Guiné > Região de Quínara > Buba > 1ª C/BCAQÇ 4513/72 (BubA, 1973/74) e 19º Pel Art > A morança do pessoal da artilharia (obus 14)
Fotos (e legenda): © António Alves da Cruz (2023). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Luís Graça & Camaradas da Guiné]
1. Foto publicada, em 22 de agosto de 2023, às 17h15 no facebook da Tabanca Grande Luís Graça . Legenda do António Alves da Cruz, nosso grã-tabanqueiro, ex-fur mil at inf, 1ª C/BCAÇ 4513/72 (Buba, 1973/73):
Último poste da série > 1 de setembro de 2023 > Guiné 61/74 - P24607: Facebook...ando (34): José Claudino da Silva, ex-1.º cabo cond auto, 3.ª CART / BART 6520/72 (Fulacunda, 1972/74): primeiro aerograma que escreveu à namorada, em 27/6/1972: fui almoçar num bar perto do Cumeré, paguei 70$00 e fiquei cheio de fome...
"Buba, 1973: a tabanca do pessoal de artilharia, onde se comia o melhor petisco da zona, búzios de cebolada".
E eu comento:
"Bolas, e não há uma foto desse petisco ?!...Adoro salada de búzios do mar... O que eu não sabia é que o rio Grande de Buba (com uma das mais lindas paisagens da Guiné) também tinha búzios. Sei que tinha bom peixe, que era pescado no tempo do cap inf Filipe Ferreira Lopes, cmdt da CCAÇ 3398 / BCAÇ 3852, "Incendiários" (Buba, 1971/73)...E devia haver mais molúsculos, como ostras, e marisco, como o camarão..."
______________
Nota do editor:
Vd. poste de 15 de setembro de 2023 > Guiné 61/74 - P24654: Álbum fotográfico do António Alves da Cruz, ex-fur mil at inf, 1ª C/BCAÇ 4513/72 (Buba, 1973/74) (7): Quartel e tabanca de Buba, e rio Grande de Buba
2 comentários:
Sim, no tempo do 3852, cuja companhia sediada em Buba nos praxou no dia (de má memória) da nossa chegada ao cais, ali pelos dias 28 ou 29 de Julho, havia peixe à mesa quase diariamente. Organizou o capitão dessa companhia uma equipa de pescadores que pescava a bordo de um "Sintex", alternadamente, com rede ou à linha, tainhas e pargos. Excepcionalmente, um peixe da família do tubarão emaranhava-se na rede e era então morto a tiro e içado para o barco. Nesse dia ou no seguinte a comida era caldeirada de tubarão. Falo disto porque "morei" em Buba durante um mês, em substituição do furriel enfermeiro dessa companhia. Não sei, agora, explicar porque é que fui prescindido na minha companhia em favor da companhia de Buba. Isso agora também não interessa nada. Interessante é falar do dia aziago da chegada da minha C.Art.6250 a Buba.
1ºActo . Desembarcados da LDG, fomos surpreendidos por uma encenação da chegada de pretensos feridos do mato, coisa que nos assustou deveras.
2ºActo. Quando já nos íamos instalando nas viaturas a caminho de Mampatá, refeitos do primeiro susto, desencadeou-se um fogachal ali por perto, na bolanha dos Passarinhos, perfeitamente audível no quartel, entre um grupo dos velhinhos e um grupo IN. De pronto os obuses de Buba entram em acção, criando-se ali o nosso primeiro encontro com a guerra, agravado pela circunstância de, pouco depois, chegarem os nosso feridos, um dos quais vindo a morrer no hospital de Bissau. Não sei se se salvaria, caso tivesse sido evacuado nesse dia, mas só no seguinte, depois de uma noite de sofrimento num abrigo junto à enfermaria, é que uma avioneta o levou moribundo. Está sepultado em Ferreira, no concelho de Satão.
Um grande Abraço.
Carvalho de Mampatá
Bolas, António, dramática receção em Buba!... Náo podias ter começado "melhor" a p... da guerra. Ab, LG
Enviar um comentário