Paternidade instantânea
Alberto Branquinho
ex-alf mil CArt 1689
1967/69
Em sentido contrário aproximava-se uma mulher em adiantado estado de gravidez, caminhando com dificuldade, amparada ao muro.
O sargento, que estava a observá-la:
– Ó meu alferes, escute lá esta.
Então, dirigindo-se à mulher grávida:
– Eh mulher! Bô tem sanju na bariga…
Ela disparou imediatamente:
– É, noss’ sargenti. Fidju di bô.
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Notas de vb: Artigos da série em
3 de Novembro de 2008 > Guiné 63/74 - P3395: Não venho falar de mim... nem do meu umbigo (9): Tempo de Gandembel...(Alberto Branquinho)
Blogue coletivo, criado e editado por Luís Graça, com o objetivo de ajudar os antigos combatentes a reconstituir o puzzle da memória da guerra da Guiné (1961/74). Iniciado em 23 Abr 2004, é a maior rede social na Net, em português, centrada na experiência desta guerra. Como camaradas que fomos, tratamo-nos por tu, e gostamos de dizer: O Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca... é Grande. Coeditores: C. Vinhal, E. Magalhães Ribeiro, V. Briote, J. Araújo.
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1 comentário:
Branquinho!
Cinco linhas! Cinco estrelas! Genial! Vamos ter livro...
Amigos e camaradas:
Eu sei que o talento (literário), a capacidade de, através das palavras, exprimir ideias e emoções, contar histórias, etc., não está distribuiído de maneira equitativa por todos nós... Todos diferentes, todos iguais, mas todos importantes e imprescindíveis... Eu, por exemplo, não sei pregar um prego...
Por outro lado, o talento (literário) não tem posto nem galões... Saramago, o nosso Prémio Nobel da Literatura, foi operário metalúrgico...
Mas o que importa é tentar, ousar escrever coisas simples, pequenas histórias, do nosso quotidiano da Guiné...
Aprendamos com os melhores de nós...
Luís
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