domingo, 12 de dezembro de 2010

Guiné 63/74 - P7423: Agenda Cultural (94): A exposição A Marinha na República, Museu da Marinha, em Lisboa, Belém, até ao dia 5 de Janeiro de 2011 (Luís Graça)


Exposição A Marinha na República... Museu da Marinha, Lisboa, de 1 de Outubro de 2010 até 5 de Janeiro de 2011, das 10:00 às 17:00 horas.
 

A exposição, organizada no âmbito das Comemorações do 1.º Centenário da Implantação da República, está dividida em dois núcleos: (i)  o papel dos Marinheiros e Navios no desenrolar dos acontecimentos do 5 de Outubro de 1910; (ii) o papel da Marinha na Implantação da República e das unidades navais na primeira década do século XX.


Num primeiro núcleo evoca-se a participação dos Marinheiros, abordada de forma sequencial, desde os dias que precederam o Cinco de Outubro, sendo localizado no Arsenal da Marinha, que confinava com a Praça do Município, o Terreiro do Paço e o rio Tejo. O segundo núcleo  respeita aos Navios que a Marinha possuía em 1910 e em especial aos que estavam ancorados no estuário do Tejo na altura dos acontecimentos.


Este poste resulta de uma pequena reportagem feita a pensar sobretudo nos camarigos que, vivendo fora de Lisboa, não irão ter oportunidade de ver esta exposição de grande interesse cultural e historiográfico... Afinal, trata-se da nossa história e da nossa marinha... É também uma pequena homenagem aos nossos camaradas da Marinha que passaram pelo TO da Guiné, entre 1961 e 1974, bem como a todos os meus parentes, os Maçaricos de Ribamar, Lourinhã, que ao longo de séculos viveram (e ainda vivem) no mar, junto ao mar, com o mar, do mar,  para o mar e por causa do mar, servindo nomeadamente a nossa Marinha... (Um exemplo extraordinário de gente de gente corajosa e abnegada que não se deixa facilmente encantar pelas sereias de terra...). (LG)



O papel da Marinha foi determinante no triunfo da República em 5 de Outubro de 1910... O desenvolvimento da nossa moderna Marinha de Guerra está, por sua vez,  associado à reacção do País ao Ultimato Inglês, em 1890, e à expansão colonial...


Legenda > 1- Rotunda; 2- Quartel de marinheiros (em Alcântara); 3 - Baixa.... No estuário do Tejo, estavam ancorados três cruzadores (D. Carlos I, S. Rafael e Adamastor) e um navio de transporte (Pêro de Alenquer)...




A adesão de oficiais, sargentos e marinheiros aos ideais republicanos é explicada, na exposição, por factores de natureza sociológica: (i) duas importantes unidades da Marinha, em terra - o Arsenal da Marinha e o aquartelamento de marinheiros em Alcântara - situavam-se em zonas de habitação popular onde era maior a implantação do Partido Republicano; (ii) a longa permanência, no estuário do Tejo, de navios da Marinha, ou em fase de construção no Arsenal... Um desses navios, o cruzador Adamastor, tinha sido construído graças a uma subscrição pública nacional... 


Foto acima:  Os cruzadores da Marinha salvando a terra, aquando da proclamação da República. Imagem de Illustração Portugueza, nº 243, de 17 de Outubro de 1910.

As canhoneiras Zagaia e Lúrio navegavam, em 5 de Outubro de 1910, pelas águas de Cabo Verde e Guiné...



A esquadra de guerra portuguesa, em 1910, defendia a soberania do país nos diferentes territórios ultramarinos, desde a África à Ásia... Portugal dispunha de um couraçado (Vasco da Gama) e de cinco cruzadores (D. Carlos I, S. Gabriel, S. Rafael, Adamastor e Rainha D. Amélia)...


A canhoneira Pátria, óleo sobre tela, da autoria de Jorge Estrada (1906) (Museu da Marinha)... Construído no Arsenal da Marinha em Lisboa com fundos recolhidos por portugueses do Brasil, no âmbito de um Subscrição Patriótica... Entrou serviço da Armada em 1903...




