Foto nº 1
Foto nº 1 > A Família Caeiro, na sala de cinema do Gabu, nas últimas filas. Da direita para a esquerda: eu, o senhor Caeiro, a sua filha e uma amiga. Nova Lamego, na sala de cinema do Gabu, 21 Fevereiro de 68. Foto nº 1A - Detalhe: O sr. Caieiro e a filha (que ostenta, na foto, a capa de uma revista humorística brasileira, popular na época, "Vamos Rir!", de periodicidade mensal, da "Rádio Editora Lda...)
Foto nº 2 > Uma das primeiras fotos tiradas naquela terra quando cheguei a Nova Lamego. Estou no 1º andar do edifício do Conselho Administrativo, do BCAÇ 1933, no terraço do mesmo, e por trás pode ver-se a loja da Casa Caeiro. Nova Lamego, Outubro de 1967.
Foto nº 3 > Vistas da Casa Caeiro, uma casa comercial que pensava ser de Libaneses, mas já alguém me disse que não eram Libaneses. Foto tirada do 1º andar das instalações do CA. Nova Lamego, Set / Out 1967.
Foto nº 4 > Nova Fotografia das instalações da Casa Caeiro. Foto tirada do 1º andar das instalações do CA. Nova Lamego, Janeiro de 1968.
Foto nº 5 > Instalações fortificadas [, protegidas por bidões com areia, ao nível térreo... ]do CA – Conselho Administrativo. Em cima, no 1º andar do edifício do Comando do Batalhão, o autor e mais 2 elementos do CA, Furriel Pinto Rebolo e o nosso 1º Cabo Seixas. Nova Lamego, c. Set / Out 1967.
Foto captada em Nova Lamego, a partir da Rua Principal, das instalações do CA, no mês de Janeiro de 68.
Guiné > Região de Gabu > Nova Lamego > CCS / BCAÇ 1933 (Nova Lamego e São Domingos, 1967/69) > Nova Lamego
Fotos (e legendas): © Virgílio Teixeira (2018). Todos os direitos reservados [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]
1. Continuação da publicação do álbum foto-
gráfico do nosso camarada Virgílio Teixeira,
[Foto à esquerd , o Virgílio e a esposa Manuela, o grande amor da sua vida, na Tabanca de Matosinhos, Restaurante Espigueiro (ex-Milho Rei), 5 de setembro de 2018. O casal vive em Vila do Conde. (Foto: LG, 2018)]
CTIG - Guiné 1967/69 - Álbum de Temas:
T060 – A CASA CAEIRO
Comerciantes Libaneses em Nova Lamego
VISTAS DO EDIFICIO DO COMANDO
I - Anotações e Introdução ao tema:
1 - O Meu Batalhão – BCAÇ 1933 – instalou-se em Nova Lamego, Sector militar L3, no Leste da Guiné. O comando do Batalhão, ficou com um dispositivo de 18 unidades independentes, ao longo de 1/5 do território do CTIG.
Nova Lamego, também conhecida por Gabu, é uma cidade de porte médio, com varias infraestruturas locais, nomeadamente, correios, escola, cinema, café e bar, algumas casas de comidas e bebidas, bem como, algumas lojas de comércio.
O concelho do Gabu é governado por um Administrador de Circunscrição, com sede em NL, e um Administrador de Posto com sede em Piche.
De todas as lojas, a que mais se destacava era a famosa Casa Caeiro, mesmo no centro da cidade. Ali vendia-se de tudo o que precisávamos e mais o que não era preciso para nada.
O Senhor Caeiro, dono da referida casa comercial, tinha uma bela filha, branca, libanesa, coisa a não desperdiçar, em terra de pouca mulher branca, a qual era acompanhada por várias vezes com outra rapariga branca, que não sei qual a relação com eles.
A Casa Caeiro localizava-se mesmo do outro lado da rua, frente a frente, onde estava o gabinete do Conselho Administrativo, e do respectivo Comando do Batalhão.
Era um edifício tipo colonial, e ficávamos no 1º andar desse edifício, e logo se poderia ver todo o andamento e movimento da loja, a Casa Caeiro, que não era nada pequena, e que era frequentada pelas variadas etnias locais.
De tal modo que era um passatempo, vir para o varandim, e ver as pessoas, locais e outras pessoas europeias ou não, com os seus negócios, e acima de tudo, quando a filha do Caeiro saia à rua, logo era alertado por alguém o grito do Ipiranga, para irmos todos ver a beldade de mulher a sair à rua, com o seu corpo formoso para aquelas paragens.
Posto isto, a Casa Caeiro era visitada quase diariamente pela ‘malta’ nem que fosse para comprar uma caixa de fósforos, ou um abano para o calor.
Era gente simpática, o que está escrito é que eles apenas se dedicavam ao comércio, não alinhavam a sua actuação nem de um lado nem de outro, eram independentes, o que já seria uma tarefa difícil numa zona de guerra, como era aquela.
Quanto à filha do Caeiro, apenas falei com ela na loja, cruzávamos na rua, no café ou no pequeno cinema semanal, não sei a vida que eles levavam fora das horas de serviço.
