domingo, 11 de janeiro de 2009

Guiné 63/74 - P3721: Fauna & flora (3): Mais histórias de macacos (Henrique Cabral / Luís Faria)

"A Cheta, macaquinha de estimação com ar de
poucos amigos. (Foto gentilmente enviada por Mário Trindade, ex-Operador Cripto, CMI/Cumeré-Guiné 1971/1973)" (foto à direita)

"Apesar de os macacos cão (babuínos) fazerem parte da alimentação,  este pequeno macaco é apenas uma mascote" (HC) (foto à esquerda).

Fotos (e legendas): © Henrique Cabral (2008). Direitos reservados


1. Mais respostas ao pedido de apoio da nossa doutoranda Maria Joana Ferreira da Silva (*):


(i) Henrique Cabral (ex-Fur Mil da CCAÇ 1420/BCAÇ 1857, Guiné, 1965/67)


Caro Luís, agradeço o teu mail pois a vida animal é um assunto que muito me atrai mas infelizmente as poucas fotos que tirei, ou tinham muito má qualidade ou eram tiradas de muito longe ou perdi-lhes o rasto como tantas outras que enviei para a Metrópole e "desapareceram".

Resultado, pouco ou nada posso ajudar.

De babuínos não tenho fotos, apenas imagens e sons que todos nós sentimos desde o seu alvoroço de alerta ao seu assustador silêncio de mau presságio.

Mesmo assim podes ver aqui:

http://entrefogocruzado.wordpress.com/aldeia-tabanca-ii/

duas imagens que demonstram a necessidade que todos sentimos de nos aproximar da natureza de que fazemos parte [Vd. fotos acima, em formato pequeno].

Tudo quanto seja feito para estudar/proteger quer os babuínos quer as outras espécies é de louvar.

Um abraço

Henrique

(ii) Luís Faria (ex-Fur Mil Inf MA da CCAÇ 2791, Bula e Teixeira Pinto, 1970/72):

Luis Graça:

Lamento não poder ser útil,mas na Guiné, que me lembre, só vi macaco sagui(?). Menciono-os até num texto a enviar à Tabanca e tenho foto. Havia muitos na região de Bula.

Nunca ouvi refêrencias a peles e medicinas praticadas. Sabia, sim, que o macaco servia de refeição e que até era apreciado. Sabia também que houve alguns militares que experimentaram.

Pelo parte que me toca macacos e gazelas nunca me passaram pelo gôto. Nem pensar! Os primeiros porque realmente me pareciam miúdos . As segundas pela elegância e fragilidade da sua silhueta, pela doçura do seu olhar. Este animal transmitia-me uma sensação de Paraíso, de paz. Ainda hoje não consigo comer veado!

Cobra comi, Enrolada em folhas e assada na fogueira era bem bom, parecia enguia da grossa, só que mais seca .

Um abraço
Luís Faria

____________

Nota de L.G.:

(*) Vd. postes anterioers desta série:

10 de Janeiro de 2009 > Guiné 63/74 - P3714: Fauna & flora (1): Pedido de apoio para investigação científica sobre o Macaco-Cão (Maria Joana Silva)

11 de Janeiro de 2009 > Guiné 63774 - P3720: Fauna & flora (2): Os macacos-cães do nosso tempo (Luís Graça / J. Mexia Alves)

3 comentários:

Luís Graça disse...

Henrique: Na foto da esquerda, o animalzinho de estimação é macaco... ou coelho ? A mim, parece-me mais um "lapin"... LG

Luís Graça disse...

Reproduzo aqui o esclarecimento que me deu o Henrique Cabral, em resposta à minha pergunta sobre a foto acima publicada, no lado esquerdo:

Olá, Luís, de facto a foto não é feliz pois o macaquinho (à esquerda) está com a cabeça de perfil parcialmente encoberta pela mão do seu dono.

O ponto preto que se vê é a orelha direita e a mancha de pêlo mais escura faz parecer a totalidade da cabeça e fazendo parecer um coelho.
Mas não, é mesmo um macaquinho sem ser o macaco cão. Aliás eu nunca vi um macaco cão como animal de estimação.

Uma curiosidade, não sei se sabes mas uma das formas de apanhar estes pequenos macacos era colocando uma cabaça amarrada ao chão com um pequeno buraco onde coubesse a mão do animal. Lá dentro colocava-se mancarra e esperava-se.

Quando ele metia a mão e agarrava a mancarra já não a queria largar e com a mão fechada ficava preso.

Um abraço

Henrique

Anónimo disse...
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