O famoso Mapa Cor de Rosa (1886) cuja contestação, pela Inglaterra, levaria ao humilhante Ultimatum, de 1890... O  ultimato do governo britânico, então chefiado pelo primeiro ministro Lord Salisbury,  foi entregue a 11 de Janeiro de 1890 na forma de um Memorando que exigia a retirada das forças militares portuguesas, chefiadas pelo major Serpa Pinto,  do território compreendido entre as colónias de Moçambique e Angola (actuais Zimbabwé e Zâmbia).  Essa vasta região, de Angola à contra-costa, era reivindicada como direito histórico por Portugal. O  famoso Mapa cor-de-rosa terá nascido justamente da Conferência de Berlim (1884/85), na altura em que as grandes potências europeias (Inglaterra, Alemanha e França) disputam entre si a partilha de África...


Cartoon do grande Rafael Bordalo Pinheiro (1846-1905)... A claudicação de Portugal face às exigências britânicas será vista como uma suprema humilhação nacional pelos republicanos portugueses, que crucificaram o governo e o rei D. Carlos I. António de Serpa Pimentel será então nomeado primeiro-ministro, na sequência da queda do governo. Estes acontecimentos estão também na origem da criação de A Portuguesa, o nosso futuro hino nacional.


Sob a liderança do Ministro da Marinha, o açoriano Jacinto Cândido da Silva (1857-1926), e com a lei de 21 de Maio de 1896, Portugal iniciou um programa de modernização da sua esquadra de guerra, substituindo por modernos cruzadores as velhas e obsoletas corvetas mistas (compare-se a esquadra de 1880 com a de 19910). Foram construídos cruzadores no estrangeiro, em Inglaterra (D. Carlos) e em França (S. Gabriel e S. Rafael), mas também no Arsenal de Lisboa (Rainha D. Amélia)... Mas o primeiro cruzador a ser construído, em Itália, será o cruzador Adamastor, fruto da Grande Subscrição Nacional, uma campanha patriótica de recolha de fundos que mobilizou o país, na sequência da humilhação que foi o Ultimato inglês e da nossa incapacidade de resposta, política, diplomática e militar...




A canhoneira Chaimite, no Rio Tejo, em 3 de Outubro de 1898 (Foto do arquivo fotográfico do Museu da Marinha). Foi, além ao cruzador Adamastor, a outra unidade naval adquirida com os fundos resultantes da Grande Subscrição Nacional... Foi, além disso,  a primeira unidade naval a ser construída em aço, no nosso país, no estaleiros da Parry & Son, em Lisboa... Lançada à água em 1898, será abatida em 1920, aos efectivos da Armada, depois de intensa actividade operacional.




Ainda com os dinheiros da Grande Subscrição Nacional (, iniciada em Lisboa, no Teatro da Trindade, em 23 de Janeiro de 1890, doze dias depois do Ultimato), foram construídos duas lanchas-canhoneiras, a Pero d'Anaia e Diogo Cão, em aço, nos estaleiros da Parry & Son. Foram navios como este que participaram nas campanhas de pacificação em África, nos últimos anos da Monarquia e depois durante a República... Ambos os navios foram lançados à água em 1895... Na foto acima, a Diogo Cão "num dos rios africanos por onde navegou entre 1895 e 1910" (Imagem do arquivo fotográfico do Museu da Marinha).



O cruzador Adamastor... Entrou ao serviço da Marinha em 1897 e foi abatido ao efectivo em 1932.  A revolução industrial e os progressos tecnológicos no domínio da metalurgia permitiram substituir a vela e a madeira pelo aço e pela energia a vapor, bem, como equipar os novos navios com peças de artilharia mais potentes, sofisticadas e seguras. Houve igualmente uma revolução a nível do armamento e das transmissões: por exemplo, o cruzador D. Carlos foi a primeira unidade da nossa Armada a dispor de telegrafia sem fios (TSF).

