Brasão da CCAÇ 616 (Empada, 1964/65).
O lema, em latim, "Super Omnia", quer dizer "acima de tudo" (LG)
Fronteira, distrito de Portalegre > Ano escolar de 1950/51 > Já eram poucos na altura os meninos (9) e as meninas (8) que andavam na escola primária... O concelho tem vindo a perder população desde 1960: eram na altura, pouco mais de 7 mil; hoje (2011) são à volta dos 3400.
Descubram, no foto, o nosso camarada, que 13 anos depois desembarcava em Bissau, do T/T Quanza, mais a malta do seu BCAÇ 619 e da sua CCAÇ 616...
Três camaradas, naturais do concelho de Fronteira, perderam a vida durante a guerra colonial: 2 em Moçambique e 1 na Guiné... Este último, natural de Cabeça de Vide, chamava-se Martinho Gramunha Marques e é um herói de Madina do Boé.
Foto da página do Facebook do avô Francisco Monteiro Galveia (, nascido em 6/9/1942)...
1. Mensagem, com data de ontem, do Francisco Monteiro Galveia [ex-1º cabo cripto, CCAÇ 616 (Empada, 1964/66)] (*)
A CCAÇ 616 fez parte do BCAÇ 619.
Foi formada no Regimento de Infantaria da Amadora. Concluída a formação do Batalhão, fomos aguardar embarque para Leiria durante alguns dias, fomos de Lisboa para Leiria e regresso num velho comboio, sem um minimo de condições.
Em 08/01/1964, embarcámos em Lisboa a caminho da Guiné no barco, velho, o Quanza, sem um minimo de condições para transporte de passageiros, dormitórios e refeitório no porão com cheiro a tinta que era insuportável, a maioria do pessoal nem lá entrava, passava o tempo na parte superior do barco. Muita gente ficou doente toda a viagem.
Chegado a Bissau 15/01/1964, o barco não atracou ao cais, desembarcámos para um grande batelão, com todo o material às costas, foi uma operação difícil.
Aqui chegados, fomos instalados no Quartel General de Bissau durante o mês de fevereiro. Em março estivemos instalados no BCAÇ 600. Recebemos o espólio duma companhia de açorianos que não tinha um rádio nem uma viatura a trabalhar, só ao fim de 8 dias os nossos mecânicos conseguiram colocar um jipe a funcionar.
Continuando em 31/3/1964 , seguimos via Bolama, em LDM, para para Empada substituindo ali a CCAÇ 427. Ficamos instalados na maioria em velhos barracões.
Assim que possível continuarei esta caminhada.
2. Comentário do editor:
Soubemos, pelo Joaquim Jorge, ex-alf mil, que vive em Ferrel, Peniche, que a "sua" CCAÇ 616 vai comemorar o meio século do regresso a casa, nos dias 6 e 7, em Fátima, no hotel Pax, local de resto já habitual para os seus convívios anuais. Para o Joaquim, o Francisco e demais camaradas da CCAÇ 616, vai um forte abraço do tamanho do rio Grande de Buba.
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Notas do editor:
(*) Vd. poste de 21 de maio de 2014 > Guiné 63/74 - P13174: Tabanca Grande (435): Francisco Monteiro Galveia, a residir em Fronteira, ex-1º cabo cripto, CCAÇ 616 (Empada, 1964/66), grã-tabanqueiro nº 656
Notas do editor:
(*) Vd. poste de 21 de maio de 2014 > Guiné 63/74 - P13174: Tabanca Grande (435): Francisco Monteiro Galveia, a residir em Fronteira, ex-1º cabo cripto, CCAÇ 616 (Empada, 1964/66), grã-tabanqueiro nº 656
2 comentários:
Francisco, que delícia a tua foto de grupo, na escolinha, em 1950/51!... Não consigo identificar-te, nem sei se lá estás, de qualquer modo faz-me recuar ao meu tempo de infãncia e às às memórias (fortes) da escola primária...
Vives numa região e numa terra, de grande beleza e património... O percurso do barroco alentejano passa por aí... Um dia, quando for para esses lados, toco-te à porta para te dar um abraço!... Luís
Francisco Galveia
3fev 2016 16:20
Olá Luis, obrigado pele mensagem, não estou naquela foto, foi
publicada para tentar reunir alguns elementos, vivem quase todos fora
desta área.
Quando der jeito passa por cá, está sempre um lugar vago à
mesa e um quarto para dormir. De Maio a Setembro, normalmente não
estou por aqui, mas se passares a Cacela, Manta Rota, nesse período
também está a porta aberta. No ultimo fim de semana de Julho, se me
for possivel vou estar no encontro da CC 616 em Fátima. Um abraço
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