1. Alberto Branquinho
[ advogado, escritor, ex-alf mil op esp, CART 1689, Fá, Catió, Cabedu,Gandembel e Canquelifá, 1967/69]
[ advogado, escritor, ex-alf mil op esp, CART 1689, Fá, Catió, Cabedu,Gandembel e Canquelifá, 1967/69]
Luis: Correspondendo ao teu apelo, aqui vai um, recentemente publicado no meu livro "QUASOUTONO?!".
In: Branquinho, A. - QUASOUTONO?!, Lisboa, Edições Vírgula, 2004, 82 pp.
Modji Daaba no meu Lençol
Fecha o seu Corpo,
Como Flor,
Que teme o Sol.
Com medo e Dó,
Não dá. Empresta.
E desta noite,
Nada me resta.
Estou Só!
Fá, Nov.1969.
tenho saudades
do amor que não se compra
daquele que se sente
o tal
que vem de dentro
e
que não acaba
com um orgasmo
não quero mais
ser
aquele que se vai
assim que se vem
não quero mais
ficar vazio
não quero mais
ficar sem eco
não quero mais
perder o elo
que me liga
a ela
seja ela quem for
não quero mais fazer amor
sem ter de oferecer uma flor.
josema
Bissau/1974
Último poste da série > 21 de março de 2014 > Guiné 63/74 - P12873: Blogpoesia (379): O Dia Mundial da Poesia, 21 de Março de 2014, na nossa Tabanca Grande (X): "Canção", de Domingos Gonçalves (ex-Alf Mil da CCAÇ 1546) e "Soneto de guerra", de Cândido Morais (ex-Fur Mil da CCAÇ 2679)
BLOGUEMOS
Eu blogo
tu blog@s
ele blog@
toda a gente
mesmo os que não têm cão
podem ter um blogue
falando de coisas várias
ou do seu próprio umbigo
O blogue não ocupa espaço
não ladra
não comenão caga
(por vezes fede)
Vivam os blogues!
(sans blague...)
In: Branquinho, A. - QUASOUTONO?!, Lisboa, Edições Vírgula, 2004, 82 pp.
[ jurista, advogado de barra, docente universitário reformado, ex-alf mil at art, cmdt Pel Caç Nat 63, Fá Mandinga e Missirá, setor L1, Bambadinca, 1969/71]
Aí vai um poema escrito na Guiné.
Abração, J.Cabral
Modji Daaba
Modji Daaba no meu Lençol
Fecha o seu Corpo,
Como Flor,
Que teme o Sol.
Com medo e Dó,
Não dá. Empresta.
E desta noite,
Nada me resta.
Estou Só!
Fá, Nov.1969.
Jorge Cabral
3. José Manuel Lopes [JOSEMA]
[, vitivinicultor, duriense, ex-fur mil, CART 6250/72, Mampatá, 1972/74, mais conhecido na região de Tombali pelo seu pseudónimo literário Josema...e por escrever um poema todos os dias; queimou mais de 2/3 da sua produção poética do tempo de guerra; este, que reproduzimos a seguir, foi um dos que escapou à fúria do poeta...]
Tenho saudades
tenho saudades
do amor que não se compra
daquele que se sente
o tal
que vem de dentro
e
que não acaba
com um orgasmo
não quero mais
ser
aquele que se vai
assim que se vem
não quero mais
ficar vazio
não quero mais
ficar sem eco
não quero mais
perder o elo
que me liga
a ela
seja ela quem for
não quero mais fazer amor
sem ter de oferecer uma flor.
josema
Bissau/1974
___________
Nota do editor:
Nota do editor:
Último poste da série > 21 de março de 2014 > Guiné 63/74 - P12873: Blogpoesia (379): O Dia Mundial da Poesia, 21 de Março de 2014, na nossa Tabanca Grande (X): "Canção", de Domingos Gonçalves (ex-Alf Mil da CCAÇ 1546) e "Soneto de guerra", de Cândido Morais (ex-Fur Mil da CCAÇ 2679)
2 comentários:
Luis
Daqui vai um OBRIGADO pela busca e achamento que fizeste do frontispício do meu livro "Quasoutono?!", esperando que, no mesmo, seja notória a decoração das folhas outonais.
Alberto Branquinho
Tudo, mesmo tudo, poemas, frases, palavras com sentido, bem colocadas, que nos tocam a todos, ou quase todos, mas…
mas a "MODJI DAABA", do Jorge, é simplesmente… pequena, dócil, submete-se, aconchega-se, encobre-se… e por fim deixa-o só!.
Até parece que aquela personagem, nem está, ou passou por lá!.
Enfim, com meia dúzia de palavras, o Jorge, explica-nos a nossa vivência de militares europeus, na África, nas savanas, no mato, nas aldeias perdidas do interior, que sem dar-mos por nada, depois de algum tempo de convívio, estava-mos inseridos naquela sociedade, naquelas populações, que a princípio, talvez, entre outras coisas, os seus costumes nos causassem alguma curiosidade, mas depois começámos a compreender e até muitas vezes a amar, sim amar!
Abraços a todos, e também a ti Jorge, pois és um predestinado nos teus escritos.
Tony Borie.
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