Marinheiros do cruzador Adamastor, em exercício de manobras, em 1905. Na madrugada de 4 de Outubro de 1910, a guarnição tomou conta do navio e,  sob as ordens do 2º tenente Mendes Cabeçadas (1883-1965), foram disparados três tiros de artilharia, sinal de código, para as forças em terra, significando que os navios no Tejo estavam sob controlo dos revoltosos... (Pormenor de fotografia do arquivo fotográfico do Museu da Marinha).



Machado Santos (1875-1921), o "herói da Rotunda", tinha o posto de 2º tenente... Morrerá assassinado,  na noite de 19 de Outubro de 1921...





O resto da exposição é para se ver,com tempo e vagar, no Museu da Marinha, até ao próximo dia 5 de Janeiro de 2011. Sobre as comemorações do I Centenário da República, e as iniciativas culturais que se realizaram ao longo de 2010, vd. o sítio oficial da respectiva comissão.


Reportagem fotográfica: Luís Graça (2010) (com a devida vénia ao Museu da Marinha...)
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Nota de L.G.:


Último poste da série > 3 de Dezembro de 2010 > Guiné 63/74 - P7376: Agenda Cultural (93): A Sociedade Filarmónica de Crestuma (José Ferreira da Silva, ex-Fur Mil Op Esp, CART 1689, 1967/69)

15 comentários:

Torcato Mendonca disse...

Olha o "Velho Luís Graça". Já andava, vejam bem, em principio do Século XX, repito para não parecer engano, Século XX, nas andanças revolucionárias da Marinha de Nosso País.
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Excelente trabalho de reportagem. Vou guardar para mim como peça de escrita a conservar.Os meus Parabéns.
Guardo também como Republicano.
Acrescentava algo sobre um País, uma ilha,que dizem ser nosso aliado. Discordo. Aqui não cabe um comentário desses, como não cabe dizer que sou descendente de um Povo de Marinheiros, somos, devemos disso e de seus feitos, ter orgulho. Hoje com uma fragilizada Marinha, e os valores, os valores..., discutimos mais em "vómito politico" o custo e as contrapartidas de dois submarinos (certo,certo, há algo...pois...)mas queremos a maior Zona exclusiva...
Ainda fica rosada como o outro. Inventa-se outra Portuguesa?Não. Canta-se o fado.
Violei regras?? Eu mando mail.
Obrigado pelo escrito. Tentarei ir ver.
AB do T

Luís Graça disse...

Não violaste regras nenhumas. Reinventaste. Tenho pena que os portugueses, em geral, conheçam tão mal a sua história milenar... E que muitas iniciativas culturais, como esta exposição no Museu da Marinha, não cheguem sequer ao Fundão ou a Vila Verde de Ficalho ou à terra da minha bisavó materna, Maçarica, que era de Ribamar da Lourinhã... Continuamos a ser país macrocéfalo, apesar da Internet, das autoestradas, do Museu de Serralves, da Casa da Música e do Clube Futebol do Porto...

Julgo que o nosso blogue também deve ter uma função cultural...

Anónimo disse...

Pode ser que este blog sirva um dia para ajudar a explicar o que foi a nossa geração, já que a maioria da nossa geração não soube o que se passou antes de nós.

Antº Rosinha

Anónimo disse...

Boa-noite.

É só para dizer que também eu tenho pena, que a geração dos nossos filhos, não tenha aprendido nada da nossa História.
Nascidos pouco antes ou pós a Revolução de Abril, fiquei abismada ao constatar que não se ensinava História de Portugal, nos anos 7o e 80. digo isto, porque os meus filhos nasceram, um em 72 e o outro em 77 e acompanhei o seu percurso escolar sempre atenta. mal sabiam quem tinha sido D. Afonso Henriques. Penso que havia vergonha de falar na colonização, mas há sempre forma de falar de valores, pois nada é absolutamente mau, nem absolutamente bom. A história, é a História, e deve ser contada como aconteceu.
Naturalmente, este é o meu ponto de vista, susceptível de discordância.

