quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Guiné 63/74 - P14244: Agenda cultural (374): A banda musical "Melech Mechaya" [leia-se: o rei da festa...] vai animar a longa louca noite de "Sexta-feira 13", em Montalegre, a rija capital do Barroso e do misticismo... Vivam os folgazões e prazenteiros barrosões! Vivam os nossos camaradas transmontanos!

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Montalegre - Sexta 13 (teaser oficial 2014) > Publicado a 01/02/2015 > "Noite de azares, bruxedos, contos, lendas e locais sombrios da memória que nos confundem os passos e escurecem a lógica. 13 de Junho 2014" > Vídeo alojado em You Tube > Montaleger Eventos (1' 10'')




Diz a organização do evento:

"O ano de 2015 abençoou Montalegre com três Sextas 13. A primeira do calendário acontece em fevereiro e promete cumprir o sucesso de edições anteriores. A capital de Barroso volta a vestir-se a rigor e lança o convite a toda a população. A celebração, focada nos azares, bruxedos, contos, lendas e locais sombrios da memória, volta a fazer uma forte aposta na música e teatro. Mais uma edição a não perder, dia 13 de fevereiro, onde o fogo espalhado por vários locais da vila promete aquecer a noite."

Da capital, Lisboa, segue a nossa conhecida banda musical "Melech Mechaya" para continuar a animar a louca longa noite de sexta feira 13 de fevereiro de 2015. 


MONTALEGRE - "Sexta-feira 13" (Vídeo Promocional) (


"Montalegre oferece o maior espetáculo de rua de Portugal com a celebração da 'Sexta-feira 13'. Um evento que já é uma referência cultural no país."

Vídeo promocional da Câmara Municipal de Montagre (Alojado no You Tube > Município de Montalegre > 9' 39'')

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Nota do editor:

Último poste da série > 31 de janeiro de 2015 > Guiné 63/74 - P14207: Agenda cultural (377): Nós, os portugueses, e os 7 mil milhões de outros: Fundação EDP, Museu da Eletricidade, Lisboa, 7 de fevereiro, 16h00... A não perder!

7 comentários:

Luís Graça disse...

Um alfabravo para o padre Fontes, um barrosão dos quatro costados!...

Ele já não se deve lembrar de mim, quando há mais de 30 anos passei pela sua casa em Vilar de Perdizes e tive o grato prazer de o conhecer em pessoa, ao vivo... Na altura ofereceu-me alguns dos seus trabalhos etnográficos sobre a sua terra e as suas bravas gentes.

Admiro-o por ter ajudado a restituir a memória e a preservar a identidade dos barrosões!...

Barrosos há muitos, mas barrosões do Barroso, protugueses dos 7 costados, da velha cepa celtibera, há poucos e estão em vias de extinção. Por isso eu sinto um enorme orgulho quando o Portugal pobre, profundo, interior, envelhecido, periférico é capaz de se levantar, brincar, reinar,cagar, berrar, tocar os chocalhos e as gaitas de foles, e mostrar os chifres e os caretos aos filhos da... mãe que em Lisboa e em Bruxela nos querem remeter para a apagada e vil tristeza que já o nosso poeta maior, Luís Vaz de Camões, invetivava!...

Viva a gente do Barroso! Viva sexta feira 13 de Montalegre! E, já agora, vivam os meus meninos... dos Melech Mechaya!...

A gente tem que levar a vida a reinar, porque é certo, e cruel, o fim que nos espera no fim da picada minada da puta da vida!...

Viva a vida, que são dois dias!... Mas o que ainda mais vale é o Carnaval que são três dias...

Anónimo disse...



Amigo Luís:

Essa peregrinação a Montalegre e Vilar de Perdizes à tantos anos prometida e nunca realizada para pena minha foi mais uma vez adiada.
Houve um casal amigo que nos ofereceu boleia e inclusivé alojamento numa aldeia de Cabeceiras de Basto, que não fica muito longe. Porém um pequeno problema de saúde não o permitiu se bem que o medo do frio da minha mulher também o impediria. Já agora teria também a oportunidade de ouvir os sons dos tão falados Melech Mechaya a ecoar na noite fria pelos montes desse reino maravilhoso (Torga dixit), para poder dar os parabens a um pai babado.
Esperemos por tempos melhores e mais quentes!
Montalegre já era uma terra famosa pelas neves e invernos duros, pelos habitantes rijos e valentes, pelas pegas dos touros da raça barrosã, pelo presunto e os enchidos.
O padre Fontes, transmontano e barrosão dos quatro costados com o seu saber e com os conhecimentos que desde menino foi cavando naquela terra rica em estórias, lendas, bruxedos, tradições e superstições, sei lá, ele sendo padre cristão, desenterrou até os deuses antigos do Larouco.
O padre Fontes tem feito mais por Trás-Os-Montes e pela região do Barroso do que muitos politicos e outros animadores mais intelectuais ou populares.
Antes dele houve dois ilustres padres transmontanos que de formas diferentes divulgaram as tradições e costumes das suas regiões. Foram eles o Abade de Baçal e o padre António Mourinho.
Como tu digo que viva o padre Fontes, as gentes do Barroso, os Melech Mechaia!
Viva o Carnaval! Viva o Entrudo que é como se chama o Carnaval nas terras do Barroso.
Na próxima sexta-feira dia 13, lá estaremos em Montalegre, nem que chovam picaretas!

