tal maneira curtido pelo álcool que nem se mexeu. O colchão que estava por cima dele ficou furado por estilhaços, mas os vapores do álcool protegeram-no.
Buba, pela posição estratégica e comercial, continua a ter um quartel que se situa na casa do comando e nas casernas de oficiais e sargentos. Não sei se as outras casernas, as três casernas que abrigavam os soldados, ainda são destinadas ao ensino escolares, pois em 2013 não me deixaram entrar.
Zé Teixeira

Tabanca Grande Luís Graça disse...

António Alves da Cruz (by email)

12 set 2023 13:06
Sobre as instalações dos pelotõe,na foto 8 á esq. onde está um camarada em pé junto á porta era a caserna do 3º pelotão. Foto 9 à esq. ao lado da cantina era a caserna do 1º Pelotão. Sobre as camas dependia do espaço, havia as duas situações simples e sobrepostas.

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Zé Cancela e Zé Teixeira: sei que vocês têm boas e más recordações de Buba. Eestá dada a dica, apareçam mais "bubenses" a melhorar as legendas...

António J. P. Costa disse...

Olá Camaradas

Não sei como nem porquê em quase todos os nossos quartéis existiam capelas, umas mais perfeitas outras mais simples. Não dei porque fossem muito frequentes. Talvez quando o padre do batalhão aparecia. Às vezes nem quando havia mortos sendo transformadas em capelas portuárias, com ou sem cerimónia religiosa. No Enxalé a rosácea era uma jante de GMC e a de Buba também tinha uma, mas não sei em que material. A de Cacine era uma "casa" com uma porta larga e telhado de duas águas inclinados. A do Xime era uma estrutura de canas e folhas de palmeira. O vento entrava por todos os lados e o "altar" era uma estrutura de madeira. Não tinha mais de 5 metros de diâmetro, mas o acesso ao altar dois ou três degraus.
Ora descrevam as capelas das vossas companhias...
E como estão elas hoje já que nunca conseguimos transmitir a religião cristã à população...

Um Ab.
António J. P. Costa

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Tó Zé, querias dizer "capelas mortuárias", e não "portuárias"...

Temos uma dúzia de referências a capelas e igrejas. Mas a tua sugestão é bem vinda. Venham mais fotos (legendadas) de capelas de "ontem e hoje"...

https://blogueforanadaevaotres.blogspot.com/search/label/capelas%20e%20igrejas

António J. P. Costa disse...

Tens razão, claro! Faço auto crítica de cócoras.
De qualquer modo é curioso que as nossas capelas fossem tão pouco frequentadas pelo pessoal metropolitano. O pessoal do recrutamento da Guiné não praticava, como se tem vindo a verificar, a religião católica, o que é um dado sociológico curioso. Ou seja os irans e allah ganhavam aos pontos ao catolicismo. Não me recordo de ver o pessoal "em vésperas" de uma operação difícil ou perigosa a ir à capela pedir a protecção divina ou que essa protecção fosse invocada para salvar um camarada ferido e evacuado.
Creio que as capelas das unidades eram mais algo que se fazia por hábito (reflexo condicionado) porque cá também as havia e não por uma prática religiosa arreigada.
No fundo era um sinal da queda que a religião católica ia tendo no nosso país.

Um Ab.

António J. P. Costa

Valdemar Silva disse...

"... uma operação difícil ou perigosa a ir à capela pedir a protecção divina..."

Assim acontecia por cá, e até poderia ser mais "abrangente".
Nunca em Fatima foi pedido a Nossa Senhora para acabar com a guerra na Guiné ou que não houvesse mortos ou feridos nas operações das NTs. Era proibido, imagine-se.
Havia apenas promessas, em segredo, a cumprir para no caso e chegarem "sãos" ou sem ferimentos graves.

Valdemar Queiroz

Carlos Vinhal disse...

Amigo Valdemar Queiroz, seria pouco cristão ir a Fátima pedir protecção para nós e esquecermos o inimigo. Afinal andávamos todos no mesmo barco.
Abraço e votos de saúde.
Carlos Vinhal

Valdemar Silva disse...

Meu caro amigo Carlos Vinhal.
É muito complicado, estas coisas de pedir ajuda a todos os santinhos.
A mim só me fez/faz confusão a Nossa Senhora não aparecer a algumas criancinhas e pedir-lhes para rezar para acabar a guerra da Guiné, como em 1917 pediu aos três pastorinhos para acabar a 1ª. Guerra Mundial.
Foram treze anos de guerra em África, com milhares de mortos e feridos graves, e treze anos de grandes procissões em 13 de Maio em Fátima, e nunca ouve nesses anos uma única vez que nas cerimónias no Santuário se ouvisse 'agora rezemos a Nossa Senhora para acabar a Guerra na Guiné'.
Que confusão que isto me faz.

Se alguém se lembrar de alguma homília em Fátima sobre este assunto seria importante saber.

Abraço e saúde da boa
Valdemar Queiroz

Valdemar Silva disse...