Resolvi tirar este Tema do grande tema de Nova Lamego, com cerca de 200 fotos, e fazer um pequeno Poste de 5 fotos, para dar um pouco de ar fresco àquela zona tórrida e seca.
Este Tema já havia sido enviado para postar num grande conjunto sobre Nova Lamego, e agora foi alterado para formato mais pequeno.
Já foi revisto e corrigido várias vezes, para melhor clarificar certas fotos e inseri-las do contexto do tema. Acho que agora já não há mais nada para corrigir.
Estas fotos não estão nada bem, por um lado por falta de prática, depois são outros a tirá-las, sendo eu a focar a máquina, mesmo assim não prestam.
Por outro lado, a qualidade inicial do rolo e do papel de revelação não era nada bom, e com 50 anos metidas numa caixa e em várias sítios e garagens, a humidade e o tempo fizeram o resto, o bolor foi-as comendo, apesar disso hoje já estão digitalizadas.
Guiné > Região de Gabu > Nova Lamego > c. 1966 > A rua principal de Nova Lamego... Do lado esquerdo vê a Casa Caeiro e o edifício que era o comando do batalhão do BCAÇ 1894... Do lado direito, um edifício não editificado e depois a estação dos CTT(Correios, Telégrafos e Telefones)...
Foto do álbum de
Manuel Caldeira Coelho (ex- fur mil trms, CCAÇ 1589 / BCAÇ 1894,
Nova Lamego e
Madina do Boé, 1966/68)
Foto: © Manuel Caldeira Coelho (2011). Todos os direitos reservados, [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné ]
II - Legendas das fotos:
F01 – A Família Caeiro, na sala de cinema do Gabu, nas últimas filas.
Vemos junto a mim, o Senhor Caeiro, a sua bela e avantajada filha e outra rapariga que não parece filha, e nunca soube a sua relação. Não vejo a esposa do Sr. Caeiro. Pensava ser na casa dele, mas acredito mais ser na sala de cinema do Gabu, pela forma de estar e pelas cadeiras.
Foto captada em Nova Lamego, na sala de cinema do Gabu, em 21 Fevereiro de 68.
F02 – Uma das primeiras fotos tiradas naquela terra quando cheguei a Nova Lamego. Estou no 1º andar do edifício do Conselho Administrativo, no terraço do mesmo, e por trás pode ver-se a loja da Casa Caeiro, a mais conhecida do local, especialmente pela especialidade da sua filha. Mais atrás podem ver-se enormes árvores – poilões, mangueirais, ou outras espécies.
Foto captada em Nova Lamego, no 1º andar das instalações do Conselho Administrativo, em Outubro de 67.
F03 – Vistas da Casa Caeiro, uma casa comercial que pensava ser de Libaneses, mas já alguém me disse que não eram Libaneses. Os fulas e outros muçulmanos, sentados na sombra da casa, o calor aperta. A atravessar a rua, vou à frente e atrás vem o nosso Furriel Rocha – O Algarvio, com a sua boina e a sua sombra.
Foto captada em Nova Lamego, do 1º andar das instalações do CA, entre os meses de Set-Dez 67.
F04 – Nova Fotografia das instalações da Casa Caeiro, comerciante Libanês, é ainda muito cedo, pois as sombras são menores e o movimento não é grande.
Foto captada em Nova Lamego, do 1º andar das instalações do CA, no mês de Janeiro de 68.
F05 – Instalações fortificadas do CA – Conselho Administrativo, no 1º andar do edifício do Comando do Batalhão. Em cima, o autor e mais 2 elementos do CA, Furriel Pinto Rebolo e o nosso 1º Cabo Seixas. Outras das primeiras fotos captadas na Guiné e em Nova Lamego.
Foto captada em Nova Lamego, a partir da Rua Principal, das instalações do CA, no mês de Janeiro de 68.
NOTA FINAL DO AUTOR:
# As legendas das fotos em cada um dos Temas dos meus álbuns, não são factos cientificamente históricos, por isso podem conter inexactidões, omissões e erros, até grosseiros. Podem ocorrer datas não coincidentes com cada foto, motivos descritos não exactos, locais indicados diferentes do real, acontecimentos e factos não totalmente certos, e outros lapsos não premeditados. Os relatos estão a ser feitos, 50 anos depois dos acontecimentos, com material esquecido no baú das memórias passadas, e o autor baseia-se essencialmente na sua ainda razoável capacidade de memória, em especial a memória visual, mas também com recurso a outras ajudas como a História da Unidade do seu Batalhão, e demais documentos escritos em seu poder. Estas fotos são legendadas de acordo com aquilo que sei, ou julgo que sei, daquilo que presenciei com os meus olhos, e as minhas opiniões, longe de serem ‘Juízos de Valor’ são o meu olhar sobre os acontecimentos, e a forma peculiar de me exprimir. Nada mais. #
«Propriedade, Autoria, Reserva e Direitos, de Virgílio Teixeira, Ex-alferes Miliciano do SAM – Chefe do Conselho Administrativo do BCAÇ1933 / RI15 / Tomar, Guiné 67/69, Nova Lamego, Bissau e São Domingos, de 21Set67 a 04Ago69».
Em, 2019-01-14.
Corrigido o texto e as legendas das fotos, hoje.
Virgílio Teixeira
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