Um abraço da

Felismina Costa

Anónimo disse...

"Anda tudo täo triste em Portugal!Que é dos sonhos de glória e de ambicäo?"-António Nobre/Só/1891. O caminho que conduziu à implantacäo da República?...."A crise era global.A par da instante crise política,o generalizado mal-estar social,A CRISE ECONÓMICA e,com grande fragor,a derrocada financeira,compunham o cenário de catástrofe...Para além do impasse político o modelo de desenvolvimento económico vinha revelando sinais de esgotamento....Debatia-se com as hesitacöes e inércias da actividade económica de um país que,afinal,tardava a dar respostas aos desafios e à possibilidade de moderna expansäo industrial....Sob uma crise generalizada,Portugal debatia-se à procura do seu ressurgimento,confrontado com as expectativas falhadas e sob o trauma e ameaca da banca routa." (M.Fernanda Rollo). 1910?ou...2010? E,a velha frase dos matos da Guiné:-QUE VENHA A MARINHA! Um grande abraco.

Luís Graça disse...

O que é espantoso é que em 1910 nós, portugas, não chegamos a 6 milhões... Lisboa terá meio milhão de habitantes, mesmo assim Portugal era mais macrocéfalo nesse tempo... Olhando para a nossa esquadra, vemo-la em 3 mares: Atlântico, Índico, Pacífico... Mas não se esqueçam que em 1890, por ocasião do Ultimatum, Portugal que ostentava o "mapa cor de rosa" não tinha uma carreira marítima regular ligando Lisboa, Luanda e Lourenço Marques...

Desgraçadamente, virámos as costas ao mar nestas últimas décadas... Foi a nossa estranha forma de fazer o "luto" pela "perda do império"... Mas vamos voltar ao mar, não pelo poder bélico, mas pela ciência... As próximas gerações vão ter, pela frente, esse grande desafio e grande oportunidade... Saibamos voltar a merecer o mar...Para isso não importa não perder a sua memória, e todos os saberes que estão ligados ao mar... A começar pela nossa história trágico-marítima, mas também pela nossa poesia, épica e lírica...

Luís Graça disse...

Não são mares, são oceanos, ó camelo!

Manuel Joaquim disse...

Oh Luis Graça, até mudaste de cor! Tal é a determinação!

Só agora é que percebi como foi fácil ao ten. Mendes Cabeçadas assumir o comando! Com um "cara" assim, voluntarioso e mobilizador, quem é que iria "roer a corda"?

Viva a República!

Um abraço

Anónimo disse...

Como Camöes preferia o termo "Mar",e a nossa geracäo nasceu com o épico imbuído...... Posso "Mandar Descansar" a pobre da alimária citada? Mais um abraco.

Anónimo disse...

Meu ganda Comandante e Professor Luis Graça
Mais um grande trabalho que te ficamos a dever. Como é que seis anos do "nascimento" do blog ainda tens esse voluntarismo!? É...espantoso!!! Não há dúvida que tens a têmpera do aço.
Vou reservar um dia para ir a Lisboa ver a exposição e tentar encontrar-te na tua Escola para de oferecer um doce conventual. De Alcobaça, obviamente, um grande abraço do JERO

Anónimo disse...

Ó Jero!
Quando fores, avisa!
JD

Luís Graça disse...

Em 1890, Guerra Junqueiro (1850-1923), o poeta mais popular do seu tempo e seguramente o mais panfletário, publicou, em 1890, no ano do Ultimatum Britânico, o seu longo poema "Finis Patriae", o Fim da Pátria...

Nesse opúsculo, que começou a circular no Porto e por todo o país, em finais de 1890, no ano da gravíssima crise política, social, económica e financeira, Guerra Junqueiro assume-se como se fosse a verdadeira consciência nacional e profetiza o fim da pátria, o que que só não acontecerá porque "a mocidade das escolas" a irá salvar...

