sexta-feira, 20 de setembro de 2024

Guiné 61/74 - P25959: Verão de 2024: Nós por cá todos bem (13): no rio Corubal, na travessia para o Cheche (e Madina do Boé), que agora tem jangada nova... (Cherno Baldé / Valdemar Queiroz "Embaló")





Guiné > Região de Gabu >  Rio Corubal >  15 de setembro de 2024 >  Travessia  para o Cheche, na margem esquerda > A jangada (que não havia em 1969)

Foto (e legenda): © Chern0 Baldé (2024). Todos os direitos reservados [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]






Valdemar Queiroz "Embalõ" , ex-fur mil art, CART 2479 / CART 11 (Contuboel, Nova Lamego, Canquelifá, Paunca, Guiro Iero Bocari, 1969/70) (o "Embaló" é um #"nickname", uma alcunha carinhosa, que o Cherno Baldé lhe pôs em tempos, pela tua forte ligação aos fulas)


Cherno Baldé, o "nosso correspondente" em Bissau
 (tem 303 referências no nosso blogue)


Data - quarta, 18/09/2024, 21:55 
Assunto - Guiné, travessia para Che-Che


Luís, nova jangada a sério,  da travessia do Rio Corubal para o Cheche.

Por que razão  a nossa Engenharia não "produziu" uma jangada como esta ?  Não teria havido aquele desastre com dezenas de mortos na evacuação de Madina do Boé, Beli e Che-Che.

Esta foto foi-me enviada pelo Cherno Baldé numa viagem que fez a Madina.

Valdemar



Guiné-Bissau > Região de Gabu > Rio Corubal > Rampa de acesso ao outro lado do rio, Cheche  > 21 de abril de 2021 > Acidente com a jangada: queda de um camião ao rio, ao entrar na jangada, do lado de Béli.  Trânsito interrompido dos dois lados.


Foto (e legenda): © Patrício Ribeiro (2021). Todos os direitos reservados [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]



Guiné-Bissau > Região do Boé > Rio Corubal > 30 de junho de 2018 > Rampa de acesso, do lado do Gabu, na margem direita



Guiné-Bissau > Região do Boé > Rio Corubal > 30 de junho de 2018 >  Rampa de acesso, na margem direita; lavadeiras-


Fotos (e legendas): © Patrício Ribeiro (2018) Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]



Guiné > Região de Gabu > Carta de Jábia (1961) > Escala 1/50 mil > Posição relativa de Ché Ché, na margem esquerda do Rio Corubal. 

Infografia: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné


2. Comentário do editor LG:

Valdemar e Cherno, obrigado pela foto. Nunca lá estive, e apesar das inúmeras fotos que temos publicadas no blogue, sobre este lugar que nos traz trágicas memórias, às vezes também eu faço confusão:   a rampa, mostrada nas fotos acima,  fica na margem  direita do rio Corubal; Cheche, onde até à retirada de Madina doo Boé, em 6 de fevereiro de 1969, havia um destacamento militar, ficava na margem esquerda, como de resto bem documena a carta de Jábia (1961).

Portanto, está correta a tua legenda:  a jangada que faz a travessia do Rio Corubal para o Cheche, ou seja de norte para sul, da margem direita para a margem esquerda.

Obrigado, Cherno, pela tua lembrança. Pode não ser verão aí  (é ainda tempo das chuvas), mas não se está mal por essas bandas, no rio Corubal, para mais com uma "jangada nova" que não vai ao fundo...

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Nota do editor

Último poste da série > 13 de setembro de 2024 > Guiné 61/74 - P25939: Verão de 2024: Nõs por cã todos bem (12): ...menos as andorinhas, vítimas dos "ocupas", as abelhas asiáticas e os javalis, predadores! (Luís Graça, Tabanca de Candoz)

8 comentários:

Valdemar Silva disse...

Volto a repetir, faz confusão como é que a Engenharia Militar ou o Governo da Guiné não tiveram a ideia de arranjar uma jangada destas que agora funciona na travessia para Cheche. Houve a construção de estradas alcatroadas com a interferência da Engenharia
por que não se lembraram de fazer uma jangada como deve ser que podia ter evitado aquele desastre com a morte muitos jovens militares.
O apelido Embaló, usado pelo nosso amigo Cherno Baldé para me "baptizar", julgo ter sido por eu estar ligado aos fulas do Gabu.
Valdemar Queiroz

Antº Rosinha disse...

A República da Guiné Bissau eliminou duas jangadas coloniais, a de Safim para Bula no Mansoa e a de São Vicente no Cacheu.
Ficaram as jangadas de Farim e de CheChe, para estas, não apareceu alma caridosa para financiar a respectiva ponte.
Estrategicamente não havia ligações internacionais interessantes por ali.
De recordar que enquanto colónia foram feitas na Guiné três pontes de certa envergadura, uma em Bafatá, outra no Corubal e uma ponte levadiça no canal Impernal para manter este canal navegável e Bissau continuar a ser uma ilha.
Em território tão exíguo...! Não era pouco.
Ainda se atravessava de Jangada o Tejo, a 20 e poucos quilómetros do Terreiro do Paço...ainda no Estado Novo.

Anónimo disse...

O cmdt da Op Mabecos Bravios facilitou nesse aspeto... Era um homem com experiência a da Guiné... Cor inf Hélio Felgas..

Anónimo disse...

Depois arranjaram um bode expiatório... um desgraçado de um alferes miliciano. Julgado em tribunal militar foi absolvido. Em 197O, por sua vez, o cor Felgas foi Torre e Espada.E mais uma vez a culpa morreu solteira.

Anónimo disse...

Estou nas vindimas. Esqueci-me de assinar. Luís Graça

Valdemar Silva disse...

Antº. Rosinha, a questão que se põe era a jangada de madeira sobre flutuadores que fazia a travessia sobre o rio Corubal para Cheche.
O desastre que tirou a vida aos jovens militares foi em 2-Fev-1969, já havia guerra desde 1963 e as frequentes travessias na jangada, incluindo com viaturas, bem podia ter sido pensada pela Engenharia a substituição com uma jangada como deve ser.
Valdemar Queiroz

Antº Rosinha disse...

Uma jangada é um meio de transporte provisório "à espera de uma ponte".

Valdemar, esta jangada de que falamos, que eu conheci muito bem, pois que aquelas rampas das fotos, eu próprio andei lá a "remediar" por mais que uma vez, noutros tempos, por muito que se otimize, é sempre um transporte rudimentar.

Aquele acidente com os militares, não passou de "um erro humaníssimo", como os muitos acidentes que havia com aqueles Unimogues caranguejolas, com motoristas muito jovens, em estradas enganosas.

Todos os meios de transportes são perigosos, atravessei essa jangada umas três vezes, muito rudimentar que era, mas havia o jangadeiro responsável, e eu confiava nele.

Havia muitas jangadas nas colónias portuguesas, em Angola dava-se sempre uma gorgeta "mata-bicho" ao jangadeiro, eles eram pagos pelas administrações locais.

Era uma pequena aventura tropical.

Também já atravessei a jangada de Vila Franca de Xira numa festa da Senhora de Alcamé, que se mantém para lembrar como era.

Valdemar, a falha é sempre do jangadeiro, não da jangada.



Valdemar Silva disse...

"Uma jangada é um meio de transporte provisório "à espera de uma ponte"."

Antº. Rosinha esta é das boas frases do blog .

Valdemar Queiroz