Evidentemente que é '...nunca houve nesses...'

Valdemar Queiroz

Valdemar Silva disse...

Esqueci-me de manifestar, não nada contra a construção de pequenas capelas da nossa religião católica, pelos nossos soldados.
Até estranhei, não haver capelas antigas em várias localidades atendendo ao tempo de quase 500 anos de permanência dos portugueses por aquelas paragens.

Valdemar Queiroz

António J. P. Costa disse...

Olá Camaradas

Estamos a pisar terrenos "movediços". Efectivamente, é de estranhar, "não haver capelas antigas em várias localidades atendendo ao tempo de quase 500 anos de permanência dos portugueses por aquelas paragens". Fica assim provado que a conversão dos guineenses é uma mentira enorme que nos foi vendida durante muitos anos.
Quanto à questão de Fátima fica provada a cobardia da Igreja Católica que deixava a cada um a iniciativa do pedido para regressar são e salvo...
E a Irmã Lúcia? Atravessa quase completamente um século durante qual morre gente (muitos cristãos) e sofre aos milhões: II GM, Viet-Nam, Argélia e toda a África em Geral, etc. e não se pronuncia nunca sobre estas "pequenas questões". Pudera, era analfabeta. Não esquecer que o embarque dos primeiros soldados antecede (de pouco) as aparições. E prever em 1917 que a I GM ia acabar em 1918 é muita pontaria...
Ao menos podia ter falado com a Nossa Senhora e pedir para proteger os portugueses na guerra colonial e ao acabar com ela salvaria uns milhares de africanos que (se calhar) também são filhos de Deus... "Afinal andávamos todos no mesmo barco" (Vinhal dixid) a meter água.
É necessário não esquecer que uma "vidente" tem uma certa intimidade com a mãe de Deus a quem pode tentar meter uma cunha para que o mundo melhor. A menos que o que necessário é "punir a malta" porquê?

Um Ab,
António J. P. Costa

Valdemar Silva disse...

Realmente, estamos a pisar terrenos "movediços".
A religião, neste caso a nossa cristã-católica, é um assunto sério, mas até parece uma brincadeira salazarenta.
Então organizavam-se cerimónias religiosas para benzer os Batalhões que iam para a guerra nas colónias*, como é que depois a Nossa Senhora poderia aceitar procissões pedindo para a guerra acabar?

Valdemar Queiroz

*A Nossa Senhora de Fátima apareceu em 1917 no tempo em que os territórios ultramarinos se chamavam colónias.

José Teixeira disse...

Era muito complicado para a Igreja comprometida com o Sistema slazarista desde a cúpula até à base, com honrosas exceções que conhecemos algumas, convidar-nos a pedir proteção a Deus para nós, os combatentes portugueses de matriz cristã católica e ao diabo que matasse os nossos "inimigos".
Quando, em maio/68, cheguei a Ingoré verifiquei que um bom grupo de velhinhos, aos quais se juntaram alguns da minha Cª. se juntavam no refeitório e rezavam o terço.
Passados uns dias vi durante dois ou três dias um garboso alferes sempre vestido a rigor com a farda nº2 (suponho) sentado na messe ou a passear na avenida. Por curiosidade perguntei a um enfermeiro velhinho quem era aquele gajo.
- É o padre, respondeu-me
- Padre hmm!
Ao cruzar-me com ela na minha ida para a enfermaria, bati-lhe a pala e perguntei-lhe quem era. Confirmou que era padre capelão.
Ouça, então o sr. não sabe que os soldados se reúnem à noite no refeitório para rezar o terço? E desanquei no homem.
- Com certeza que reza missa todos os dias. Não tenho visto... aonde?
Fartou-se de me pedir desculpa, mas...ninguém lhe tinha dito nada....lá,..lá.. lá
Pelos vistos levantava-se cedo e ia rezar missa na mini escola, onde havia um professor de 16 anos que tinha sido educado na Missão de S. Domingos e era católico
- Mas também nunca o vi nas casernas dos soldados, no refeitório, na enfermaria, onde há trabalho de manhã até à noite...e não sei o que lhe disse mais. O certo é que nessa noite apareceu no refeitório, rezou o terço e nunca mais lhe pus a vista em cima.
Claro que senti que ele estava ali não por missão evangélica, mas por obrigação imposta pelo bispo e não se sentia bem.
A segunda e última vez que encontrei um capelão foi em Aldeia Formos / Mampatá, mas a música foi a mesma. Completamente desligado da malta, sem missão aparente - um verbo de encher - e tinham razão. estavam ali a mais.
Zé Teixeira

Valdemar Silva disse...

Existe no Blogue duas ou três grandes fotografias de missas celebradas em condições de "com o que se pode arranjar", sendo as velas colocadas em "castiçais" de garrafas de cervejas.
Julgo que nosso camarada José Martins aparece como ajudante do capelão numa dessas fotografias e calhando se lembrará da homília dessa missa. Seria interessante que ele nos contasse do que se tratou a homília feita pelo capelão durante a missa.

Valdemar Queiroz