Um grande abraço

Francisco Baptista

Anónimo disse...



No comentário anterior cometi um erro no parágrafo em que escrevi que "Montalegre era uma terra famosa entre outras coisas pelas pegas dos toiros de raça barrosã" Ora as pegas de touros são feitas pelos forcados como toda a gente sabe. O que há em Montalegre e em quase toda a provincia de Trás-Os-Montes são chegas de bois. As chegas são lutas entre dois touros, perdendo aquilo que desiste da luta.
Recordo-me de quando ainda havia as feiras de gado quinzenais em Mogadouro, que eram consideradas das maiores da provincia, quase sempre havia chegas de bois, neste caso de raça mirandesa, que juntavam muitos lavradores, numa grande roda, com os toiros a lutar dentro dela. Ao tempo penso que era o espetáculo que entusiasmava mais os lavradores transmontanos.
Pelo meu erro peço desculpa aos editores e a todos os camaradas.
Aproveito para desejar um Carnaval alegre e divertido a todos. Viva o Entrudo!
Um abraço a todos os camaradas

Francisco Baptista

Luís Graça disse...

Chegas de Touros
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Vaca da Raça Barrosã.
A Chega de touros ou luta de touros (designações na Terra Fria Transmontana), também conhecida como “chega de bois” (Terra Quente Trasmontana), é uma parte importante da actividade dos criadores de gado do Terra Quente Trasmontana. De origens ancestrais, as chegas de touros foram impulsionadas nas última décadas como incentivo à criação das raças autóctones portuguesas, principalmente as raças Mirandesa e Barrosã.
Anualmente, no período do Verão realizam-se o Campeonato Nacional de Chega de Bois da Raça Barrosã em Montalegre, e o Campeonato Nacional de Chega de Touros da Raça Mirandesa em Vinhais.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Chegas_de_Touros

Luís Graça disse...

Recordo-me de ter levado o João e a Joana, uma ainda pequeno e outra já adolescente, a visitar, nos anos 90, a aldeia de Rio de Onor, onde o meu amigo (e professor) Joaquim Pais de Brito tinham feito, uns anos antes, o seu trabalho de investigação no âmbito do doutoramento em antropologia,,,

Em Rio de Onor, bem como noutras aldeias do nordeste transmontano, havia um enorme orgulho no "boi do povo"...

Nesse dia os putos, o João, a Joana e os primos do Porto, por volta de 1992/93, asssistiram ao vivo, em plena rua, á cena trivial, costumeira, da senhora de Rio de Onor que levava a vaquinha ao encontro do "boi do povo" (uma bizarma de uma tonelada!) para ser "coberta"...

Que grande lição de vida e de cultura!... É pena que os nossos putos não conheçam hoje o que resta do Portugal profundo!

Obrigado, Francisco!

Luís Graça disse...

You tube >
MONTALEGRE uma ideia da natureza (3) Chegas de Bois
Vídeo de Maria José Afonso


Publicado a 12/10/2012
O Campeonato de Chegas de Bois da Raça Barrosã, em Montalegre, junta milhares de pessoas para assistir a "turras" que podem demorar apenas alguns minutos. Espetáculo com direito a relato na rádio e tv.
Em Montalegre são cerca de três mil os produtores de gado mas há menos de meia dúzia de criadores da raça Barrosã.

https://www.youtube.com/watch?v=eT_G1427oD8

Anónimo disse...

Correio da Manhã


2.02.2015 10:43

Montalegre em festa desde sexta-feira 13 até ao Carnaval "


A sexta 13 é a garantia da entrada de mais de um milhão de euros", disse David Teixeira. Montalegre vai estar em festa desde a sexta-feira 13, que nesta edição celebra "o amor", até ao dia de Carnaval, esperando milhares de visitantes e um volume de negócios de cerca de um milhão de euros. Desde 2002 que a Câmara de Montalegre, no distrito de Vila Real, festeja as sextas-feiras 13, num evento que já faz parte do calendário cultural da região e se tornou numa das maiores festas de rua do país. "A sexta 13 é, neste momento, a garantia da entrada de mais de um milhão de euros num só fim de semana, quer para a restauração, hotelaria e pequenos produtores locais", afirmou à agência Lusa vice-presidente do município, David Teixeira. À festa das bruxas, demónios, figuras do além ou duendes aderiram cerca de 30 restaurantes, a maioria dos quais tem já a lotação esgotada para o dia 13 de fevereiro. A novidade desta edição é a junção ao Dia dos Namorados, que se celebra a 14 de fevereiro, e o prolongamento das festividades até à terça-feira de Carnaval, dia em que o município dá tolerância de ponto. A tradicional queimada do padre António Fontes, que continua a ser a figura central desta festa e a quem cabe a tarefa de preparar este licor feito à base de aguardente, limão e açúcar, vai servir não só para esconjurar os males mas também para "unir os que se querem apaixonar". A organização prevê que sejam preparados cerca de "mil litros de queimada" para distribuir pelos milhares de visitantes que se esperam nessa noite em Montalegre.

Ler mais em: http://www.cmjornal.xl.pt/nacional/sociedade/detalhe/montalegre_em_festa_desde_sexta_feira_13_ate_ao_carnaval.html