O país e as suas misérias é passado em dramática revista, em pungente procissão, num cenário dantesco, pintado com as cores mais negras... Por ele desfilam, numa sucessão alucinante, apocalíptica, as "choupanas de camponeses", as "pocilgas de operários", os "casebres de pescadores", os "hospitais", as "escolas em ruínas", as "cadeias", os "condenados", as "fortalezas desmanteladas", os "monumentos arrasados" e, por fim, as "estátuas de heróis".

Nesta dolorosa inquirição ao estado da Pátria, o poeta pergunta (e responde): "Que é da nação? - Morreu na história."

O livro inclui ainda os poemas "O caçador Simão" (rábula ao rei D. Carlos) e "À Inglaterra"... Este último é uma longa diatribe contra o nosso velho e cínico aliado, a Inglaterra vitoriana, puritana, imperialista, que vergou a Nação portuguesa, com o "Ultimatum" de 11 de Janeiro de 1890...

Aqui fica um excerto do longo poema "À Inglaterra":

Ó cínica Inglaterra, ó bêbeda impudente,
Que tens levado, tu, ao negro e à escravidão?
Chitas e hipocrisia, evangelho e aguardente,
Repartindo por todo o escuro continente
A mortalha de Cristo em tangas d'algodão.

Vendes o amor ao metro e a caridade às jardas,
E trocas o teu Deus a borracha e marfim,
Reduzindo-lhe o lenho a c'ronhas d'espingardas,
Convertendo-lhe o sangue em pólvora e bombardas,
Transformando-lhe o sangue em aguarrás e em gim!

Teus apóstolos vão, prostituta devassa,
Com o fim de levar os negros para o céu,
Desde o Zaire ao Zambeze e desde o Cabo ao Niassa,
Baptizando a Impiedade em Jordões de cachaça,
Mostrando-lhe o teu Deus na tua hóstia - o guinéu!

A honra para ti é inútil bugiganga.
O teu pudor é como um Matabel sem tanga,
Monstruoso ladrão, bárbaro traficante;
Compras a alma ao negro a genebra e a missanga,
Vendendo-lhe a tua bíblia e queixais de elefante.

A tua bíblia! o teu Cristo!... A tua bíblia é uma agenda
Em que a virtude heróica a cifras se reduz.
E o teu Cristo londrino é um Deus de compra e venda,
Deus que ressuscitou para abrir uma tenda
De cortiça, carvão, álcool e panos crus!

Pela estrada da história, ó milhafre daninho,
Vai um povo seguindo o seu norte polar,
E tu és o ladrão que lhe sais ao caminho,
Com a manha do lobo e a coragem do vinho,
A roubar-lhe os anéis para o deixar passar!

Quando espreitas o fraco apontas a clavina,
Quando avistas o forte envergas a libré...
A tua mão ora pede esmola ora assassina...
Teu orgulho, covarde, é, meu Bayard d'esquina,
Como um tigre de rastro e um capacho de pé!

(...)

Para ler o resto, clicar aqui:

http://nautilus.fis.uc.pt/personal/marques/old/very-old/junqueiro/work/finis_patriae.html

Luís Graça disse...

Zé Belo, tens toda a razão. Que o génio do nosso épico faça lei... Manda a alimária para a tenda do beduíno...

Luís Graça disse...

Ganda JERO: Os dias 13 e 16 são maus: à tarde tenho "dotoramentos"... O melhor é dar a apitadela do costume... Bom regresso à capital...

Luís Graça disse...

Manel Jaquim:

Obrigado pela tua simpática observação em relação ao "porte altivo", ao "garbo militar" e ao "ar façanhudo" do marujo, Maçarico, pela "pool" biológica e, ao mesmo tempo, novato nestas andanças do "bota-abaixo"...

Como deves imaginar, os organizadores da exposição deixaram lá, nos painéis fotográficos, uns tantos "buracos" para os visitantes dos 8 aos 88 "posarem" a cabeça para a tradicional cena do "Olha o passarinho"...

É divertido e didáctico... Quiçá infantil, mas o mundo (e portanto o futuro) pertence às criancinhas, já não é nosso...

Leva lá a tua "netada"...